quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Mensagem / 2009 _ Parem com violências _ Faixa de Gaza

Recebi esta dolorosa mensagem da Europa. Amigos me escreveram com sangue escorrendo no peito, o coração não suporta tamanha indignação, Israel chegou ao ápice do absurdo. Eis o texto:

ISRAEL enlouqueceu.

Até onde o arsenal de guerra de Israel quer chegar? Aprenderam com Hitler o sabor da crueldade? O povo de Israel ficou mais depurado que os gângsteres nazistas? A que se deve tanto sabor de sangue derramado?

Retiraram os judeus da Faixa de Gaza para justificar, agora, o extermínio sem piedade de crianças, velhos e civis palestinos? Querem invadir Gaza para todo o sempre?
Onde os judeus, homens e mulheres de bem, se escondem?
Alguns poucos contestam, poucos. Continuando a espalhar o terror, tanto desprezo e ódio serão expurgados como já o foram em outros tempos, quando imperou o abuso de poder.

Deus é amor, não exclui nenhum povo. Todos nascem debaixo do mesmo Sol, todos são filhos de Deus. Moisés, onde estás? As bezerras de ouro estão sangrando, os bêbados desatinados, os viciados desvairados, os demônios soltos. Israel enlouqueceu.
Quando aparecerão sábios governantes? Moisés. Onde estás? Para que servem os Mandamentos?”
“Espatifaram as Leis que Deus nos deu.” Para onde caminha a humanidade?”
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Escutemos Mahatma Gandhi:

“Chegará o dia em que aqueles que estão na corrida louca de multiplicar seus bens na vã tentativa de engrandecimento (extensão de territórios, acúmulo de armas, de riquezas, de poderes...), reavaliarão seus atos, e dirão: Que fizemos nós?.”

“Enquanto o domínio imposto precisa ajuda das armas para se manter, o domínio gerado pelo amor dispensa o uso da força.”

Basta de violência e guerras. Não merecemos tamanha estupidez na passagem de ANO 2008 /2009.
Para 2009 precisamos de silêncio e de solidariedade.
Na entrada do Ano 2009, no Céu estrelado, podemos contemplar Plutão, Marte, Sol, Júpiter e Mercúrio no signo de Capricórnio, Netuno e Venus em Aquário, Lua e Urano em Peixe - os três últimos signos do Zodíaco. E Saturno em Virgem. Configuração planetária semelhante não ocorre há mais de 4.000 anos, quando apareceu a escrita.


Plutão (ciclo de 248 anos, aproximadamente), o Planeta das profundezas da Terra, das radicais transformações, está, agora, no signo de Capricórnio, elemento Terra. Plutão percorrerá este signo de 2009 até 2024, quando entrará em Aquário.


Capricórnio rege, no corpo humano, os joelhos. Da riqueza do seu significado simbólico, direi, apenas, que a humanidade terá que se dobrar. A humanidade, inteira, terá que se ajoelhar, não tem outra saída. Será a exigência da Grande Mãe Natureza, a Terra.

-- postagem - martha Pires Ferreira
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quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

Flores do Bem- Poema de Natal _ Vinicius de Moraes

Poema de Natal

Vinicius de Moraes (1913-1980)

Para isso fomos feitos:
Para lembrar e ser lembrados
Para chorar e fazer chorar
Para enterrar os nossos mortos —
Por isso temos braços longos para os adeuses
Mãos para colher o que foi dado
Dedos para cavar a terra.
Assim será nossa vida:
Uma tarde sempre a esquecer
Uma estrela a se apagar na treva
Um caminho entre dois túmulos —
Por isso precisamos velar
Falar baixo, pisar leve, ver
A noite dormir em silêncio.
Não há muito o que dizer:
Uma canção sobre um berço
Um verso, talvez de amor
Uma prece por quem se vai —
Mas que essa hora não esqueça
E por ela os nossos corações
Se deixem, graves e simples.
Pois para isso fomos feitos:
Para a esperança no milagre
Para a participação da poesia
Para ver a face da morte —
De repente nunca mais esperaremos...
Hoje a noite é jovem; da morte, apenas
Nascemos, imensamente.
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Como conheci Manuel Bandeira e Vinícios de Moraes
sei o quanto os dois gostariam de ver suas poesias
aqui presenteadas desta passagem de Natal
trazendo doçura ao mundo desgovernado.
postagem martha pires ferreira
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postagem - martha pires ferreira

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Flores do Bem - Canto de Natal

CANTO DE NATAL
Manuel Bandeira (1886 - 1968)
O nosso menino
Nasceu em Belém.
Nasceu tão-somente
Para querer bem.

Nasceu sobre as palhas
O nosso menino.
Mas a mãe sabia
Que ele era divino.

Vem para sofrer
A morte na cruz,
O nosso menino.
Seu nome é Jesus.

Por nós ele aceita
O humano destino:
Louvemos a glória
De Jesus menino.

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segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Flores do Bem - Natal

Natal
Olavo Bilac (16 dez. 1865/1918)Jesus nasceu! Na abóbada infinita
Soam cânticos vivos de alegria;
E toda a vida universal palpita
Dentro daquela pobre estrebaria.

Não houve sedas, nem cetins, nem rendas
No berço humilde em que nasceu Jesus...
Mas os pobres trouxeram oferendas
Para quem tinha de morrer na Cruz.

Sobre a palha, risonho, e iluminado
Pelo luar dos olhos de Maria,
Vede o Menino-Deus, que está cercado
Dos animais da pobre estrebaria.

Não nasceu entre pompas reluzentes;
Na humildade e na paz deste lugar,
Assim que abriu os olhos inocentes,
Foi para os pobres seu primeiro olhar.

No entanto, os reis da terra, pecadores,
Seguindo a estrela que ao presépio os guia,
Vêem cobrir de perfumes e de flores
O chão daquela pobre estrebaria.

Sobem hinos de amor ao céu profundo;
Homens, Jesus nasceu! Natal! Natal!
Sobre esta palha está quem salva o mundo
Quem ama os fracos, quem perdoa o Mal!

Natal! Natal! Em toda a Natureza
Há sorrisos e cantos, neste dia...
Salve Deus da Humanidade e da Pobreza,
Nascido numa pobre estrebaria!
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domingo, 21 de dezembro de 2008

Flores do Bem - NATAL


NATAL

Murilo Mendes (1901 - 1975)

Meu outro eu angustiado desloca o curso dos astros, atravessa os espaços de fogo e toca a orla do manto divino.

O Ser dos seres envia seu Filho para mim, para os outros que O pedem e para os que O esquecem.

Uma criança dançando segura uma esfera azul com a cruz: Vêm adorá-la brancos, pretos, portugueses, turcos, alemães, russos, chineses, banhistas, beatas, cachorros e bandas de música. A presença da criança transmite aos homens uma paz inefável que eles comunicam nos seus lares a todos os amigos e parentes.

Anjos morenos sobrevoam o mar, os morros e arranha-céus, desenrolando, em combinação com a rosa-dos-ventos, grandes letreiros onde se lê: GLÓRIA A DEUS NAS ALTURAS E PAZ NA TERRA AOS HOMENS DE BOA VONTADE.

sábado, 20 de dezembro de 2008

Flores do Bem - Soneto de Natal _ Machado de Assis

Soneto de Natal
Machado de Assis (1839 - 1908)

Um homem, - era aquela noite amiga,
Noite cristã, berço no Nazareno, -
Ao relembrar os dias de pequeno,
E a viva dança, e a lépida cantiga,
Quis transportar ao verso doce e ameno
As sensações da sua idade antiga
Naquela mesma velha noite amiga,
Noite cristã, berço do Nazareno.
Escolheu o soneto... A folha branca
Pede-lhe a inspiração; mas, frouxa e manca,
A pena não acode ao gesto seu.
E, em vão lutando contra o metro adverso,
Só lhe saiu este pequeno verso:
"Mudaria o Natal ou mudei eu?"
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sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Reflexões / advento, 2008

Ações do Banco do Brasil /1991 - selos, aquarela e nanquim - 2003

          Em 1991 em olhando o horizonte do céu estrelado, estudei muito e nasci com o dom de ler o que está escrito nas estrelas, passei mais atentamente às reflexões profundas, com isso fui levada a perceber os passos galopantes da decadência do triunfalismo exacerbado dos poderes econômico, financeiro e político. A sutil guerra entre os donos do dinheiro, a dependência humilhante das igrejas tradicionais a estes poderes e a arrogante pretensão acadêmica de pensar em açambarcar tudo culturalmente me deixavam cada dia mais perplexa e sem nada poder fazer de essencial. Sem falar do descaso destes “senhores do mundo” pela Mãe Natureza. Em silêncio e cuidadosa segui minha via, ampliei minhas palestras, minhas falas mais contundentes em circuitos fechados, temerosa de represálias. De cabeça erguida, nada podendo fazer, me posicionei radicalmente não conivente em praticamente nada com este sistema espúrio de injustiça social e humana. Quando tive oportunidade de ter os melhores recursos econômicos ao meu alcance, com alegria me voltei para o despojamento e a simplicidade de viver. Por quê? Porque apreendendo a decadência da civilização reinante me permiti estar preparada para o não ter, e viver mais essencialmente para o ser, sendo.
          Vendi as ações que possuía e me permiti mais, e sempre mais, ser dona absoluta da liberdade de viver a minha história pessoal sem qualquer tipo de amarras, e ganhei afetivamente ao me envolver mais intimamente com a vida coletiva de ouvido a ouvido, de coração a coração, de alegria a alegria - hoje, aqui e agora.
        Em 1992 participei ativamente no ECO 92, com performance e palestra, ocasião em que a Universidade Livre, em que eu fazia parte, era atuante e vigorosa. Continuei minha caminhada e sempre assistindo, ao largo, os desatinos da sociedade capitalista desenfreada e desvairada. Nem por isso deixei de fazer coisas maravilhosas que me encantam: desenhar, ir às exposições de Arte, atender clientes de astrologia, dar aulas e palestras - ler C. G. Jung, Thomas Merton, Nise da Silveira, Hannah Arendt, Hildegard von Bingen, Teilhard Chardin, Teresa de Ávila, poesia, mitologia, contos de fada, ouvir música, etc. E conviver amorosamente com doentes psíquicos, feridos em suas emoções, faz parte da minha razão de vida. Ter amigos/as tão amados e fazer parte da Confraria da Uva é o que existe de mais singelo e fraterno - é alteridade.
           É Natal, então o mais lindo é desejar um Feliz Natal!
       E como a VIDA é plenitude o mais sábio é dizer: tenhamos bom senso e solidariedade em 2009...... depois da escuridão vem a LUZ.
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Escrever algo sobre 2009 é arriscar. Sendo mais verbal terei que me organizar.
postagem martha pires ferreira
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terça-feira, 25 de novembro de 2008

Palestra Astrologia - Centro Cultural Justiça Federal

II Circuito Nacional de Astrologia

Perspectivas Astrológicas 2009

** sonhos de futuro **29 e 30 de novembro de 2008

Darei uma palestra às 9h da manhã - sábado
(toquem um sino Tibetano para acordarem cedinho)

Martha Pires Ferreira - Centro Cultural Justiça Federal
Av. Rio Branco, 241 - Centro -RJ

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domingo, 23 de novembro de 2008

Flores do Bem - Gabriel Garcia Marquez

"Eu aprendi que um homem só tem direito de olhar o outro de cima para baixo quando vai ajudá-lo a levantar-se."
"Sempre diga o que sentes e faz o que pensas."
Gabiel Garcia Marquez - 1928, Aracataca, Colômbia.
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sábado, 22 de novembro de 2008

O Mundo Político _ desenho sobre mapa

Desenho - técnica mista - O mundo político, 1997
postagem martha pires ferreira
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sábado, 8 de novembro de 2008

Sinais do Firmamento e o lugar do astrólogo

A astrologia é um processo de autoconhecimento e de transformação.
Sua epistemologia se estabelece através dos conhecimentos da mecânica celeste - a correlação entre o planeta Terra, onde nascemos e vivemos, com todo o sistema solar, somado ao saber simbólico expresso na faixa do Zodíaco com seus doze signos, a partir do signo de Áries, 21 de março, quando se iniciam o equinócio da primavera para o hemisfério norte e o do outono para o hemisfério sul. A teoria astrológica se fundamenta, basicamente, numa linguagem simbólica do mundo mítico, onde o Sol, a Lua e os Planetas representam e expressam nossas próprias potencialidades, caracterizadas pelos elementos da natureza Fogo, Terra, Ar e Água.
As conexões existentes entre os ângulos e a natureza dos planetas com suas projeções na vida terrestre definem a íntima interação entre o macro e o microcosmo. O que nos remete a uma intimidade corpórea, intelectual e espiritual com o universo absoluto. Pulsamos racional e emocionalmente com o Cosmo. Somos unos com o Universo.
A Astrologia é um processo de depuração profunda, alquímica, em que as polaridades ativas e luminosas se complementam às receptivas e sombrias. Exercício de elaboração dos “metais interiores”. Elaboração pessoal que se estende ao coletivo e ao essencial na obra da criação - tentativa de liberar o ser humano das tramas da fatalidade e do determinismo conduzindo-o a estados de consciência cada vez mais elevados.
A carta natal nos pode dar uma visão geral, jamais precisões exatas. A Astrologia, mesma com sistemas os mais complexos, não é suficiente para ser precisa. Há limites próprios por ser acausal. Seus cânones não são os da razão pura, infalível para o conhecimento e domínio da natureza. Não é governada por leis cartesianas inflexíveis, imutáveis, uniformes. Acausal, ela depende da livre expressão de cada indivíduo: “os astros inclinam, não determinam.” As escolhas estão sempre movidas por possibilidades inatas, tendências, predisposições. São fenômenos de sincronicidade, no tempo e no espaço.
A Astrologia, enquanto objeto de observação dos ciclos planetários se manifestando no coletivo, no contexto mundial, sejam nações, instituições, ocorrências sísmicas, meteorológicas, organizações empresariais, decisões políticas, acordos diplomáticos, etc., analisará a partir dos mesmos conceitos básicos do céu zodiacal. Observações, eventos, acordos políticos e assim por diante.
Este é talvez o setor mais complexo e o mais sofisticado da ciência e arte da analisar o céu. Ele nos exige um acompanhamento das histórias civilizatórias, em épocas as mais remotas, e é sinalizado pelas grandes conjunções celestes, em especial em momentos que marcam profundas transformações políticas, econômicas e sociais.
Não se pode falar da história do pensamento sem incluir a contribuição que a Astrologia, de mãos dadas com a Astronomia, exerceu na Antiguidade mais remota. No berço de todas as civilizações, a Astrologia se voltava para a compreensão das necessidades de seus povos - os fenômenos cíclicos da natureza se manifestando no mundo agrícola e pastoril, os tipos de governo e as decisões de guerra e de paz. Na Antiguidade, o saber astrológico estava a serviço da compreensão do Universo e das realizações terrestres.
A história da civilização nos mostra os momentos de dicotomização entre o ser humano e ao Universo. Com a não observação dos sinais “escritos nas estrelas”, a história do homem se tornou a história das prepotências e das tiranias políticas, militares, religiosas e econômicas. Reinos de genocídios internacionais. Armadilhas que aprisionam os lobos da concorrência mundial.
A astrologia só tem futuro: resgatar a conexão humanista, homem e mulher, com o cosmo. Não haverá harmonia enquanto não houver uma compreensão da sinalização da linguagem celeste a serviço da Humanidade inteira. Céu e terra numa só realidade, uma só verdade.
A astrologia precisa estar a serviço dos valores humanos básicos que a atualidade desorientada anseia ansiosamente recuperar: a serenidade interior, a confiança no presente a as perspectivas para um futuro mais tranqüilo, a integridade pessoal, a liberdade, o senso de justiça, a autenticidade, a dignidade, a profundidade, a capacidade de amar, de se dar, de ser feliz e de compartilhar com seus semelhantes com bondade e generosidade emocional. Viver a plenitude de pertencer à criação de Deus e ter alegria por isso.
Astrologia não é um negócio rendoso, é um dar-se em amorosa disponibilidade à criação. O Astrólogo não é mais que um mero intérprete dos recados do Criador para a criatura.

Martha Pires Ferreira
Texto publicado - Oficina de astrologia Revista nº. 1 Ano I * Dezembro de 1998.

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

desenho aquarela - tapete

Tapete - aquarela - 2007
postagem martha pires ferreira
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sábado, 18 de outubro de 2008

Santa Hildegarde von Bingen

Apaixonante monja beneditina, Hildegarde von Bingen, viveu na Idade Média, Alemanha, de 1098 a 1179. Reunia em si uma imensidão de qualidades como, escritora, poeta, compositora, profetiza, mística, médica, desenhista, conselheira, teóloga, e como se não bastasse possuia o dom da palavra. Foi pregadora em algumas Igrejas, em especial na catedral de Colônia.
Perdeu os pais na infância. Foi levada e educada num mosteiro. Muito jovem, aos doze anos, fez os votos religiosos, tornando-se monja da ordem da São Bento.
Possui temperamento muito forte. É eleita abadessa aos 39 anos, 1136, com a morte de Jutta que fora sua preceptora. À frente do mosteiro passou a ter uma vida nova, muito mais ativa e repleta de criatividade.
Sua festa é comemorada no dia 17 de setembro. Desde jovem deve experiências místicas incomuns e previa o futuro com naturalidade. Percorreu várias regiões da Alemanha transmitindo seus conhecimentos e visões ao clero e as pessoas à sua volta.
Uma profunda estudiosa e seguidora das leis da Natureza. Escreveu tratados sobre o uso das plantas, pedras preciosas, e o contato com os animais. Para ela cada elemento da natureza tem uma potência salutar ou maléfica.
Universo não é algo isolado, fora de nós. Para esta grande dama da espiritualidade
“O homem tem dentro de si o céu e a terra.”
“O que é decisivo para o homem é que ele é um espelho, uma imagem do universo”, dizia Hildegarde.
O que é sabedoria e verdade para o homem é igualmente para as pedras, as plantas, os animais, assim como, para as estrelas.
A verdade dos elementos terrestre vem do criador. É esse vigor que nutre o mundo, aquecendo, umedecendo, firmando, cobrindo de verde. Isso acontece para que todas as criaturas possam germinar e crescer. A natureza está à disposição da humanidade para que com ela trabalhemos. Sem a natureza não podemos sobreviver. A terra não deve ser danificada, não deve ser destruída.”Esta extraordinária mulher foi conselheira, e escrevia para Papas, bispos, imperadores e o rei Henrique II da Inglaterra. Ainda para São Bernardo de Claraval que a chamou de luz animada pela inspiração divina. Entre suas amigas estava uma visionária, Santa Isabel de Schönau.
Suas obras foram traduzidas para o latim pelos monges - ela ditava. Scivia é a sua obra mais importante. Inventou uma escrita - mistura do latim com a lingua alemã.
Escreveu explicações sobre o Evangelho e as regras beneditinas. Um livro sobre ciências naturais, outro sobre o corpo humano e suas enfermidades com observações cuidadosas. Escreveu sobre a vida de santos locais com poemas, hinos e música. Deixou mais de setenta composições musicais ao estilo semelhante ao do gregoriano.
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Meditações / de HildegardeAssim como o círculo acolhe tudo
que está dentro dele,
também a Divindade a todos acolhe.

Ninguém tem o poder de dividir
este círculo,
de ultrapassá-lo,
nem de limitá-lo.
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Deus seja louvado por sua obra:
a humanidade.
Pois
a humanidade,
cheia de possibilidades criativas,
é obra divina.
Só a humanidade
é chamada para ajudar a Deus.
A humanidade é chamada para co-criar.
****
Toda a natureza está à disposição
Da humanidade.
Devemos trabalhar com ela.
Sem ela não conseguiremos sobreviver.

****
postagem martha pires ferreira.

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

NISE Arqueóloga dos Mares

Este livro nos faz percorrer preciosos caminhos, com um sabor único ao relatar o que realmente marcou e se deixou revelar da existência de Nise. Com singular habilidade literária, são registrados fatos, acontecimentos e vivências impensadas. Confirmo e testemunho tais mapeamentos sobre a Dra., por ter convivido com esta brasileira humaníssima, requintada, eterna e sábia.

Na opinião da psiquiatra Márcia Leitão da Cunha, amiga da Dra., e que também atuou com a médica, tendo sido diretora do Museu de Imagens do Inconsciente; Nise – Arqueóloga dos Mares pode ser considerado um compêndio diferenciado: profundo, mas acessível; enigmático e, no entanto, revelador; propõe leitura séria e, ao mesmo tempo, divertida. Esta obra traz conceitos junguianos de forma clara e criativa, desvinculado-os da formalidade que a Dra. tanto combatia.


Sobre esta personalidade, Frei Betto escreveu: A Dra. Nise da Silveira é a mulher do século XX no Brasil, por ter dado uma visão mais humana e inovadora da loucura como expressão da riqueza subjetiva de pessoas que são consideradas deficientes mentais ou portadoras de distúrbios psíquicos. A Dra. Nise nos ensina a descobrir por trás de cada louco, um artista; por trás de cada artista, um ser humano com fome de beleza, sede de transcendência.

Nise – Arqueóloga dos Mares
Bernardo Carneiro Horta
Editora: Edições do Autor
Número de páginas: 400
Preço: R$ 60,00
Informações:Tels.:2232-1869 –--99205-0853 – 98218-9913.
 E-mail: arqueologadosmares@gmail.com
postagem martha pires ferreira
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terça-feira, 30 de setembro de 2008

As cores do Brasil no coração _ desenho

Aquarela e nanquim - 2003
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quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Mandala _ aquarela _ pincel

aquarela / pincel - 1971

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terça-feira, 9 de setembro de 2008

Revelando-se por inteira - Geraldo Edson de Andrade _ Arte

     Arete de Amar, 2007

Geraldo Edson de Andrade
Rio, Inverno de 2008.
      Eis uma artista que se define desenhista. E ela o é, na acepção. Na sua longa carreira artística, iniciada em 1967, no 1° Salão de Ouro Preto, nunca se viu outra linguagem de Martha senão o desenho. Ela é, portanto e por direito, uma operária da linha e das formas. Por mais que experimente outros caminhos, como a astrologia e o ensino, matéria que lhes são afins, ela jamais deixou de lado o bloquinho de anotações para documentar suas impressões de tudo que passa a seu redor.

    Desenhar não é fácil. Enganam-se quem pensa o contrário. Ele é base fundamental para qualquer linguagem da arte, pois concentra o intelecto e a técnica que, quando se fundem, proporcionam emoção a quem dele recebe sua mensagem.
   Nesta sua nova apresentação individual, Martha Pires Ferreira abre o seu baú para se revelar publicamente uma despudorada desenhista sensível até dizer basta. O bico de pena, o nanquim, as cores dos lápis, as manchas aquareladas, os suportes inusitados, como os selos postais, os envelopes recauchutados, cabelo, crina, pelos de animais, instalações, tudo é absorvido pela sensibilidade da artista que, com a liberdade que a caracteriza, dá vazão à sua incontrolável criatividade.
     Tudo é desenho na sua mais evidente manifestação de uma artista em querer romper a flexibilidade da linha e seu consequente grafismo num exercício pessoal quase confessional de suas inquietações como ser humano.
    Personalíssima como desenhista, Martha Pires Ferreira, residente atávica do bairro de Santa Teresa, ainda alia à sua personalidade, uma suave veia poética. E é através dela que vê o mundo a seu redor.

Galeria Mauá /Rua Monte Alegre 277 - Santa Teresa, RJ
(55 - 21) 2507-5352
Bico de pena, aquarela e selos.
Exposição: 16 de setembro a 3 de outubro 2008
3ª a 6ª das 14h às 18h.
--postagem martha pires ferreira
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domingo, 31 de agosto de 2008

Exposição desenhos

Animais não fazem guerra - 2003
Bico de pena, aquarela e selo - 2007 -  ( desenhos - coleções particulares)
postagem martha pires ferreira
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Desenhar é um ato de liberdade


Animal fantástico - 2007

Bico de pena e aquarela~
postagem martha pires ferreira**************************************

domingo, 24 de agosto de 2008

Retrato Psíquico - poesia Dionísio Del Santo

Dionísio Del Santo, 1925 - 1999

Imagem única, o horóscopo individual é a
representação gráfica da célula cósmica vista do
lugar natal e no instante do nascimento.
Sob o ponto de vista subjetivo, este esquema é
a matriz fundamental do próprio indivíduo.
S a configuração celeste representa o pensamento
cósmico relativo ao instante do nascimento,
analogicamente, a célula individual,
em sua primeira respiração e qual cristalina gota
de vida sobre a terra, é o espelho que ao
refletir o firmamento,
é imantado por seu poder secreto.
Esta tonalidade básica vai desencadear o processo
evolutivo do ser como se a vida encerrasse
um nexo recôndito como uma orquestração musical,
isto é, o indivíduo sente-se atraído a evoluir
sob o impulso de determinadas influências
originais, inscritas no próprio horóscopo.
Automaticamente, a leitura ou a decifração dessas
contingências contribui para ampliar a consciência
a respeito das potencialidades latentes do ser.
Nesse sentido o horóscopo é a fonte
De auto-conhecimento espiritual de origem cósmica.
1976
O horóscopo qual mandala misteriosa, nos indica aquele foco sob o qual nossa matéria individual foi banhada inicialmente pelo afago do ar e da luz. O apelo intuitivo que nos atrai a essa dimensão oculta e mágica é um ato de amor ao próprio mistério.
1973
Nota: Dionísio Del Santo, importante artista plástico brasileiro e profundo estudioso da Astrologia, costumava fazer os horóscopos natais, cartas astrológicas, dos seus amigos e intelectuais, na sua maioria artistas plásticos. Todos foram realizados à mão e com os textos da interpretação escritos em cadernos de desenho, incluindo o meu horóscopo pessoal - postagem martha pires ferreira.

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sábado, 23 de agosto de 2008

Desenhar é um ato de liberdade

Imagens no espaço - Bico de pena / 1970
Arte é celebração. Pensamento e razão têm seus lugares e seus limites
as sensações se dividem
sentimento e intuição pontuam percursos para o absoluto
Interioridade, singularidade experiência pura
Tudo é um - totalidade sem fronteiras
ponto, linha, cor, espaço, tempo
o que a imaginação apreende como fogo criador, sopro, beleza, é verdade
além disso, nada sei
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sábado, 16 de agosto de 2008

Flores do Bem - Rumi

Jalal-ad-Din / Al-Rumi. (1207 - 1273) Poeta Persa, jurista islâmico e místicoRelato do um santo que desejava se identificar com a vontade de Deus

Assim Daquqi, com devoções, louvores e preces,
estava sempre em busca dos favoritos de Deus.
Durante toda a sua longa caminhada, seu objetivo
era apenas trocar palavras com os favoritos de Deus.
Ele berrava, continuamente, enquanto seguia seus passos:
Ó Senhor, deixe-me chegar perto dos Seus escolhidos!

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sábado, 9 de agosto de 2008

Flores do Bem - Lao Tsé

A Misteriosa ExcelênciaLao Tsé
Aquele que conhece o Tao não fala
aquele que fala do Tao não o conhece.
Quem o conhece mantêm a boca fechada,
e fecha também a porta dos sentidos e da mente.
Procura desfazer as complicações das coisas e aparar suas arestas.
Diminui a sua luz a fim de amoldar-se à obscuridade dos outros.
Isto se chama a Misericordiosa Excelência.
Tal indivíduo não pode ser tratado de modo familiar
nem cerimonioso, pois está além de toda consideração,
lucro e injúria.
Está entre os mais nobres homens sob os céus.
****
Quando fizermos um trabalho, e nosso nome começar

a celebrizar-se, a sabedoria consiste em recolhermo-nos
à obscuridade assim que a tarefa terminar.
****
O céu e a terra perduram eternamente.
Perduram eternamente
porque não vivem para si mesmos.
****
As mais belas armas são engenhos de mau agouro,
todos os seres têm horror às armas.
Quem possui o Tao com elas não se compraz.
****
O povo passa fome
quando são cobrados impostos pesados.
Por isso tem fome.

O povo é difícil de ser governado
quando os senhores são demasiado atuantes.
Por isso é difícil de ser governado.

(...)
Quem não está absorvido na batalha pela vida
pode sabiamente apreciá-la.
**** Lao Tsé, figura misteriosa e de profunda sabedoria na velha China, séc. IV - III a.C.. Nascido no reino de Chen, tendo se afastado do convívio entre seus iguais, quando se retirava para a vida de deserto, ditou ou escreveu o Tao Te Ching, a pedido Yin Xi que o hospedou, diz a lenda. Este livro é composto de sentenças, versículos, máximas e aforismos de grande beleza num clima de harmonia e ensinamento da realidade Una. O Tao Te Ching é um apelo à vida interior e sendo de ordem universal dirige-se a todos os seres humanos sem diferenciação de lugar ou tempo. Permanece tão atual como quando foi escrito para os seus contemporâneos.
****

terça-feira, 5 de agosto de 2008

Grupo de Estudos C.G. Jung

Idealização de Nise da Silveira (1955 / Reg. 1968)

Local:
Casa das Palmeiras
Às quartas-feiras de 15 em 15 dias /
das 19h00 às 21h00

Plano de estudo:
O Homem e seus Símbolos
Carl Gustav Jung - concepção e organização -
6 de agosto de 2008 - continuação do 1º capítulo
A função dos símbolos e Curando a dissociação

20 de agosto -
O Processo de Individuação /
Marie Louise von Franz
- A configuração do crescimento psíquico.

3 de setembro - O primeiro acesso ao inconsciente
17 de setembro - A realização da sombra

1 de outubro - “Anima”: o elemento feminino
15 de outubro - Animus”: o elemento masculino interior

12 de novembro - O “self”: símbolo da totalidade
26 de novembro - As relações com o “self”
10 de dezembro - O aspecto social do “self”

O Grupo de Estudos é gratuito
Bem vindos os artistas, filósofos, psicólogos, pensadores livres, antropólogos, sociólogos e/ou qualquer pessoa que desejar ler, estudar e/ou conhecer, mais profundamente a obra de Carl G. Jung.

Rua Sorocaba, 800 - Botafogo
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segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Flores do Bem -Templo Zen


Estou aprendendo a ficar contente com tudo
Inscrição no poço do templo Zen Ryoan-Ji, Kyoto

Muito difícil, quase impossível
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segunda-feira, 28 de julho de 2008

Entrevista de 1991

Amigos sempre me pedem para escrever/falar sobre o que estou pensando para o mundo daí para frente. O que disse no passado já está documentado. Entre muitas matérias curiosas encontrei esta de 1991. Só a solidariedade e as Artes salvarão o mundo nesta travessia tão perigosa de um nível para outro de consciência.
Tenhamos Esperança de um salto quântico de qualidade no coração do ser humano.Não podemos deixar que o inverno mate a árvoreEntrevista publicada na Revista

Perspectiva Universitária n°258


Ano XVII RJ em março de 1991

Durante muitos anos a artista plástica Martha Pires Ferreira estudou ciências como a quiromancia, numerologia, grafologia. Leu textos de monges hindus que previam uma era de desorganização da humanidade, a época do Kaliuga. Estudou C. G. Jung, profecias e textos de Thomas Merton, monge trapista que já falava desta civilização tão vazia de sentido, decadente e sem humanitarismo. Leu os sábios chineses, curiosa de tudo que se relacionasse com a maneira como se expressa o Cosmo.
Em 1972, numa viagem à Europa, foi convidada pelo famoso astrólogo francês, Jean Pierre Nicola, para um encontro de astrólogos. Isto além de ter-lhe proporcionado acesso aos grandes da astrologia da Inglaterra e França, levou-a a participar de seminários e a mergulhar em bibliotecas, ávida por tudo o que lhe explicasse a cosmogonia.

Terminou por tornar-se astróloga, hoje conhecida em todo o Brasil pelo acerto de suas previsões. Em plena campanha pelas Diretas Já, lamentava, mas afirmava que toda a mobilização popular não levaria a nada de efetivo. Quando Tancredo Neves foi eleito, Martha declarou que ele seria alvo de todas as honrarias, mas jamais chegaria à Presidência. Anunciou as transformações da URSS, bem antes de Gorbatchov.
Em julho do ano passado, numa palestra em Santa Teresa (RJ), baseada no Evangelho de São João Evangelista*, ela alertou para o conflito que iria eclodir no Oriente Médio. Em seguida Saddam Hussein invadiu o Kuwait. Vejamos as previsões da astróloga.
“Esta guerra podia ser prevista, porque estamos vivendo o que, no I Ching, chama-se ponto de mutação. A cada 2165 anos, aproximadamente, o eixo vernal da Terra desloca-se de um signo para outro, trazendo uma mudança de valores absolutamente radical. E estamos vivendo este momento, com a Terra deslocando seu eixo de Peixes para Aquário. É uma fase muito difícil, principalmente para as pessoas muito apegadas ao temporal, ao material. Dá-se a reação às mudanças e com elas os conflitos, atritos, violências, destruição neste ou naquele espaço. Muitas coisas vão acontecer em conseqüência destas transformações, que não se dão em dias, mas em décadas. Creio, portanto, que a crise atual durará uns 20 ou 25 anos”.
Na verdade, acho que tudo começou em 73, com a crise do petróleo, que iniciou a desorganização do mundo pelo problema do poder, do dinheiro. Nesta década de 90, o que está acontecendo é que a guerra tornou-se mais clara, mais acintosa. Os conflitos vão estender-se ao mundo inteiro. Na hora em que parar um pouco aqui começará em outro lugar. E é tudo uma coisa muito louca. Mataram pessoas, bombardearam civis e nós víamos tudo pela televisão, quietos, porque a violência vulgarizou-se e vivemos num mundo perverso que tem a fisionomia desta perversidade.
Modelo Novo – Não sou a favor de nenhum dos lados porque acho que todos são culpados. Um provoca, outro atiça e chegamos à falência da sociedade, como estadistas incapazes de, pelo diálogo, solucionar os problemas do mundo. Desde 1982 vivemos conjunções muito fortes. Neste momento vivemos outra destas conjunções e em 92 haverá outra. Então, conflitos tendem a se espalhar pelo mundo e todos participarão de alguma forma. Uns países entrarão para lutar, outros para contestar, e chegará o momento em que até a China será envolvida. Ninguém deverá ficar de fora porque existem conjunções planetárias nas quais os astros estão muito condensados. Serão guerras modelo novas, que vão se manifestar das formas mais inusitadas via atos de terrorismo, maior violência urbana ainda, e ainda maior número de seqüestros.
Haverá uma coisa que os sistemas não conseguirão evitar, que são os atos de pirataria televisiva. As informações sofrerão interferência de TV’s piratas que entrarão nos noticiários informando coisas totalmente diferentes e gerando o caos na informação. E isto poderá não ter controle.
Exatamente hoje, 7 de fevereiro de 1991, Saturno que passou dois anos e meio em Capricórnio, mudando aquela coisa de cada um ser dono do pedaço, dos seus limites, entrou em Aquário, onde ficará outros dois anos e meio. E um signo da abertura, mas também de irreverência, da anarquia, da pirataria. Viveremos, então, situações anárquicas que não terão controle.
(...) No dia 15 de janeiro, havia um eclipse no céu e os EUA não atacaram. Mas em 16 de janeiro a Lua entrou em Aquário fazendo uma quadratura. E o Iraque foi atacado. (...) Para falar apenas do Iraque, Israel e EUA, que são os mais diretamente envolvidos: cada um com sua religião, islamismo, judaísmo e cristianismo, deverão levar o mundo a conflitos religiosos, com as pessoas brigando por causa de suas raízes, etnias, sua genética, espiritualidade.
A partir de janeiro de 95, os planetas estarão condensados em Sagitário. E será a vez de briga diplomática. Poderá acabar a segurança dos direitos humanos. Em 94, 95, até 2000, vamos pedir a Deus que nos dê luz e paciência para suportar o que vem por aí. E Saturno em quadratura e fazendo ângulos de 90º com planetas muito fortes**. Assim será até por volta de 2012, no dizer dos índios americanos. Até 2014, em minha opinião. Se não houver uma grande mobilização pela paz, haverá um grande extermínio. Se não se tomar providências rápidas virá a fome e as pestes, que não se restringirão ao AIDS, ou a gripe dos Yuppies, nos Estados Unidos.
Resgate pelo amor – No entanto, os astros dispõem, mas não impõem o comportamento do ser humano no espaço das forças cósmicas. As pessoas realmente pacifistas devem levantar-se. Vamos gritar contra o extermínio, contra a poluição dos mares, rios, ar e da natureza como um todo. Houve uma época em que lamentei ter nascido no Brasil, atrasado e subdesenvolvido. Mas procuro ler o livro da natureza e hoje estou feliz por ter nascido aqui, país que tem tudo sem ser a onipotência do consumo. Com uma riqueza natural fantástica, climas privilegiados podem plantar rápidos e colher rápido. Não temos por que passar fome. Só espero que os brasileiros parem de agredir a natureza e o próprio ser humano.
Como não podemos ficar presos a este lado destrutivo do homem esperemos que os sábios ajam de forma simples, colocando as coisas de ouvido a ouvido. E vamos confiar nas forças regeneradoras da natureza. Vamos cada um, fazer o que pudermos em nosso micro espaço. Não somos apenas joguetes dos astros e planetas. Cabe ao homem, num determinado momento, ao ver que a árvore está bichada, cuidar dela para que a natureza não se vingue, fazendo caírem às folhas, as flores e se perderem os frutos, permitindo que chegue um inverno terrível que poderá matar a própria árvore. Na realidade, chegarmos à Era de Aquário, com sua decantada solidariedade, cor, som, paz e felicidade paradisíaca, depende de um movimento de resgate de amor, de ecologia, e de movimentos pacifistas que contribuirão para que se gere uma nova civilização.”
* Apocalipse.
**E aspectos se formando entre planetas lentos: Uranos, Netuno e Plutão.
postagem martha pires ferreira.
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Paraíso Informático

Segunda-feira
Despertador 7h30
Yoga chuveiro
Secador de cabelo
Rádio MEC música
Forninho pão/torradas
Cafeteira elétrica
Liquidificador vitamina
Linhaça aveia germe de trigo
Frutas na geladeira
Telefone-Fax
Vavevi@pipoca.com.br
Elevador
Táxi
Metrô
Escada rolante
Densitometria óssea
Mamografia
Tomografia computorizada
Ultra-sonografia da tireóide
Relógio
Fotografias digitais
Avião
DVD
Cinema

Tempo espaço
Celular
Caixa-eletrônica
Extrato bancário
Elevador
Interruptor
Luz
Ar condicionado
Janela fechada
Poluição
Xerox
yyy.mpi.com
TV Jornalismo
Amigos perplexos
Guerras violência corrupção
Mediocridade
Demônios que os pariu
Amanhã não
Nunca mais segunda-feira.
M. P. F. / 1998.
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quinta-feira, 10 de julho de 2008

Flores do Bem - Bernardo Horta

Pintura de Nise em canção
Bernardo Horta / 2004


Um gato brilha em seu olhar
Mulher da futura imaginação
Mergulha em ruínas ancestrais
Diamante que surge da escuridão

Vertigem no espaço da mente
Senhora das imagens
Santa, louca, mãe da gente
Fina flor de eternidade

Em inumeráveis estados do ser
Persevera e se liberta do breu
Oh, moça que lê imagens
Diz: que mito sou eu?

Em vida, transcende o corpo
Sua lucidez a ultrapassa
Psicodélica, reveladora
Operária, tijolo-argamassa

Matriz da expressão de Sócrates
Diotima-madrinha, enternece
Freud sussurra o seu nome
Jung jamais a esquece

Selvagem antiga do engenho
Bruxa-ninfa superzen
Rebelde que transborda em fúria
Amor sem limite, indignação-amém

Exemplo de vida, vigor animal
Arquétipo da superação
Liberdade alucinante
A ira sagrada da revolução

Sons, imagens - portal de expressão
Coração exposto em sensibilidade
Mitos que provêm do ventre profundo
Semente de luz, cura e humanidade

Gênia doida, fera agressiva
Abre as portas do hospício, em urgência!
Derruba grades e grades
Mostra que o poder, este sim, é a demência


Mistério, entre livros e pinturas
Zênite que flui pelos ares
Matéria-prima de energia pura
Arqueóloga dos mares

Mestra, gata, Nise brasileira
Alguém sempre admirando-a no retrato
Personalidade forte e terna
Estrela tímida, de brilho estupefato

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sexta-feira, 20 de junho de 2008

Desenho

Linha contínua Bico de pena, aquarela e selo, 2007
--postagem martha pires ferreira
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sexta-feira, 30 de maio de 2008

Astrologia _ Chave para saltos quânticos.

    Astrologia

    Importante em Astrologia é saber fazer analogias. Reitero alguns pontos básicos em minha linha de pensamento. Os astros sugerem; não expressam verdades em si mesmo. A Astrologia age como um processo de autoconhecimento, de descoberta do si mesmo. Outros caminhos são a yoga, a psicologia analítica, a psicanálise ou mesmo a meditação.
      O Mapa Natal é a carta pessoal que o Arquiteto celeste escreveu para cada um de nós no instante do nascimento com preciosas sinalizações. Cabe ao bom astrólogo decifrar o que estava escrito naquele momento dado. Os astros sinalizam e o interprete, o astrólogo, é que tem dificuldades maiores ou menores em analisar com precisão as mensagens do Sol, da    Lua, dos planetas e de todas as configurações celestes.
      Em sua beleza e dinâmica, a Astrologia não se prende ao determinismo, ela se expande na disponibilidade que cada ser humano pode conferir ao seu próprio ser no caminho para a auto realização, para o seu desenvolvimento pessoal. Processo difícil e riquíssimo de encontros e desencontros, e de novos achados. A Astrologia age como convergência de fenômenos. São os planetas projetados nos oferecendo múltiplas combinações, com os mais variados recursos de leitura, numa linguagem simbólica.
     O movimento diário dos planetas indica as possibilidades para o crescimento, a evolução da personalidade como um todo; a passagem do estado de ser mais elementar, primário, para outro transformador e mais elevado em conhecimento.
    Acompanhamos através das progressões, trânsitos, revoluções solares, evolutivos, e outros recursos de leitura a projeção de nossos passos e verificamos o processo de nossas potencialidades criadoras exigindo de nós grandes esforços. Pelo livre arbítrio transcendemos ao determinismo implacável e nos colocamos diante da liberdade para saltos quânticos, isto é, atingirmos níveis de consciência mais elevada. Verdadeiro trabalho alquímico. É o ser humano polindo sua natureza primeva, rebelde, imatura e atingindo processos depurados onde a energia vital é plena em realizações, felicidade e naturalidade de ir e vir, de criar e ser tal qual se é em essência.
     Estamos caminhando passo a passo, como que perdidos sem saber a direção, com toda a espécie humana e todas as grandezas deste belíssimo planeta Terra, nesta passagem dificílima que é avançarmos, darmos o salto na História, da Era do Ter para a Era do Ser. Da era do possuir, consumindo, para a era do viver sendo, amando, sorrindo. A esperança de um salto quântico em partilha, justiça social, grandeza humana.
    Preciosos sinais se fazem notar: os três últimos signos do Zodíaco estão sendo visitados por planetas lentos/trans saturninos - Capricórnio por Plutão, senhor dos mundos subterrâneos, sombrios e da fartura em abundância - Aquário por Netuno, senhor das Águas, dissoluções, sensibilidade e intuições que nos ilumina a travessia - Peixes por Urano, senhor da tempestade, das revoluções tecnológicas e das idéias, imprevisibilidade, solidariedade e da consciência cósmica. Os planetas Saturno, senhor dos limites, rigor matemático e precisão, e Júpiter, senhor da cultura, avanços e expansão, em seus ciclos demarcando as transformações inevitáveis. Na mitologia é o confronto de Cronos e Zeus. O Tempo e as Leis da Natureza fundamentam valores neste processo de crua realidade. Os astros engendram um convite a saltos qualitativos que convergem para o entendimento, a sabedoria, um aproximar-se cada vez mais da essência comum a toda a Humanidade. O Sol, a Lua, os Planetas e todo o Firmamento nos fazem intuir a possibilidade do surgimento de um novo Fogo da criatividade e da afetuosidade no fogão do Arquiteto da Vida. O Criador e suas criaturas felizes tomando o café matinal sem medo, vivendo em satisfação interior e alegria.

    postagem martha pires ferreira - verão de 2008.

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terça-feira, 27 de maio de 2008

Frases de Nise da Silveira

Em breve, esperamos que ainda este ano, teremos nas livrarias dois livros: o de Bernardo Horta e o meu/Martha, a caminho. Fomos amigos incondicionais da sábia senhora. Tínhamos o hábito de anotar suas palavras nos nossos caderninhos.

 Mãos de Nise da Silveira que tanto expressavam ao falar
“Todo mundo deve inventar alguma coisa, a criatividade reúne em si várias funções psicológicas importantes para a reestruturação da psique. O que cura, fundamentalmente, é o estímulo à criatividade.”

“É necessário se espantar, se indignar e se contagiar, só assim é possível mudar a realidade.”

“Para começar a estudar é preciso, de início, capinar. Capinar, capinar, capinar... Intensamente. Somente, após longo trabalho de capinação é que você poderá trocar o ancinho por um longo pente, e passá-lo sedosamente nos cabelos de uma mulher.”

“A contaminação psíquica é pior que piolho. Vai passando de uma cabeça para outra, numa rapidez incrível. E, como você sabe, todo mundo já pegou piolho.”

“Há no meu temperamento essa fúria. Quando eu quero uma coisa, eu insisto. Todo o dia, sem falta, eu levantava cedo, pegava o ônibus e ia trabalhar em Engenho de Dentro. Todo dia, todo dia... Nada me tirava daquele caminho.”

“Os gatos são os seres mais lindos, inteligentes e independentes do mundo. Essa é a razão por que os homens têm tanta dificuldade de se relacionar com eles e os perseguem indiscriminadamente desde o início dos tempos.”

“Desprezo as pessoas que se julgam superiores aos animais. Os animais têm a sabedoria da natureza. Eu gostaria de ser como o gato: quando não se quer saber de uma pessoa, levanta a cauda e sai. Não tem papo.”

“Eu me sinto bicho. Bicho é mais importante que gente. Pra mim o teste é o bicho, se não passar por ele, não tem vez. Freud disse que quem pensa que não é bicho, é arrogante.”

“Porque passei pela prisão, eu compreendo as pessoas e os animais que estão doentes, pobres, que sofrem. Eu me identifico com eles. Sinto-me um deles.”


" Para navegar contra a corrente são necessárias condições raras: ter espírito de aventura, coragem, perseverança e paixão".

"Há no meu temperamento essa fúria. Quando eu quero uma coisa, eu insisto".
“Só os loucos e os artistas podem me compreender.”

Tanto Bernardo Horta como eu frequentávamos o Grupo de Estudados C.G. Jung - quando tudo anotávamos. 
--- postagem martha pires ferreira.
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sábado, 24 de maio de 2008

Aquarela e Selos

Desenho - dois amores, 2001
Cecília Meireles e Heitor Villa-Lobos

sábado, 17 de maio de 2008

Palavras de C.G. Jung


Só espero e desejo que ninguém se torne ‘junguiano’. Eu não represento nenhuma doutrina, mas escrevo fatos e apresento certos pontos de vista que julgo merecedores de discussões. (...) Não advogo nenhuma doutrina pronta e fechada e abomino ‘partidários cegos’. Deixo a cada um a liberdade de lidar a seu modo com os fatos, pois eu também tomo esta liberdade para mim.

[Em carta resposta ao Dr. J.H. van der Hoop, Amsterdã. Este havia escrito que lhe interessava a própria liberdade de idéias e: Não posso dizer se algum dia poderei tornar-me junguiano.]

C.G. Jung / CARTAS / 1946 -1955 - Vol. II Editora Vozes.
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sexta-feira, 9 de maio de 2008

Artur da Távola

    - Martha Pires Ferreira

    O Brasil não esquecerá a nobreza de alma de Paulo Alberto Monteiro de Barros, nosso querido Artur da Távola. Ele se despediu deste mundo que tanto amou e sofreu e amou, para sem dúvida dar o salto quântico, para algo que nos transcende a inteligência. Hoje, 8 de maio de 2008, aqui na cidade do Rio de Janeiro, por volta das 14h00, aos 72 anos na flor da idade mais avançada. Seu nome é ainda; cultura, música, refinamento, sensibilidade intelectual, desenho das palavras, simplicidade, doçura, sorriso, espiritualidade, afeto, doação de si. Consciência filosófica e fidelidade a si mesmo serviu de exemplo; dignidade como cidadão político. Permanecerá eternamente vivo porque, essencialmente, humano. Paulo Alberto foi Presidente da Casa das Palmeiras, obra de sua saudosa amiga Nise da Silveira, de dez. de 2005 a dez. de 2007. Ocasião em que muito colaborou para o renascimento da Casa quando esta sofreu um cruel incêndio. Como Ave Fênix, pai-mãe amoroso, e com sábia bondade e compaixão, com postura receptiva, sentava-se à mesa ao lado de pessoas emocionalmente feridas da doença de esquizofrenia. Não tinha medo do Inconsciente, muito pelo contrário, dialogava com as forças que emergem das profundezas do si mesmo. Muitas vezes presenciei os doentes abraçando-o com emoção e gestos de fraterna amizade. Conversava com os tidos loucos, marginalizados pela sociedade burra e insensível, com uma surpreendente delicadeza nas palavras e no olhar, ao se achegar aos mais pobres e desvalidos. O mundo sempre se eleva com homens e mulheres que se depuram como pessoas e procuram acima de tudo serem humanos e generosos em seus pensamentos e atos. Saudades querido Artur! Saudades querido Paulo Alberto! Saudades homem plural e uno! Coro de Anjos acompanha a orquestra filarmônica celeste com atabaques ao receber Paulo Alberto!
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sábado, 3 de maio de 2008

Desenho

Bico-de-pena / 1970
Quero continuar pensando que desenhar e brincar renovam as células /2008

domingo, 20 de abril de 2008

Atividade terapêutica e criação artística

Atividade terapêutica e criação artística são fatores distintos. Terapêutico tem sua raiz na palavra terapia - tratamento. Terapêutico é recurso/meio para aliviar ou mesmo curar uma pessoa de doença, desequilíbrio ou desgaste mental/psíquico, físico e/ou emocional. Terapêutico é um termo da medicina na sua prática.
Atividade terapêutica, ocupação terapêutica, visa proporcionar satisfação, melhora ou recuperação ao doente ou pessoa em estado alterado em sua natureza fazendo-o trabalhar, ocupar-se, com algo ativo que proporcione bem estar, ou mesmo o cure de sua doença, que o possibilite retornar ao seu estado normal de saúde emocional, física e/ou mental.
O terapeuta médico ou técnico terapeuta conhece bem as indicações terapêuticas - encaminhará a pessoa em questão para a análise, psicologia analítica e/ou atividade ocupacional criativa.
Pintar, dançar, escrever, caminhar, praticar uma atividade física, ouvir música, pode ser terapêutico. É sempre terapêutico fazer uma atividade que nos alivie de tensões, desgastes ou desequilíbrios de nossas funções naturais (seja a função do músico, pintor, filósofo, desenhista ou matemático) nos proporcionando um retornar à vida normal, saudável. Quanto mais criativa for a atividade melhores os resultados.
Muitas vezes o/a artista caminha pelas avenidas ou jardins, passa horas em silêncio, ouve música ou pratica um esporte como terapia/alívio de tensões para depois retornar às suas atividades criadoras, isto é, pintar, escrever, compor.
É sempre terapêutico sair da rotina e fazer algo que seja uma atividade expressiva.
Criação artística não pode ser identificada com atividade terapêutica porque demanda um tremendo esforço intelectual, muito desgaste emocional, concentração, imaginação e plena atenção das funções em uso. Não é exercer simplesmente uma atividade terapêutica, é criar. Dar vida a algo inédito, novo.
Há tanto desgaste no ato criador que por vezes o artista adoece no simples exercício de sua criatividade, quando é preciso procurar um antídoto, procurar uma atividade que o descanse, que o recupere nas suas energias criadoras em exaustão. Por vezes o criador (o/a artista) procura um terapeuta para entender a si mesmo, ficar bem para poder retornar às suas funções de trabalho.
Criar não é alívio, é suor, cansaço. É terapêutico tocar um instrumento, mas tocar não é por si mesmo um ato de criar. Criar exige realizar emocional e conscientemente uma obra. Criar não é terapia é ato criador, é inventar, é exercer a função imaginativa criadora em sua originalidade.
Atividade terapêutica é atividade com a finalidade de tratamento. O artista não faz algo por ser terapêutico, e sim porque dá origem a alguma coisa. Pode acontecer de precisar fazer uma análise, um tratamento que vise uma atividade terapêutica, neste caso jamais a mesma atividade que já exerce, mas outra atividade que seja antídota da habitual como compensação das energias.
O que caracteriza a arte é a originalidade criadora.
Para o compositor Carlos Jobim caminhar pelo jardim Botânico era terapêutico na medida em que descansava ao ouvir os pássaros, convivia com a natureza e depois voltava para o seu piano e refeito voltava a criar - dar existência a algo impensado. Para Jobim tocar piano e compor não era terapêutico, era criar, suar, sofrer no bom sentido, inventar, dar origem a cada nova composição.
Bach, Pixinguinha, Spinoza, Cesanne, Matisse, Picasso, Paul Klee, Henry Miller, Thomas Merton, Cildo Meireles, Antônio Dias, Manuel Bandeira, A. Einstein, Chico Buarque, Pitágoras, Heráclito, Freud, Carl G. Jung, Nise da Silveira, Machado de Assis, eram/são criadores. Era terapêutico para Jung trabalhar com as mãos, para Spinoza polir lentes e para Nise da Silveira cuidar dos gatos e ficar em silêncio absoluto antes de retornar as suas atividades criadoras.
Já no início dos anos setenta eu afirmava; ‘todo e qualquer ser humano é potencialmente um criador. É da natureza humana querer inventar, criar, dar vida a algo original. A criação artística não é o privilégio de um pequeno grupo de artistas, nem o dom de uns poucos – verifica-se que todo ser humano é potencialmente um artista-criador em maior ou menor grau.’
( Martha Pires Ferreira / 2007 )

sábado, 5 de abril de 2008

Reflexões


Bertrand Russell Matemático e Filósofo inglês (1872)
Prêmio Nobel - 1950

“Para que uma civilização científica seja uma boa civilização, é preciso que o aumento do conhecimento humano seja acompanhado por um aumento de sabedoria, termo este que está sendo empregado no sentido de uma concepção justa dos fins da vida. Isto é algo que a ciência não proporciona por si mesma. Consequentemente, em si mesmo, o aumento dos conhecimentos científicos não é suficientes para garantir qualquer progresso genuíno, ainda que seja uma das condições necessárias para esse progresso.
Os novos poderes que a ciência deu ao homem só podem ser manejados de maneira segura por aqueles indivíduos que, através do estudo da História ou da sua própria experiência de vida, conseguiram adquirir certo respeito para com os sentimentos humanos e alguma ternura para com as emoções que dão colorido à existência cotidiana de todos nós.
É preciso não permitirmos que a técnica científica constitua a cultura única dos detentores do poder.
O objetivo do governo não reside meramente em obter prazer para os governantes, mas em tornar tolerável a vida dos governados.
Um mundo desprovido de afeições e de deleites é um mundo desprovido de valores. O manipulador científico não pode esquecer-se desses fatos e quando ele os tem presentes, a sua situação pode ser inteiramente benéfica.”
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quarta-feira, 19 de março de 2008

Flores do Bem

Recebi de Porto Alegre esta linda mensagem da astróloga Amanda Costa.

Feliz Aniversário, Planeta!
E Feliz Ano Novo pra nós, irmãos terráqueos!

Depois dos ritos carnavalescos de fim de ciclo, astrologicamente relacionados ao signo de Peixes, quando o Sol ingressa na região do céu correspondente ao signo de Áries e dá-se o Equinócio de Outono (hemisfério sul), temos o início do Ano Novo Solar, que realmente tem a ver com os ciclos do planeta Terra e com as forças da natureza. Ocorre no dia 20 de março às 2h48min, horário de Brasília. Celebremos, confraternizemos! É legal aproveitar essa nova energia que está chegando com tudo e mandar boas vibrações pra nossa nave-mãe-Terra, pra toda gente, todo bicho e toda planta, fazer uma faxina mental e liberar um pouco do lixo emocional, limpar a casa e o corpo-templo, meditar, abraçar os amigos e amores...

Tudo de bom, tudo de lindo!

Abraço,
Amanda

www.amandacosta.com.br

segunda-feira, 10 de março de 2008

GRUPO DE ESTUDOS - C.G. JUNG

C. G. JUNG E NISE DA SILVEIRA # Aos sábados de 2008 # 15 e 29 de março / 12 e 26 de abril 10 e 24 de maio / 14 e 28 de junho Horário: Início às 16:30h / término às 18:30h.
Local: CASA DAS PALMEIRAS Rua Sorocaba, 800 - Botafogo Inf.: Tel 2266-6465 / 2242-9341 O GRUPO DE ESTUDOS ESTÁ ABERTO AO PÚBLICO. [como sempre foi em casa de Dra. Nise da Silveira] Bem vindos os artistas, os filósofos, os psicólogos, os pensadores livres, os cientistas, os antropólogos, os sociólogos e/ou qualquer pessoa que desejar ler, estudar e/ou conhecer, mais profundamente, OBRA A SER ESTUDADA - O HOMEM E SEUS SÍMBOLOS * Carl G. Jung [Editora Nova Fronteira, 1977.] *****************************************

quarta-feira, 5 de março de 2008

Desenho - Bico de Pena

Vivendo a idéia obsessiva de que o Oriente, em especial a China, ocuparia espaço econômico e cultural no Ocidente desenhei, a nanquim com linhas puras, a Máquina da China, em 1969.
Martha Pires Ferreira

sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Paz na Era pós-cristã


Importante ler o mais recente livro de Thomas Mertom, obra proibida em 1961 - Paz na Era pós-cristã. Só há uns três anos é que este livro foi publicado nos EUA. Agora aqui na Brasil, Ed. Santuário/Aparecida, 2007. O livro aborda as questões da guerra fria EUA e Russia, os riscos da guerra nuclear (mesmo assim bem atual - o fantasma não é mais o comunismo e acabar com ele, agora temos o terrorismo - as guerras estão aí). O livro questiona as justificativas de destruições / de invasões e massacre de inocentes - guerra de toda ordem. Um berro desesperado de alerta. Esta obra foi proibida de ser editado em 1961 /1962. O superior Geral dos monges cisterciences/beneditinos o obrigou a calar-se, alegando que ele tinha é que ficar quieto rezando, e não se pronunciar sobre os riscos de guerra nuclear e/ou outras guerras mais. O silêncio lhe foi imposto. Foi um abalo terrível. Se ele perdeu a liberdade externa, não perdeu a interna, passou a escrever desesperadamente de outra maneira. A contra gosto, ele obedeceu abrindo outra porta ao escrever Sementes de Destruição, 1964, onde embute muito dos conteúdos/idéias do livro proibido. Sementes de Destruição foi editado e recolhido/ “proibido" aqui no Brasil / Ed. Vozes, 1966 - poucos tiveram oportunidade de comprá-lo.
Thomas Merton procurou outros caminhos para manter-se fiel à Verdade, escreveu Gandhi e a não-violência, A Via de Chuang Tzu, Zen e as aves de rapina, Místicos e Mestres Zen. Voltou-se para o extremo Oriente e Oriente Médio em busca dos exemplos de Paz - posturas pacíficas e éticas perante seu próximo e sua consciência. Vivia desesperado diante do temor da destruição programática dos poderosos do mundo... Um profeta contemporâneo. Com amigos não se calou... Continuou a escrever artigos e cartas; intensa correspondência para todas as partes do mundo. Pensou seriamente em abandonar a vida de monge (diários), mas permaneceu no Mosteiro porque achou que seria estratégico. E agora percebemos que nada de fatalidade em sua morte por choque elétrico, por fiação mal feita, algo mais estranho ocorreu. Sabia demais e sua lucidez incomodava os poderosos da linha "dura"...(1915 - 1968). Merton era uma Bomba Atômica de humanidade. Angustiado com as crueldades e corrida armamentista ele propunha diálogo/comunicação com os comunistas e não guerra. Na época do Concílio II enviou os manuscritos do livro proibido para Roma. O Papa João XXIII enviou um emissário, um arquiteto de Veneza para ir pessoalmente, ao Mosteiro estar com Meton e levar um presente. O desespero de Merton contra uma sociedade sedenta de violência não foi em vão. A morte de Thomas Merton não foi em vão. Com poucos que restam, tão poucos realmente cristãos, ele é ainda uma voz viva de esperança por um cristianismo fiel às palavras e atitudes de Jesus de Nazaré - "Amai-vos uns aos outros, como eu vos amei".

postagem martha pires ferreira - verão de 2008
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quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Labiringlauber

Este desenho foi o Pai da série com selos - mpf /bico de pena, aquarela e selo, 1998

terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

Brasil / Samba / Carnaval 2008

Festa da vida, da juventude em peso nas ruas dançando, cantando e sorrindo, e que nos encanta pelos sinais de continuidade. Alegria das crianças e dos mais velhos. Resgate cultural das marchinhas tradicionais passadas de voz em voz ao som dos tamborins, pandeiros; percussão atravessando as ruas e avenidas. O colorido dos blocos, as escolas de samba nas passarelas, as rodas de samba, os acenos das janelas. As criatividades nas fantasias originais em pura improvisação convidam aos sorrisos largos e abraços afetuosos. Brinde de cervejas e papos furados em solidários gestos de fraternidade. Alegria nos encontros, abraços e beijos com o sabor da música popular brasileira. Festa sem exclusões congregando pobres e ricos, gordos e magros, feios e belos em doce humanidade deste Brasil mestiço, sempre de braços abertos para outros povos, outras nações, que se misturam em espanto, em pura magia. Estandartes, flores, máscaras, adereços, vestes coloridas em criativas invenções, em mis detalhes.
Eternas lembranças! .. Blocos imensos sem nome que arrastavam multidões pelas Avenidas. Bafo da Onça, blocos dos Dois Irmãos/Morro dos Prazeres e Escorrega no Trilho. As Grandes Sociedades. Carnaval é vida; Cordão da Bola Preta... Escolas de Samba... Mangueira, Império Serrano, Salgueiro, Portela, Imperatriz, Grande Rio, Mocidade, Viradouro, Unidos da Tijuca, Porto da Pedra, Vila Isabel, Estácio de Sá, Beija-Flor. A insubstituível Banda de Ipanema.
Houve um hiato, mas agora é renascimento, as ruas ganham imensurável calor humano - Ave Fênix! Blocos surgindo, tantos, tantos, de todos os recantos desta cidade do Rio de Janeiro; Blocos das Carmelitas, Céu na Terra, Badalo de Santa Teresa, Sovaco do Cristo, Concentra Mas Não Sai, Maracatu, Cordão do Boitatá, Songoro Cosongo... tantos, tantos... ainda aos meus ouvidos a despedida de mais um maravilhoso carnaval carioca /e ressonâncias vêm de todo o país, deste meu querido Brasil, de norte a sul, 2008.

sábado, 2 de fevereiro de 2008

Flores do bem - Dionys Aeropagitae


"A causa de todas as coisas não é nem alma, nem espírito; ela não tem nem imaginação, nem opinião, ou razão, ou inteligência; ela não é razão ou inteligência; ela não é palavra ou pensamento; ela não é número, nem ordem, nem zero, nem infinito, nem igualdade, nem desigualdade, nem similitude, nem dissimilitude. Ela não está nem surgindo, nem em movimento, nem em repouso... ela não é nem essência, nem eternidade, nem tempo."
Dionys Aeropagitae

Arte Yoga
/ Ajit Mookerjee / Ed. Les Presses de la Connaisance, Paris, 1975.

quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

Aquarela e bico de pena

Árvore azul no planeta verde (coleção João Pedro Heringer Machado)

domingo, 27 de janeiro de 2008

ASTROLOGIA – UMA DINÂMICA NO TEMPO.


O saber astrológico é tão antigo quanto a história do conhecimento.

A Astrologia que chegou até nós no Ocidente teve sua origem na cultura dos povos da Babilônia, Egito e Grécia. China, Japão, Índia, Peru e México, também, conheceram a Astrologia na mais remota idade. Sabe-se, hoje, que povos remotos na África e mesmo nossos índios no Brasil faziam suas leituras celestes.

A Astrologia teve desenvolvimento admirável na Grécia e posteriormente se democratizou em Roma. Na Antiguidade alcançou posição de suma importância e dignidade. Conheceu no seu percurso momentos de gloria, apogeu e decadência. Na Idade Média enfrentou momentos obscuros e sombrios, sendo preservada por poucos sábios e alquimistas.
Ressurgindo na Renascença, respeitada e admirada por todo, foi privilégio de Reis, Papas e Ministro de Estado. Tendo caído em descrédito pelo charlatanismo. O saber astrológico foi protegido pelos gnósticos. Com o surgimento da Escola de Ciências no séc XVII, a Astrologia foi relegada à marginalidade porque o conceito de ciência da época passou a ser atrelada e basear-se em pesos e medidas.
A Astrologia, pela força que possui em si mesma, conservou-se intacta, em termos de conhecimento e sabedoria simbólica nos círculos herméticos, ocultos, “underground”. Informação subterrânea a mantiveram viva e atuante até os nossos dias. Por sua plenitude cosmológica, conseguiu atravessar o tempo e ganhou outros olhares. No final do século XIX e especialmente no século XX, ressurgiu com toda a sua carga de beleza e de sabedoria.
Por três séculos se viu obrigada a dar espaço ao mundo das descobertas cientificas. O pensamento científico preso à lógica racional e mecanicista das precisões, medidas, pesos e provas, não podia apreender o conhecimento astrológico. A racionalidade cartesiana não foi absorvida pelo pensamento alemão que permaneceu atento às percepções intuitivas dando oportunidade para o salto quântico. Pesquisas são feitas especialmente na área da biologia - fenômenos celestes em correlações com alterações orgânicas. Este avanço se tornou possível graças ao alargamento do conceito de ciência. A revolução no campo da física e da matemática em muito contribuiu para isso. A Astrologia se faz por correspondências analógicas e simbólicas; análises combinatórias. Desta forma desde a segunda metade do século XX a Astrológica vem tendo maior oportunidade de se colocar ao lado das ciências no campo das investigações.
Como ciência se entende conhecimento, erudição, intuição e sabedoria; conjunto de conhecimentos obtidos mediante observação e experiência dos fatos por método específico e próprio. Fundamentada nos conceitos amplos de ciência, a Astrologia está sendo pouco a pouco absorvida pelos mesmos canais que a relegaram.
A Astrologia, como ciência e arte, é passiva de transformação e evolução dinâmica. Isto se tornou muito claro com árduos estudos e pesquisas de precisão feitas em especial com as descobertas dos planetas modernos, isto é, Urano (1781), Netuno (1846) e Plutão (1930).
A cultura oficial acadêmica se aproxima da velha senhora, a Astrologia, meio sem jeito, ainda preconceituosa, como que pedindo desculpas por desconhecer as suas técnicas, seu vasto conhecimento empírico, seu mistério, sua fonte inesgotável de interpretação simbólica a respeito da vida – da alma humana, com seus anseios físicos, emocionais e psíquicos.
A Astrologia é um processo de conhecimento celeste em conexão com os fenômenos terrestres e humanos, tendo o Horóscopo, a Carta Natal, como a bússola neste processo. É instrumento precioso para o autoconhecimento e clara compreensão sobre o destino das nações. A Astrologia, sem duvida, se dirige para o amanhecer de uma nova civilização a partir deste século XXI contribuindo com sua presença viva e dinâmica para a grandeza da História da Humanidade.
 Martha Pires Ferreira/2000. 
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