sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Carta ao Presidente Luiz Inácio Lula da Silva

Prezado Exmo. Senhor Presidente da República Federativa do Brasil,
Luiz Inácio Lula da Silva,

O povo simples trabalhador será eternamente grato pelos benefícios recebidos nos seus oito anos de Governo.
O Brasil mudou, cresceu para melhor, e, se expandiu como Nação respeitada. Seu Governo, nestes anos de batalha servindo a nação com sacrifícios para o crescimento em todos os sentidos e combate à corrupção, foi mais do que o esperado.

Corrupção, vício antigo, sombra obscura e negra entre parlamentares em acordos com empresas privadas são histórias que escuto desde criança. Suborno, favoritismos inescrupulosos e inconcebíveis sempre alimentam oportunistas. É incrível como por todos os lados do planeta Terra a corrupção campeia, à margem da dignidade humana, por meio das armas, violência, guerras, drogas, sexo e baixarias do submundo.
Os ricos, “donos do mundo”, choram com suas cestas repletas de vantagens que não lhes foram retiradas. Muito dinheiro e nobreza de caráter, raramente, andam juntos. O sistema capitalista perverso e selvagem não se aproxima das classes operárias; delas só deseja vantagens e benefícios: trabalho semi-escravo e mão de obra barata. As dores e barbáries da 2ª guerra mundial de 1939, nem o horror da ditadura de 1964, serviram para mostrar que ser honesto e cuidar dos bens públicos são grandezas humanas que beneficiam a todos. É triste acompanhar a lerdeza que é evolução da espécie humana; crescemos em tecnologia e ciência e agimos como primatas.

A qualidade, atual, de Vida da classe trabalhadora no Brasil é o espelho do seu Governo, Senhor Presidente. Exemplo não só para o país, internamente, mas para todas as nações:
- habitação e saneamento básico.
- comida na mesa: pão, café, cereais, legumes, carnes, verduras, queijos, frutas, sucos e doces.
- aparelhos domésticos, geladeira, luz, telefonia fixas e celulares. Bens como jamais o povo simples e carente teve oportunidade de adquirir.
- educação, arte, esporte e lazer.
- carteiras trabalhistas assinadas, outro avanço.
- cultura, tecnologia e ciência.
- muito a ser feito, ainda, nas áreas da saúde, moradia e educação.

Seu Governo mostrou ao mundo que nós, o povo brasileiro, somos capazes de grandeza e exemplo como nação quando nos são dadas oportunidades de atuarmos e crescermos como cidadãos, como quaisquer outros cidadãos de qualquer parte dos cinco continentes.

Presidente Lula, o mais belo de seu Governo foram os seus gestos espontâneos de afeto e solidariedade para com o povo nas ruas e praças em campo aberto, com governantes estadistas e reis, sábios e analfabetos, santos e demônios (“populismo” só leitura das cabeças ocas). Seus braços, Senhor Presidente, se estendiam, indiscriminadamente, para todos; heróis e covardes, dando exemplo de dignidade e senso de justiça social. Não julgou os criminosos com mãos de ferro, nem condenou sem provas / pode ter sido até complacente. Tentou investigar o quanto pode. Deixou para a História o julgamento implacável dos senhores dos infernos.
Nem Jesus Cristo, Krishna, Moisés, Lao Tsé, Buda, Maomé, São Francisco de Assis ou Gandhi conseguiram varrer a corrupção da vida pública e privada. Não teve medo de errar, arriscou e acertou.

Seja feliz. Descanse um pouco com a sua esposa, família e amigos/as à sombra de uma frondosa árvore-mãe. Não queira ocupar, novamente, este posto da Presidência da República do Brasil. O remo, agora, é para a nova presidente, Dilma Vana Rousseff, que saberá dar continuidade às suas conquistas. Descanse, com altivez e coragem, que lhe é própria, e recomece em bom tempo sua batalha como um dos Senhores do Panteão do Olimpo para o bem do Brasil, por um mundo humanamente justo e feliz.

Meu abraço de cidadã andarilha há quase 72 anos na Terra e no Cosmo.

martha pires ferreira

(artista plástica e astróloga).
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quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Presente de fim de ano 2010 > 2011

Querem um presente?
Visitem a página de Julia Andrade
Oficinas de individuação

Surpresas: reflexões seríssimas e encantadoras.http://www.oficinasdeindividuacao.blogspot.com/

E viva 2011 chegando repleto de esperança e bons sopros !

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domingo, 26 de dezembro de 2010

A natureza psíquica da Obra Alquímica

Estamos terminando mais um ano, 2010, e as atenções estão repletas de projetos, sonhos e esperanças para 2011! E é bom desejar Feliz Ano Novo!
Para mim, pessoalmente, 2010, foi o ano da mediocridade. Jamais vivi um período tão insignificante, vazio de valores e repleto de incompreensões, projeções insólitas. A saúde mais frágil exigiu cuidados. No campo político nunca presenciei tanta insensatez. O ano de 2010 valeu apenas como reflexão, mergulhei em camadas profundas da psique, com algumas preciosas conquistas, naturalmente.
Em família e com meus amigos/as, alunos/as, fui feliz como sempre.
Trabalhei pouco na Astrologia e nas Artes - desenhei pouco. Minha colaboração na obra de Nise da Silveira foi inexpressiva, em comparação a tantos outros anos - o que colhi como retorno não contou se perdendo no ar. Sei o quanto fui afetiva com os doentes psíquicos e deles obtive respostas tão sutis....tesouros que guardo no coração.
Muito precioso, o melhor que fiz, foi freqüentar o Grupo de Estudos C. G. Jung estudando Psicologia e Alquimia. Nos anos 70, e por muito tempo, estudei alquimia por estímulo de Nise.
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Agora, publico este meu texto escrito em 2000.
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A natureza psíquica da Obra Alquímica
Martha Pires Ferreira

A alquimia, al-kimyâ (árabe, raiz grega) era a antiga e primitiva arte que tinha como objetivo a análise dos fenômenos da natureza com o propósito particular de transmutação dos metais, a arte de fazer ouro, a descoberta da Pedra Filosofal e o preparo do remédio único capaz de curar todas as doenças. Os adeptos escondiam suas experiências em segredo aos olhos dos profanos, por precaução. O que nos interessa aqui é apreender o significado simbólico do processo alquímico. A Grande Obra Alquímica em sua maior parte não trata, unicamente, de experiências alquímicas como tais, mas, também, como qualquer coisa semelhante a processos psíquicos, expressos numa linguagem pseudoquímica.
O que se supõe é que o quê os alquimistas praticavam não era apenas a química ordinária, uma obcecada idéia de transmutar cobre em ouro. O alquimista, tal como o ferreiro ou bem antes dele o oleiro, era uma pessoa envolvida com a natureza ígnea, era chamado o “senhor do fogo”. Era através do fogo que ele fazia operar a transformação da matéria, a passagem de um estado do metal vil para outro mais nobre - o cobre em prata ou ouro.
Na Babilônia, cada metal era formado segundo a natureza do planeta que lhe correspondia. Os metais possuíam a constituição correlata aos planetas; ouro produzido pelo Sol, prata - Lua, bronze e cobre – Vênus, ferro – Marte, azougue e mercúrio – Mercúrio, estanho – Júpiter e chumbo – Saturno. Fluxo de correspondência, semelhança. Não havia realização do Opus Magnum sem a manipulação dos metais. O ouro que eles procuravam assegura alguns autores, não era como supunha os mais ignorantes, o ouro ordinário, o ouro comum, mas sim o Ouro Filosófico, o Ouro dos Sábios, a Pedra Etérea; o inimaginável Rebis Hermafrodita; o ser completo - a integração de energias opostas; masculinas e femininas. O que eles buscavam era a integração com o Cosmo, a Unicidade.
A Alquimia foi mitológica e sacerdotal na Mesopotâmia e no Egito. Na antiga Caldeia havia grande preocupação com as questões da cura e das enfermidades. Na China e na Índia ela foi mais pragmática. Na Grécia e na Escola de Alexandria, filosófica. Entre os judeus é testemunho o uso da Cabala, mais especialmente na Idade Média.
Por motivos políticos e econômicos, erros e extravagâncias, a alquimia foi perseguida pelos romanos. Com a decadência na Idade Média é o cristianismo quem lhe fecha as portas.
Registro significativo são as igrejas góticas, na Europa, repletas de configurações alquímicas.
A alquimia gozou de liberdade e proteção oficiais entre os árabes. Não há que se negar que o exercício alquímico ao lado das observações astrológicas, representa um longo período de gestação, na história do pensamento e da inteligência humana as quais deram nascimento à Química e à Astrologia que conhecemos, hoje.
O primeiro passo pragmático, não mitológico, surgiu no velho Egito; Assim como é acima é a baixo - Hermes Trimegistos – o Três-Vezes-Grande – o criador da Alquimia. Assim como de todas as artes e ciências dos egípcios: como o exterior é o interior, como o micro é o macro.

A Matéria Prima dos alquimistas estava escondida no próprio ser humano. Nenhum alquimista revelou a verdadeira natureza da chamada Matéria Prima. Alguns alquimistas identificavam-na como o chumbo ou o mercúrio, com a água, o sal, o enxofre e mesmo o fogo. Poderia ainda ser a terra, os excrementos, o esterco, o sangue, o dragão ou mesmo o próprio Deus, o criador de todas as coisas visíveis e invisíveis. O objetivo do trabalho alquímico era a libertação da anima mundi, o espírito escondido na matéria, e que o homem não conhecia. Seu objetivo era libertar a alma prisioneira da escuridão da matéria; unir a matéria ao absoluto. E para tanto punha em prática a individuação dos metais.
A Grande Obra era, também, realizada por muitos alquimistas com a utilização das plantas em seus processos de transformação, o que enriqueceu as origens da química farmacológica. Os alquimistas procuravam “a água divina”, a cura de enfermidades – a busca do elixir da longa vida, a depuração da alma. Os elementos essenciais do Opus eram o Sal, o Enxofre e o Mercúrio. A Obra é a união do elemento masculino, yang - enxofre, com o elemento feminino, yin – mercúrio. Ars Magna - A Arte Real. O alquimista auxilia a natureza-mãe precipitando o ritmo do tempo. Na realidade o verdadeiro laboratório dos alquimistas era o próprio homem.
O fato dos alquimistas terem permanecido misteriosos pode vir do foto de que o verdadeiro segredo não age secretamente, ele fala uma linguagem secreta ele se expressa por uma variedade de imagens, as quais, todas indicam sua verdadeira natureza - uma coisa ou fenômeno que é “secreto”, conhecido, unicamente, através de vagas alusões, cujo essencial permanece desconhecido.
Os alquimistas espirituais eram peregrinos à busca da terra dos Bem Aventurados, a Árvore da Imortalidade. Os sábios desejavam alcançar o amor sublime com o aperfeiçoamento externo e interno, buscando a elevação do indivíduo para a verdade, a beleza, a bondade. Eles próprios eram o metal vil, grosseiro. A meta era transformar-se num ser novo, que se identificasse com o metal puro, o ouro, esse metal resplandecente, inalterável. Era preciso que o ser humano reencontrasse o seu estado glorioso, estável e imortal.
Para o psiquiatra C. G. Jung, iniciador da psicologia analítica, a verdadeira natureza da matéria alquímica era, praticamente, desconhecida do alquimista, ele a conhecia apenas por alusões. Procurando explorá-la, ele projetava o inconsciente na obscuridade a fim de iluminá-la (C. G. Jung - Psicologia e Alquimia).
O alquimista vivia o seu próprio inconsciente. Para explicar o mistério da matéria, ele projetava outro mistério, o seu próprio mundo psíquico desconhecido naquilo que ele deveria explicar; o obscuro pelo mais obscuro, o desconhecido pelo mais desconhecido. Não se faz uma projeção, ela se produz, ela está lá, simplesmente.
Alguns alquimistas medievais, seguindo a tradição desde a Mesopotâmia, faziam conexões entre os metais e a natureza dos astros relacionados com os doze signos do Zodíaco nas triplicidades dos elementos: Fogo, Terra, Ar e Água. Como nós sabemos a ciência começou pelas estrelas, na observação dos movimentos dos astros, com os quais o ser humano fez as conexões celestes e terrestres. Projetava nos astros a potência da criação; as estrelas em seus movimentos diários eram divindades. As singulares qualidades atribuídas ao Zodíaco constituíam toda uma riquíssima teoria da natureza humana, correspondência por sincronicidade. Assim surgiu a Astrologia da experiência viva, primordial, semelhante à Alquimia. Tais projeções se repetem sempre quando o homem tenta explorar um vazio obscuro que ele preenche involuntariamente com figuras vivas. Jung esclarece: A Astrologia não é uma projeção, ela corresponde a uma influência, relação entre os astros não se revelam mais que a pura sincronicidade.
Não é porque o alquimista creia em uma correspondência por razões teóricas, que ele pratica a sua arte; ele tem uma teoria de correspondências porque ele fez a experiência da presença do espírito na matéria. Jung muito se preocupou se os alquimistas relataram suas experiências no exercício de sua arte de maneira completa, talvez porque certos textos provam que apareceram durante as experiências práticas, certos fenômenos de caráter alucinatório ou visões que não seriam outra coisa que projeções de conteúdo inconsciente.
Mais importante que as escrituras, que os livros, são as experiências; a visão do Vaso Hermético. Para os alquimistas, a visão do Vaso Hermético é mais importante que as escrituras de textos alquímicos.
O Novo Lúmen nos diz; fazer aparecer as coisas escondidas na sombra e retirar a sombra, eis o que é permitido por Deus ao filósofo inteligente, por intermédio da Natureza... Todas as coisas se produzem e os olhos do homem comum não as veem, mas os olhos do espírito, do intelecto e da imaginação as percebem pela visão verdadeira, pela mais verdadeira visão. Depois de Paracelso, a fonte de iluminação é a luz natural. Esta luz é a luz da natureza que ilumina todos os filósofos. Acima de tudo ela é o tema da Pedra dos Sábios, Universal e Grande, que o mundo inteiro tem diante dos olhos e mesmo assim não o conhece.
Com respeito à atitude mental ou espiritual da obra alquímica, um autor anônimo nos mostra outro aspecto da relação da vida psíquica com o Opus Alquímico: observe, olhe com os olhos do espírito, a semente minúscula do grão de trigo, considerando todas as suas circunstâncias para que você possa plantar a Árvore dos Sábios. Isso parece aludir em psicologia junguiana à imaginação ativa, que verdadeiramente põe em marcha o processo. Não se duvida de que se trata da condição psicológica da obra, e de que tal condição é de importância fundamental.
Outra citação aparece no Rosário dos Filósofos: Quem conhece o sal e a sua solução, conhece o oculto segredo dos antigos sábios. Dirige, pois, sua mente ao sal, já que nele está a ciência e os mais ocultos segredos dos antigos filósofos. Basile Valentim diz que: o sal é o fogo, a água que não molha as mãos. O autor anônimo do Rosário dos Filósofos noutra passagem observa que deve se fazer a obra com a imaginação verdadeira e não com a fantástica. Com esta afirmação parece dizer que o segredo essencial da arte alquímica está oculto no espírito humano, em termos modernos diríamos, no inconsciente. Com efeito, os alquimistas pressentiam, de algum modo, que a sua Obra estava relacionada com a alma humana e suas funções. O que os alquimistas viviam era na realidade as projeções de eu próprio inconsciente.
Alguns autores observam que é de fundamental importância que se leia várias vezes e muitas vezes, e que se procure onde os alquimistas tem pontos em comum, onde estes pontos se encontram aí se oculta, com efeito, a verdade. É necessário ultrapassar a abordagem da palavra, conhecer em essência o que queriam, realmente, dizer os filósofos.
Para o alquimista medieval a obra de redenção não era só a do Cristo. Ele próprio tinha como objetivo primordial redimir o mundo, liberar a alma mundi aprisionada na matéria, transmutar as coisas impuras da matéria. Fundamental era readquirir o sentido da totalidade, obter a Pedra era pertencer ao Todo, ao Cosmo. Cristo não era apenas um exemplo de vida, era um meio de revelação do curso das operações regenerativas da alma. Para o adepto cristão, medieval, o Cristo era o Lápis, o fim primordial, a Ave Fênix, a suprema Grande Obra. Cristo era a via do absoluto, a reintegração do ser humano na sua dignidade primordial.

(Janeiro de 2000, Santa Teresa, RJ)
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sábado, 25 de dezembro de 2010

Natividade de Jesus Cristo

Miniatura, Menologio de Basílio, cerca de 986.
Biblioteca Apostólica Vaticana ~ Roma.
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sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Flores do Bem >> Feliz Natal !

Soneto de Natal

Manuel Bandeira (1886 - 1968)

O nosso menino
Nasceu em Belém.
Nasceu tão-somente
Para querer bem.

Nasceu sobre as palhas
O nosso menino.
Mas a mãe sabia
Que ele era divino.

Vem para sofrer
A morte na cruz,
O nosso menino.
Seu nome é Jesus.

Por nós ele aceita
O humano destino:
Louvemos a glória
De Jesus menino.
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Natal

Murilo Mendes (1901 - 1975)

Meu outro eu angustiado desloca o curso dos astros, atravessa os espaços de fogo e toca a orla do manto divino.
O Ser dos seres envia seu Filho para mim, para os outros que O pedem e para os que O esquecem.
Uma criança dançando segura uma esfera azul com a cruz: Vêm adorá-la brancos, pretos, portugueses, turcos, alemães, russos, chineses, banhistas, beatas, cachorros e bandas de música. A presença da criança transmite aos homens uma paz inefável que eles comunicam nos seus lares a todos os amigos e parentes.
Anjos morenos sobrevoam o mar, os morros e arranha-céus, desenrolando, em combinação com a rosa-dos-ventos, grandes letreiros onde se lê: GLÓRIA A DEUS NAS ALTURAS E PAZ NA TERRA AOS HOMENS DE BOA VONTADE.

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Natal


Jorge de Lima (Alagoas, 1895-1953)

Feliz de quem, quando o ano termina,
possui um doce e acolhedor abrigo:
a companheira, o filho, a avó tão rara
ou mesmo o amigo
com quem possa se reunir em Cristo,
e sua vida interior desperte viva
de dentro de si uma alma de
São Francisco; o amor generoso,
o heroísmo estranho de beijar um leproso.

De lembrar-se de que há no mundo
criaturas de Deus pelo Natal
sem companheira, e sem a avó tão rara
e sem um beijo de mãe ou um beijo de
filho, e até sem um livro que substitua
o amigo.

Feliz de quem, quando o ano termina,
pode ver a estrela no céu
e tem olhos ainda
para encontrar Jesus.

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quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Bloco Feitiço do Villa

Queridos amigos/as, ganhamos um maravilhoso presente de Natal.
Algo novo nesta mágica cidade do Rio de Janeiro
Em março teremos Carnaval na potência do clássico.

Bloco Feitiço do Villa (ganhou este nome numa consulta popular)
Patrono >>>> Heitor Villa-Lobos

Dia nacional da música clássica Sábado dia 5 de março de 2011, às 11h da manhã.
O mundo clássico de mãos dadas com o samba.
Percurso: Sala Cecília Meireles até a Escola de Música da UFRJ


Edu Krieger escreveu o samba em parceria com seu pai Edino Krieger.

Ler a letra e saber mais visitem:
http://feiticodovilla.blogspot.com/
...e sejamos felizes para sempre.
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segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Confraria Nise da Silveira

Caramba! Esqueci de dar a hora do encontro da Confraria - às 19h30 - na Taberna da Glória.
Como os amigos/as confrades já sabiam do horário compareceram para mais uma bela noite de confraternização e papo interminável sobre a saudosa Nise, sorteio e mais histórias em torno da viagem de Bernardo Horta às casas de Jung, em Zurique, Suiça, antes de publicar seu livro NISE.
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sábado, 18 de dezembro de 2010

Confraria Nise da Silveira

Os confrades e as confrades reunir-se-ão na Taberna da Glória para mais um encontro filosófico e alegre em memória de nossa eterna e saudosa Nise da Silveira. Dia 20, segnda-feira, de dezembro deste ano de 2010, aqui nesta cidade maravilhosa do Rio de Janeiro > com as boas vindas do Menino Jesus trazendo novas mis esperanças para 2011. Taberna da Glória Rua do Russel, 32 A (Metrô Glória) nada foi reservado. Quem chegar chegou! Esperamos por você! ~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~ A Confraria Nise da Silveira foi batizada com sucos, vinho, cerveja e variadas iguarias no Café e Restaurante Lamas, dia 3 de julho de 2002, Rio de Janeiro, às 19h47, com a presença de muitos amigos. A Confraria tem se reunido, esporadicamente, em bares, botecos, restaurantes ou espaços culturais como salas de música, livrarias, artes. Além das amigáveis trocas de idéias e encontros, algumas coisas importantes foram realizadas e dirigidas ao público: Domingo Nise da Silveira – centenário de seu nascimento (15/02/1905). Escola de Artes Visuais do Parque Lage - 18/ 09/ 2005 – das 10h às 17h Livros: NISE, arqueóloga dos mares Bernardo Carneiro Horta, aeroplano editora / 2ª edição. RJ, 2008. Senhora das imagens internas, escritos dispersos de Nise da Silveira Martha Pires Ferreira, Biblioteca Nacional, RJ, 2008 ~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~ Dia 20/12/2010 haverá sorteio para os antigos e os novos confrades. Fazer parte da Confraria basta ser uma pessoa que traz Nise em memória com muita admiração ou queira conhecer melhor suas idéias, filosofia de vida. A Confraria Nise da Silveira não tem presidente, secretário, tesoureiro ou sede. A “Confraria Nise da Silveira é pequeno espaço de encontros livres”. ~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~

domingo, 12 de dezembro de 2010

Gatos, a emoção de lidar



Sebastião Barbosa, fotógrafo

Obra esgotada com assinatura de Nise da Silveira

Léo Christiano Editorial, RJ, 1998
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Estou vendendo este livro, em estado novo-perfeito, para ajudar a
Casa das Palmeiras
R$ 400,00 (quatrocentos reais).
Fim de ano - período de despesas muito grandes.
Combinada, a aquisição do livro, o cheque deverá ser nominal à Casa das Palmeiras.
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Marlene Hori, amiga milenar de Nise, doou para a Casa outra obra:
Imagens do Inconsciente,
Ed. Alhambra, 1981, com dedicatória.
Foi adquirida por R$ 400,00.
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A Casa das Palmeiras não tem ajuda do Estado -
vive de doações de familiares dos clientes e amigos.
- visite -
O interessado/a deve ligar para tel. 2242-9341
[martha]
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sábado, 11 de dezembro de 2010

Soneto de Natal

Machado de Assis

Um homem, - era aquela noite amiga,
Noite cristã, berço do Nazareno, -
Ao relembrar os dias de pequeno,
E a viva dança, e a lépida cantiga,

Quis transportar ao verso doce e ameno
As sensações da sua idade antiga,
Naquela mesma velha noite amiga,
Noite cristã, berço do Nazareno.

Escolheu o soneto... A folha branca
Pede-lhe a inspiração; mas, frouxa e manca,
A pena não acode ao gesto seu.

E, em vão lutando contra o metro adverso,
Só lhe saiu este pequeno verso:
“Mudaria o Natal ou mudei eu?"

[Poesias Completas – Orientais,1901].
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quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Contos de Fada

Dia 10 de dezembro de 2010
Amanhã >> sexta-feira > das 19h às 21h)
na
Casa das PalmeirasA entrada é franca
*
Três histórias:
Almofadinha de ouro/ João de Ferro e
A princesa transformada em pata
As riquezas simbólicas do mundo interno e externo.
Feminino e masculino / realidade e fantasia.

Abordagem /psicologia analítica: Marie Louise Von Franz e C.G.Jung

Narradoras:

Martha Pires Ferreira, Ana Luiza Motta
E uma convidada.
****
Local: Rua Sorocaba, 800 - Botafogo.
Inf. 2266-6465
*
Tragam amigos/as e juntos nos encantaremos.
... e sermos felizes para sempre.
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segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Leitura é prazer

Flores do Bem

Estou envolvida em reflexões relendo dois livros:
O Espírito na Arte e na Ciência - C. G. Jung / psicologia analítica.
- Ed. Vozes, Petrópolis, 1985 (volume XV)

O Meio Divino - Pierre Teilhard de Chardin / ensaio / mística.
– Ed. Cultrix, São Paulo, 1981.

E terminando de ler um terceiro:
O Dom do Crime - Marco Lucchesi / romance
– Ed. Record, Rio de Janeiro . São Paulo, 2010.
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sábado, 4 de dezembro de 2010

Confio em ti, Senhor!

Piedade, ó Deus,
tem piedade de mim,
pois que me abrigo em ti;
eu me abrigo à sombra de tuas asas,
até que passe a desgraça (sl 57,2).

Eu clamo ao Deus Altíssimo,
ao Deus que faz tudo por mim (sl 57,3).

Do céu ele me enviará a salvação:
confundindo os que me atormentam!
Deus enviará seu amor
e sua fidelidade! (sl 57,4)

Livrou-me de um poderoso inimigo,
de adversários mais fortes do que eu.
Armaram uma rede para meus pés,
e eu baixei a cabeça;
cavaram na minha frente
um buraco e foram eles
que nele caíram (sl 18,18; 57,7)

Meu coração está firme, ó Deus,
meu coração está alerta!
vou cantar e tocar! (sl 57,8)

Desperta, glória minha!
Despertem, cítara e harpa,
que eu vou despertar a aurora! (sl 57,9)

Vou louvar-te em meio
a todas as pessoas,
Senhor,
vou tocar para ti em meio às nações,
pois o meu amor é maior do que o céu,
e a tua fidelidade alcança
as nuvens (sl 57,10-11).

Eleva-te sobre o céu, ó Deus,
e tua glória domine a
terra inteira! (sl 57,12).

Orações de São Francisco (de Assis)
Paulinas 2ª Ed. 1995.
Original - Prechiamo com San Francisco
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domingo, 28 de novembro de 2010

Rio de Janeiro, a bela cidade ferida!

Ninguém merece ter que acompanhar a Briga de Galos no terreiro sendo todos convidados para ver o teatro do espetáculo armado, na periferia da bela cidade do Rio de Janeiro. E bem articulado para que todos possam assistir perplexos.

Tem cabimento tal violência? Tanta arrogância das partes? Precisava?
Não vejo jornais, não vejo TV, não escuto rádios. Gostaria de não saber de nada porque nada posso fazer efetivamente. Ando pelas ruas barulhentas ou pacatas e me encontro com pessoas assustadas me dizendo: voltemos para casa, vamos rezar, estamos em guerra! É preciso eliminar o inimigo!

Quem é o inimigo? Os outros? Os pobres da periferia? Quais outros? O que fazem? Onde vivem? O Rio de Janeiro não é só zona norte, tem sul e centro. O que é preciso fazer? De qual violência estão falando? Que geopolítica do crime? Sem justiça social decente e digna não há paz possível. Estão falando é da violência dos bastidores subjacentes às políticas públicas de segurança perversas e cruéis? As que se manifestam explicitamente em especial nas periferias a procura dos traficantes personificações do mau, do demônio em carne e osso?

Para qualquer um que vinha observando o descaso das políticas públicas para com o bem social e soluções reais, não é novidade o que está ocorrendo no Rio de Janeiro espelhando para todo o território nacional e exterior. Previam-se as conseqüências. Há muitos interesses em jogo: um mercado vergonhoso!

Um monte de gente pedindo para rezar, meditar, orar em vigílias pela paz.
Não vou rezar nem meditar, nem me unir em grupos para vigílias pela paz. Nem pedir pelas pessoas e criancinhas mortas nas ruas ou vielas das favelas por tiroteios de gente armada que se autojustifica ver sangue derramado a cata de inimigos. Deus não é cego, nem surdo. É plena misericórdia, acolhe estas criaturas sem precisar de mim. “Felizes os que são perseguidos por causa da justiça, porque deles é o Reino do Céu” (Sermão da Montanha). Os que foram mortos, insultados e perseguidos são acolhidos pelo Amor Divino. Os trabalhadores decentes e honestos que vivem nas periferias precisam de vida tranquila.
O Estado deve subir aos morros, mas sem polícias e sim com cultura: educação, moradia decente, saneamento básico, acolhida social, arte, esporte, saúde, lazer, solidariedade e diálogo com a comunidade. E sobretudo valorização da vida humana com o melhor uso da inteligência.

Traço uma metáfora; O Arquiteto do Planeta Terra ouve o barulho vai à janela e vê os reais criminosos e responsáveis por tanto aparato violento, solta um grito desesperado e ensurdecedor pela voz do seu povo indefeso, depois o Arquiteto aguarda que os homens, eles mesmos, tomem a providência necessária.
Não preciso falar com Deus o que Ele sabe e há muito conversamos sobre as barbáries primatas, dos bípedes pelados, que fazem parte da raça humana.
Permaneço quieta esperando que as bestas do Apocalipse sejam vencidas pelo anjo da consciência humana capaz de assegurar os direitos humanos com dignidade.

Que não brinquem com a iracúndia violenta de Deus!
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sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Notícias: Flores do Bem


Às sextas-feiras -
Dia 19 - das 19h às 20h30 na Casa das Palmeiras
Contos de Fada
R$ 20,00 para ajudar a manter a Casa com dignidade nas produções criadoras dos clientes.
Um olhinho, dois olhinhos, três olhinhos ( irmãos Grimm)
e outras histórias.

Dia 26 - uma história chinesa:
O homem que sabia florescer as árvores mortas.
Interpretação simbólica do herói e do velho sábio
Abordaremos os contos segundo a psicologia analítica /processo de individuação -

Marie Louise von Franz e Jung.
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Na quarta-feira, dia 24, no Grupo Estudos C. G. Jung:
O Espírito na Arte e na Ciência
[livro de Jung - leitura e reflexões]

Local: Casa das Palmeiras

Rua Sorocaba, 800 das 19h às 20h30.
Tel. 2266-6465 [ou tel. 2242-9341]
Entrada aberta ao público.
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Lançamento do livro de Leonardo Boff
Cuidar da Terra - Proteger a Vida
(editora Record)
Local: Da Conde > dia 25, quinta-feira, às 19h.
R. Conde de Bernadotte 26, Lj. 125 Leblon
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segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Sobre o absoluto Tao

Estive silenciosa em retiro>> ausente do mundo
>> presente no Cosmo >> bebendo na fonte do Absoluto
que fica em todas as partes e em nenhuma
>> sem centro ou periferia >> apenas presença.

Sobre o absoluto Tao

Lao Tsé (poeta chinês – cerca de 604 a. C.)

O Tao de que se pode falar
Não é o Tao absoluto.
Os nomes que podem ser dados
Não são nomes absolutos.

O indizível é a origem do Céu e da Terra.
O denominado é a mãe de todas as coisas.

Portanto:
Há quem muitas vezes se dilacere de paixão
Para ver o segredo da vida;
Há quem muitas vezes encara com paixão a vida;

A fim de ver suas formas manifestas.
À ambos podem ser chamados o Mistério do Cosmo.
São da mesma natureza,
A qual se dá diversos nomes
Quando se tornam manifestos.

Ambos podem se chamados o Mistério do Cosmo.
Abarcando o Mistério e o Mistério mais profundo,
Eis a porta do segredo de toda vida.
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O pensamento de Lao Tsé -
tradução da versão alemã – H. von Glasenapp.

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terça-feira, 2 de novembro de 2010

O Brasil avança !

Os anos de chumbo da ditadura militar .... cada dia mais distantes.
O mundo vive uma transição das mais profundas da História das Civilizações.
Tenhamos confiança no bom senso de todos os seres humanos:
homens e mulheres.
O Brasil avança; há muito o que fazer.
*
Um mundo igualitário, fraterno e em harmonia entre
todos os seres vivos;
mineral, vegetal, animal - incluindo nós bípedes - é possível.
*
A esperança de felicidade, a liberdade e a solidariedade
entre todos os povos é minha bandeira!

Viva a Democracia!
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domingo, 31 de outubro de 2010

Viva a Democracia!

Dilma Rousseff
Presidente eleita do Brasil
*
31 de outubro de 2010
20:13
Brasília
*
Viva o povo Brasileiro!
Viva a Democracia!
Viva o Brasil!
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sábado, 30 de outubro de 2010

Contos de Fada - III

Como processo terapêutico e prazer da narrativa
Histórias tradicionais do Ocidente e do Oriente.


As riquezas simbólicas do mundo interno e externo.
Feminino e masculino / realidade e fantasia.

Abordagem psicológica: Marie Louise Von Franz e C.G.Jung

Histórias maravilhosas de Encantamento:
Almofadinha de ouro/O Camponês e a serpente /

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As três plumas / João de Ferro /
*
Um olhinho, dois olhinhos, três olhinhos /
*
O homem que sabia florescer as árvores mortas /
*
As duas Fadas / Os três fios de ouro dos cabelos do diabo.
Narradoras:
Martha Pires Ferreira e Ana Luiza Motta

dias: 5, 12, 19 e 26 de novembro.
dias: 3 e 10 de dezembro / 2010
(sextas-feiras - das 19h às 20h30)

Casa das PalmeirasRua Sorocaba, 800 - Botafogo.
Inf. 2266-6465 / 2242-9341
Preço: R$ 80,00 (todo o curso) e R$ 40,00 /estudantes.
(Caso queira assistir um dia R$ 20,00 cada vez).

Tragam amigos/as para juntos nos encantarmos
e sermos felizes para sempre !

Benefícios para a Casa das Palmeiras
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É o terceiro curso que organizo para ajudar
a Casa das Palmeiras
Agradeço, antecipadamente, gentil divulgação.
Martha Pires Ferreira
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quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Mau uso da religião

Acabo de receber este artigo do meu amigo Leonardo Boff - Teólogo
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O mau uso político da religiosidade popular

Leonardo Boff

A religiosidade popular está hoje em alta pois foi um dos eixos fundamentais da campanha eleitoral, especialmente em sua vertente fundamentalista. Foi induzida pela oposição e por uma ala conservadora de bispos de São Paulo, à revelia da CNBB, acolitada depois por pastores evangélicos. Sem projeto político alternativo, Serra descobriu que podia chegar ao povo, apelando para temas emocionais que afetam à sensível alma popular, como o aborto e a união civil de homossexuais, temas que exigem ampla discussão na sociedade, fora da corrida eleitoral. Política feita nesta base é sempre ruim porque faz esquecer o principal: o Brasil e seu povo, além de suscitar ódios e difamações que vão contra a natureza da própria religião e que não pertence à tradição brasileira.

Historicamente a religiosidade popular sofreu todo tipo de interpretação: como forma decadente do cristianismo oficial; os filhos da primeira ilustração (Voltaire e outros) a viam como reminiscência anacrônica de uma visão mágica do mundo; os filhos da segunda ilustração (Marx e companhia) a consideravam como falsa consciência, ópio endormecedor e grito ineficaz do oprimido; neodarwinistas como Dawkins a lêem como um mal para a humanidade a ser extirpado.

Estas leituras são canhestras pois não fazem justiça ao fenômeno religioso em si mesmo. O correto é tomar a religiosidade por aquilo que ela é: como vivência concreta da religião na sua expressão popular. Toda religião significa a roupagem sócio-cultural de uma fé, de um encontro com Deus. No interior da religião se articulam os grandes temas que movem as buscas humanas: que sentido tem a vida, a dor, a morte e o que podemos esperar depois desta cansada existência. Fala do destino das pessoas que depende dos comportamentos vividos neste mundo. Seu objetivo é evocar, alimentar e animar a chama sagrada do espírito que arde dentro das pessoas através do amor, da compaixão, do perdão e da escuta do grito do oprimido. E não deixa de fora a questão do sentido terminal do universo. Portanto, não é pouca coisa que está em jogo com a religião e a religiosidade. Ela existe em razão destas dimensões. Um uso que não respeite esta sua natureza, significa manipulação desrespeitosa e secularista, como ocorreu nas atuais eleições.

Não obstante tudo isso, importa tomar em conta as instituições religiosas que possuem poder e um peso social que desborda do campo religioso. Este peso pode ser instrumentalizado em diferentes direções: para evitar a discussão de temas fortes como a injustiça social e a necessidade de políticas públicas orientadas para quem mais precisa e outros temas relevantes.

É nesse campo que se verifica a disputa pela força do capital religioso. E ela ocorreu de forma feroz nestas eleições. Curiosamente o candidato da oposição, se transformou num pastor ao fazer publicar num jornal que eu vi:”Jesus é verdade e justiça”, com a assinatura de próprio punho, como se não nos bastassem os Evangelistas para nos garantirem esta verdade. O sentido é insinuar que Jesus está do lado do candidato, enquanto o outro é satanizado e feito vítima de ódio e rejeição. Eis uma forma sutil de manipulação religiosa.

Um católico fervoroso me escreveu que queria “me retalhar em mil pedaços, queimá-los, jogá-los no fundo do poço e enviar a minha alma para os quintos dos infernos”. Tudo isso em nome daquele que mandou que amássemos até os inimigos. O povo brasileiro não pensa assim porque é tolerante e respeitador das diferenças e porque crê que no caminho para Deus podemos sempre somar e nos dar as mãos.

Só não desnatura a religiosidade aquela prática que potencia a capacidade de amor, que nos ajuda na auto-contenção da dimensão de sombras, nos desperta para os melhores caminhos que realizam a justiça para todos, garante os direitos dos pobres e nos torna não apenas mais religiosos, mas fundamentalmente mais humanos. A quem ajuda a difamação e a mentira? Deus as abomina.
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quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Votar com consciência

Astra inclinant, non necessitant
Os astros inclinam, mas não impõem

Quem vier a governar o Brasil que saiba cuidar de seu povo com nobreza de princípios.

Democracia se constrói todos os dias, incansavelmente, em plena atenção.

A luta contra a desigualdade social e pela solidariedade entre todos os seres humanos, sem exclusões, é o verdadeiro fundamento de uma política digna e progressista.

Nós brasileiros precisamos, cada um de nós, mesmos em se falando a ex-presidentes, precisamos aprender que somos UM; uma totalidade Brasil. Somos um povo plural de idéias, temperamento, tipos, criatividades, projetos; visão de mundo. Todos nós devemos compreender que trabalhar e servir com consciência do bem comum é o melhor caminho para a harmonia e felicidade da nossa pátria. Básico o respeito de uns para com os outros; e aprendendo a amadurecermos deixando de lado esta tendência de se comportar eternamente como adolescentes, com medo de cuidarmos sozinhos de nossas vidas, nossos bens naturais; nossa pátria, Brasil. Devemos construir nosso país com garra, afetuosidade, alegria, prazer e ter sempre o orgulho de que pertencermos a uma nação soberana com nobres princípios e valores tradicionais, aos quais devemos preservar como riqueza de nossa História.

E repetindo: Democracia se constroi todos os dias.
Viva o Brasil! Viva a democracia!
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sábado, 23 de outubro de 2010

Bom Dilma !

Pela manhã ao cumprimentar as pessoas não se esquecer de dar o habitual:

BOM DILMA !

Bom Dilma! Bom Dilma!

À todos que encontrar pela manhã e mesmo em pleno dia, ser gentil:

Bom Dilma 13!

Bom Dilma 13!

Bom Dilma 13!

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Manifesto de artistas e intelectuais pró-Dilma

Nós, que no primeiro turno votamos em distintos candidatos, nos unimos para apoiar Dilma Rousseff. Fazemos isso por sentir que é nosso dever somar forças para garantir os avanços alcançados. Para prosseguirmos juntos na construção de um país capaz de um crescimento econômico que signifique desenvolvimento para todos, que preserve os bens e serviços da natureza, um país socialmente justo, que continue acelerando a inclusão social, que consolide, soberano, sua nova posição no cenário internacional.
Um país que priorize a educação, a cultura, a sustentabilidade, a erradicação da miséria e da desigualdade social. Um país que preserve sua dignidade reconquistada.
Entendemos que essas são condições essenciais para que seja possível atender às necessidades do povo, fortalecer a cidadania, assegurar a cada brasileiro seus direitos fundamentais.
Entendemos que é essencial seguir reconstruindo o Estado, para garantir o desenvolvimento sustentável, com justiça social e projeção de uma política externa soberana e solidária.
Entendemos que, muito mais que uma candidatura, o que está em jogo é o que foi conquistado.
Por tudo isso, declaramos em conjunto, o apoio a Dilma Rousseff. É hora de unir nossas forças no segundo turno para garantir as conquistas e continuarmos na direção de uma sociedade justa, solidária e soberana.
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A idéia do Manifesto surgiu do Eric Nepomuceno (jornalista e escritor) com Chico Buarque de Hollanda (cantor e compositor), recebendo a apoio de Leonardo Boff (teólogo e escritor) e Emir Sader (sociólogo), mais ainda de Oscar Niemeyer (arquiteto) para a organização do abaixo assinado e convocar artistas e intelectuais a formarem força para garantir os avanços do governo Lula. O documento foi entregue à Dilma Rousseff no ato público / Teatro Oi Casa Grande, Leblon, Rio de Janeiro, 18/10/2010.

Mais de sete mil artistas e intelectuais assinaram o Manifesto além dos já mencionados aqui no blog. Entre eles ainda; Frei Betto, Aderbal Freire Filho, Cristina Buarque de Hollanda, Rosemarie Muraro, Aroeira, Debora Colker, Elisa Byinton, Fernando Morais, Domingos de Oliveira, Isaac Karabishevsky, Ivana Bentes, José Joffily, Mãe Márcia dÓxum, Muniz Sodré, Perfeito Fortuna, Otávio Velho, Rosemary,Maria Rita Kehl, Luiz Pinguelli Rosa,Maria da Conceição Tavares, Ricardo Cravo Albin, Jandira Feghali, Sérgio Cabral, Martinália, Noca da Portela, Nelson Sargento, Marieta Severo, Martinho da Vila, , Lucélia Santos, List Vieira, e uma imensidão de pessoas, impossível de registrar aqui.
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Sinto-me feliz por ter sido procurada por organizadores para aderir a este Manifesto, e não relutei em ser mais uma a aderir, neste 2º turno com grande esperança, nesta corajosa e destemida mulher que é Dilma Rousseff, para cuidar da Presidência da República do Brasil.
Por um Brasil solidário, igualitário, fraterno, justo, soberano, sabendo que todos somos UM em nossa pluralidade >>> vote Dilma 13
martha pires ferreira
________Democracia se faz todos os dias________

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Teatro Casa Grande

Manifesto de artistas e intelectuais pró-Dilma
O ato de apoio à candidatura de Dilma Rousseff para Presidente da Republica do Brasil, dia 18, segunda-feira, organizado por artistas e intelectuais - idealizado por Chico Buarque de Hollanda, Leonardo Boff, Emir Sader e Eric Nepomuceno - no Teatro Casa Grande foi algo maravilhoso com a presença de mais de mil pessoas que lotaram o Teatro no Rio de Janeiro, tradicional ponto de encontro da resistência esquerda carioca >>>1966 em diante.

A presença do arquiteto Oscar Niemeyer, de 102 anos, que ficou durante todo o ato público no palco, recebeu uma explosão de aplausos. Achegada do compositor Chico Buarque e que se colocou ao lado de intelectuais, artistas e militantes foi outro momento emocionante tão intenso como a chegada de Dilma Rousseff. Os artistas e intelectuais entregaram à Dilma um Manifesto com milhares de assinaturas, incluindo a minha. Recebeu mais dois outros documentos de apoio à sua candidatura - um organizado por advogados e outro por religiosos.

O teólogo e escritor Leonardo Boff disse: "Hoje pela manhã eu pedi um sinal a Deus - ainda tenho algo de monge -se Oscar Niemeyer for ao encontro será um sinal infalível que a vitória está garantida". Neste momento, o arquiteto foi ovacionado pela platéia que gritava seu nome. Leonardo citou a solidariedade como uma das marcas do governo Lula e que Dilma manterá se for eleita. Chico Buarque fez um ligeiro pronunciamento, ao lado de Leonardo, com elogios à Dilma e ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Essa mulher de fibra, que já passou por tudo, não tem medo de nada. Vai herdar o senso de justiça social, um marco do governo Lula, um governo que não corteja os poderosos de sempre, não despreza os sem-terra, os professores, garis. Um governo que fala de igual para igual com todos, que não fala fino com Washington, nem fala grosso com a Bolívia e o Paraguai", sendo muito aclamado.
Entre os presentes: Gilberto Gil, Ziraldo, Wagner Tiso, Alcione, Alceu Valença, Luiz Carlos Barreto, Beth Carvalho, Hugo Carvana, Osmar Prado, Paulo Betti, José Celso Martinez, Fernando Morais. Ainda Michel Temer, Márcio Thomaz Bastos, Humberto Costa, José Gomes Temporão, Nilcéa Freire, Juca Ferreira. O Governador Sérgio Cabral filho e o Prefeito Eduardo Paes. A filósofa Marilena Chauí foi muito aplaudida durante sua fala contundente, decisiva, contra fundamentalismo, em defesa da Demacracia e da liberdade de expressão.

"O que mais está em questão nessa eleição é o que eles farão com as nossas riquezas, o Pré-Sal e com a Petrobras". “A Petrobras (no governo anterior) era para ser partida, esquartejada e ter suas partes vendidas”. A candidata Dilma exaltou como característica do povo "a capacidade de conviver com a diversidade religiosa e racial". "Não somos um país que desfila ódio", discursou Dilma de improviso e com firmeza por mais de quarenta minutos.
A candidata disse ainda que mais de 28 milhões de pessoas saíram da pobreza no governo Lula.
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http://www.cartamaior.com.br/

Google >> Fotos Arena + Teatro Casa Grande

de Wagner Meier.

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sábado, 16 de outubro de 2010

Calúnia e difamação

Estamos em 16 de outubro 2010. Mais uma vez me inquieto com tamanha infantilidade de homens e mulheres na vida pública, na história republicana. As aves de rapina continuam soltas, ciscando boatos ou arquitetando calúnias. Toda oração tem um sujeito da oração. Onde se esconde o acusador, difamador covarde? Não se acusa sem provas.
Para denegrir princípios morais apimenta-se com argumentos religiosos, confundindo o eleitorado menos esclarecido em seus precários fundamentos políticos.

Tenho 71 anos e desde criança que acompanho movimentos políticos, influenciada por meu pai, advogado culto, lúcido dos princípios humanos e éticos. Jamais presenciei coisa semelhante como agora; sórdida campanha política, vergonhosa, que denigre o país como Nação.
Em tempos de eleição chovem a sordidez da mentira e as acusações falsas como grãos de areia. Em grupos de baixo nível intelectual e onde falta alteridade acontecem acusações próprias do submundo. O caluniador tem certo prazer em desacreditar publicamente a pessoa que não comunga de suas próprias idéias, não estando esta de acordo com seu ponto de vista é levado por impulsos em criar acusações falsas com uma facilidade assombrosa.

Indignada com tanta calúnia e difamação, em novembro de 2005, escrevi o artigo Reflexões ou Carta aos Políticos e enviei para amigos.
(Este artigo pode ser lido na íntegra aqui / 11 de setembro de 2010).

Um trecho:

Sempre tivemos, e temos grandes figuras na vida cultural brasileira. São pessoas que nos honram e nos engrandecem.
Desde a Origem dos Direitos dos Povos, levantar falso testemunho, espalhar boatos ou calúnias, eram inverdades tidas como crimes de responsabilidade penal: A calúnia era maldita neste e noutro mundo, ou então, que fosse precipitado na Rocha Tarpéia aquele que prestou falso testemunho. Ouvíamos na Faculdade de Direito, UEG, nos anos 60, o grande jurista, criminalista, Prof. Dr. Roberto Lyra se referindo ao Direito: Falsi teste pejores sunt latronis [as falsas testemunhas são piores que os ladrões].
Não menos constrangedor é observar figurantes políticos, ou não, expor seus rostos na mídia, inescrupulosamente, como se nada tivessem feito de evidentes improbidades. Que qualquer um que cuide das coisas públicas tenha dignidade e competência em suas obrigações parlamentares.
Não são poucos os Homens e as Mulheres que lutam por uma vida justa e prazerosa, e, são eles que sustentam com seus corpos e emoções a base econômica deste Brasil plural, criativo e naturalmente solícito. Heróis do dia-a-dia que são obrigados a votar. Estamos nos referindo aqui aos que trabalham, todos aqueles que sustentam os cofres públicos, toda a vida da nação com a responsabilidade e o suor cotidiano.
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“Quem se eleva, eleva o mundo”, ouvia isto na minha infância.
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quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Voto consciente

Meu voto no 1º turno foi para o PSOL – Plínio Sampaio com orgulho.

Agora >>> minhas razões para votar em Dilma 13

meu eco de apoio >>> Razões que espero de Dilma Rousseff:

Pela continuidade do Programa Luz para Todos, vote Dilma 13!

Em defesa do Brasil, vote Dilma 13!

Contra a venda das riquezas do Brasil, vote Dilma 13!

O Pré-Sal é nosso! vote Dilma 13!

O Banco do Brasil e a Caixa Econômica são nossos! vote Dilma 13!

Contra a privatização da Petrobras, vote Dilma 13!

Contra a privatização da Previdência, vote Dilma 13!

Pela continuidade do Pró-Uni, vote Dilma 13!

Pelo fortalecimento da América Latina, vote Dilma 13!

Por um Brasil respeitado e cidadão, vote Dilma 13!

Pelo MERCOSUL, vote Dilma 13!

Por uma política externa soberana e independente, vote Dilma 13!

Pela continuidade da ação da Polícia Federal, vote Dilma 13!

Pela reforma política, vote Dilma 13!

Pelo combate ao desmatamento, vote Dilma 13!

Pelo Programa Minha Casa Minha Vida, vote Dilma 13!

Pela continuidade do Programa de Aceleração do Crescimento,
(neste caso não precisa acelerar tanto >>> mais cuidados com o meio ambiente, sim)

Pelas questões ambientais, vote Dilma 13!

Pelo aumento da produção da energia renovável, vote Dilma 13!

Para auditoria das dívidas públicas, vote Dilma 13!

Para a tão esperada Reforma Agrária, vote Dilma 13!

Para um Brasil mais igualitário e fraterno, vote Dilma 13!

Pela dignidade da vida, vote na guerreira-lutadora Dilma 13!


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segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Recomendo este artigo

Frei Betto: Dilma e a fé cristã

Reproduzo artigo de Frei Betto, publicado na coluna
"Tendências/Debates" da Folha de São Paulo, 10/10/2010

Em tudo o que Dilma realizou, falou ou escreveu, jamais se encontrará uma única linha contrária aos princípios do Evangelho e da fé cristã.

Conheço Dilma Rousseff desde criança. Éramos vizinhos na rua Major
Lopes, em Belo Horizonte. Ela e Thereza, minha irmã, foram amigas de
adolescência.
Anos depois, nos encontramos no presídio Tiradentes, em
São Paulo. Ex-aluna de colégio religioso, dirigido por freiras de
Sion, Dilma, no cárcere, participava de orações e comentários do
Evangelho.
Nada tinha de "marxista ateia". Nossos torturadores, sim, praticavam o ateísmo militante ao profanar, com violência, os templos vivos de Deus: as vítimas levadas ao
pau-de-arara, ao choque elétrico, ao afogamento e à morte.
Em 2003, deu-se meu terceiro encontro com Dilma, em Brasília, nos dois
anos em que participei do governo Lula. De nossa amizade, posso
assegurar que não passa de campanha difamatória - diria, terrorista -
acusar Dilma Rousseff de "abortista" ou contrária aos princípios
evangélicos.
Se um ou outro bispo critica Dilma, há que se lembrar
que, por ser bispo, ninguém é dono da verdade.
Nem tem o direito de julgar o foro íntimo do próximo.
Dilma, como Lula, é pessoa de fé cristã, formada na Igreja Católica. Na linha do
que recomenda Jesus, ela e Lula não saem por aí propalando, como
fariseus, suas convicções religiosas. Preferem comprovar, por suas
atitudes, que "a árvore se conhece pelos frutos", como acentua o
Evangelho.

É na coerência de suas ações, na ética de procedimentos políticos e na
dedicação ao povo brasileiro que políticos como Dilma e Lula
testemunham a fé que abraçam.
Sobre Lula, desde as greves do ABC, espalharam horrores: se eleito, tomaria as mansões do Morumbi, em São Paulo; expropriaria fazendas e sítios produtivos; implantaria o
socialismo por decreto...

Passados quase oito anos, o que vemos? Um Brasil mais justo, com menos
miséria e mais distribuição de renda, sem criminalizar movimentos
sociais ou privatizar o patrimônio público, respeitado
internacionalmente.

Até o segundo turno, nichos da oposição ao governo Lula haverão de
ecoar boataria e mentiras. Mas não podem alterar a essência de uma
pessoa. Em tudo o que Dilma realizou, falou ou escreveu, jamais se
encontrará uma única linha contrária ao conteúdo da fé cristã e aos
princípios do Evangelho.

Certa vez indagaram a Jesus quem haveria de se salvar. Ele não
respondeu que seriam aqueles que vivem batendo no peito e proclamando
o nome de Deus. Nem os que vão à missa ou ao culto todos os domingos.
Nem quem se julga dono da doutrina cristã e se arvora em juiz de seus
semelhantes.

A resposta de Jesus surpreendeu: "Eu tive fome e me destes de comer;
tive sede e me destes de beber; estive enfermo e me visitastes;
oprimido, e me libertastes..." (Mateus 25, 31-46). Jesus se colocou no
lugar dos mais pobres e frisou que a salvação está ao alcance de quem,
por amor, busca saciar a fome dos miseráveis, não se omite diante das
opressões, procura assegurar a todos vida digna e feliz.

Isso o governo Lula tem feito, segundo a opinião de 77% da população
brasileira, como demonstram as pesquisas. Com certeza, Dilma, se
eleita presidente, prosseguirá na mesma direção.
Frei Betto, frade dominicano, é assessor de movimentos sociais e escritor, autor de "Um homem chamado Jesus"(Rocco), entre outros livros. foi assessor especial da Presidência da República (2003-2004, governo Lula).
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sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Livre no espaço/tempo

Desenho, bico de pena e aquartela - 14.5 x 10 cms. - 2004
desenho, bico de pena - 14.5 x 10 cms. - 1971

Enquanto uma minoria se atravanca nas praças do mundo, enquanto esta minoria faz guerra por um pedaço a mais de terra, de riquezas materiais, por ganância ou vaidade, insegurança interna ou atrofiamento da capaciade de se dar e ver todos felizes morando bem, comendo satisfeitos, bebendo bom vinho, estudando, convivendo com arte e usufruindo a beleza da natureza, comum para todos, indiscriminadamente, enquanto isso, vou andando sem espaço e tempo.

Com uma canetinha de nanquim, uns tubinhos de aquarela, pincel, água e um papel tamanho cartão postal vou desenhando de acordo com a imaginação ativa. Como é bom desenhar! Desenhar é ato de liberdade; tão simples!

Enquanto há tumultos na praça, me recolho no silêncio da criatividade tendo a música clássica, minha irmã, como companheira pela rádio MEC/fm.
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quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Desenvolver a compaixão

Lamentável; nestas últimas semanas como se empobreceu a discussão do Brasil como Nação, País! Quanta baixaria!
Nunca poderia imaginar que chagaríamos tão abaixo do bom nível/ Caronte, filho das trevas, barqueiro dos infernos nos levando para o mundo subterrâneo e nos confrontando rosto a rosto com a deusa Hécate, a mãe devoradora, tenebrosa, obscura que reina no Hades.

Pelo visto teremos que suportar, ainda, o ferver deste fogo diabólico, inconsequente. Quanta ignomínia, infâmia! Recebo bombas de textos/anexos fantasmas sem autoria; nem Plutão, Prosérpina ou Lilith admitiriam receber tanta baixeza impunemente. Por que se aproximar tanto das forças do submundo? Simbolicamente precisamos encontrar uma pista como resposta. E se, para alguns, "Deus está morto", e não vem nos socorrer, a Consciência nos chama a acordar para níveis mais elevados, éticos, e, alteridade.
"Não faça para o outro o que não quer para si mesmo" - princípio cristão.

Uma coisa é verdadeira; quem sustenta nas bases este grandioso país, Brasil, são os milhões de pobres / trabalhadores; homens e mulheres, gente simples do povo, que estão sem entender nada do que ocorre, precisam continuar a dar o suor de meus corpos para terem moradia (quando tem), alimentar e educar seus filhos/as. Tiririca é a imagem representativa do nosso povo? Há o que se pensar!

Recorro a Sua Santidade, o Dalai-Lama:
Se sua ira não for exagerada, o aconselhável é não evitar as situações difíceis ou pessoas que lhe causam contrariedades e o deixa irado. Caso esta postura e prática de disciplina interna não sejam possíveis, procure sozinho em lidar com sua ira e desenvolva a compaixão.
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segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Reflexões >>>> Brasil

Rio de Janeiro, 3 de outubro de 2010
Martha Pires Ferreira

Para quem, como eu, que viveu e acompanhou os anos de atraso em todas as áreas do saber nos anos de ditadura militar no Brasil, anos sombrios de 1964 aos meados dos anos 80, estamos sem dúvida, vivendo, hoje, avanços democráticos pujantes que nos honra apesar dos tropeços e vergonhosa falta de dignidade de partidos políticos, de civis cidadãos ocupando cargos elevados na vida pública e/ou privada, e de parlamentares/políticos sem princípios, sem consciência de sua responsabilidade como representantes do povo. Apesar de tudo o Brasil avançou; deu um passo na História da nação; interna e externamente.
Hoje a liberdade se tornou tão presente que muitos se acham no direito dos abusos ao dizer qualquer coisa que lhe venha à cabeça por oportunismo, ou como aves de rapina, sem respeitar os direitos e/ou a dignidade dos outros. Calúnias e difamações gratuitas, ou não, são feitas ao vento - eticamente fazendo para com o outro aquilo que não gostaria que se fizesse para si mesmo. O desrespeito humano para com o seu igual, pessoa humana, chegou às vias do absurdo. A liberdade em si mesma não tem limites, tem é grandeza de valores, de dignidade, nobreza de postura.
Se a Juventude atual não entendeu bem o que foi o Brasil das sombras dos anos 60, nem acompanhou os primeiros passos da sua redemocratização, podemos dizer que Ela, a Juventude, está pronta para maiores conhecimentos político-social, para militância política. Jovens atores do amanhã, nova geração por um Brasil mais solidário para com seus pares, com projetos de visão de um todo consciente trabalhando para os mesmos ideais; justiça social, economia, educação de qualidade, segurança pública, cuidados com o meio ambiente, artes, saúde; o bem estar humanitário para todas as pessoas sem exclusões, nem divisões de classe raça ou ideologia religiosa; com respeito para com o princípio de alteridade; inteligente senso de fraternidade em comum; preservação das riquezas naturais. Temos tudo, hoje, para sermos um Brasil feliz e humanamente evoluído em todas as áreas da vida.
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sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Democracia e Liberdade

Estamos na reta final

______ 3 de outubro de 2010

Só chagaremos ao melhor governo se trabalharmos coletivamente:
com solidariedade, democracia e liberdade.

Pela desigualdade social, pelo desenvolvimento humano:
moradia decente, educação e saúde.

Não aceitar sociedade dividida em classes >
todos juntos somos a raça humana:
oportunidade para todos viverem com dignidade.

Assim penso e me afino com o PSOL

Razão porque voto PSOL
Partido Socialista e Liberdade

Deputado Estadual
Marcelo Freixo ____ 50123
ou

Leninha ________ 50500

Deputado Federal
Chico Alencar _____ 5050

Senador
- Milton Temer ____ 500
-

Governador
Jefferson Moura ___ 50

Presidente
Plínio Sampaio ____ 50

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quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Meditação / Contemplação

Em tempos de tranquilidade, de harmonia, de inquietação, de conflitos à nossa volta, e mesmo diante de tanta incerteza/impermanência num mundo em transições profundas como tudo o que estamos vivendo no nosso planeta Terra, meditar, nos interiorizar em estado contemplativo, é chegar a um horizonte apaziguador.
Meditar é tesouro para a natureza humana.

Como meditar?
Procure local de silêncio, de preferência no quarto, recanto da sala ou outro que possibilite um tempo de recolhimento. Necessário dispor de 15’ a 20’ para internamente se aquietar em estado de contemplação. Podendo iniciar com 10’ e depois passar para 15’. Meditar pela manhã, e podendo, novamente, à tardinha.
Sentar-se com as costas eretas para melhor circulação sanguínea. Manter-se quieta/o, com os músculos soltos, relaxados, os olhos ligeiramente fechados ou fechados, como preferir. A mente alerta, atenta. Respiração suave, constante no observar; inspirando e expirando. Quando já estamos experientes meditamos em qualquer lugar, e mesmo caminhando em plena atenção interna.

Para que a interiorização se faça da melhor maneira é aconselhável que se escolha uma palavra/frase curta; sagrada como oração e a repetição desta palavra enquanto se inspira e expira, num ritmo natural. A palavra deve ser repetida internamente em silêncio, desta forma afastará os pensamentos que atrapalham e invadem a mente; ajudará na concentração e no afastamento das múltiplas dispersões. A mente ficará mais serena na medida em que se esvazia dos pensamentos. Manter sempre atenta à respiração pousada.
Palavras recomendadas da tradição Cristã: Vem, Senhor, Veni Domini, Maranatha (do aramaico - São João, Apocalipse 22;20), Lumen Christi, Agnus Dei (Codeiro de Deus). O som oriental Om é bem acolhido. Cada pessoa poderá encontrar uma palavra que sinta, afetivamente, mais à vontade. Caso distrações aconteçam com pensamentos ou inquietações voltar à melhor postura física, à respiração tranquila e à palavra escolhida. Na tradição Zen basta a respiração sem palavras, o silêncio interno em plena atenção.
Meditando cada dia com regularidade irá perceber um fortalecer na saúde, harmonia nas emoções, enriquecimento das funções intelectuais/mentais, mais doçura no coração sensível. Nada de esperar resultados, tudo ocorrerá naturalmente com o tempo em razão da prática continuada. Importante é o estado contemplativo, a quietude interior.
A meditação contemplativa nos surpreende quando nada esperamos, ilumina nossa alma nos conduzindo a níveis de vida mais depurados.
O silêncio interior é o ouro dos alquimistas.
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quarta-feira, 29 de setembro de 2010

O Livro Vermelho C. G. Jung

Hoje, dia 29 de setembro 2010, quarta-feira, haverá mostra da
obra de C. G. Jung >>>> O Livro Vermelho
Grupo de Estudos >>>> das 19h às 20h30.

Casa das Palmeiras
Rua Sorocaba, 800 / Botafogo.
Entrada franca >>>> Tel. 2266-6465
VER
http://casadaspalmeiras.blogspot.com/

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Plínio Sampaio 50 >>>>> PSOL

Queridos amigos e amigas,
Votarei tudo no PSOL >>> para Presidente da República

>>>>> Plínio Sampaio 50.

Tem a Dilma e tem a Marina >>> duas mulheres em alta; cultas, inteligentes, capazes e competentes para governarem o nosso amado Brasil carente de justiça social, firmeza política e grandeza humana.

Mas o meu voto é PSOL >>> voto em quem tem todas estas qualidades e

>>>>> a maior lucidez, meu voto é PLÍNIO SAMPAIO 50.
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sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Meditação / Contemplação

Precisamos durante a nossa vida de tempo para cuidar das tarefas do cada dia; nos alimentar, trabalhar, divertir, sonhar, criar, idealizar planos, conversar, trocar informações, ouvir, ver, ler, refletir, escrever, amar, sorrir, dormir e milhões de coisas mais. Entretanto precisamos, também, de silêncio e tempo/espaço para dedicarmos a nossa vida interna; nossa interioridade a mais profunda.

Reflexão é pensar. Meditar não é pensar.
Para o Oriental meditar é estado de repouso interior; concentração interna e vazio de pensamentos. No Ocidente temos a mesma postura que é a contemplação; concentração interna e vazio de pensamentos.
Tanto no Oriente como no Ocidente é o coração quem dá o último toque de recolhimento interior.

Para se obter este estado de silêncio e vazio interno, estado de meditação/contemplação, é preciso nos colocar numa postura externa favorável. Não se consegue resultados de imediato, é preciso disciplina e tempo. Inicialmente nos abster de ocupações externas, procurar um local de silêncio; postura corporal serena e tranquila. Plena atenção à respiração; inspiração e expiração pousadas ajudarão a contemplação interior.

Este estado de atenções para com o nosso ser interno, em plena atenção para com nossa vida interna, nos conduz ao estado de repouso e serenidade, e por conseqüência ao estado de oração profunda. Oração profunda é aproximação dos opostos de nossa natureza humana – consciência de nossa realidade desagradável e agradável, obscura e luminosa, frustrante e criadora. A meditação contemplativa nos conduz à plenitude existencial.
Meditar em estado de contemplação é essencial para a felicidade humana e compreensão de nossa existência.
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“A oração do coração nos introduz a um profundo silêncio interior para que possamos vivenciar seu poder. Por esta razão, a oração do coração tem de ser sempre muito simples, confinada ao mais simples dos atos e muitas vezes não fazendo uso de palavras ou pensamento algum”. Thomas Merton – Contemplative Prayer, Doubleday Image Book, New York, 1996.
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quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Midia velhaca

Envergonhada mais do que indignada com o que ocorre na boca estreita dos meios de comunicação quis virar as costas e me recolher, mas a consciência me colocou num impasse; alguma coisa eu teria que fazer. Por sincronicidade recebi este artigo de Leonardo Boff às 18h de hoje, 23/09/2010, e me disponibiliza transmiti-lo.

Eu que decidira votar tudo no PSOL pode ser que trocarei um voto; o da Presidência >>> para Dilma diante de tanta baixeza dos que pensam que o melhor whisky, vinho ou canapé de caviar só eles podem saborear. Nosso querido Brasil deu um salto quântico, não tem mais retorno, as massas populares ocupam espaços que lhes são de direito cada dia mais, isto tem nome; dignidade de cidadania.

A Midia comercial em guerra contra Lula e Dilma
Leonardo Boff *

Sou profundamente pela liberdade de expressão em nome da qual fui punido com o “silêncio obsequioso”pelas autoridades do Vaticano. Sob risco de ser preso e torturado, ajudei a editora Vozes a publicar corajosamente o “Brasil Nunca Mais” onde se denunciavam as torturas, usando exclusivamente fontes militares, o que acelerou a queda do regime autoritário.
Esta história de vida, me avalisa fazer as críticas que ora faço ao atual enfrentamento entre o Presidente Lula e a midia comercial que reclama ser tolhida em sua liberdade. O que está ocorrendo já não é um enfrentamento de idéias e de interpretações e o uso legítimo da liberdade da imprensa. Está havendo um abuso da liberdade de imprensa que, na previsão de uma derrota eleitoral, decidiu mover uma guerra acirrada contra o Presidente Lula e a candidata Dilma Rousseff. Nessa guerra vale tudo: o factóide, a ocultação de fatos, a distorção e a mentira direta.
Precisamos dar o nome a esta mídia comercial. São famílias que, quando vêem seus interesses comerciais e ideológicos contrariados, se comportam como “famiglia” mafiosa. São donos privados que pretendem falar para todo Brasil e manter sob tutela a assim chamada opinião pública. São os donos do Estado de São Paulo, da Folha de São Paulo, de O Globo, da revista Veja na qual se instalou a razão cínica e o que há de mais falso e xulo da imprensa brasileira. Estes estão a serviço de um bloco histórico, assentado sobre o capital que sempre explorou o povo e que não aceita um Presidente que vem deste povo. Mais que informar e fornecer material para a discusão pública, pois essa é a missão da imprensa, esta mídia empresarial se comporta como um feroz partido de oposição.
Na sua fúria, quais desesperados e inapelavelmente derrotados, seus donos, editorialistas e analistas não têm o mínimo respeito devido à mais alta autoridade do pais, ao Presidente Lula. Nele vêem apenas um peão a ser tratado com o chicote da palavra que humilha.
Mas há um fato que eles não conseguem digerir em seu estômago elitista. Custa-lhes aceitar que um operário, nordestino, sobrevivente da grande tribulação dos filhos da pobreza, chegasse a ser Presidente. Este lugar, a Presidência, assim pensam, cabe a eles, os ilustrados, os articulados com o mundo, embora não consigam se livrar do complexo de vira-latas, pois se sentem meramente menores e associados ao grande jogo mundial. Para eles, o lugar do peão é na fábrica produzindo.
Como o mostrou o grande historiador José Honório Rodrigues (Conciliação e Reforma) “a maioria dominante, conservadora ou liberal, foi sempre alienada, antiprogresssita, antinacional e nãocontemporânea. A liderança nunca se reconciliou com o povo. Nunca viu nele uma criatura de Deus, nunca o reconheceu, pois gostaria que ele fosse o que não é. Nunca viu suas virtudes nem admirou seus serviços ao país, chamou-o de tudo, Jeca Tatu, negou seus direitos, arrasou sua vida e logo que o viu crescer ela lhe negou, pouco a pouco, sua aprovação, conspirou para colocá-lo de novo na periferia, no lugar que contiua achando que lhe pertence (p.16)”.
Pois esse é o sentido da guerra que movem contra Lula. É uma guerra contra os pobres que estão se libertando. Eles não temem o pobre submisso. Eles tem pavor do pobre que pensa, que fala, que progride e que faz uma trajetória ascedente como Lula. Trata-se, como se depreende, de uma questão de classe. Os de baixo devem ficar em baixo. Ocorre que alguém de baixo chegou lá em cima. Tornou-se o Presidene de todos os brasileiros. Isso para eles é simplesmente intolerável.
Os donos e seus aliados ideológicos perderam o pulso da história. Não se deram conta de que o Brasil mudou. Surgiram redes de movimentos sociais organizados de onde vem Lula e tantas outras lideranças. Não há mais lugar para coroneis e de “fazedores de cabeça” do povo. Quando Lula afirmou que “a opinião pública somos nós”, frase tão distorcida por essa midia raivosa, quis enfatizar que o povo organizado e consciente arrebatou a pretensão da midia comercial de ser a formadora e a porta-voz exclusiva da opinião pública. Ela tem que renunciar à ditadura da palabra escrita, falada e televisionada e disputar com outras fontes de informação e de opinião.
O povo cansado de ser governado pelas classes dominantes resolveu votar em si mesmo. Votou em Lula como o seu representante. Uma vez no Governo, operou uma revolução conceptual, inaceitável para elas. O Estado não se fez inimigo do povo, mas o indutor de mudanças profundas que beneficiaram mais de 30 milhões de brasileiros. De miseráveis se fizeram pobres laboriosos, de pobres laboriosos se fizeram classe média baixa e de classe média baixa de fizeram classe média. Começaram a comer, a ter luz em casa, a poder mandar seus filhos para a escola, a ganhar mais salário, em fim, a melhorar de vida.
Outro conceito inovador foi o desenvolvimento com inclusão social e distribuição de renda. Antes havia apenas desenvolvimento/crescimento que beneficiava aos já beneficiados à custa das massas destituidas e com salários de fome. Agora ocorreu visível mobilização de classes, gerando satisfação das grandes maiorias e a esperança que tudo ainda pode ficar melhor. Concedemos que no Governo atual há um déficit de consciência e de práticas ecológicas. Mas importa reconhecer que Lula foi fiel à sua promessa de fazer amplas políticas públicas na direção dos mais marginalizados.
O que a grande maioria almeja é manter a continuidade deste processo de melhora e de mudança. Ora, esta continuidade é perigosa para a mídia comercial que assiste, assustada, o fortalecimento da soberania popular que se torna crítica, não mais manipulável e com vontade de ser ator dessa nova história democrática do Brasil. Vai ser uma democracia cada vez mais participativa e não apenas delegatícia. Esta abria amplo espaço à corrupção das elites e dava preponderância aos interesses das classes opulentas e ao seu braço ideológico que é a mídia comercial. A democracia participativa escuta os movimentos sociais, faz do Movimento dos Sem Terra (MST), odiado especialmente pela VEJA faz questão de não ver, protagonista de mudanças sociais não somente com referência à terra mas também ao modelo econômico e às formas cooperativas de produção.
O que está em jogo neste enfrentamento entre a midia comercial e Lula/Dilma é a questão: que Brasil queremos? Aquele injusto, neocoloncial, neoglobalizado e no fundo, retrógrado e velhista ou o Brasil novo com sujeitos históricos novos, antes sempre mantidos à margem e agora despontando com energias novas para construir um Brasil que ainda nunca tínhamos visto antes.
Esse Brasil é combatido na pessoa do Presidente Lula e da candidata Dilma. Mas estes representam o que deve ser. E o que deve ser tem força. Irão triunfar a despeito das má vontade deste setor endurecido da midia comercial e empresarial. A vitória de Dilma dará solidez a este caminho novo ansiado e construido com suor e sangue por tantas gerações de brasileiros.

*teólogo, filósofo, escritor e representante da Iniciativa Internacional da Carta da Terra. _____________________________________________