quinta-feira, 9 de abril de 2020

Jesus executado por Amor Incondicional


JESUS DE NAZARÉ FOI EXECUTADO POR TOTAL AMOR À TODA A HUMANIDADE.

Centenas de artigos e livros sérios, de exegetas muito bem informados, sejam religiosos ou não, se dobraram sobre a pessoa de Jesus de Nazaré, mobilizados por uma curiosidade profunda e instigante.
Antes de Jesus, tempo anterior ao dele, não se conheciam cuidados, palavras efetivas com o olhar voltado em particular para com o próximo, o outro identificado como a si mesmo. Salvos textos esparsos, de um ou outro pensador, filósofo ou não, sem ênfases notórios, práticos, voltados para o comportamento público-coletivo-social, como foi o movimento de Jesus de Nazaré que se doou, incisivamente, percorrendo pela Palestina, há mais de dois mil anos. Pregando sim, e curando, ouvindo, conversando e mesmo silenciando. Identificando-se com os mais desclassificados, marginalizados, sem beira nem eira e sinalizando o tornar ser, como a pureza das crianças.

"Amai-vos uns aos outros como eu vos amei!"
"Perdoai aos vossos inimigos, eles não sabem o que fazem"
"Dai de beber a quem tem sede, de comer a quem tem fome”.

Estamos na Quaresma, quinta-feira de agonias, reflexões profundas sobre quem foi e como viveu Jesus de Nazaré. Convite ao Silêncio, à Vida Interna.
Estamos sem horizontes, reféns de um inimigo invisível _ Coronavírus-19_ nesta Noite Escura, Nigredo Alquímico de Quarentena, em todo o Planeta, nossa Casa Comum _ nossa Mãe Terra.
 Albert Dürer _ Jesus frente a Caifás e Doutores da Lei _ 1512

 Tintoretto _ Jesus frente a Pilatos que lava as mãos _ 1566.
Queiram ou não, sempre muito forte o simbolismo da Semana Santa na Cristandade, no mundo ocidental. A memória relida e/ou representada da execução de JESUS DE NAZARÉ não se esgota no mundo racionalista e mesmo fundamentalista da atualidade. Jesus Cristo, julgado e executado, se mostrou redentor da Humanidade, sem igual, por ter dado Sua Vida por Amor Incondicional, Absoluto, ao próximo, Seu igual. Deu a vida por aqueles que têm fome e sede de justiça, pelos despossuídos que choram e padecem no corpo e na alma. Doação de si por identificação com toda a raça humana sem exclusões, sem medo de amar ou se dar a quem quer que seja.
Jesus de Nazaré pelo histórico dos evangelistas e narradores judeus (em particular Flavio Josefo, 37 d.C.) é sem dúvida o mais elevado exemplo da vida humana que o Ocidente conhece desde a Antiguidade. Não confundir normas e dogmas ditadas por religiões institucionais como o cristianismo com belíssimos acertos e degradantes desacertos. Dogmas criados em nome de D’s ou a pessoa humana que foi Jesus Cristo, Yeshua, o Messias.
A Semana Santa é dedicada à profunda reflexão interior; a degradação à pessoa humana vivida na pessoa de Jesus a caminho do Calvário (pensemos um pouco nas pessoas que vivem uma vida de calvário _ injustiçados, marginalizados). 
 

Caravaggio _ a flagelação de Jesus _ 1610
Artistas do maior porte na História da Humanidade desenharam e pintaram o martírio de Jesus Cristo com uma potência criadora inigualável e que não pode ser relegada pelos céticos. Inumeráveis pintores como Albert Dürer, Rubens, Caravaggio, Mihaly Munkacsy, Tintoretto, Veronesse, Murillo e tantos. tantos outros, em genial expressão registraram as agonias de Jesus.

 Murillo - Jesus a caminho do Calvário _ 1670.
Não sejamos fundamentalistas, jamais, e sim humildes leitores dos Evangelistas. Não se trata de ser religioso ou não, mas sobretudo ter cultura para poder conversar, argumentar, sem dizer bobagens infundamentadas.
Semana Santa sempre me deixa em Tempo de reflexões sobre a Vida e a Morte. A Vida e a Ressurreição. A Vida que desafia e retoma das perdas, das tempestades, das destruições. A Vida que se renova em plenitude e nos abraça amorosamente, incondicionalmente. A Vida Ressurreição!

____Como Jesus de Nazaré é atual, Sua Vida é vivida na pele do ser humano comum. Criatura vivente de cada dia _ cada manhã, cada trabalho, cada ida e volta cansada, cada queda e cada levantar com força e alegria como o Sol da Esperança!  
   --- postagem __ martha pires ferreira.

Nenhum comentário: