Estamos todos nós, mortais, perplexos
residentes na grande aeronave que é a Mãe Terra, tendo que conviver com os
horrores nesta estreita e sombria travessia, sem horizontes, neste momento obscuro
da história da humanidade. Os lobos, aves de rapina e lacraias não dormem. A
violência revestida de armas, e, de palavras mentirosas e falsas, sem direção, está
acintosamente a nos ameaçar a cada dia. A sombra tenebrosa do Anjo do mal se
faz presente.
A entropia (grau de desordem) não oferece
espaço, em curto prazo, ao sonho de felicidade, às utopias por um mundo
fraterno, solidário e livre; sem exclusões, crueldades, abusos de poderes. Que
horizonte em harmonia, seguro e firme? Como agir? O que fazer? Caminhar nas Trevas,
em plena atenção, com a lâmpada da confiança interior bem acesa, nada temer. É
preciso enfrentar o momento atual, a escuridão de nosso tempo sem ditar regras.
Prosseguir confiante nas forças da natureza. É preciso acreditar no amanhecer
da humanidade.
Tapeçaria, séc. XIV
O bom senso nos indica, aponta certo
distanciamento diante da violência, dos confrontos. Caminhar com altivez, mas com prudência. Aquele que procura
viver com dignidade, mais sabedoria, não
se acovarda, observa que toda a realidade, a Vida em si mesma, é sacramento, é
sinal de possibilidades para saltos mais elevados e profundos. Trabalha no
silêncio e no amor.
“Uma nova maneira de ver, ligada a
uma nova maneira de agir: eis o que nos falta” diz Teilhard de Chardin em sua
obra, A convergência do Universo.
O Amor dispensa o uso das armas.
3 comentários:
Muito bom! Caminhar com clareza, discernimento, altivez é mais que necessário nesse momento. Não podemos desistir, precisamos resistir sempre é espalhar nossa fé para os que estão a nossa volta.
Com toda certeza,partilhar mesmo que seja no devagar,no entanto há que ser continuamente,como o amor que não se interrompe...
Resistir ao que não nos eleva como seres humanos. Manter firme nos valores internos com generosidade.
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