Sim, hoje, penso num dos meus maiores mestres _ Thomas Merton - 31 de janeiro de 1915/ França _ 10 de dezembro de 1968/Bancoc. Místico, monge, escritor, poeta e ativista ferrenho em defesa da justiça social e dos
direitos humanos, vivendo paralelamente sua vida de eremita contemplativo. Não permaneceu
isolado em seu conforto espiritual, encarou as questões cruciais do mundo com uma
coragem inacreditável.
Meus livros meus tesouros
Em Questões Abertas, 1960, sua expressão de amor ao próximo revela grande sensibilidade:
“Onde não existe a possibilidade de um nível de vida decente, quando não há liberdade, justiça, educação na sociedade humana, como pode o Reino do amor ser nela edificado? (...). O Reino de Deus, não se compõe unicamente de grandes homens santos, é um organismo vivo, místico, constituído de homens comuns, com suas fraquezas, suas limitações, sua boa vontade, seus talentos, suas deficiências – tudo isso elevado e divinizado pelo Espírito Santo, de maneira a que o Cristo viva e se manifeste em cada um e em todos”.
Muito jovem, 1961, entrei na livraria Vozes e um livro me chamou a atenção
pelo título _
Na Liberdade da Solidão.
“Possuir aquele que não pode
ser compreendido é renunciar a tudo que pode ser compreendido”, pg 47.
“A vida se revela a nós
somente na medida em que a vivemos” pg 52
“A solução do problema da
vida é a própria vida” pg. 62.
Capas de alguns dos muitos livros
que li de sua autoria. Por mais de sete anos mantive um Grupo de Leitura de sua
obra, em minha casa. Anos 1996 atravessando o milênio 2000. Merton permanece presente em leituras, reflexões sobre a
magnitude da vida e seus mistérios.
O Diário da Ásia - sua viagem ao Oriente.
Li outros autores sobre ele,
mas é o próprio Merton quem me fascina, quem me move a mergulhos
profundos, abissais. No mundo cristão ao lado dele mergulhei em Mestre Eckhart
e Theilhard de Chardin, e, em algumas Místicas femininas, Contemplativas, Pensadoras
admiráveis.
-- postagem _ martha pires ferreira
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