Voto para Presidente - Fernando Haddad - 13 e Vice - Manuela d'Ávila.
"Agora Haddad
será Lula para milhões de brasileiros", afirma ex-presidente.
Brasil de Fato |
São Paulo (SP), 11 de Setembro de 2018 às 17:55
Leia carta na íntegra.
"Meus amigos e minhas amigas,
Vocês já devem saber que os tribunais proibiram minha candidatura a
presidente da República. Na verdade, proibiram o povo brasileiro de votar
livremente para mudar a triste realidade do país.
Nunca aceitei a injustiça nem vou aceitar. Há mais de 40 anos ando
junto com o povo, defendendo a igualdade e a transformação do Brasil num país
melhor e mais justo. E foi andando pelo nosso país que vi de perto o sofrimento
queimando na alma e a esperança brilhando de novo nos olhos da nossa gente. Vi
a indignação com as coisas muito erradas que estão acontecendo e a vontade de
melhorar de vida outra vez.
Foi para corrigir tantos erros e renovar a esperança no futuro que
decidi ser candidato a presidente. E apesar das mentiras e da perseguição, o
povo nos abraçou nas ruas e nos levou à liderança disparada em todas as
pesquisas.
Há mais de cinco meses estou preso injustamente. Não cometi nenhum
crime e fui condenado pela imprensa muito antes de ser julgado. Continuo
desafiando os procuradores da Lava Jato, o juiz Sérgio Moro e o TRF-4 a
apresentarem uma única prova contra mim, pois não se pode condenar ninguém por
crimes que não praticou, por dinheiro que não desviou, por atos indeterminados.
Minha condenação é uma farsa judicial, uma vingança política, sempre
usando medidas de exceção contra mim. Eles não querem prender e interditar
apenas o cidadão Luiz Inácio Lula da Silva. Querem prender e interditar o
projeto de Brasil que a maioria aprovou em quatro eleições consecutivas, e que
só foi interrompido por um golpe contra uma presidenta legitimamente eleita,
que não cometeu crime de responsabilidade, jogando o país no caos.
Vocês me conhecem e sabem que eu jamais desistiria de lutar. Perdi
minha companheira Marisa, amargurada com tudo o que aconteceu a nossa família,
mas não desisti, até em homenagem a sua memória. Enfrentei as acusações com
base na lei e no direito. Denunciei as mentiras e os abusos de autoridade em
todos os tribunais, inclusive no Comitê de Direitos Humanos da ONU, que
reconheceu meu direito de ser candidato.
A comunidade jurídica, dentro e fora do país, indignou-se com as
aberrações cometidas por Sergio Moro e pelo Tribunal de Porto Alegre.
Lideranças de todo o mundo denunciaram o atentado à democracia em que meu
processo se transformou. A imprensa internacional mostrou ao mundo o que a
Globo tentou esconder.
E mesmo assim os tribunais brasileiros me negaram o direito que é
garantido pela Constituição a qualquer cidadão, desde que não se chame Luiz
Inácio Lula da Silva. Negaram a decisão da ONU, desrespeitando do Pacto
Internacional dos Direitos Covis e Políticos que o Brasil assinou
soberanamente.
Por ação, omissão e protelação, o Judiciário brasileiro privou o
país de um processo eleitoral com a presença de todas as forças políticas. Cassaram
o direito do povo de votar livremente. Agora querem me proibir de falar ao povo
e até de aparecer na televisão. Me censuram, como na época da ditadura.
Talvez nada disso tivesse acontecido se eu não liderasse todas as
pesquisas de intenção de votos. Talvez eu não estivesse preso se aceitasse
abrir mão da minha candidatura. Mas eu jamais trocaria a minha dignidade pela
minha liberdade, pelo compromisso que tenho com o povo brasileiro.
Fui incluído artificialmente na Lei da Ficha Limpa para ser arbitrariamente
arrancado da disputa eleitoral, mas não deixarei que façam disto pretexto para
aprisionar o futuro do Brasil.
É diante dessas circunstâncias que tenho de tomar uma decisão, no
prazo que foi imposto de forma arbitrária. Estou indicando ao PT e à Coligação
“O Povo Feliz de Novo” a substituição da minha candidatura pela do companheiro
Fernando Haddad, que até este momento desempenhou com extrema lealdade a
posição de candidato a vice-presidente.
Fernando Haddad, ministro da Educação em meu governo, foi
responsável por uma das mais importantes transformações em nosso país. Juntos,
abrimos as portas da Universidade para quase 4 milhões de alunos de escolas
públicas, negros, indígenas, filhos de trabalhadores que nunca tiveram antes
esta oportunidade. Juntos criamos o Prouni, o novo Fies, as cotas, o Fundeb, o
Enem, o Plano Nacional de Educação, o Pronatec e fizemos quatro vezes mais
escolas técnicas do que fizeram antes em cem anos. Criamos o futuro.
Haddad é o coordenador do nosso Plano de Governo para tirar o país
da crise, recebendo contribuições de milhares de pessoas e discutindo cada
ponto comigo. Ele será meu representante nessa batalha para retomarmos o rumo
do desenvolvimento e da justiça social.
Se querem calar nossa voz e derrotar nosso projeto para o País,
estão muito enganados. Nós continuamos vivos, no coração e na memória do povo.
E o nosso nome agora é Haddad.
Ao lado dele, como candidata a vice-presidente, teremos a
companheira Manuela D’Ávila, confirmando nossa aliança histórica com o PCdoB, e
que também conta com outras forças, como o PROS, setores do PSB, lideranças de
outros partidos e, principalmente, com os movimentos sociais, trabalhadores da
cidade e do campo, expoentes das forças democráticas e populares.
A nossa lealdade, minha, do Haddad e da Manuela, é com o povo em
primeiro lugar. É com os sonhos de quem quer viver outra vez num país em que
todos tenham comida na mesa, em que haja emprego, salário digno e proteção da
lei para quem trabalha; em que as crianças tenham escola e os jovens tenham
futuro; em que as famílias possam comprar o carro, a casa e continuar sonhando
e realizando cada vez mais. Um país em que todos tenham oportunidades e ninguém
tenha privilégios.
Eu sei que um dia a verdadeira Justiça será feita e será
reconhecida minha inocência. E nesse dia eu estarei junto com o Haddad para
fazer o governo do povo e da esperança. Nós todos estaremos lá, juntos, para
fazer o Brasil feliz de novo.
Quero agradecer a solidariedade dos que me enviam mensagens e
cartas, fazem orações e atos públicos pela minha liberdade, que protestam no
mundo inteiro contra a perseguição e pela democracia, e especialmente aos que
me acompanham diariamente na vigília em frente ao lugar onde estou.
Um homem pode ser injustamente preso, mas as suas ideias, não.
Nenhum opressor pode ser maior que o povo. Por isso, nossas ideias vão chegar a
todo mundo pela voz do povo, mais alta e mais forte que as mentiras da Globo.
Por isso, quero pedir, de coração, a todos que votariam em mim, que
votem no companheiro Fernando Haddad para Presidente da República. E peço que
votem nos nossos candidatos a governador, deputado e senador para construirmos
um país mais democrático, com soberania, sem a privatização das empresas
públicas, com mais justiça social, mais educação, cultura, ciência e
tecnologia, com mais segurança, moradia e saúde, com mais emprego, salário
digno e reforma agrária.
Nós já somos milhões de Lulas e, de hoje em diante, Fernando Haddad
será Lula para milhões de brasileiros.
Até breve, meus amigos e minhas amigas. Até a vitória!
Um abraço do companheiro de sempre,
Luiz Inácio Lula da Silva"
Fernando Haddad PT e Manuela d'Ávila PCdoB ---- 13
3 comentários:
Magnifico! espero que o povo entenda.
SIM "O" POVO,que somos todos , entende...A escolha está sendo na seta certa para a mira exata...
Salvemos o Brasil > a redemocratização e a alegria do povo com pão, vinho, casa, educação, trabalho e saúde precisam ser retomados. Sou Haddad 13 com Esperança
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