sábado, 5 de agosto de 2017

Meu bom aceno aos Bispos do Brasil.

Flores do Bem - Reflexões 

        Fico orgulhosa em ler e acompanhar a posição fraterna e solidária dos Bispos do Brasil – CNBB - sobre o nosso povo brasileiro tão desqualificado e marginalizado, em particular a partir destes anos de 2016 e 2017, mais diretamente. Bispos corajosos e combatentes mostram enfrentar a vida vencendo qualquer medo em defesa do bem comum – “Temos defendido sempre a importância da mobilização popular. Queremos defender esse direito. É importante a mobilização popular. A saída da crise não passa só pelo Congresso ou pelo governo, ela passa pelas ruas”.
        Os políticos, empresários e homens/mulheres dependentes e envolvidos nos jogos do Estado e quaisquer Poderes precisam parar para pensar e colocar-se como pessoas capazes de falar, comunicar e chegar mesmo a um entendimento comum que possa beneficiar diretamente a todos. A todos sem excludências, e não beneficiar apenas a uma ínfima parcela da sociedade. 
Caravaggio, 1608 (?) Nápoles - Sete Obras de Misericórdia
        Estamos numa perigosa travessia da História da Humanidade. Impreterivelmente todos estarão envolvidos; cidadãos de quaisquer classes sociais ou saberes culturais.  Todos envolvidos no mesmo barco terão que encontrar os pontos convergentes de entendimento para não se autodestruírem, fatalmente, por abusos de poderes, frieza emocional, descaso e indiferença, egoísmo e falta de visão comum.
        Estamos no século XXI, um novo paradigma no horizonte das raças, anseio de felicidade, cultura, e realizações pessoais. A Humanidade não recua, ela avança proporcional e progressiva no processo da sua natureza. As conquistas dos séculos XVIII, XIX e XX não admitem retrocessos; liberdade, igualdade, fraternidade. Os donos das grandes fortunas acumuladas terão que enfrentar a poderosa frente de massa humana, cada dia, mais consciente de suas conquistas e direitos adquiridos. Temos que ter utopias possíveis caminhando nesta sociedade marginalizada que se desestrutura e se desorganiza escandalosamente aos nossos olhos. Trevas e sabor da entropia em anseios de mudança.
        Sede de liberdade e expansão da consciência a níveis mais elevados. Isto é possível. Caminhemos.

-----  martha pires ferreira, tarde de 5/08/2017, rio de janeiro.
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