domingo, 31 de maio de 2015

Sábio Gustav Jung - Religião Ocidente e Oriente

GRUPO DE ESTUDOS C.G.JUNG

Lendo e refletindo – Obra de JUNG.
 Psicologia e Religião
-Ocidente Vol. XI -1 - Oriente vol. XI-5.
Dias: 3 e 17 de junho -
 - 1, 15 e 29 julho -
12 e 26 de agosto de 2015
 4ª feiras - horário: 19h / término às 20h30.
Casa das Palmeiras
Local: Rua Sorocaba, 800 – Botafogo.
Inf.: Tel. 2266-6465 (das 13h30 ás 17h
ou tel. 2242-9341

GRUPO DE ESTUDOS ABERTO A TODOS
QUE DESEJAM CONHECER UM POUCO MAIS
 C. G. JUNG (gratuito).
Destina-se ao público em geral - escritores, arquitetos, músicos, artistas, filósofos, livre pensadores, aposentados,
 estudantes de qualquer área.
Tragam seus amigos/as

sábado, 30 de maio de 2015

Livraria Leonardo da Vinci uma Universidade Livre

              Ontem, 29 de maio de 2015
           Os amantes dos livros veneram a Livraria Leonardo da Vinci - uma Universidade Livre. Ela é nossa, pertence ao patrimônio cultural desta cidade. Ela nos pertence e a queremos plena, com as portas abertas. Atuante.
          Por ela circularam e circulam pessoas as mais plurais; pessoas comuns e simples, estudantes e intelectuais sofisticados, sedentos de leitura, conhecimento e sabedoria. Av. Rio Branco 185, coração do Rio de Janeiro, permanece espaço nobre de referência cultural. Muitas das mais raras, preciosas e variadas obras editadas no Brasil e no exterior passaram e passam pela Da Vinci.
         
        Ah, como é prazeroso um instante de conversa com a sábia e culta senhora, tão querida, Dona Vanna/Giovanna Piraccini, e, ser atendida com todas as atenções por sua filha Milena, que herdou da mãe a sede dos saberes tantos!. Todos sempre solícitos a nos orientar prontamente, com sorriso e postura acolhedora nos ajudando a garimpar e encontrar as raridades desejadas. 
         Dona Vanna diz sempre que podemos ficar sentadas/os e lendo o que desejarmos. Por anos fiquei ali absorta nos livros, e, ainda hoje. Quanta grandeza, quanta generosidade! Bem jovem estudei História das Artes e manuseei raridades dentro desta Livraria, já que não podia comprar tudo que desejasse; da Antiguidade ao Contemporâneo.
         Como Marx, devemos proferir o pronome adequado:
“Nossa amada Leonardo da Vinci é Vida, Vive!”.
      Que possamos por muitos anos, como estas jovens mulheres, frequentarmos e sentarmos silenciosas no Sofá de Carlos Drummond de Andrade, onde ele dava suas entrevistas para poupar sua casa e se preservar.
A Livraria Leonardo da Vinci é nossa Biblioteca.

quinta-feira, 28 de maio de 2015

Geometria divina, reflexão alquímica, hoje.

Deus medindo o mundo com o compasso, 1250, Biblia. 
E ...William Blake, Alquimia mística, 1794.
        Vivemos um tempo histórico medíocre pelo distanciamento do sagrado, e, no entanto temos sede do divino, do incognoscível, do absoluto insondável.
       A concepção pitagórica e cristã até alta Idade Média era a beleza da compreensão de Deus como o supremo arquiteto da ordem do Universo perfeito e geométrico, visando amor ao próximo como a medida de todas as coisas criadas. 
Hildegard von Bingen, Alquimia Mística, séc XII.

Com o avanço das ciências, em especial as exatas, a visão e compreensão do cosmo ficaram menores, em estreitos escaninhos. Só o que se podia medir e pesar eram confiáveis, serem reconhecidas, por comprovação formal, ao que se denominou de ciências exatas, como se o saber contínuo, ciens (o que move), nunca existiu.  Engarrafaram a sabedoria, destinada apenas a ser uma lâmpada, acadêmica.
       Do século XVII em diante reduziram nossa concepção de mundo dentro de uma caixinha de valores lógicos e formais, Subjugou nossa inteligência a estreitos conceitos, nos aprisionando em academicismos de laboratório farmaideológicos capazes de demonstrações pontuais em hipotéticas verdades. A arrogância intelectual tomou conta do mundo, em especial no ocidente. Do outro lado nada sei mais que a sensibilidade poética e espiritual.
Harmonia Macrocósmica - Andreas Cellarius, 1660

    Muitos homens e mulheres escolheram estar fora destes modelos de vida traçado pelo Ocidente. Deliberadamente vivem à margem por vontade própria e seguindo outros meios, horizontes novos de postura, saberes e conhecimento. São os alquimistas da contemporaneidade, espalhados em recantos onde não são facilmente encontrados. Herméticos, vivem em silêncio e solidão espiritual, caminhando em harmonia cósmica, felizes e alegres a jornada humana de cada dia, sem exclusões, numa surpresa a cada passo. Com afeto, amorosidade e alteridade preferem, em particular, os seres esquecidos, marginalizados, espoliados, massacrados por esta mesma sociedade das ciências estratificadas e dos podres poderes. São eremitas do asfalto urbano ou obreiros vivendo no campo junto à verdejante selva pouco explorada. São seres humanos como qualquer um, sendo com todos, conscientes da divina geometria, sem início e fim.
       Marginais líberos vivem à margem do status quo dominante, nada tendo a mostrar, medir ou provar. Não são apóstolos do saber nem do achado, são apenas testemunhas de seu tempo, vivendo escondidos e altivos em secreta comunhão espiritual com a Terra Mãe e o Cosmo num processo alquímico interno.                 ~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~

terça-feira, 26 de maio de 2015

Santa Teresa d'Ávila - quinhentos anos nascimento -1515 - 2015

 Santa Teresa escrevendo. Gravura José de Orga, 1752

        
        A maravilhosa Teresa d’Ávila! Seu ponto alto, para mim, foram as Sete Moradas ou Castelo Interior. Toda a sua obra é grandeza. Aqui duas joias de sua poesia. Comemoram-se nestes 2015 seus quinhentos anos de nascimento - 28/03/1515 – por todo  o mundo. Santa Teresa morreu em 4/10/1582. Permanece viva.
      Ainda menina com 12 pra 13 anos (1951/52) eu aprendi com as religiosas carmelitas, em Teresópolis, a importância da interioridade, ter um tempo especial para a leitura divina e para a vida de contemplação. Costumava conversar no locutório com a superiora, Madre Bernardette, c. d., com certa frequência.
       Em razão dessas mulheres que viviam em clausura, como hoje, ainda, numa entrega ao Amor Divino em Cristo, passei a ler Teresa e depois João de Cruz, e tantos outros místicos, para nunca mais parar. Pessoas santas são aquelas que vivem em sua radical autenticidade, em plenitude as coisas do mundo e em compreensão ao sagrado, sem divisões; ama a si mesmo e o próximo com afeto, identidade e alteridade. Não exclui as riquezas da natureza e tudo o mais que o Criador predestinou a cada um particularmente. Santidade é ato de respeito e reverência aos valores da Vida. Santidade é ser humano, compreender, perdoar e amar com justiça social, a vida com simplicidade, cada dia.
        Reconhecer nossas falhas e tentar melhorar, depurar nossa natureza em sua totalidade.  Eu me encantava com Terezinha do Menino Jesus, por sua simplicidade e generosidade cotidiana - seu amor divino se expressava no real, na vida do dia a dia. Ser santo é ser do bem, todos nós somos algo de santos se procuramos ser pessoas do BEM. Nem sempre é fácil, mas devemos tentar, sempre. Assim foi Santa Teresa d'Ávila,
pessoa do bem se depurando na vida interna, nos orientando nas Sete Moradas, Castelo Interior, a sermos cada dia mais plenos e felizes pela sensibilidade do coração.

sexta-feira, 15 de maio de 2015

Quintaburiti - o prazer da leitura e partilha


          Ontem, 14 de maio 2015, amantes de livros se reuniram, mais uma vez, no Buriti Sebo Literário, Rio de Janeiro, no centro/coração desta cidade, para encontro mensal – Quintaburuti - onde cada um colocou o que encontrou de interessante, pertinente, no livro que está lendo ou que acabou de ler.
          Foram duas horas de atenções em torno de ideias ou reflexões de pensadores, autores, obras, e/ou matéria de alguma entrevista pela importância/peso. Marcos Cunha leu entrevista com Paulo Duarte - quem não souber quem é tá por fora - num Pasquim (1975). Antônio Bandeira leu com ênfase trechos sobre mazelas da escravatura em Casa Grande e Senzala de Gilberto Freire (1933). Ignez Mattos fez pontuais observações, e, eu Martha Pires, tendo acabado O Signo de Jonas, de Thomas Merton, relatei um pouco sobre sua trajetória humana e sobre esta obra que reli, renovada, depois de tantos anos.
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quinta-feira, 14 de maio de 2015

Leitura do dia - Thomas Merton - 14 de maio

“Mas existe maior conforto na substância do silêncio do que na resposta a uma pergunta. A eternidade está no presente. A eternidade está na palma da mão. A eternidade é uma semente de fogo e suas raízes, que crescem instantaneamente, sustentam os barrancos e evitam que meu ser se transforme em abismo.”
 Thomas Merton - O Signo de Jonas  / pg. 408, Ed. Mérito, SP/RJ, 1954. Trad. José Geraldo Vieira.

Foto de Thomas Merton / Terrel Dickey 
Este ano comemorações do seu centenário de nascimento 1915 -2015 em todo o mundo. Merton um dos meus grandes Mestres por muitas afinidades humanas e espirituais.

domingo, 3 de maio de 2015

Lélia Gonzalez

          Arrumando revistas encontrei Lélia Gonzalez - fotos do querido Januário Garcia - EPARREI, SP, 2003.
          Lélia de Almeida Gonzalez, mulher corajosa, destemida, culta, intelectual brilhante. Esteve em minha casa umas cinco vezes. Éramos boas amigas. O que me encantava em Lélia era a sua natureza altiva, nobreza de caráter, consciência racial e social com delicadeza e refinamento que a fazia acima das pessoas comuns. Não media palavras. Aquariana de 1935. Como não sei exatamente a data de sua ida, anos noventa do século passado, para outras dimensões, ela vive entre nós. Saudades! Estaria com 80 anos. Gostaria de tomar uma cerveja trocando ideias com Lélia sobre esta travessia complexa da atualidade, os desacertos da geografia e a extensão da espiritualidade.
Vanguardista em todas as direções.
postagem martha pires ferreira

sexta-feira, 1 de maio de 2015

Livros e devaneios meus

          Ler é uma obsessão. Ler é tanto prazer quanto desenhar, criar algo novo que surge das entranhas,  caminhar junto à natureza mãe, meditar, contemplar o firmamento. Ouvir música e/ou estar com pessoas que amo e mesmo entre as que me estranham.
                                             Estando estar.
       Estes dias leio Simone Weil - sua obra/ pensamientos desordenados - edit. trotta. Intelectual refinada e mística essencialmente humana ao tocar/ser tocada pelo incognoscível.
          E ando pensando em Erasmo de Rotterdam, ao me indagar, ao lado de alguns, se não estamos a caminho do fim da geografia, ao assistirmos os espetáculos atritantes dos povos; fricção cruenta entre Oriente e Ocidente. Calada, em agonia, acompanho o percurso dos astros sinalizando caminhos possíveis no seio da humanidade, no coração da história. 
                                                                                                      Devaneios meus ...