domingo, 29 de setembro de 2019

Conversando com Mercúrio e Marte

       
       Gosto de caminhar em várias curvas, vertentes, horizontes e, como alguns sabem, me dou o direito de conversar com os deuses lá no Firmamento, bem longe das mixórdias terrenas dos bípedes - pelados (diga-se de passagem, são pelados... rrrss > se vestem, se enfeitam !!!).
Mercúrio _ Grécia
        
      Bem, trago informações interessantes que só transmito mais olho e olho, ouvido a ouvido...não dá pra fazer colocações por aqui. Digo apenas que estive com Hermes/Mercúrio _ muito sagaz e bisbilhoteiro se mete onde ninguém vê e fica sabendo de coisas que não são publicáveis, mais por receios e prudência, prefere manter-se em off (defesas) _ vou anotando. Mercúrio teve um encontro com Ares/Marte este mês, trocaram muitas ideias e combinaram como agir neste Planeta Terra, circular, em constantes mudanças. Eu não me divirto, fico é meio tensa com o que os dois vão me passando/pontuando com tamanha velocidade....não dá pra acompanhar o que vão sinalizando para, ainda, este ano de 2019, perpassando por 2020...e, início de 2021, e, avançando para 2023..com os confrontos de/com Júpiter, Saturno, Plutão e conexões celestes com Netuno e Uranos !!! Haja coração, nervos e generosidade humana para se respirar bem nesta travessia escura/arriscada!!

Cabeça de Ares/Marte _ Grécia

        Altivez e coragem sempre, a Vida é construção para frente, com muito Amor à Natureza, e, avançando em valores, direitos sociais justos, humanos-coletivos.
-- postagem martha pires ferreira.
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sábado, 28 de setembro de 2019

Poetizando - Caminhemos! Amor essência!


        Caminhemos 
Natureza e Humanidade em nós!
Não há governo, dogmas, leis
que possam arrancar, massacrar
os encantos da Vida!
Somos amados incondicionalmente
pela intocável potência criadora!
Contemplemos,
peregrinos, 
caminhemos!

Nas caminhadas, por vezes, brinco de ser poeta refletindo sobre a vida 
Amor essência 
O Amor não tem idade
nem tempo.
Libertário
desconhece rejeição,
pertencimento,
indiferença, frieza.
Não tem desejo
por ser fonte mesma
do desejo.
Amar é pura virtude
simples gratuidade.
Existência.
Amar, não é tesouro
secreto no coração,
é energia vivente;
flui na carne,
habita a inteligência.
Possui o divino em tudo,
no Todo,
apenas, deleite.
                Martha Pires  Ferreira 
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domingo, 22 de setembro de 2019

O Lobo e o Cordeiro - atualidade

"Qualquer semelhança é pura coincidência"
Fábula
Todo cuidado é pouco - Monteiro Lobato.

O Lobo selvagem e
 o Cordeiro, filhote da Ovelha

Só a Compaixão e a Amorosidade incondicional 
serão posturas contra a força 
 perversa do mal.
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sábado, 21 de setembro de 2019

Os Astros celestes falam por alegorias

     Continuando a trajetória dos meus delírios sobre a atualidade aconselho reler o que o Firmamento descreve em seus movimentos pontuais e nos orienta, por entendimento, por alegorias.

Artigo de março de 2010... os astros caminham e sinalizam.

Uma visão sociológica e mitológica - As Três Plumas.

Simbolismo da atualidade baseando-se no Conto de Fada
 - As três Plumas de Grimm (1/03/2010). 
      O Rei cansado necessita repassar o seu reinado. Convoca seus filhos.
Os donos do século XX sem direção não sabem como lidar com o ritual de passagem de um milênio para outro - conduzir os seus reinados para o séc. XXI. Convocam seus súditos, mas perdidos se conflitam com a face do desespero.
    Os poderosos apresentam ao Planeta um quadro de progresso industrial tecnológico altamente sofisticado, entretanto, econômica e politicamente um horizonte sem saída. Velhos e cansados perderam controle de suas ambições triunfalistas, perderam o domínio de suas possessões. Decadentes nas áreas humana, religiosa e ambiental tornaram-se privados da potência criadora, só conhecem a força das armas. Perdidos sem direção, “os donos do mundo”, convocam países submissos à corrida do sonho da globalização; a salvação de mão única. Necessário manter as rédeas do controle imperial. Dos sete mais poderosos reinos com mãos firmes no comando passaram para oito, e, agora são vinte os que sentam à mesa das negociações e exibem seus trunfos, suas fontes de energia, reivindicam espaços e direitos para todos. Frágeis, os menos industrializados como nação acham que copiar os velhos modelos de capital, de visão de mundo, estarão realizados como nação igualitária.
      A dimensão dos territórios, qualidade da mão de obra escrava, troca de interesses, tudo pesa e é levado em conta para os “donos do mundo”. Quais países prometem mais sucesso? Qual terá a melhor economia, desempenho social, menos estrago ambiental? Quais serão os mais obedientes? Cultura nativa, valores locais e genuínos? Isto nada vale.
      A pluma é soprada, aos reinos mais frágeis é exigido retorno de produção, economia estável, consumo de riquezas industriais e tecnológicas: um grupo vai para o Oriente – simbolizado por um dos filhos e outro grupo (país / nação) dirige-se para o Ocidente, simbolizando o outro filho – direções opostas, interesses múltiplos.
   E o filho mais tolo, incapaz, o João-Bobo, o país/ nação, dos mais marginalizados, excluídos? Estacionado sem apoio e consciente de sua própria condição olha para o chão e vê um bueiro/alçapão. Não tendo outra escolha levanta a tampa do alçapão e desce as escadas: um bueiro sujo, escuro; não teme em bater na porta encontrada. Defronta-se com a Rainha Rã, soberana conhecedora do mundo subterrâneo, das forças da natureza. É ali que os povos, as nações desprezadas encontram o tesouro da Rainha Rã - Mãe Natureza, Mãe Terra.
     Simbolicamente os Reis/Rainhas dos poderes palacianos, detentores dos bens comuns da natureza, não dormem mais tranquilos já que perderam as direções. Não sabem que filhos/nações os substituirão. O crepúsculo dos “senhores” do mundo tem seus dias contados, angustiados sabem apenas que caminham num tempo/espaço de absoluta incerteza. Não vêem mais qualquer saída. E todos, em todos os recantos do planeta Terra, tremem o futuro na incerteza.
     Cronos /Saturno (no signo de Libra determinado percorrerá o Zodíaco), senhor de tempo implacável, simbolizando os Reis, os Impérios da Terra, não quer largar as mãos do controle dos seus poderes. Os filhos ambiciosos e submissos, países dependentes, também, não são acolhidos, plenamente. As desavenças permanecem, os reinos não se entendem. Batalhas intensas se travam.
     Os sinais celestes traçam recados. A mitologia nos ajuda entender estes sinais. Zeus/Júpiter (em Peixes avança), Poseidon/Netuno (em Aquário mantem sua trajetória), Hadés/Plutão (chegou em Capricórnio e ali se manterá até 2023), Uranus (no signo em Peixes, passará por Aries e depois Touro), Ciclopes e Hecatônquiros confrontam Cronos/Saturno, reivindicam seus lugares. Os transtornos continuam. Os impasses são tremendos; os efeitos apocalípticos na epiderme. Temores no coração.
     A humanidade inteira está despertando para enfrentar a metamorfose morte-ressurreição!
      Como em todas as metamorfoses, em todas as grandes mudanças – o que é formoso, belo e precioso, surge da depuração – como na Alquimia.
      Os “donos do mundo” não aceitam, as ofertas, as reflexões, as realizações dos filhos mais tolos, marginalizados, Bobos. Entretanto estes são os únicos capazes de mergulhar nas camadas mais árduas, difíceis e profundas da Natureza e trazer as respostas que a Vida, a espécie humana, realmente, necessita para se reerguer e realizar seu maior sonho: gerar felicidade, brindar, dançar e cantar, namorar e amar. Dormir tranquilo sabendo que viver requer trabalho, descanso, diversão e alegria. São os simples, os tido como Bobos, os portadores do bem maior, são eles que vivem em harmonia com Gaia, a fonte soberana da Natureza, quem nos dará a boa nova.
     O homem lúcido não perde a meta – ele trabalha incansavelmente por um mundo humano e pleno de alegria – ele sofre e não teme a metamorfose. – Aceita o peso do mundo sobre os seus frágeis ombros e não se desespera. Confia. Confia, sobretudo nas forças da natureza. Acredita no amanhecer da lucidez universal. Confia no princípio coordenador de energias, nas forças renovadoras que emergem do centro mesmo da psique. Trabalha no silêncio e no amor.

Martha Pires Ferreira - astróloga e artista plástica.
https://cadernoaquariano.blogspot.com/2010/03/simbolismo-do-conto-as-tres-plumas.html
-- postagem - martha pires ferreira.

quinta-feira, 19 de setembro de 2019

Delírios meus _ Viagem ao Tempo dos deuses _ Metáfora.


      Tenho passado algumas horas com os deuses – os deuses das muitas mitologias. Prefiro, neste momento, procurar gregos/romanos; Zeus/Júpiter, altivo, me promete ambrosias quando conquistar todo o Olimpo - visando o Planeta Terra. Por ser um exímio sedutor não perde a chance de agradar para ter bons aliados. Percebi logo que não consegue reter a potência de sua ira com a degradação dos princípios da justiça, a Lei. E, se mantem firme ao organizar-se para confrontar o rígido e estratificado Cronos/Saturno que em nada quer ceder, e, se faz dono do Tempo inexaurível. Não será nada fácil o embate, a batalha entre os deuses, para se obter nova ordem no Universo - o desafio será imenso como tantos outros. Depois de delongas, impensáveis, me retiro e desço cuidadosa ao reino dos mortos/infernos, bem junto à entrada do submundo para estar, sem receios, a conversar com Hades/Plutão. Encontrei-o sereno em seu trono negro, cor de carvão em brasas, como suas vestes requintadas; poder grandioso e alheio às controvérsias dos mortais que se agitam inquietos como folhas de bananeiras em períodos de ventania ou bambuzal em beira do abismo. Plutão nada teme, nada quer, nem almeja. Tudo possui; o Tártaro, Campo das Danações de um lado e a Terra dos Bem-Aventurados - Campos Elísios do outro! Sabe que cada fato/acontecimento tem o seu tempo de nascimento, floração, maturação natural, declínio, putrefação e renovada floração. Senhor absoluto do mundo subterrâneo determina a regeneração das espécies por continuada ressurreição. Chegou a me comunicar que a Humanidade está em processo de purgação essencial para novos níveis do estado de ser, do sendo existencial. O que, na verdade, não compreendi bem. Não apontou certezas, mas me garantiu que toda incerteza se aflora das profundezas abissais, sem nome, para resplandecer noutros paradigmas. Sou ouvido em plena apreensão sensível, humilde em minha ignorância, apenas observando silenciosa. Continuo minhas jornadas nestes terrenos insondáveis, nada prometo, embora pense em transmitir o que dos espaços, sem limites, pontuo sinalizações. Levo comigo um amigo; Hermes/Mercúrio para me ajudar nas anotações necessárias. Por certa proteção me coloco distante das questões do relativo, não por defesa, mas para poder pousar meus frágeis ombros no Todo absoluto, sem dimensões, sem conceitos ou lógicas formais. Tudo renascerá a seu tempo. Aguardo, na quietude da contemplação, a magnitude do Sol da Consciência que não pode irradiar luminosidade com um simples riscar de fósforo.
      
      Martha Pires Ferreira, manhã de 19 de setembro de 2019.
Plutão _ rapto de Perséfone (museu Borghese), a deusa da agricultura, da fertilidade, das estações do ano, das flores e frutos, das ervas e perfumes. 
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quarta-feira, 18 de setembro de 2019

A Igreja Católica atravessa para avanços sem retorno.


      Um pouco de História e os ciclos astrológicos – é Plutão quem sinaliza.

      Em 31 de outubro de 1517, o padre agostiniano, Martin Luther, fixou suas 95 teses na porta da Igreja em Nurenberg / Alemanha – marcou o corte com o Vaticano e assim se deu o início da Reforma Protestante.  
      Os Astros não erram. Podem errar são seus intérpretes astrólogos.
   Naquele momento Saturno estava a 27 do signo de Sagitário e Plutão a 2 de Capricórnio/conjunção. Uranos estava a 5/6 de Touro e Netuno em Aquarius.
    Neste momento atual, 18 de setembro de 2019, os ciclos astrológicos mostram semelhanças; esta conjunção se faz, novamente, entre estes dois planetas no signo de Capricórnio (2019-2020).  E Uranos, como agora, em 6 de Touro. Novamente, acompanhamos tensões seríssimas entre os padres e comunidade católica da Alemanha frente às normas rígidas e obsoletas do Vaticano - sobre a guarda máxima do Papa Francisco – que, por sua vez, anseia por amplas aberturas, mas se encontra pressionado, por alguns cristãos - púrpuros cardeias conservadores e fies temerosos de avanços. Algo se dará por consequência, certamente, frente tão forte tensão. A Igreja católica evolui ou se engole em si mesma. Desejamos avanços se façam com inteligência e coragem necessárias. A magnitude da Vida tem um foco; a Unicidade.
      Que todos possam acompanhar a evolução da humanidade em todas as frentes do conhecimento sócio, político, econômico e científico. E os católicos com a cristandade e religiosos de quaisquer tendências não podem ficar a mercê do processo civilizatório. Andaremos juntos, todos estamos no mesmo barco.
      A matéria do Unisinos, neste momento, nos relata, com a coragem de sempre, os acontecimentos da atualidade.
http://www.ihu.unisinos.br/78-noticias/592629-os-bispos-alemaes-enfrentam-o-vaticano-e-seguem-com-seu-sinodo
       O que nos parece é que o eixo das tensões entre o Caminho Sinodal na Alemanha e o Vaticano, que poderá tornar-se conflito, está pontuado em quatro documento: a forma de vida dos sacerdotes, a moral sexual, a divisão de poderes e o papel da mulher na igreja.
      Sincronicidade astrológica 1517 e 2019/2020?!
      ”O que está acima está abaixo” Hermes Trimegisto (Egípcio 1.330 a. C.)
As 95 teses de Martin Lutero - 1517
 - quase tudo pode ser encontrado no 
Oráculo Google
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postagem martha pires ferreira.

terça-feira, 17 de setembro de 2019

Carta aberta em apoio ao Papa Francisco – Sínodo da Amazônia


         Carta aberta aos cristãos, aos céticos e aos simpatizantes em apoio ao Papa Francisco frente ao Sínodo da Amazônia.

       Pensando na Mãe Natureza - meu Amor cortês ao Papa Francisco –
“Todos estamos em el mismo barco para construir um mundo mejor juntos”, suas palavras, as faço minhas.
    Em outubro, deste ano de 2019, por três semanas será realizada em Roma o SÍNODO DA AMAZÔNIA (uma espécie de assembleia com o Papa). Junto aos integrantes da igreja católica estarão reunidos, no Vaticano, ribeirinhos, indígenas e cientistas para discutir questões pertinentes à preservação da biodiversidade, proteção às comunidades tradicionais, modelo econômico sustentável, a carência de sacerdotes na região, eventual ordenação de leigos, entre outros assuntos.
      Para Jorge Maria Bergoglio – porta voz da causa ecológica –
"A Ecologia é fundamental na Fé cristã". Uma das razões pelas quais devemos depositar neste Papa Francisco grande voto de confiança a tão nobre iniciativa em prol do bem-estar da Humanidade como um todo.
    Sabe-se que púrpuros cardeais, bispos e uma leva de católicos conservadores, temerosos de real felicidade, têm se manifestado avessos às decisões e avanços do Papa Francisco – agora, criando tensões às questões a serem tratadas no Sínodo como “absurdas à doutrina”. Ele nada realizou teológica ou doutrinalmente que possa justificar, de qualquer forma, o que seus contrários tentam articular criando, eventual, divisão na Igreja.
    O Papa Francisco não questionou qualquer doutrina central da Igreja nem fez declaração do Credo de Fé cristã. É notório que ele sofre ao perceber de alguns prelados gestos de amabilidade, mas que “Sorrindo e mostrando os dentes” se fazendo de lisonjeiros o “apunhalam pelas costas” criando tensões e soprando possível cisma.
       Confiemos dando nossas mãos a Bergoglio. Ele, possivelmente, não tem medo dos que propagam cisma, entretanto pede que rezem para que não haja cisma - divisões no coração da humanidade.
    É claro que Francisco incomoda, por não querer seguir padrões que não mais acompanham a evolução de Nossa Casa Comum – o Mundo em toda sua extensão - nas questões sociais, econômicas e científicas. Os, realmente, contrários são os católicos que não querem aceitar  desenvolvimento e abertura para um mundo efetivamente Humano - exatamente na linha de Jesus de Nazaré. Cristãos que não conseguem flexibilidade diante das questões decorrentes do Concílio Vaticano II.
     Amemos com solidariedade e cortesia este importante Porta Voz da Ecologia, o humaníssimo desbravador Papa Francisco.
       Abraço fraternal,  

                               Martha Pires Ferreira  

Santa Teresa, 17/setembro/ 2019.
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domingo, 15 de setembro de 2019

Era de Aquarius - síntese

          Estamos, eventualmente, entrando numa nova Era da Humanidade?
Cairemos todos no abismo, num naufrágio suicida ou sairemos exaustos deste impasse absurdo. Constatamos passivamente a falência das nações em constante destruição, etapa por etapa, da legalidade e seus princípios constituídos ou num processo de ação política transformadora daremos um salto quântico em valores, em legitimidade? Precisamos como espécie humana acordarmos com o coração compreensível, afetuoso e espírito aberto à ação e ao entendimento comum. No entender de Teilhard de Chardin avançamos, lentamente com toda a Natureza - nós da Humanidade - em aperfeiçoamento constante, incessante, junto com todo o Cosmo, beleza incognoscível do Universo.
Artigo com cortes do original sem alterar nada -
      Era de Aquarius -  1ª publicação deste artigo -Jornal Rolling Stone, 1972, nº 15, pág. 16 – Rio de Janeiro. O artigo é longo -  aqui a matéria com cortes pontuais, sem alterações.  Martha Pires Ferreira
                        
A Astrologia, embora não seja ainda levada a sério pelo academicismo de nossa época, é tão antiga quanto o homem. O estudo dos astros surgiu de uma apaixonada tentativa de descobrir o segredo da vida e da morte. Conhecida por todas as civilizações e culturas, a Astrologia permanece, até hoje, como ciência e arte (de caráter experimental, de observação) dos futuros acontecimentos humanos através do estudo dos astros. Inúmeras descobertas e acontecimentos, seja na esfera científica e econômica, sejam no terreno social, pode receber influência dos astros - conexões entre o homem e os planetas do sistema solar – o comportamento do ser humano no espaço das forças cósmicas. É a arte das correspondências universais aplicadas aos indivíduos de toda natureza.
“Astra inclinant, non necessitant”.
 Os astros inclinam, mas não obrigam
  Dispõem, mas não impõem.
Depois do ano 2000 aproximadamente, por volta do ano 2014 podemos dizer (...) início a uma nova Era da História da Humanidade.
Como não se pode afirmar categoricamente nada a respeito de acontecimentos futuros, acredita-se apenas que esta época será de grande esclarecimento mental para a humanidade inteira. A Era de Aquário é o despertar da Intuição – apreensão imediata. Tendendo a humanidade então para maior expansão espiritual e científica.
(...) É a ciência tomando novos rumos, rumos estes que permitirão conhecimentos até agora enigmáticos para a humanidade. Anuncia na verdade um estado superior da evolução humana – um estado de esclarecimento individual – iluminação ou lucidez da consciência.
A Era de Aquário constitui um novo plano de desenvolvimento na história do homem. Uma total mudança de nível – o homem agindo noutro nível psíquico. A criatividade em toda a sua potencialidade, força e vigor, transcendendo completamente a realidade atual.
         A consciência do Deus interno – do Eu profundo – se manifestará no centro mesmo da psique. (...) – o anseio de se saber tal qual se é em essência. O que no pensamento de C. G. Jung significa o caminho da individuação. (...) A Era de Ouro da Humanidade, segundo a filosofia Yoga. A Era da Beleza porque a Era do Caminho da Sabedoria. E quem sabe, a Era da Arte de Viver!!  O homem se harmonizando com sua natureza – com o alargamento do seu eu. O crescente emergir da criatividade inegavelmente trará maiores possibilidades de felicidade e prazer na esfera individual e coletiva. Os homens continuarão como sempre foram; com seus aspectos claros e escuros, com suas contradições de seres mortais. Entretanto, saberão melhor como lidar com esses aspectos escuros e sombrios que existem em cada um de nós. (...) O homem da Era de Aquário é o homem independente. É o homem que elabora o processo da liberação total.
         (...) A era do próximo milênio é primordialmente o reencontro da humanidade inteira (...) Entretanto, antes de entrarmos nesta plenitude de viver, sofrerá o mundo todo com a humanidade inteira, a mais completa e fundamental transformação. Um cataclismo! (...).
         A arte já não é mais o privilégio de um pequeno grupo de artistas, não mais o dom de uns poucos – verifica-se que todo homem é potencialmente um criador, um artista, em maior ou menor grau. E ao lado desta efervescência vivemos paradoxalmente uma crise como nunca se ouviu falar – o desencontro humano é geral. A mente inquieta e aflita tenta com todos os esforços solucionar problemas cada vez mais complexos – impossíveis mesmo de serem resolvidos. E mergulhando um pouco mais fundo, parece mesmo que qualquer tentativa de harmonia geral entre pessoas ou nações é realmente inútil. A humanidade está se desentendendo cada dia mais. Por todos os lados a violência, a agressão, a insatisfação individual e coletiva. O homem está sofrendo e não adianta querer esconder de si próprio tal verdade. A crise é cultural, moral, política, econômica, religiosa, sociológica. E esta crise entrará num crescente enorme – a fome aumentará cada dia mais – o descontrole geral chegará às vias do absurdo!!! Velhas tradições, velhas convicções, velhos ideais e costumes, velhas leis éticas e metafísicas sofrerão assombrosas modificações antes do surgimento do Novo Ciclo da Raça Humana. (...).
         Este período de desencontro que antecede a Era de Aquário e que já estamos atravessando, pode ser visto como um fenômeno apocalíptico. O estado psíquico geral da humanidade se torna cada vez mais perigoso. É o desabamento de velhos moldes: paradoxismos, incongruências, inconsequências, contradições, disparates – o imprevisível! Uma realidade altamente cheia de dúvida e absurda. (...)        
         Quem tem a sua tocha individual bem acesa, quem permanece em estado de plena atenção, não tem o que temer. O observador atento da fenomenologia atual só tem uma saída: enfrentar o momento presente, enfrentar a si próprio e à escuridão da sua época, sem ditar dogmas ou princípios, que em pouco tempo estarão superados. O homem lúcido não perde a meta – ele trabalha incansavelmente por um mundo humano e pleno de alegria – ele sofre e não teme a metamorfose. – Aceita o peso do mundo sobre os seus frágeis ombros e não se desespera. Confia. Confia, sobretudo, nas forças da natureza. Acredita no amanhecer da lucidez universal. Confia no princípio coordenador de energias, nas forças renovadoras que emergem do centro mesmo da psique. Trabalha no silêncio e no amor.
         A Era de Aquário, uma utopia ou uma realidade? Consultem geólogos, sociólogos e astrônomos. Parece mesmo que tudo se transforma. Nada se pode afirmar, entretanto, só o tempo constata e confirma.
         Para alguns estudiosos, os 2000 anos que nos seguirão podem ser vistos também como a Era da Conquista do Espaço Cósmico, e o homem já deu provas suficientes de que isso é possível. Mas a Era de Aquário é, sobretudo, a Era do Descobrimento do Homem Interior – ERA DO HOMEM CÓSMICO. O estudo experimental da alma será o tema principal no campo das investigações científicas, nas escolas e nas universidades.
Num interesse profundo em conhecer a sua natureza íntima e a sua essência eletromagnética, o homem descobrirá que a alma é o divino se manifestando na matéria.
Completo - 9 de abril de 2007 - aqui no Blog ou link / lateral
https://cadernoaquariano.blogspot.com/2007/04/era-de-aquarius_09.html
Inglês ver 30 de junho de 2017.
https://cadernoaquariano.blogspot.com/2017/06/the-age-of-aquarius.html
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--- postagem martha pires ferreira
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terça-feira, 10 de setembro de 2019

A Mulher no Terceiro Milênio











Matisse

              A MULHER NO TERCEIRO MILÊNIO

Para entendermos a totalidade da natureza da mulher é necessário um mergulho na história do feminino desde os tempos primordiais. Vamos encontrar no campo das religiões e dos mitos as chaves para a compreensão da essência da mulher - o conhecimento de sua arqueologia interior e suas manifestações no mundo.
A humanidade patriarcal e matriarcal foi surgindo e se organizando em vários momentos da história que se perdem no tempo. Tudo faz admitir que nas sociedades arcaicas o que reinava era o matriarcado – a mulher era a guardiã e sacerdotisa da vida intrinsecamente unida à natureza, a grande Mãe-Gaia.
No processo de evolução do princípio feminino, para o seu desenvolvimento e complementação é necessário o confronto com a natureza e os princípios do masculino a fim de assimilá-los e entendê-los. Os confrontos entre o Homem e a Mulher em todos os tempos sempre foram complexos e imensamente misteriosos. Nessa longa caminhada da evolução feminina em que se vivenciam as mais fortes emoções é natural que a mulher assuma o materno. E por materno se entende tudo que é fecundado, criativo e dadivoso – como as árvores, como a própria essência da natureza.
A árvore sempre representou o universo materno, o símbolo da vida. No Brasil temos a nossa majestosa mangueira que tranquila e sábia segue o ritmo das estações; aceita seu momento outonal ao perder seus frutos, recolhe-se no seu inverno enigmático e deixa-se florescer e ofertar suas saborosas mangas na primavera e verão, gloriosa em sua trajetória anual. Raízes profundas sustentam forças internas que se manifestou sobre ela, o tronco fincado no chão da realidade se expande e se abre em copa majestosa voltada para os céus num desejo ardente de percepção universal e absoluta plenitude. A árvore é uma representação arquetípica da imago feminina.
No desejo de chegar a seu núcleo criador, a mulher terá que confrontar sua sombra obscura e por vezes tenebrosa, manifestando a pujança da força feminina em toda a sua grandeza natural. As armas poderosas da mulher sempre foram o poder do coração amoroso, a compreensão afetuosa aliada à reflexão intelectual e aos assuntos relacionados com a vida interna e espiritual.
A dominante neste terceiro milênio será retomada do princípio feminino em sua essência. Vivemos, hoje, um grito de desespero predatório, o sabor das destruições generalizadas. A nossa desgastada civilização masculina institucionalizada primando pela racionalidade, provedora em ciência e tecnologia avançadas, vive paradoxalmente a sua falência humanístico-cultural, chegou ao seu ponto mais alto. Terá que dar espaço a um novo ciclo da história da humanidade. Terá que caminhar em outra direção. Uma nova civilização que se identificará não com as manifestações dos “poderes” puramente pragmáticos a serviço do consumo desenfreado e insaciável, mas sobre tudo, no que a natureza possui de solidária e humanamente afetuosa. O terceiro milênio em sua sede de calor humano e equilíbrio em todas as áreas do conhecimento voltar-se-á para o princípio feminino, receptivo, o qual se estenderá fértil no coração do mundo com Amor – Sabedoria, fonte primordial da vida, em harmonia com o princípio complementar masculino.
           
            Martha Pires Ferreira [Texto publicado na Folha de Trancoso, julho de 1990, por Jorge Mourão - Bahia - breve revisão em 2007]. ~
                  Campo de Santana _ Rio de Janeiro
     Não me ocupei em ver se já publiquei esta matéria aqui no Blog. Entretanto é oportuno neste momento de tamanha insensibilidade para com o feminino Mãe Natureza _ as Matas, nossa Flora _ nossa Protetora.

Nota: Não cabe aqui abordar as questões de gênero. O que se propõe é a reflexão sobre o Feminino _ energia feminina diante de num mundo Masculino, árido e inflexível, que devasta a Mãe Natureza, sem medida.   
----  artigo e postagem - martha pires ferreira 
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