Varanda circulante
Florida de braços, pernas
olhares
líbera varanda
elegante, acolhedora.
Bonde querido
varanda despida
sinuosa, desenhando
saudades de amor.
Minha varanda arejada
cortando ladeiras
seguindo balanço do corpo
sem pressa, ligeirezas
em poesia, encantamento
tantos ao colo
quase circunferência.
Motorneiros, trocadores
calorosos cavaleiros
de antigamente
“pode subir, tem lugar”
Camisa branca engomada
sorriso aberto ao vento.
Não demore o coração
padece
atormentado está.
Trilho vazio espera
sofre ausência.
Sol aquecendo sorrateiro
se aproxima quer bonde.
Doce atravessar arcos
contemplar a vida
bonde, bondinho centenário.
Música nas ladeiras
paisagem no tempo
grito, eco
varanda circulante!
Meu coração padece
não demore nosso amor,
o coração padece.
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