Hoje,
um dia santo como outro qualquer, reservei fazer faxina de papeis guardados;
arejar quinquilharias arquivadas; relíquias culturais. Adoro guardar velharias;
jornais, recortes, revistas, cartões, cartazes, bilhetes, programas, fotografias, papeizinhos,
santinhos, tampa de caixa de chocolate, rótulos, convites, tíquetes, cds e dvds. Montoeira de inutilidades que me dizem algo
pontual, por alguma razão. Papeis em folhas lisas ou com desenhos, nem se fala;
mapoteca sem espaço reclama imperiosa. Livros adquiridos nas prazerosas
caminhadas por Livrarias se alojam em minha pequena e preciosa biblioteca.
Livros dos amigos, lançamentos e/ou presentes, não me desato por escrúpulo ou
porque fazem parte de minha história. Guardo impensáveis bobagens, já que me
foram dadas com afetivo calor humano. Sempre acumulando aquilo que acho
importante e que me chega como curiosos resíduos do cotidiano. Graças ao baú
das quinquilharias, joias de papel, encontrei raridades interessantíssimas, em
várias árias do saber. Em pastas com anotações estavam adormecidos estes dois
recortes manchados pelo senhor do Tempo implacável:
Esta
importantíssima e bombástica matéria de Barbosa
Lima Sobrinho, publicada em 2 de agosto de 1998, JB, RJ -
Uma venda não autorizada - (entre outros
artigos dele) quando Presidente da Associação Brasileira de imprensa.
E os zeróis by Ziraldo de 11/12 de fevereiro de 1968, JB, RJ.
Pergunto
ao meu coração que é mais sagaz e sutil que a razão - o que estaria escrevendo, atualmente, o incomparável e único, em
inteligência e humanidade superior, Barbosa Lima Sobrinho?
E o doce e meigo Ziraldo que me perdoe se cometo pecado ao publicar este artefato profético de sua incrível potencialidade criadora.
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