Formas no espaço nanquim, e aquarela (detalhe)
Desenho
a Amador Perez
Dedos deslizam papel branco,
qualquer superfície
_ silenciosa, as mãos obedecem.
Olhar que vê revela formas
_ estas se percebem vistas
detalhes, precisa tensão.
Mãos engendram expressões
a alma se eleva sem receio,
registra fotossíntese-grafia.
No ver, pura contemplação,
traço se percebe mirado, visto
_ desenho é criação ativa, viva.
a Amador Perez
qualquer superfície
_ silenciosa, as mãos obedecem.
_ estas se percebem vistas
detalhes, precisa tensão.
a alma se eleva sem receio,
registra fotossíntese-grafia.
traço se percebe mirado, visto
_ desenho é criação ativa, viva.
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Desidade
à Ignez Maria Mattos
Gosto do que não tem idade
_ tantas vertentes...
Felicidade não tem idade.
Ternura, alegria, prazer cotidiano
solidariedade, liberdade, calor
distância, dispensa idade.
Beleza, harmonia, som refinado
dispensa idade, ressoa presente
no invisível arco do atemporal
_ perpassa ao longe o horizonte!
Qual a idade do ar transpassando
Eras, dimensões circulares,
energia feita e desfeita no vazio?
Idade da coragem, firmeza, dor,
consciência, queda... atos heroicos?
Tempo sem idade corta espaço.
Sonho, quimera, devaneio, utopia!
Paixão é sem idade, se abranda
sem dimensão _ época, destino.
Gosto da desidade, foge à idade.
Infinitude não tem idade, tem vida
_ mistério, transtorno, o achado
do nada _ encantamento abissal.
à Ignez Maria Mattos
Gosto do que não tem idade
_ tantas vertentes...
Felicidade não tem idade.
Ternura, alegria, prazer cotidiano
solidariedade, liberdade, calor
distância, dispensa idade.
Beleza, harmonia, som refinado
dispensa idade, ressoa presente
no invisível arco do atemporal
_ perpassa ao longe o horizonte!
Qual a idade do ar transpassando
Eras, dimensões circulares,
energia feita e desfeita no vazio?
Idade da coragem, firmeza, dor,
consciência, queda... atos heroicos?
Tempo sem idade corta espaço.
Sonho, quimera, devaneio, utopia!
Paixão é sem idade, se abranda
sem dimensão _ época, destino.
Gosto da desidade, foge à idade.
Infinitude não tem idade, tem vida
_ mistério, transtorno, o achado
do nada _ encantamento abissal.
Nos anos 1965, querida amiga Ignez, concluía comigo a Faculdade de Direito, UEG (atual, UERJ). Ficamos irmãs para sempre. Nossas cabeças pensantes permaneceram vivas, afins no horizonte _ visão de mundo.
Dediquei esta poesia pela reflexão que lhe é própria; sabor das ideias.
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Um ponto
a Marcelo Cattan
Desenhar sem consequência
transgredir formas, um ponto
_ fascínio esvazia resultado.
Ser livre de dogma, norma,
_ repousar ponto e linha
em superfície lisa ou não,
ousar retas, curvas... oblíquas.
Brincar de tudo ao traçar
sem destino, sem por quê
_ descobrir, revela o nada a
cada ponto em sequência viva.
a Marcelo Cattan
Desenhar sem consequência
transgredir formas, um ponto
_ fascínio esvazia resultado.
Ser livre de dogma, norma,
_ repousar ponto e linha
em superfície lisa ou não,
ousar retas, curvas... oblíquas.
Brincar de tudo ao traçar
sem destino, sem por quê
_ descobrir, revela o nada a
cada ponto em sequência viva.
Num encontro do Grupo Buriti Literário, Marcelo Cattan, descrevendo sobre o “Sem por quê” de Mestre Eckhart (Sermões) e seguindo para outros pensadores sobre a mesma questão... me perdi sem mais nem menos. Nada tem sentido... ou tudo tem o seu “porquê”, sentido de tudo... ”A rosa não tem porquê”.
Um ponto, poesia _ dediquei a este pensador, sem porquê.
Martha Pires Ferreira _ escrever poesia é sorver bom vinho
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