Martha Pires Ferreira
Poesias em momentos vários, sem datas definidas.
Fissura
Centelha no horizonte
luz tênue se estende
em cor _ amanhece.
Tudo por ser feito
frio na pele, janela aberta
_ contemplar a natureza e
esquecer, apenas contemplar,
esquecer o impossível!
Floração na mangueira
é verdade revelada
terá fissura _ os frutos,
fendas imperceptíveis, sulcos
_ a mangueira sabe!
Fissura!
Tudo por ser feito
_ meu olhar contemplação
luz do amanhecer.
luz tênue se estende
em cor _ amanhece.
frio na pele, janela aberta
_ contemplar a natureza e
esquecer, apenas contemplar,
esquecer o impossível!
é verdade revelada
terá fissura _ os frutos,
fendas imperceptíveis, sulcos
_ a mangueira sabe!
Tudo por ser feito
_ meu olhar contemplação
luz do amanhecer.
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Não tenho
chão
Sou do Ar, corto distância
viajante no universo sem
horizonte,
perdida em vigorosos amores
sem vertical definido.
Morro renascendo por instante
manhã de Sol pousado na pele
diluindo tristeza esmagada.
Fulgor no vazio submerso
alimenta tesouro de acordes
vividos neste chão sem terra
sem plano definido.
perdida em vigorosos amores
sem vertical definido.
Morro renascendo por instante
manhã de Sol pousado na pele
diluindo tristeza esmagada.
Fulgor no vazio submerso
alimenta tesouro de acordes
vividos neste chão sem terra
sem plano definido.
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Desejo
A vida não abandona
desejo pleno,
corpo não adormece
quando a chama
se mantém no auge
respira, transpira.
A inteligência pousa
_ consciência alcança
descansa, é nada
no centro da vida
_ incognoscível desejo.
desejo pleno,
corpo não adormece
quando a chama
se mantém no auge
respira, transpira.
A inteligência pousa
_ consciência alcança
descansa, é nada
no centro da vida
_ incognoscível desejo.
Detalhe
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Deixar-se flamar
Entrega
plena sem temor
atravessa labirinto,
paixão delicada
_ os corpos se esquecem.
Destemidos nas tardes,
entre o sorver
do vinho tinto
_ soar das taças!
Palavra doce de mel
sem piegas falas
_ direta e leve libélula,
troca valores tantos,
intelecto segue
harmonia, intui _
tudo é ternura, chama.
plena sem temor
atravessa labirinto,
paixão delicada
_ os corpos se esquecem.
Destemidos nas tardes,
entre o sorver
do vinho tinto
_ soar das taças!
Palavra doce de mel
sem piegas falas
_ direta e leve libélula,
troca valores tantos,
intelecto segue
harmonia, intui _
tudo é ternura, chama.
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