sábado, 24 de fevereiro de 2024

Poesia _ tesouros da caixinha e desenhos

 
simples flores~

  Martha Pires Ferreira
    Poesias em momentos vários, sem datas definidas.  

Fissura 
Centelha no horizonte
luz tênue se estende
     em cor _ amanhece.
 
Tudo por ser feito
frio na pele, janela aberta
_ contemplar a natureza e
esquecer, apenas contemplar,
     esquecer o impossível!
 
Floração na mangueira
é verdade revelada
terá fissura _ os frutos,
fendas imperceptíveis, sulcos
    _ a mangueira sabe!
 
Fissura!
Tudo por ser feito
_ meu olhar contemplação
                  luz do amanhecer.
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 Não tenho chão
Sou do Ar, corto distância
viajante no universo sem horizonte,
perdida em vigorosos amores
         sem vertical definido.
 
Morro renascendo por instante
manhã de Sol pousado na pele
          diluindo tristeza esmagada.
 
Fulgor no vazio submerso
alimenta tesouro de acordes
vividos neste chão sem terra
         sem plano definido.  

 
Detalhe
, nanquim e aquarela. 

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Desejo 
A vida não abandona
                   desejo pleno,
corpo não adormece
quando a chama
se mantém no auge
            respira, transpira.
 
A inteligência pousa
_ consciência alcança
             descansa, é nada
no centro da vida
_ incognoscível desejo.          

         

Detalhe

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Deixar-se flamar 
Entrega
plena sem temor
atravessa labirinto,
paixão delicada
_ os corpos se esquecem.
 
Destemidos nas tardes,
entre o sorver
do vinho tinto
_ soar das taças!
 
Palavra doce de mel
sem piegas falas
_ direta e leve libélula,
troca valores tantos,
intelecto segue
harmonia, intui _
tudo é ternura, chama.      
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