Delicadeza
Sentir viço das mãos
presas às minhas
instante da existência
_ delicadeza!
Não importa se
fugidio, efêmero
_ vigor da energia
consome, abastece
silenciosa fonte de frescor
_ seus dias nos meus.
Não marca hora, o tempo,
nem pensa espaço
_ esvazia-se.
O calor nos corpos
vitalidade, delicadeza,
mãos aquecem, a
alma fala, se abrasa
_ basta.
Pela manhã faço minha “Lectio divina”, texto ou poesia que me fale à sensibilidade, à interioridade. Lendo a poesia de Adélia Prado
presas às minhas
instante da existência
_ delicadeza!
fugidio, efêmero
_ vigor da energia
consome, abastece
silenciosa fonte de frescor
_ seus dias nos meus.
nem pensa espaço
_ esvazia-se.
vitalidade, delicadeza,
mãos aquecem, a
alma fala, se abrasa
_ basta.
Pela manhã faço minha “Lectio divina”, texto ou poesia que me fale à sensibilidade, à interioridade. Lendo a poesia de Adélia Prado
Ensinamento
Minha
mãe achava estudo
A coisa mais fina do mundo.
Não é.
A coisa mais fina do mundo é o sentimento.
Pensei nas minhas poesias de
afeto-amorosidade-sentimento. Eu as arquivei por Maria Anônima, pseudônimo. Só
agora, com mais idade, me dou o direito de mostrar sem receios. Três poesias sem datas, vivências que o
coração ousa mostrar.
A coisa mais fina do mundo.
Não é.
A coisa mais fina do mundo é o sentimento.
Amor impossível
Se você me quer
e não te quero,
se te quero
e você não me quer
qual importância
se nos possuímos?!
Se você me olha
e deseja sem me ter
me possui sem mim,
o que possui?!
Não te vejo, só desejo,
o tenho sem ter.
Qual importância
se amamos, nos temos,
nem nos vemos,
encontramos
e nos temos?!
Se você me quer
e não te quero,
se te quero
e você não me quer
qual importância
se nos possuímos?!
Se você me olha
e deseja sem me ter
me possui sem mim,
o que possui?!
Não te vejo, só desejo,
o tenho sem ter.
Qual importância
se amamos, nos temos,
nem nos vemos,
encontramos
e nos temos?!
Maria Anônima
****
Sensibilidade
não se compra, se tem
_ não se encontra
em prateleira, nem feira
de mercado.
Depuro do espírito,
Tempo -
espaço, tece
costura do coração.
Afeto sensível em delicada
hora de silêncio
desperta desejos
profundos _ revelação!
Riqueza imaginária
toca viva
a realidade
_ sentir-se amada não basta,
amar é querer, desejar
ousar _ eis tudo.
****
Finalizo com uma frase de Thomas Merton que li há muitos anos _ A montanha dos setes patamares _ pág 211 /Mérito, SP. 1952 _ A vida da alma não é conhecimento, é amor, visto que o amor é ato de suprema qualidade.
Martha Pires Ferreira
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