Não quero cantar o horror
me nego à tanto sufoco
mortos sem despedidas
desterro _ campo santo
silêncio das almas
_ noite no cemitério.
Frieza dos indiferentes
brutalidade dos toscos afetos
mastigando linguiça de porcos
fornicações na vadiagem
_ vomitam sentenças.
Não, não aguento horrores
rastros sombrios da pandemia,
agonia dos órfãos, desamparados
degredados filhos e filhas da terra,
desterro dos inválidos
_ tocam o sangue.
Quero cantar o Amor
sentir o ar na pele ao Sol
como flor ao vento em brisa
ser o idiota de Dostoiévski
olhar o vazio infinito
ter sorrisos de inocência
acolher e dividir, multiplicar
sonhos de encantamento
_ quero a luz do amanhecer.
Martha Pires
Ferreira _ manhã 7/4/2021
me nego à tanto sufoco
mortos sem despedidas
desterro _ campo santo
silêncio das almas
_ noite no cemitério.
brutalidade dos toscos afetos
mastigando linguiça de porcos
fornicações na vadiagem
_ vomitam sentenças.
rastros sombrios da pandemia,
agonia dos órfãos, desamparados
degredados filhos e filhas da terra,
desterro dos inválidos
_ tocam o sangue.
sentir o ar na pele ao Sol
como flor ao vento em brisa
ser o idiota de Dostoiévski
olhar o vazio infinito
ter sorrisos de inocência
acolher e dividir, multiplicar
sonhos de encantamento
_ quero a luz do amanhecer.
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