sábado, 24 de abril de 2021

Visão _ Signo de Touro e Lua Cheia abril

  Não se pode falar da História do Pensamento sem abordar a importância da Astrologia, para a compreensão da natureza humana em sua complexidade desde épocas as mais remotas, nos primórdios das ciências. Os astros sinalizam nossas potencialidades. Compreendendo nossa natureza, em seu todo, podemos melhor administrá-la.
          Astrologia é própria da linguagem simbólica. As características pontuadas, em cada signo, são generalidades possíveis, não uma verdade em si. Este ano de 2021, o Sol iniciou a percorrer o signo de Touro dia 19 de abril. Este signo pertence ao elemento Terra - analogia com Vênus – feminino, fixo. Touro é o 2º signo do Zodíaco (a cada ano poderá cair 19-20-21/abril a 20-21-22/maio, dependendo da latitude e longitude horária).

                           Mapa _ LUA CHEIA 
            Dia 27 a 0h30’ presenciaremos uma Lua Cheia em sua plenitude para encanto de todos e beleza no Firmamento. Porém, fortes tensões se apresentarão _ A sensível e sonhadora Lua em signo de Escorpião/Água estará em oposição, confronto, com a luminosidade do exuberante Sol, com o imprevisível e rebelde Urano, contrastes com a amorosidade e afetos da Vênus, e nas comunicações, com imparcial e dual Mercúrio _ todos estes, em signo de Touro/Terra, e, uma outra tensão se apresenta numa quadratura com o rígido Saturno em Aquário/Ar. Signos de natureza Fixa; não cedem fácil, são firmes em seus propósitos, suas questões simbólicas ao agir. Engendramos com o Universo!
                  Gravura séc. XVI - Escorpião - Touro
       A complexidade do saber astrológico com sua riqueza simbólica não pode ser reduzida numa estreita análise para as mídias leigas. Apenas podemos afirmar que os Astros inclinam a nos dar sinais de continuidade desafiadora nesta travessia sombria da História da Civilização; algo de enfrentamento aos poderes sociais e culturais obsoletos, arcaicos, injustos, enrijecidos; são aclamações que surgirão de vários pontos do mundo _ Oriente ao Ocidente _ tendo em vista outras posições astrológicas pontuais em seu todo; nas múltiplas áreas do saber; ciências exatas ou humanas. Reivindicações que se ampliarão e se tornarão evidentes, cada dia mais, deste mês em diante, abril/maio _ signo de Touro _ valor do trabalho, segurança, estabilidade econômico-financeira e emocional. Amor às Artes e ao bem viver no campo da matéria, dos sentidos. Utopias por um mundo seguro e estável.
        Touro é um signo que sempre desafiou o estabelecido teórico visando o viver bem no real e palpável. Como exemplo de vida, cito apenas quatros grandes homens do signo de Touro _ cada um por sua missão _ lutaram pelo bem-estar no mundo por prazeres sensoriais, conforto físico, poesia no coração e na criação do mundo tendo o ser humano como um eixo para evolução planetária em sua Totalidade:  Freud, Karl Marx, R. Tagore e Teilhard de Chardin.
                                  Catedral de Chartre
O Sol em signo de Touro sinaliza; “os astros inclinam, não determinam”.  
Vênus de Milo _ M. Louvre
 
 Características agradáveis e desagradáveis deste signo: Valores pessoais e materiais. Trabalho e lucro. Bens materiais. Organização. Objetividade. Praticidade. Segurança pessoal. Tenacidade. Posse. Acumulação. Construtividade. Constância. Persistência. Teimosia. Utilitarismo. Raiva.  Sentimentos contidos. Rancores. Tolerância. Fidelidade. Proteção. Amorosidade. Prazeres em geral. Bom comensal. Lealdade. Obstinação. Afetuosidade. Obsessividade. Gosto pelas Artes. Sensualidade vigorosa. Paciência. Repressão. Frustração. Administração. Economia e finanças. Contabilidade. Egocentrismo. Apego. Produtividade. Repouso. Quietude. Sentido da natureza. Resistência. Inércia. Inflexibilidade. Propósitos concretos. Ciúme. Continuidade. Reserva. Solidez. Estabilidade. Realização.

__ postagem _ Martha Pires Ferreira      

sábado, 17 de abril de 2021

Liberdade de escrever _ Respiração, o Todo.

             Respiração, bem-estar, meditação _ Totalidade.
 A essência de nossa natureza humana, com toda a criação, surge da não polaridade _ ser e não-ser, ter e não-ter, possuir e não-possuir, amar e não-amar _ tudo surge do Uno Primordial, do incognoscível mistério do Desconhecimento.  
        Em estado de silêncio interior é possível uma aproximação desta fonte primordial. Para tanto é aconselhável procurar tempo disponível, local e hora, longe de barulhos externos, distrações do entorno.   Sentir o coração contemplativo é o primeiro passo. Sem contemplação passiva pouco se avança no desejo de se alcançar níveis mais depurados em nossa natureza tosca, porém, destinada ao aperfeiçoamento, à iluminação da consciência.
       Algum exercício físico, leve, antes do estar contemplativo, é bom quando estamos cansados ou dispersos _ alongamento ajuda para descontrações musculares.
         Segue-se o sentar-se com a coluna ereta, sentindo-se em posição confortável, ou com as pernas cruzadas _ iniciar a Respiração que é a alma da saúde física _ inspirar e expirar. A respiração abdominal se faz rítmica, suave, lentamente, com atenção ao coração sensível _ observar o plexo solar em silenciosa atenção _ ter o coração consciente de si mesmo; quase um ouvir sem ouvir o ritmo da respiração. É bom estarmos neste silêncio por uns 20 minutos, em atenção à Respiração pausada, rítmica.
      Os Taoistas na Antiguidade aconselhavam não fechar os olhos, e sim, mantê-los semiabertos ao respirar, tendo os olhos voltados para a ponta do nariz (no princípio isto é difícil, e, voltando a atenção para a respiração, para dentro). Desta forma vamos nos conectando com o centro de nossa energia vital que pertence ao Todo _ céu e terra, matéria e espírito/alma.
       Agradável é caminhar descontraída em plena atenção à Respiração _ pausadamente, inspirando e expirando, sentimos a Totalidade da Vida.
 Martha Pires Ferreira, manhã de 16/04/2021.

Abaixo dois grandes mestres orientais em Meditação  
                                              Dalai Lama
                                                   Thich Hhat Hanh
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terça-feira, 13 de abril de 2021

Estou aqui no centro da vida

Deus sempre habitou dentro de mim, eu é que nem sempre habitei em Deus.
        “Ah, Deus, invenção dos homens, ingênua criatura!” me dizem amigos e amigas no alto da racionalidade, do materialismo dialético.
     Sim, repito de outra forma, a Vida em sua imensidão e mistério incognoscível, indesvendável, sempre habitou solene dentro de mim. Eu é que nem sempre me deixei ser habitada no coração da Vida como desejaria.
      Não me toca a racionalidade crua, e, sim, a sensibilidade do coração intuitivo que transcende a pele, os órgãos dos sentidos, as emoções e a intelectualidade, habitando no centro mais profundo do meu ser vazio de si e repleto do simples _ a mais doce visão. 
        Contemplo as obras - iluminuras de Hildegard von Bingen (1098-1179) _ o seu olhar para o centro da Vida. Pessoa com quem muito me identifico pelo amor à Totalidade, ao Deus desconhecido.




                                                 O Universo.
 Martha Pires Ferreira, aquela que tão pouso sabe diante da imensidão que é a totalidade da existência.
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sexta-feira, 9 de abril de 2021

Resíduos do cotidiano _ Gabinete de Curiosidades Espaço ZAGUT

 

Resíduos do incêndio do Museu de Arte Moderna, 1978 _ RJ

        Escolhendo material para enviar _ Espaço ZAGUT _ Gabinete de Curiosidades _ Exposição virtual _ 10 de abril 2021 _ às 16h. mídias!
       Há 50 anos que eu junto Resíduos do Cotidiano em inúmeros cadernos, assim como, objetos sem destino, inúteis ou sucatas que reinvento possibilidade visuais, sem maior pretensão além do prazer criativo. Agora, excelente oportunidade de mostrar estas curiosas memórias _ registros biográficos do meu dia a dia. Sutilezas no tempo, prazeres do que foi vivido com intensidade _ lembranças que se acumularam no correr da vida.
        Meu 1º Registro do Cotidiano, como objeto a ser arquivado, foi a impressão de meu Pé esquerdo. Com o Eurailpass 1ª class, 1971_ presente maravilhoso de meus tios Paulo e Iracy Sanmartin, foram três a quatro meses seguidos de viagens pela Europa, sozinha comigo mesma, sendo por um ano completados em Londres. Num envelope guardava as lembranças _ depois surgiram os Cadernos _ Resíduos do Cotidiano.








Apontando o HD Merton, 

Árvore coral do mar - com pérola cultivada - suporte ouro, 
Máquina de escrever, 1985 _ com Thomas Pires Ferreira
Placa Mãe VI , 2021.

Segredo escondido na caixa, 2015


Resíduo do Incêndio Museu de Arte Moderna, 1978.










  ___ Martha Pires Ferreira

quinta-feira, 8 de abril de 2021

Quero a luz do amanhecer

 Não quero cantar o horror
me nego à tanto sufoco
mortos sem despedidas
desterro _ campo santo
silêncio das almas
_ noite no cemitério.
 
Frieza dos indiferentes
brutalidade dos toscos afetos
mastigando linguiça de porcos
fornicações na vadiagem
_ vomitam sentenças.
 
Não, não aguento horrores
rastros sombrios da pandemia,
agonia dos órfãos, desamparados
degredados filhos e filhas da terra,
desterro dos inválidos
_ tocam o sangue.
 
Quero cantar o Amor
sentir o ar na pele ao Sol
como flor ao vento em brisa
ser o idiota de Dostoiévski
olhar o vazio infinito
ter sorrisos de inocência
acolher e dividir, multiplicar
sonhos de encantamento
_ quero a luz do amanhecer.
 
                Martha Pires Ferreira _ manhã 7/4/2021
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domingo, 4 de abril de 2021

Páscoa! Ressurreição! _ a Vida vence a morte

 
"Ressuxit, non est hic!" - quadro de Axel Ender

Evangelho _ ed. Paulus

Ícono - Fluvio Giulliano.

    Num tempo tão duro e delicado para todo o ser humano, com a pandemia vírus-19, a Ressurreição de Jesus Cristo sinaliza uma esperança diante da Vida que vence a morte, a degradação, a falta de sentido da existência _ a Vida vence a Morte com  Ressurreição eterna!

   ---postagem martha pires ferreira

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sexta-feira, 2 de abril de 2021

Paixão de Cristo _ imolação da humanidade _ covid-19

                      Jesus Cristo na palha da hera _ reflexão profunda sobre os valores da Vida e a da Morte.
      Paixão de Jesus Cristo-ser humano configurando, simbolicamente, a humanidade inteira _ pandemia covid-19 _ distanciamento no silêncio e com anseios de Ressurreição _ energia vital _ energia respiratória!
      A presença da morte no Cristo crucificado _ milhares de seres humanos, imolados, em todo o mundo. A Civilização desgastada enfrenta com medo e na incerteza, dia a dia, por um amanhã promissor. Confronto direto com as potências da Natureza diante de um vírus invisível e silencioso que não se deixa vencer fácil. A natureza encurralando a raça humana em estreita passagem pelas vias respiratórias _ AR.
      Anseios de esperança por uma Nova Civilização integrada com a Mãe Natureza em sua totalidade _ mineral, vegetal e animal.
        Cristo na palha da hera, 2021 - Crucifixo séc. XIX- chumbo /laca. Col.- particular.

     --- postagem Martha Pires Ferreira

quinta-feira, 1 de abril de 2021

Condenação de Jesus _ que não seja a condenação de tantos _ Covid-19

         Jesus Cristo diante do sumo sacerdote Caifás e do governador Pôncio Pilatos -  

Iconografia Dürer – Jesus diante de Caifás, 1512.
       Tempo de reflexões e silêncio > Cenário nebuloso e sofrido da Semana Santa para a cristandade. Jesus Histórico permanece vivo!!! Repleto de simbolismo.
Jesus diante de Caifás, o sumo sacerdote do Sinédrio; Superior Tribunal dos Judeus. Jesus um judeu tido como marginal por não seguir os preceitos de sua formação e tornar-se a grande ameaça aos princípios da tradição judaica de seu tempo. Como Caifás não tinha autoridade para julgar e executar pessoas levou o Cristo para o governador romano Pôncio Pilatos que tinha o poder de realizar sentenças.
      O Cristo histórico nos remete às fontes da vida de um homem predestinado a trazer a Boa Nova para toda a Humanidade; dar lugar de dignidade e liberdade criadora para todos, igualitariamente, sem exclusões de pessoas; cultura, raças, credos ou posição social. Jesus ensinava a beleza da cooperação solidária; o mestre do Amor Fraterno – divino e humano.
      Jesus de Nazaré sem defesas se vê perante o Juiz Pôncio Pilatos que lava as mãos diante deste homem que ele nada tem a falar, nenhuma culpa pode lavrar: “não vi nada neste homem”.
    O Cristo deu sua vida aos mais esquecidos, marginalizados, sem eira nem beira. Despojado de tudo enfrentou os senhores do Templo e os senhores da Lei, não recuou diante de sua missão de resgatar a Humanidade a níveis mais elevados de fraternidade, igualdade e lugar digno na sociedade-alteridade.
    Jesus de Nazaré, essencialmente, humano e divino desconhecia a exclusão, só excluiu quem excluía; homem da compaixão e misericórdia infinita amava o próximo como a si mesmo, radicalmente com todas as consequências. A ponto de dar a Sua vida por aqueles que tanto amou.
      Cristo diante de Pilatos – Tintoretto (1518_1594) s/d.
Paixão - Caravaggio, 1610.
Ida ao Calvário - Murillo - 1690 
Cristo - coroa de espinhos - José Tarcísio , 1961
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  -- postagem - Martha Pires Ferreira
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