Descrevo as pessoas em seus grupos
tipológicos; natureza humana, anos de convivência, observação.
- Há pessoas que só falam de gente o tempo todo; família, amigos,
sociedade, políticos, desconhecidos e até de adversários. Positiva ou
negativamente, não importa, falam de gente. Focam o comportamento das pessoas;
valores morais ou sociais. Ah, pode ser que falem sobre os animais e/ou sobre a
natureza, isso acontece. Geralmente são os donos da verdade e em postura
crítica.
- Outras são pessoas que falam de coisas materiais; vestuário, carros,
marca de bebidas, comida, restaurantes, obras de arte e seus valores, dinheiro,
mercado, aquisições, tecnologias. Realizações concretas, objetivas, materiais. Sabem lidar com a vida concreta, suas sensações. Por vezes abrem a caixa de Pandora saindo aves
de rapina. Seu posicionamento é indiscutível, fundamentado.
- Outras pessoas se ocupam em falar mais das
mazelas, decepções, depressão, frustrações
e angústias, carências e até de doenças suas ou de outrem. Alimentam-se do
aspecto negativo em tudo que vivem. Gemem sobre desgraças. São as
carpideiras/os. E como tem! Não confundir com eventuais colocações da saúde física,
emocional e mental.
- E, ainda, encontramos pessoas que se
ocupam mais com o mundo das ideias, os
valores da vida em seu significado profundo; reflexões e consciência de fatos. Os
que abordam sobre arte, humanidade, ciência e/ou espiritualidade, afetuosidade, estas nada sentimentais.
Essencialmente apreensão sobre o sentido do ser, da vida humana, da
criatividade e da morte em sua finitude e/ou infinitude existencial,
transcendência. O ser, o tempo e o espaço externo e interno. Pessoas que abordam
objetivamente conceitos da criação, pessoas que pensam a existência material ou
intelectual. Têm os ávidos por algo mais elevado, acima da inteligência, sempre
questionando, encontrando, reinventando e os que apreendem no mistério
insondável que é a totalidade da existência, sem divisões entre o objetivo e o subjetivo,
matéria e espírito.
Ouvidos para todos temos que ter. É preciso
sim, selecionar, não se deixar levar por pessoas com as quais não se tem
identidade. As pessoas que abordam ideias, reflexões e valores mais elevados da
consciência, são as com quem, eu mesma, mais me afino.
Teilhard de Chardin (1881-1955), homem das ideias - ciência e afeto amorisante - convergência.
Poesia Teithard Chardin
Pleno da seiva do Mundo,
subo para o Espírito que me sorri
para além de toda conquista,
vestido com o esplendor concreto
do Universo.
E eu não saberia dizer,
perdido no mistério da Carne divina,
qual é a mais radiosa
destas duas bem-aventuranças:
ter encontrado o Verbo
para dominar a Matéria,
ou possuir a Matéria para alcançar
e submeter-me à luz de Deus.
Fazei-me, Senhor, que, para mim,
A vossa descida sobre as Espécies universais
não seja apenas amada e apreciada
como o fruto de uma especulação filosófica,
mas que ela se torne verdadeiramente
uma Presença real.
subo para o Espírito que me sorri
para além de toda conquista,
vestido com o esplendor concreto
do Universo.
E eu não saberia dizer,
perdido no mistério da Carne divina,
qual é a mais radiosa
destas duas bem-aventuranças:
ter encontrado o Verbo
para dominar a Matéria,
ou possuir a Matéria para alcançar
e submeter-me à luz de Deus.
Fazei-me, Senhor, que, para mim,
A vossa descida sobre as Espécies universais
não seja apenas amada e apreciada
como o fruto de uma especulação filosófica,
mas que ela se torne verdadeiramente
uma Presença real.
Fonte: Pierre Teilhard de
Chardin. Hino do Universo. São Paulo: Paulus, 1994, p. 29
postagem -martha pires ferreira.
postagem -martha pires ferreira.
~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~
Nenhum comentário:
Postar um comentário