Minha Coroa-de-Moçambique
Enquanto nascem
flores, cores e aromas tantos,
pássaros voando
em espaços largos
criança sorridente ao olhar
homens e
mulheres, se amando, se fazem plenos,
enquanto o sol
ilumina a Terra-mãe
estrelas brilham
no firmamento em noites densas,
mangueira,
abacateiro, laranjeira e limoeiro
florescem em
fértil chão
onde rochas
e animais vivem silenciosos ou não,
enquanto pessoas
solidárias umas com as outras
procuram se
entender generosas
e sábios se
despojam vazios de si
libertos se
abrem em fluxo contínuo,
beleza e
encantamento no ar
e, gatos e
gatas sinalizam segredos, mistério,
nada aflige, nada me corrompe, nada mata,
tudo alcanço,
tudo possuo.
Nada me
falta! _ Minha coroa-de-Moçambique!
Ah, sim,
enquanto houver injustiça social,
miséria, iniquidade, abandono
humano
degradação para com toda a natureza criada,
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Coroa-de-Moçambique
(haemanthus multiflorus) – origem África tropical Quatro acabam de florescer na
sacada da minha janela. Isto acontece uma vez ao ano, pontualmente. Denominada,
também, Coroa da Imperatriz. Esta flor lírio-sangue-salmão gosta do meio sol,
solo úmido, composto orgânico e terra comum. Semente bulbo/batata - 40/30 cm diâmetro
– floresce, em geral, novembro, Brasil, fim de ano, novembro.
Martha Pires Ferreira
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