Há 4.000 anos em
tablets/placas/terracota, o aparecimento da escrita. Agora o nascimento da
internet _ os tabletes redimensionando horizontes, valores, anseios de evolução
contínua. Os Astros, hoje, descrevem configurações celestes semelhantes a
2.000 a. C., primórdios da história da civilização do fenômeno humano nos meios
de comunicação.
Iconografia _ detalhe tablets _ escrita sobre a deusa
Ishtar/Vênus, 1.500 a.C. - Círculo, estrelas, 1.000 a.C. – Babilônia,
Mesopotâmia. Museu Britânico.
Astrologia _ um saber
Por Martha Pires Ferreira
O saber astrológico é tão antigo
quanto a história do conhecimento.
A astrologia que chegou ao Ocidente
teve sua origem na cultura dos povos da Babilônia. Oriente Médio, China, Japão,
Índia, Egito, Peru e México também conheceram a Astrologia na mais remota
idade.
A Astrologia teve desenvolvimento
admirável na Grécia, e posteriormente, em Roma, tendo alcançado nestes dois
Estados posição de suma importância e dignidade. Conheceu momentos de glória,
apogeu e decadência. Na Idade Média, porém, enfrentou momentos obscuros e
sombrios.
Ressurgindo na Renascença, respeitada e
admirada por todos, foi privilégio de Reis, Papas e Ministros de Estado. Tendo
caído novamente em descrédito pelo charlatanismo, o saber astrológico foi
protegido pelos gnósticos. Com o surgimento da Escola de Ciências no séc XVII,
a Astrologia foi relegada à marginalidade, porque o conceito de ciência da
época passou a basear-se em pesos e medidas.
A
Astrologia, pela força que possui em si mesma, conservou-se intacta, em termos
de conhecimento e sabedoria simbólica, nos meios ocultos “underground”.
Informações subterrâneas a mantive viva e atuante até os nossos dias. Por sua
plenitude cosmológica, consegui atravessar o tempo. No final do século XIX e, especialmente,
o século XX, ela ressurgiu com toda sua carga de beleza e sabedoria.
Por três séculos, ela se viu obrigada a
dar espaço ao mundo das descobertas científicas. O pensamento científico, presa
à lógica racional das precisões, medidas, pesos e provas, não podia apreender o
conhecimento astrológico. De repente, na segunda metade do século XX, a
Astrológica vem se colocando ao lado das outras ciências no campo das
investigações humanas. Isso se tornou possível graças ao alargamento do
conceito de ciência. A revolução no campo da física e da matemática em muito
contribuiu para isso.
Como ciência se entende o conhecimento,
erudição, intuição e sabedoria. Conjunto de conhecimentos obtidos mediante
observação e experiência dos fatos por método especifico e próprio.
Fundamentada nos conceitos amplos de ciência, a Astrologia foi pouco a pouco
absorvida pelos mesmos canais que a relegaram.
A Astrologia, como ciência e arte, é
passiva de transformação e evolução dinâmica. Isto se tornou muito claro com os
estudos e as pesquisas feitas no momento das descobertas dos planetas modernos,
isto é, Urano (1781), Netuno (1846) e Plutão (1930).
A cultura oficial acadêmica se aproxima
da astrologia, meio sem jeito, ainda preconceituosa, como que pedindo desculpas
por desconhecer o seu mistério, a sua fonte inesgotável de interpretação
simbólica a respeito da vida, da alma humana, com seus anseios físicos,
emocionais e psíquicos.
A Astrologia é um processo de
conhecimento dos fenômenos humanos, particularmente, sendo o Horóscopo (a Carta
Natal) a bússola de autoconhecimento neste processo. A Astrologia, sem dúvida,
se dirige para o amanhecer da nova era contribuindo com sua presença viva e
dinâmica na historia da humanidade.
Texto - publicado no Guia da Vida
Saudável 2003 – Organização Renato Martelleto.
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