quarta-feira, 1 de novembro de 2017

Astrologia - 4.000 anos de escrita

        
          Há 4.000 anos em tablets/placas/terracota, o aparecimento da escrita. Agora o nascimento da internet _ os tabletes redimensionando horizontes, valores, anseios de evolução contínua.  Os Astros, hoje, descrevem configurações celestes semelhantes a 2.000 a. C., primórdios da história da civilização do fenômeno humano nos meios de comunicação.
Iconografia _ detalhe tablets _ escrita sobre a deusa Ishtar/Vênus, 1.500 a.C. - Círculo, estrelas,  1.000 a.C. – Babilônia, Mesopotâmia. Museu Britânico.



         Astrologia _ um saber
Por Martha Pires Ferreira

             O saber astrológico é tão antigo quanto a história do conhecimento.
       A astrologia que chegou ao Ocidente teve sua origem na cultura dos povos da Babilônia. Oriente Médio, China, Japão, Índia, Egito, Peru e México também conheceram a Astrologia na mais remota idade.
         A Astrologia teve desenvolvimento admirável na Grécia, e posteriormente, em Roma, tendo alcançado nestes dois Estados posição de suma importância e dignidade. Conheceu momentos de glória, apogeu e decadência. Na Idade Média, porém, enfrentou momentos obscuros e sombrios.
        Ressurgindo na Renascença, respeitada e admirada por todos, foi privilégio de Reis, Papas e Ministros de Estado. Tendo caído novamente em descrédito pelo charlatanismo, o saber astrológico foi protegido pelos gnósticos. Com o surgimento da Escola de Ciências no séc XVII, a Astrologia foi relegada à marginalidade, porque o conceito de ciência da época passou a basear-se em pesos e medidas.
         A Astrologia, pela força que possui em si mesma, conservou-se intacta, em termos de conhecimento e sabedoria simbólica, nos meios ocultos “underground”. Informações subterrâneas a mantive viva e atuante até os nossos dias. Por sua plenitude cosmológica, consegui atravessar o tempo. No final do século XIX e, especialmente, o século XX, ela ressurgiu com toda sua carga de beleza e sabedoria.
        Por três séculos, ela se viu obrigada a dar espaço ao mundo das descobertas científicas. O pensamento científico, presa à lógica racional das precisões, medidas, pesos e provas, não podia apreender o conhecimento astrológico. De repente, na segunda metade do século XX, a Astrológica vem se colocando ao lado das outras ciências no campo das investigações humanas. Isso se tornou possível graças ao alargamento do conceito de ciência. A revolução no campo da física e da matemática em muito contribuiu para isso.
        Como ciência se entende o conhecimento, erudição, intuição e sabedoria. Conjunto de conhecimentos obtidos mediante observação e experiência dos fatos por método especifico e próprio. Fundamentada nos conceitos amplos de ciência, a Astrologia foi pouco a pouco absorvida pelos mesmos canais que a relegaram.
        A Astrologia, como ciência e arte, é passiva de transformação e evolução dinâmica. Isto se tornou muito claro com os estudos e as pesquisas feitas no momento das descobertas dos planetas modernos, isto é, Urano (1781), Netuno (1846) e Plutão (1930).
        A cultura oficial acadêmica se aproxima da astrologia, meio sem jeito, ainda preconceituosa, como que pedindo desculpas por desconhecer o seu mistério, a sua fonte inesgotável de interpretação simbólica a respeito da vida, da alma humana, com seus anseios físicos, emocionais e psíquicos.
        A Astrologia é um processo de conhecimento dos fenômenos humanos, particularmente, sendo o Horóscopo (a Carta Natal) a bússola de autoconhecimento neste processo. A Astrologia, sem dúvida, se dirige para o amanhecer da nova era contribuindo com sua presença viva e dinâmica na historia da humanidade.

Texto - publicado no Guia da Vida Saudável 2003 – Organização Renato Martelleto.
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