terça-feira, 24 de outubro de 2017

Maria e Martha sou - interioridade e exterioridade















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Cine Santa 27 de outubro - 20h.
sexta-feira //
CURTA de Jorge Ferreira 

Maria e Martha sou

Martha pensa e relata reservas de Maria.
Esta não sabe das horas e nem lhe interessa.
Martha vê o relógio, é pontual, se ocupa com exterioridades.
Pertencem ao relativo, vivem no absoluto.

Desconhecem alienação; percorrem vieses intimistas.

Martha tece e colhe roupas do varal, se identifica com seus pares; reflexo de si mesma.
Maria tece e colhe roupas do varal, se identifica com seus pares; reflexo de si mesma.
A primeira tem o mundo; altiva, destemida, arrojada e afoita.
A segunda se recolhe nas noites dos sentidos, sente as dores do próximo; espera, pondera e se abandona sem medo de fantasmas, confia na lucidez da consciência em formação contínua.

Maria intui e se cala no vazio que tudo contem.
Martha em contraponto confia no tempo convergente.
A primeira nada possui; vive do amor cortês.
A segunda guarda riquezas na estante e em gavetas sem chave.
Maria é silêncio ou poesia sutil, Martha é verbo ou ação.

Maria nas profundezas abissais,
Interioridades sem certezas,
deixa-se engendrar pelo cosmo.
Martha impelida pela evolução constante pisa no chão,
cultiva o espírito da amorosidade solidária.

Nascer, crescer e morrer é a lei do tempo imensurável.

Maria eterniza apreensões em reservas secretas.
Martha caminha na existência, aqui, agora.
Maria na atemporalidade.
Maria e Martha se afinam - Unos Mundos;
Arco e corda, ponto e linha, dia e noite.
Vida, infinitude hiperfísica chardaniana.
Libertárias do nada. Nada tendo, tudo possuem. 

[nome completo - maria martha sanmartin pires ferreira –  prosa poética sobre o Filme - Maria e Martha //  curta de Jorge Ferreira em 27 outubro de 2017]
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~-- postagem martha pires ferreira

2 comentários:

Anônimo disse...

Várias Marthas e uma só Maria.
abraços, Roberto G

Martha Pires Ferreira disse...

sou uma só - mariamartha risos rrsss