Cortejo triunfante , entrada em Jerusalém, Escola da Grécia - Museu de Atenas
Numa
sociedade em que o sagrado é banalizado e o ceticismo domina, sem saber como
lidar com o materialismo exacerbado, a violência, a perversidade planejada
dominando nosso ferido Planeta Terra, me volto incontinenti e reflexiva a este
tempo de quaresma, dia de Ramos, em que se comemora o cortejo triunfal de Jesus
Cristo, o Nabi, entrando em Jerusalém, há dois mil anos, como se fosse ontem.
Quem
é este Homem que enfrentou o alto escalão romano e seus iguais sem temor, com
ousadia e rebeldia? Pregava a fraternidade, igualdade, solidariedade,
convivendo com os mais simples; marginais, pescadores, operários, fariseus,
despossuídos, no meio do povo e das elites econômicas bem nascidas, caminhando
e almoçando com homens e mulheres das mais diversas procedências morais. Amava
a natureza, as crianças, o silêncio. Não julgava, nem condenava, não usava
armas. Não seguia regras e desobedecia a
padrões cobrados pelos donos da religião, pela sociedade hipócrita. Dava
exemplo de concórdia e amorosa afeição incondicional falando por metáforas, parábolas,
signos emissores, poesia com ternura.
Quem
é esse carpinteiro, filósofo, andarilho Joshua, tão difícil de achar?
O
poeta Paulo Leminski em sua obra Jesus a.
C., pág. 53, Ed. Brasiliense, escreve: “Jesus caiu na armadilha”. Judas
Iscariotes o vendeu por dinheiro. Depois de mil sevícias, ultrajes e crueldade,
Joshua é condenado ao suplicio da cruz, tipicamente romana.
Domingo,
9 de abril de 2017, dia de Ramos.
Reflexão cultural e religiosa debruçada em
Joshua: “A lâmpada do corpo é o olho. Se o olho é sadio, o corpo inteiro fica
iluminado” (Matheus, 6;22)
Aqui fica minha reflexão - martha pires ferreira
Aqui fica minha reflexão - martha pires ferreira
Missal cotidiano, 1952 - ilustração Cramer
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