"São Jorge, o Santo Guerreiro, é
venerado tanto na Igreja Romana, quanto na Ortodoxa, na Anglicana e no
sincretismo Afro, sendo orixá, Ogum. Santo padroeiro em várias partes do mundo,
incluindo extraoficialmente a cidade do Rio de Janeiro. É o padroeiro da
cavalaria do Exército Brasileiro. Consagrado na cultura popular, dia 23 de
abril, com milhares de devotos seguidores.
Guerreiro com armadura montado em
fogoso cavalo ele empunha uma lança voltada para a boca e domínio de um
terrível dragão, tendo ao fundo uma donzela, representando simbolicamente o
aspecto feminino, a Anima, que o inspira. São Jorge representa a batalha tenaz
entre o bem e o mal; a força espiritual para vencer as dificuldades de cada
dia".
São Jorge inspirou na música
brasileira de Jorge Bem, Fernanda Abreu, Caetano Veloso, Zeca Pagodinho, Moacyr
Luz, Aldir Blanc. Romances, novelas, filmes, DVD, bares, cervejarias,
botequins. São muitas as homenagens ao grande guerreiro. Este Santo entrou na
história popular brasileira, talvez, pela imigração árabe. Está profundamente
inserido no imaginário popular como potência capaz de solucionar os mais
difíceis problemas. Chama atenção um belo cartaz, na entrada de uma Igreja,
onde podemos ler:
“Salve São Jorge! Entre para rezar e saia para
servir”.
Segundo a lenda São Jorge, nasceu em
torno de 275/80 d. C. na Capadócia, Turquia. Com a morte do pai numa batalha,
ele ainda menino, foi com a mãe para a Palestina, Lida, onde a família da mãe
tinha muitos bens e pode educá-lo da melhor maneira possível. Chegando à
adolescência entrou para a carreira das armas, por temperamento, índole. Chegou
a ser capitão do exército romano. Com apenas 23 anos exercia na corte imperial,
em Nicomédia (Ásia Menos), a função de Tribuno Militar.
Com a morte da mãe, São Jorge vendo
muita crueldade contra os cristãos, parecendo-se e desejoso de alcançar a
salvação, distribuiu suas riquezas aos pobres, indo viver na corte do Império
romano.
O imperador Diocleciano havia feito
planos para matar todos os cristãos. No dia marcado para o senado confirmar o
decreto imperial, Jorge levantou-se no meio da assembleia declarando-se contra
aquela decisão, e para espanto de todos afirmou que os romanos deviam se
converter ao cristianismo. Todos ficaram atônitos ao ouvirem palavras
proferidas por uma pessoa da suprema corte defendendo a fé em Cristo e em nome
da Verdade. São Jorge se dizia servo do redentor Jesus Cristo, e Nele confiando
para dar testemunho da Verdade.
O imperador tentou fazê-lo desistir
da fé cristã, mas ele manteve-se fiel ao cristianismo. Com isso foi torturado
de vários modos. Depois de cada tortura, o imperador lhe perguntava se
renegaria a Jesus Cristo. Jorge reafirmava sua fé. Seu martírio ganhou notoriedade
perante o povo, inclusive a mulher do imperador, que se converteu ao
cristianismo. Diocleciano, não tendo êxito, decidiu no dia 23 de abril de 303,
degolá-lo, em Nicomédia.
Já havia dedicadas a São Jorge, cinco
igrejas em Constantinopla, no século V. No Egito, logo após sua morte,
construíram-se mais quatro igrejas e trinta conventos dedicados ao santo
mártir. Na Armênia, em Bizâncio, na Grécia, São Jorge era inscrito entre os
maiores santos da Igreja Católica.
Viva São Jorge, guerreiro de cada dia!
Nas laterais a vida do santo / no alto da cabeça está escrito:
"O grande santo entre os mártires, Jorge Revestido de Glória" - Ícone do Líbano.
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