terça-feira, 23 de abril de 2013

São Jorge - o Santo Guerreiro


Rafael , séc. XVI.
                  "São Jorge, o Santo Guerreiro, é venerado tanto na Igreja Romana, quanto na Ortodoxa, na Anglicana e no sincretismo Afro, sendo orixá, Ogum. Santo padroeiro em várias partes do mundo, incluindo extraoficialmente a cidade do Rio de Janeiro. É o padroeiro da cavalaria do Exército Brasileiro. Consagrado na cultura popular, dia 23 de abril, com milhares de devotos seguidores.
          Guerreiro com armadura montado em fogoso cavalo ele empunha uma lança voltada para a boca e domínio de um terrível dragão, tendo ao fundo uma donzela, representando simbolicamente o aspecto feminino, a Anima, que o inspira. São Jorge representa a batalha tenaz entre o bem e o mal; a força espiritual para vencer as dificuldades de cada dia".
          São Jorge inspirou na música brasileira de Jorge Bem, Fernanda Abreu, Caetano Veloso, Zeca Pagodinho, Moacyr Luz, Aldir Blanc. Romances, novelas, filmes, DVD, bares, cervejarias, botequins. São muitas as homenagens ao grande guerreiro. Este Santo entrou na história popular brasileira, talvez, pela imigração árabe. Está profundamente inserido no imaginário popular como potência capaz de solucionar os mais difíceis problemas. Chama atenção um belo cartaz, na entrada de uma Igreja, onde podemos ler:
“Salve São Jorge! Entre para rezar e saia para servir”.
          Segundo a lenda São Jorge, nasceu em torno de 275/80 d. C. na Capadócia, Turquia. Com a morte do pai numa batalha, ele ainda menino, foi com a mãe para a Palestina, Lida, onde a família da mãe tinha muitos bens e pode educá-lo da melhor maneira possível. Chegando à adolescência entrou para a carreira das armas, por temperamento, índole. Chegou a ser capitão do exército romano. Com apenas 23 anos exercia na corte imperial, em Nicomédia (Ásia Menos), a função de Tribuno Militar.
          Com a morte da mãe, São Jorge vendo muita crueldade contra os cristãos, parecendo-se e desejoso de alcançar a salvação, distribuiu suas riquezas aos pobres, indo viver na corte do Império romano.
          O imperador Diocleciano havia feito planos para matar todos os cristãos. No dia marcado para o senado confirmar o decreto imperial, Jorge levantou-se no meio da assembleia declarando-se contra aquela decisão, e para espanto de todos afirmou que os romanos deviam se converter ao cristianismo. Todos ficaram atônitos ao ouvirem palavras proferidas por uma pessoa da suprema corte defendendo a fé em Cristo e em nome da Verdade. São Jorge se dizia servo do redentor Jesus Cristo, e Nele confiando para dar testemunho da Verdade.
          O imperador tentou fazê-lo desistir da fé cristã, mas ele manteve-se fiel ao cristianismo. Com isso foi torturado de vários modos. Depois de cada tortura, o imperador lhe perguntava se renegaria a Jesus Cristo. Jorge reafirmava sua fé. Seu martírio ganhou notoriedade perante o povo, inclusive a mulher do imperador, que se converteu ao cristianismo. Diocleciano, não tendo êxito, decidiu no dia 23 de abril de 303, degolá-lo, em Nicomédia.
          Já havia dedicadas a São Jorge, cinco igrejas em Constantinopla, no século V. No Egito, logo após sua morte, construíram-se mais quatro igrejas e trinta conventos dedicados ao santo mártir. Na Armênia, em Bizâncio, na Grécia, São Jorge era inscrito entre os maiores santos da Igreja Católica.
Viva São Jorge, guerreiro de cada dia!

Nas laterais a vida do santo / no alto da cabeça está escrito:
  "O grande santo entre os mártires, Jorge Revestido de Glória"  - Ícone do Líbano.

Nenhum comentário: