SOLIDÃO
A solidão, não é o colóquio da criatura com
o
recanto distante, onde somente chegam
coisas do mal:
não é maneira exótica e pessoal de ser
feliz, nem
uma ferida mortal.
A solidão é um portal, separando duas
verdades, por
onde campeiam muitas outras a se
sustentarem entre
si, unidas pela mesma terrível e vaga
incógnita.
É algo que se respira...
Nela, que não é deserto, mas de nada
carece,
a fórmula essencial de nada importa:
a configuração do amor é mera flor,
e Deus é tão puro que nem mesmo existe...
Herbert
Timm / 1963.
Esta poesia foi, aqui, publicada em 18/5/2007
Herbert é poeta que vive em sua ermida, em profundo silêncio.
Senhor de imensa sensibilidade vive mergulhado nas profundezas.
Um comentário:
Cara Martha
De distâncias e sensibilidades que andam juntas, mesmo quando não se encontram, sabemos.
O poema traduz bem essa circunstância.
Abraço carinhoso
Maysa
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