quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Divinas: Avó, Mãe e Neta

Três gerações de seres superiores pela nobreza e dignidade:
Carolina - avó soberana e sábia (16 e meio anos de vida), à esquerda
Tigresa - bela e dengosa (16 anos) à direita, filha e mãe da
Preta - inteligentíssima, meiga e companheira (20 anos) no centro - a neta preciosa.
Três seres divinos que habitam o incognoscível!
Eterna saudade !
- mais homenagem com Jacqueline du Pré.
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domingo, 28 de outubro de 2012

Homenagem à Gata Pretinha

Jacqueline du Pré (violoncelista britânica - 1945-1987)
http://www.youtube.com/watch?v=kfSMVPJg35A&feature=related

Minha doce, meiga e divina Gatinha Preta, já idosa, indo para seus 20 anos de idade, fragilmente foi se despedindo deste planeta Terra e levada para o Paraiso, onde a imaginação pode atingir a plemitude - verdades absolutas.
A dor é maior que meu coração. Homenagem com Violoncelo
Há dias escrevi sobre ela aqui no Caderno Aquariano.
E que toda a natureza seja louvada!

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Nise da Silveira - Senhora das imagens internas

                                Martha Pires Ferreira
          Registrado no escritório de direitos autorais, BN, RJ - Nise da Silveira, Senhora das imagens internas – série de escritos de 1935 até 1992. Livro coordenado por mim. Na hora da edição decidiu-se mexer com o título, com meu aval, para Senhora das imagens internas - Escritos dispersos de Nise da Silveira. Editado por Cadernos da Biblioteca Nacional, 5, BN -2008, RJ. Esgotado. Pretendo reeditá-lo, em breve. São quinze ensaios abordando as áreas da filosofia, psicologia, arte e outras. Recursos recebidos, do direito autoral, foram destinados para a Cada das Palmeiras, obra fundada por Nise.

          Como conheci a maga Nise? Fui intimada a conhecê-la pelo artista plástico Darel Valença, em maio de 1968, em razão dos meus desenhos bico de pena/nanquim e meu profundo interesse por Jung. Não recusei o convite dela, aceitei frequentar o Grupo de Estudos C. G. Jung, naquela mesma noite em que estive em sua casa.
          No mesmo prédio, um andar acima, seu consultório e biblioteca; Universidade Livre, com as portas abertas, todas as quartas-feiras, tendo a mestra Nise a conduzir o rebanho com as mais diversas ovelhas, incluindo passos de tigre, onça ou leopardos, imprevisíveis.
          Delicado pedido de Doutora Nise, e razões outras, eu passei a colaborar em sua obra no Museu de Imagens do Inconsciente, ao lado de Raphael Domingues, em especial. Sempre como voluntária. Com os anos passei a conviver bem próxima das suas atividades, reflexões e pesquisas. O tempo nos fez cúmplices em questões difíceis. E quantas! Nossa amizade um tesouro entre os clientes, os gatos e a percepção do numinoso.
          Sua mãe, dona Nazinha, Maria Lídia, foi quem me disse que eu deveria ser sua prima, já que sua avó tinha o mesmo nome de família que o meu. O que foi confirmado, pelas raízes ancestrais de Pernambuco. Ela cantava em bela voz áreas da ópera Martha (Flotow?).
          Tendo pleno conhecimento de que todo o embasamento teórico e aplicação prática, empírica, de Nise, foi fundamentada nos estudos da psicologia analítica de seu mestre maior C.G.Jung, senti imperiosa necessidade de juntar alguns de seus textos perdidos que não circularam para o grande público. Assim organizei o livro. Não sou da área das letras, nem ouso. Fiz pinceladas de aquarela; registrei, sim, algumas páginas belíssimas que ela escreveu, assim como reflexões que nos transmitia verbalmente.
          Enquanto não se reedita estes ensaios, faço esforço em publicar outras matérias que guardo com zelo, e que todos merecem conhecer. Beber em tamanha sabedoria e humanidade é direito de todos, incondicionalmente. Nada inédito. Escritos publicados em periódicos. Importante é dar oportunidade de se ler, na fonte, os textos de Nise dispersos em jornais, revistas e catálogos. Daí autorizar, por escrito, usarem o título do livro, por mim organizado, em filmes, seriados, teatros, ou tantos quantos forem os meios para divulgação da obra de Nise da Silveira – humanista, precursora e revolucionária, além de seu tempo.
          Estudantes e pessoas sedentas de vida interna procuram suas sábias palavras, como garimpeiros procuram ouro puro dos alquimistas.

postagem - martha pires ferreira

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Pés de um santo

Pés de um santo?
Os mais comoventes pés calçados que meus olhos já viram.
Retirei de um site espanhol, cristão. Não guardei a fonte.
Registro de monges eremitas, caso não erre, diante da miséria humana.
Dizia: pobreza extrema
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terça-feira, 23 de outubro de 2012

O signo de Escorpião é o 8º do Zodíaco - sinopse


Babilônia, 1300 a. C. - Escorpião
O signo de Escorpião é regido pelo elemento Água

cabeça de Ares - Grecia
Plutão - Museu Borghese - Bernini
Regência – Planetas Marte (clássico) e Plutão (1930) - Feminino, fixo. (início 22-23-24/outubro – dependendo da longitude ou latitude horária).
 Les Trés Heures du Duque de Berry - 1243.
Simbolicamente concede: Transformação. Magnetismo. Desejo. Poder. Vida e morte. Riquezas pessoais e públicas. Destruição. Regeneração. Renovação. Tenacidade. Bens comuns. Percepção aguçada, extrassensorial. Sexualidade. Paixão. Sede de imortalidade. Produtividade. Determinação. Realização. Engenhosidade. Energia. Extremismo emocional. Ira. Obsessão. Crueldade. Sangue frio. Vingança. Violência. Perversidade. Defesas. Gosto pelas mudanças e desafios. Destruição. Renovação. Hereditariedade. Inteligência aguda. Interioridade. Amor ao mistério. Tirania. Intensidade. Fixação. Receios. Persistência. Obstinação. Combate. Riquezas do solo. Pesquisas. Movimentos de massa. Capacidade de articulação e/ou cooperação em larga escala. Espiritualidade. Impenetrabilidade. Transcendência. Penetração. Maquinação. Intensidade. Metamorfose. Ressurreição.
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Não se pode falar da história do pensamento sem abordar a importância da Astrologia para a compreensão da natureza humana em sua complexidade desde épocas as mais remotas. Os astros sinalizam nossas potencialidades. Compreendendo nossa natureza, em seu todo, podemos melhor administrá-la.
Astrologia é uma linguagem simbólica. Estas características acima, pontuadas, são generalidades possíveis, não uma verdade em si.
"Os astros inclinam, não determinam". ___________

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Minha gata Preta, Pretinha


Preta, quase 20 anos de vida
com doçura e encanto.
          Desde que me entendo por ser humano, andarilha neste planeta Terra, me vejo cercada de bichos, os mais inusitados. Identifico-me com eles, sou bicho. Sou mais particularmente identificada com os gatos. Sou pontualmente um bicho felino. Uma felina humana.
          Posso pensar no animal-bicho que desejar, é uma paixão visceral, não há exclusões. No meu imaginário circulam as mais variadas espécies; um zoológico de ampla extensão. Não conheço a África, entretanto, tigres, leões, leopardos, elefantes ou gazelas habitam minha fazenda interior. Nem posso conceber o deserto, entretanto viajo em camelos. Não há porque excluir animal que seja, nenhum. Todos fazem parte do meu extenso bestiário.
          É compreensível que animais pestilentos, que fazem parte do mundo ctônico, obscuros como os répteis, não sejam de meu interesse, e nem vou me deter com eles. Estão lá no fosso obscuro da criação. No obscuro reino de temores. Sendo que as serpentes me encantam, assim como os lagartos nas muralhas de Santa Teresa. Era possível andar sozinha pela estrada, caminhando da casa onde eu morava, até ao Silvestre apreciando estes animaizinhos, os voos das borboletas, a mata densa e beber água da fonte ao passar pelo Chororó. Pelas manhãs os pássaros a cantar melodias dionisíacas.
          Na infância galinhas, cabritos, patos e marrecos, cachorros ou cavalos me encantavam. O suíno achava estranhíssimo. Acompanhava os pássaros pelo canto em asas da liberdade. Por um tempo fiquei cuidando da tartaruga de uma amiga, e assim aprendi segredos insondáveis pelo seu andar com a paciência no tempo e reservas ao esconder a cabeça no próprio corpo. Hoje, prazer é acompanhar os micos pulando nos galhos das árvores enquanto rego minhas plantas na área de serviço, aqui no pricipado de Santa Teresa..
          Desenhar e redesenhar formas de uma zoologia fantástica faz parte do meu processo criador. Animais são minhas vísceras, meu centro ordenador instintivo.
          Já tive dengue, logo se deduz que aquele mosquito de nome horroroso já se acercou de mim. Só não me matou. Confesso que o zunir dos mosquitos é inacreditável pela potência, desproporção entre o tamanho do inseto e seu zumbir. É incrível. O mesmo se dando no reino das abelhas. Hienas, lobos e baratas, não. A “barata, o inseto monstruoso” de Kafka é inesquecível. Seres das profundezas das águas; beleza em movimento contínuo!
          O universo imagístico do povo chinês ao idealizar dragões nos encanta, e, a Ave Fenix da alquimia não fica por menos. São riquezas insondáveis como o símbolo da pomba do Espírito Santo.
          Dizia Nise da Silveira: “Eu me sinto bicho. Bicho é mais importante que gente. Pra mim o teste é o bicho, se não passar por ele, não tem vez. Freud disse que quem pensa que não é bicho, é arrogante.”      Noutra ocasião ela nos disse: “Desprezo as pessoas que se julgam superiores aos animais. Os animais têm a sabedoria da natureza. Eu gostaria de ser como o gato: quando não se quer saber de uma pessoa, levanta a cauda e sai. Não tem papo”.
          Gatos coroam minha cabeça, vivo com gatas. Minha casa é habitada pela presença sábia das gatas. Primeiro veio Sibila I, em 1972, que gerou Sibila II. Sua filha, Cabíria viveu 10 anos. Carolina, presente de uma amiga, foi a mais sábia das avós, viveu 16 anos e meio e Tigresa, sua filha, 16 anos. Tigresa mãe da Preta, a neta mais doce, meiga e encantadora que já tive. Preta, Pretinha é neta de uma linhagem do território do sagrado. A sensibilidade, a percepção sutilíssima e o mistério dos felinos são impossíveis de se descrever. Palavras são pobres já que estamos diante de algo além do entendimento, pertencendo as fronteiras do divino.
          Diante dos gatos silenciamos em reverência. Preta com quase 20 anos tudo acompanha, sabe e sinaliza. Minha deusa Bastet.
P. S. Não posso deixar de lembrar de Sophie, a encantadora gatinha recolhida na rua, angorá, novinha, negra como a noite, doente e tão frágil. Só viveu 2 anos - dengosa como nunhuma, intuitiva como dervixe.
 martha pires ferreira
Estátua em bronze da divindade egípcia Bastet, deusa da fertilidade e do amor.
 Cerca de 712-332 a. C.
Pretinha gosta de adormecer no meu ombro esquerdo. Momentos de quietude monacal. ______

domingo, 14 de outubro de 2012

O Livro Vermelho de C. G. Jung

O Grupo de Estudos C. G. Jung iniciará dia 17 de outubro, quarta-feira,
e dias 31 (out.), 14 e 28 de novembro - 2012.
leitura e reflexões sobre o
O LIVRO VERMELHO
Liber Novus
C. G. JUNG.
O Grupo de reune de 15 em 15 dias
Local: Casa das Palmeiras
Rua Sorocaba, 800 - Botafogo - das 19h às 20h30
Traga seus amigos/as.
Esta caminhada profunda está aberta ao público
Inf. Tel. 2266-6465 (2ª à 6ª feira - às tardes)
          O Livro Vermelho é intercalado por imagens produzidas por Jung. Fala por imagens o que as palavras não conseguem: "Minha linguagem é imperfeita. Não que eu queira brilhar com palavras, mas por incapacidade de encontrar aquelas palavras é que falo em imagem. Pois não posso pronunciar de outro modo”.
          O livro foi concebido entre os anos de 1913 e 1930, decorrência de um período em que ele mergulhou nas profundezas, em "confronto com o inconsciente". A obra foi escrita em alemão arcaico.
          Este livro tem por edição e introdução o historiador Sonu Shamdasani, estudioso de Jung. Editora Vozes, 2010, Petrópolis, RJ. A edição brasileira, bilíngue, traz o fac-símile do texto original manuscrito.
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sexta-feira, 12 de outubro de 2012

O que está acontecendo com a Advocacia?

Como já circula nas mídias... nem eu, de longe, pretendo defender a corrupção de políticos.

É do princípio do Direito, aprendi enquanto estudante na UERJ, anos sessenta (antiga Guanabara) e com meu pai que só exerceu na vida a profissão liberal de Advocacia, e, eu mesma trabalhando por pouco tempo nesta área, como cidadã que acompanha a Política, aprendi a pontual importância da necessidade de provas reais, contundentes, no caso de se querer privar uma pessoa de seus atos ou de sua liberdade.

Ninguém pode julgar por pressuposições. A Lei exige provas. Se não há provas, não há crime. Se há crime temos que ter as provas nos autos. A justiça assegurada por lei exige a se ater com rigor aos autos.
Julgamento não é teatro e muito menos chacina judicial. Perplexos assistimos a um julgamento político e de exceção. Vergonha para a história e historicidade do Brasil. Ou existe Direito ou não existe Direito. Não existe: “eu pressuponho que”. Existem são fatos que se apresentam nos autos para um julgamento de honra e grandeza moral assegurada pela Constituição.
martha pires ferreira (carta aberta aos amigos)
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