Mensagem _ meus 86 anos!

Foto 18/2/2025

MENSAGEM _ MEUS 86 ANOS!

Luminosos 86 anos! Endosso o que escrevi ano passado, sem corte, apenas acréscimos em azul, arco no tempo verão a verão!

Eis que me possui a clareza implacável do tempo. Bem mais luz que escuridão vivida! São 86 verões/2025, foram 85 verões/2024, que me abraçam afetuosos a cada 19 de fevereiro, quando num domingo de carnaval, pela manhã, sorri para a vida neste maravilhoso planeta Terra, em constante surpresa, batalha e evolução! Sim, acho que sorri, ao chorar foi de alegria! O Sol percorria os últimos graus do signo de Aquário!

            Passaram-se tantas fases; cada qual em sua complexidade, revelação, encontros e perdas. Desafios de cada dia. Riqueza na visão cósmica, a totalidade; consciência e mistério insondável. Nasci para olhar, sentir, agir, doar amando a Vida! 

            Nasci do amor de meus pais; pessoas tão diferentes e tão companheiros; deles recebi esmerada educação, valores. Deixaram-me ser quem sou; irreverente, criativa, rebelde, imprevisível, transgressora, libertária. Insuportavelmente inquieta; sedenta de tudo e de nada. Com inexplicável amor à solidão que é fértil, afetuosa no coração do Cosmos.

Meus irmãos e irmãs de sangue, amigos e amigas são frutos e flores do jardim! Muito recebi em trocas, generosidade e afeto. Todos os seres humanos de bem e a grandeza da Natureza _ meus iguais sem exclusões.

Aos que promovem guerras e ódio, desigualdade social, e se defendem na ganância, ausentes de solidariedade e partilha humana, o mais frio desprezo _ são reais dejetos. Inconformismo diante dos alienados, insensíveis diante das desigualdades sociais. A miséria humana, inconcebível, fere o coração. Jesus de Nazaré _ o Mestre maior iluminando a humanidade: “Amai-vos uns aos outros!”.

            Ciência, arte, natureza e espiritualidade sem divisões _ beleza diversificada _ riqueza plural se interage e se completa. Ao longo da vida encontrei grandes mestres da cultura, interioridade e saberes práticos _ permanecem vivos em mim. Leitura, imprescindível _ livros! Os livros! A música refinada percorre meu sangue e o silêncio da meditação contemplativa mantem o eixo vital.

            Amo a natureza! O Sol das manhãs, as árvores, flores e frutos, a noite adormecendo. Saudades das gatas silenciosas companheiras ao meu lado.

            O corpo físico torna-se frágil, requer atenções. A libido se aquieta e o coração sensível se enternece com níveis mais depurados.

            Reafirmo o que escrevi em 2009, ao completar meus 70 anos: ‘Sou sempre feliz por ter tantos amigos e amigas e a todos/as peço perdão pelos tropeços da minha parte. Sou sempre grata por tanto que me oferecem em afeto, inteligência e solidariedade’. Tristeza quando me vem à lembrança tantas belas Amizades que se foram para a eternidade! Tantas trocas!

Astrologia e artes visuais/desenho, meus ofícios prazerosos. Poesia, textos breves, por vezes. Meu Blog Cadernoaquariano, uma espécie de livro.

Os homens que me amaram e que amei, por alguns anos, partiram _ permanecem eternos em mim! Não se descarta quem, o que, nos enriqueceu humanamente, os tenho na alma como um único Amor Afeto!  O filho, tesouro alquímico _ é ouro no mundo, o maior amigo!

Deus _ Desconhecimento/revelação/arquiteto celeste! Uma simples flor é vida, encantamento, razão e presença de eternidade!

Sou amor incondicional, alegria, existência!

                        Martha Pires Ferreira

 Santa Teresa, 19 de fevereiro de 2025, RJ

 

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Astrologia _ reflexões na madrugada _ travessia

 

 

Às 4h e pouco da madrugada, acordei, hoje, 18 de fevereiro de 2025. Sabia que a Lua iria iniciar seu percurso no signo de Escorpião constituindo rara configuração celeste. Naquele momento, 7 astros em estado cósmico, estando em exílio ou queda, isto é, não se revelando ostensivos, prepotentes: Vênus em Áries, Urano em Touro, Júpiter em Gêmeos, Marte em Câncer, Lua em Escorpião, Sol em Aquário e Mercúrio em Peixes. Os planetas Plutão em Aquário e Saturno em Peixes, peregrinos. O planeta Netuno em Peixes é o único em domicílio/soberano, nos últimos graus da Faixa do Zodíaco, finalizando seu ciclo de 164 anos, aproximados. Estamos diante de um fenômeno especial, é um espanto para a alma, contemplação simbólica do universo!

Há que se refletir com profundidade e humildade o que sinaliza para nós, aqui no planeta Terra, em nosso mundo comum, esta rara configuração. Travessia delicada, sem dúvida, prenunciando novos horizontes civilizatórios.

“Os astros inclinam, não determinam”. Que nova abertura de consciência se faça num salto quântico, promissor. Cuidados cotidianos para com a velha Mãe Natureza, ela que tudo nos provê; alimentação, saúde e bem-estar material. Valores essenciais para a vida social, fraterna, participativa e solidária. Somos uma família no coração do Cosmos habitando aqui no planeta Terra. Que haja o despertar de consciência mais elevada nas ações, seus feitos concretos para a humanidade inteira, sem exclusões.

Que haja amorização afetuosa nas decisões, com sensibilidade intuitiva e coração sensível vivendo aqui e agora.

Não me ocupo com conjecturas, suposições hipotéticas sobre realidades fatuais nesta delicada travessia. Assistimos as mais complexas questões mundiais, em todas as áreas do saber/ já acompanhamos nas mídias. Desejamos, sim, que haja atitudes efetivas para com o bem-estar comum. Não somos marionetes dos astros, nós engendramos com o movimento Cósmico, engendramos com o Universo.

Basta de insensatez, guerras planejadas. Basta de ganância territorial visando apropriações indébitas das riquezas do solo alheio, para não dizer palavras combativas, duras, assertivas. Que valores essenciais da economia, governo, cultura, riquezas naturais e opções religiosas sejam vividas com dignidade. Que a Vida promova Vida soberana para todos indistintamente.

Meu olhar utópico se volta para a vida humana, o senso coletivo. Nós somos seres desejosos de felicidade, harmonia planetária: “Na casa de meu Pai há muitas moradas”! A beleza da Vida é sua diversidade, etnia, peculiaridade sociocultural.

Penso em Deméter, a grande guardiã da Natureza! Sem a sua presença simbólica, sem os nossos cuidados para com o meio ambiente, para todas as espécies da criação, o que será do nosso maravilhoso planeta Terra?! Refletir, pensar, cuidar!

A vida é Bela, é Plenitude!

                        Martha Pires Ferreira

A ausência da moral e ética destrói as relações internacionais _ Eleonora Cruz Santos

      Formas no espaço, 2018

  
      Artigo de Eleonora Cruz Santos ___  uma amiga economista, sempre atenta às questões culturais, em especial a vida econômica e o bem estar social. Diante de sua visão ampla, e estando de acordo, sou solidária. Pedi colocar aqui no Caderno Aquariano sua matéria, este artigo recente.   

Link da Jornal Estado de Minas, onde tem sua coluna.

https://www.em.com.br/colunistas/eleonora-cruz-santos/2025/02/7057201-em-2025-a-ausencia-da-moral-e-etica-destroi-as-relacoes-internacionais.html

Enviou bilhete __ Agradeço por desejar compartilhá-la em seu blog. É uma honra para mim. Carinhoso e saudoso abraço, Eleonora C. Santos

cel: (+55 31) 98888.2206

Instagram: @eleonoracsantos // Linkedln: Eleonora C. Santos

   ___ Martha Pires Ferreira

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Poesia para Tagore e Os dois pássaros

 
Sempre fui cercada pela delicadeza deste ser humano, poeta, educador _ Rabindranath Tagore.

Tagore em mim
         martha pires ferreira
 
Acaso poesia é jogo de palavras?
Tagore reacende descritivo
e linear, constante e desarmado.
 
Ama a beleza das horas
_ transcreve instantes vividos,
sem tramas _ a imagem, doce.
 
Requinte e leveza, mestre em mim
_ cada linha reta ou curva
cortada ou vazia, sem jogo tece.
 
Ternura vivida expandindo
em ponto ou corte no ar
_ verbo em óleo de candeeiro.

xxxxxxxx

E... esta deliciosa poesia do mestre

Os dois pássaros

O pássaro manso vivia na gaiola.
O pássaro livre, na floresta.
Encontraram-se quando chegou a hora
marcada pelo destino.
O pássaro livre cantou:
 - oh, meu amor, voemos para a floresta!
O pássaro preso sussurrou:
- Vem pra juntos de mim
Vivamos na gaiola!
O pássaro livre diz:
- Entre grades, onde está o espaço para se abrir as asas?
- Ah, diz o pássaro cativo:
Eu não seria capaz de pousar no céu!
O pássaro livre exclama:
- Meu amor, canta as canções da floresta!
O engaiolado responde:
- Senta ao meu lado, ensinarei a linguagem dos sábios.
O pássaro da floresta retrucou:
- Oh, não! As canções não podem ser ensinadas!
Então o pássaro da gaiola gemeu:
- Ai de mim! Não sei cantar as canções da floresta.
O amor de ambos é sem limites,
desejam-se um ao outro,
mas não podiam voar lado a lado.
Olhavam-se através das grades
e em vão o desejo de se unirem.
Agitam as asas e cantam:
- Aproxima-te mais, meu amor!
O pássaro livre grita:
- Não posso, tenho medo das grades, me assusta!
O pássaro engaiolado murmura:
- Ai de mim, minhas asas estão fracas e inertes!
 
(Rabindranath Tagore, em O Jardineiro)

Três preciosas obras do sábio Tagore _ genialidade da Índia

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