quarta-feira, 29 de janeiro de 2025

Astrologia _ o Céu / as Estrela falam e nós observamos.


Observar, pensar, intuir 
 

“Astra inclinant, non necessitam” _ Os astros inclinam, não determinam. Olhar as Estrelas é apreender o momento observado: vislumbrar o possível desdobrar dos acontecimentos aqui no Planeta Terra onde habitamos, sentir o horizonte porvir.

Gosto de contemplar o firmamento, seus os ciclos. O céu me revela algo maravilhoso e instigante, hoje, 29 de janeiro de 2025 _ astros em convergência, numa intensa interação, desafios, nos dois últimos signos do Zodíaco:

Aquário _ Plutão, Mercúrio, Sol, Lua, Ceres/asteroide

Peixes _ Saturno, Vênus, Netuno e Cabeça do Dragão. 

Nestes últimos anos vividos (toda a humanidade) e os que nos seguirão demarcam, essencialmente, o fim de uma Era, desgastada, abrindo portas à esperada Nova Era Aquariana?! Certamente, sem dúvida _ Visão do todo celeste/zodiacal. Sou mulher Cósmica, apaixonada pelo Zodíaco, não me prendo ao Horóscopo/ Mapas Natais, sou voltada para o Todo, o Absoluto que nos envolve, anseio além das Estrelas _ vivo o Cosmo! Sou clássica, e, me detenho nos planetas transpessoais, os que se revelaram/encontrados até 1930 (Plutão). O mais fica em estudo, observação. Preciso de síntese mercurial.

Hoje, em Touro se encontra Urano, em Gêmeos caminha Júpiter e Marte em signo de Câncer/ em casa, nação, etnia, raiz.

Atenção: todos os astros percorrem o lado Oriental do Zodíaco, hoje, com exceção de Marte/Câncer. Há de se pensar. Não esperar que se diga algo factual. O que isso significa?! Pensar e concluir! Importante é usar a cabeça, é refletir fundo; geopolítica, economia e cultura geral, para não dizer mais. Sem dúvida a civilização atual, passa por densa e escura noite alquímica/nigredo. Perigosa travessia; conceito, valores materiais, culturais e sentidos; avançando com tropeços, desafios e corajosamente...  Está a caminho da desejada Nova Civilização.

A Astrologia aponta possibilidades reais em sua possibilidade quântica. Nós desejamos mais _ apreensão do que nos transcende como diz Einstein: “Eu penso 99 vezes, e nada descubro; deixo de pensar e mergulho no silêncio _ e eis que a verdade me é revelada.”

“A palavra é de prata, o silêncio de ouro” _ saibamos estar em plena atenção / afeto silencioso nesta travessia. Paz e Bem social, humana, natureza.

                      Martha Pires Ferreira

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domingo, 19 de janeiro de 2025

Poesia, Aquário _ Sol iniciando o signo _ Mapa

 

        A Sol iniciou seu percurso no signo de Aquário, agora à noitinha. Intensa as posições celestes este mês _ Promissoras! Tentarei escrever algo. // Aqui uma poesia que descreve em termos gerais este signo imprevisível, que não segue regras, libertário por excelência. Em pesquisa (à esquerda) muita matéria sobre signo de Aquário/características gerais.

Aquário, espaço cósmico
                  martha pires ferreira
 
Cinturão zodiacal, Aquário habita
11º signo/fixo; respira o ar _ tornozelos,
panturrilha _ o coração periférico.
Pertence à totalidade, extensão cósmica!
 
Eletromagnético é imprevisibilidade
_ irreverência e ousadia... inova, se identifica.
Urano, senhor dos espaços, é o regente.
Precursor, aponta visão coletiva, plural.
 
Utopia! Projeto independente, solidário
_ lugar social sem exclusão, evolução se faz.
Libertário, prazer na extravagância, transpira.
 
Fraterna esperança; realização, igualdade.
Amizade na diversidade, sem fronteira
_ socialização tem pretensões e rebeldia.
Inconvencional, desconhece regras.
 
A natureza _ sagrada por identificação,
ama na paixão afetuosa sem prisões.
Espiritualidade pananteista _ pertencer
ao todo em tudo _ absoluto é Vida.
 
Adversários; o desprezo, a crua frieza
da indiferença. Visão de futuro se faz
no fluxo criativo, distante de hierarquias
surpreende ao transgredir dogmas, leis.
 
Clássico Saturno, pontua o tempo implacável,
interioridade costurada em fios de silêncio.
Aquário, sabor da quietude, vive amor à solidão
identidade é chama ativa do imaginário.
Quer leveza, expandir...  difundir leveza!
















 Vitral _ Chartre     ~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~

segunda-feira, 13 de janeiro de 2025

A Poesia sempre presente.















    Vou abrindo meus arquivos, ousando mostrar a poesia, sempre presente em meus caminhos. Escrever é desenhar, as letras são traços sinuosos que as mãos engendram, revelam.
    Desenho nanquim do meu livro _ Zoologia Fantástica _ 1981 (Massao Ohno Editor.

Ser poeta
 
Se há sensibilidade
refinada na densa ou
leve apreensão das ideias
é poeta.
 
Seja o matemático
professor de geografia
cuidador de lampiões
esportista ou padeiro
pai, mãe com jardim de filhos
operário da escravidão voluntária
fotógrafo amador
timoneiro ousando águas
desenhista riscando
sutilezas da imaginação
é poeta.
 
Se há refinamento sutil no verbo
manejando sem escrúpulo
indiferente à pontuação rígida
simetria ou ritmo, tecendo
bordando em toalhas
fios de palavras e letras
é poeta.
 
Harmonia impulsiona
sem pedir incógnita licença
captura sem fronteira
olhos adentrando interioridade
é poesia!
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Som do Cello
 
Pensamento voa, escoa
_ discursivo ativa ideias vãs
corta percepção, conclui.
                             
Som não raciocina, incólume
passa invisível, sem destino
habitando espaço, extensão.
 
Cello se faz sonoro, vibra
em harmonia quase humana,
corta incerteza _ suave acorde!
 
Olhar a paisagem extensa
bucólica _ instante único,
imperceptível _ o Cello invade
         a alma em doce simetria.
********
Sabor da fruta
 
Riqueza imortal _ sabor da fruta    
cor, olfato, tato, figura estética!
 
Tesouro habita sutileza real.
Encanto no encontro visual
_ prazer, sabor no céu da boca
matéria é beleza, a forma
                 _ a fruta, o aroma!
 
Manga, pêssego, banana, noni,
   pitanga, caqui, jaca, limão,
figo, tangerina, melão, kiwi,
   abacaxi, pêssego, abiu, amora,
 
mangaba, abacate, melancia, cajá
   laranja, mamão, goiaba, uva,
pequi, cupuaçu, jabuticaba, açaí,
   pera, maçã, ingá, tamarindo,
   
carambola, caju, graviola, acerola,
   umbu, jambo, morango, araçá,
fruta-do-conde, cereja, sapoti!
 
Coração pulsante, dentro vivifica!
Percorro a avenida das cores, formas
_ sabor da fruta no céu da boca
riqueza material, natureza imortal!    
******** 
Sede _ Presença
 
Sede de Deus mais que tudo
_ mística no seio da matéria,
chão árido, olhar longínquo.
 
Café na xícara, chuva na vidraça
                  _ contemplo!
Longe estou em D’us, percepção,
puro vazio... Ele me habita!
 
Nada possuo, nada ficou _ apreendo.
Corpo na matéria; sou mulher
transcendência e centelha
_ estando aqui, em parte alguma.

                                Martha Pires Ferreira

Resíduos da flor, nanquim, 2016

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quarta-feira, 8 de janeiro de 2025

Poesia _ Capricórnio toca elevação

       O Sol percorre o signo de Capricórnio de 21/12/2024 a 19/1/2025

Características deste signo _ ver / procurar em pesquisa.
Poesia de todos os signos aqui no Blog ___ ver em pesquisa: escreva Poesia e signo que desejar 
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Capricórnio toca elevação
                             martha pires ferreira

Solstício abre portas _ Capricórnio
determinado segue caminho
em realização pessoal, passo a passo;
o velho rígido Saturno, foice de Cronos,
conquista altura solar que é vida!
 
A terra seu elemento; matéria densa,
sólida ambição no tempo implacável,
imponderável _ quantitativo, qualitativo;
seus joelhos, ossos, sustentam articulações!
 
Sem desviar das horas segue minutos
_ domina criatividade; garra
por onde passa; toca e repousa.
Cálculo frio, medido em lógica precisa.
 
Capricórnio, a cabra montanhesa, abraça
a solidão _ prazer no caminhar; silêncio
dos que amam sem alardes em fiel
seguimento, se agregam... constância.
 
Reserva de melancolia toca emoção
_ reflexões profundas; trabalho incansável;
responsabilidade tenaz toca elevação
social ao longo da vida percorrida.
 
Concretiza sonhos obstinados
_ insiste em perseverança contínua
sem medir sacrifício, obstáculo.
Quer a natureza, mãe terra pulsante,
florescente aliada destemida no tempo.
 
Primário é tomado de rancor e perversa
postura em seu entorno _ consciente
abre porta ao autoconhecimento; pensa.
Depurado tece conquista sacrificada
_ dignidade acolhida se revela sabedoria.      
    

Saturno devorando o próprio filho __ Goya, Museu do Prado/ 1821.



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sexta-feira, 3 de janeiro de 2025

ATELIÊ LIVRE _ Mãos criativas

 

ATELIÊ LIVRE  _ Desenho e Colagem
Casa das Palmeiras
Dia 6 -- 2ª feira _ Reis com Arte
Dia 22 – 4
ª feira
Orientação: Martha Pires Ferreira
Aberto ao público _ tarde de criatividade
__ das 13h30 às 17h __ café e chá.
Rua Sorocaba 800, Botafogo
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Gratuito – podendo R$ 30,00 (contribuição para a Casa).
Informações _ Tel. 2242-9341
Venha para uma tarde feliz! Alegria!





 

___ postagem Martha 

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quarta-feira, 1 de janeiro de 2025

Poesia e Memória ativa o cérebro

 

Minha história tem asas
 
Outro dia eu tinha
cinco anos, olhava o Sol
_ nasci na serra dos Orgãos
sorria, brincava, chorava.
 
Outro dia tinha
oito anos percebia,
me achava pensativa, sofrida.
 
Outro dia tinha
dezoito anos, altiva
conhecia o desejo, o amor.
 
Outro dia tinha
vinte anos rebelde,
iludida percebia a existência.
 
Outro dia tinha
vinte e quatro anos
estava distante, vazia de mim.
 
Hoje, tenho vinte e oito
conheço a beleza; dei o salto
mergulhada no imensurável.
 
Estou em 18 de fevereiro de 1967.
 
O tempo atravessou linear
dei seguimento à poesia em verso.
 
Janeiro de 1978, mulher madura
continuidade natural ousa... se revela,
tenho um filho, pertenço a Vida!
 
Hoje, janeiro/2025, segue fevereiro,
caminho para os 86 verões,
no humor a realidade é um instante
_ consciência do estar na eternidade.
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Memória ativa o cérebro 

Revendo pastas, escritos guardados. A década de 1960/70 muito intensa para mim, pessoalmente, e, história do Brasil. // Dentro de mim, tempo de alargamento de consciência _ cultura e vida afetiva, tudo em intensidade.

Poesias rabiscadas que guardei como dados biográficos de instantes vividos. Meus relatos são percursos da inteligência e de afetos, conquistas e derrotas no interior da alma. Não me atraia falar de perfumarias; vinhos, vestido, automóvel, restaurante, corridas de cavalos. De política era vedado qualquer expressão verdadeira, honesta em anos de chumbo grosso militar. Formada em Direito, nada de trabalhista, só família __ frustração geral, desilusão. Ler Roger Garaudy risco de ser pressa, Karl Marx nem pensar. Meu pai mandou queimar cerca de 200 livros.

Um buraco se fez, escuridão sem horizonte. O desenho e a astrologia me salvaram _ a Arte e a Natureza. Escrever só o que o coração permitia e não fosse objeto de perigo político. Encontros, dores ou levezas afetivas envolvendo a vida _ silêncio. Falar do corriqueiro serviu de meta, desta forma só mantinha o que não representava perigo ideológico. Altiva prossegui. Paz e Bem!

Não
 
Não consigo estar serena
ouvir o gorjeio dos pássaros...
tarde colorida adormecendo.
 
Não consigo serenar e
dormir meu sono de gente
que nasceu para vislumbrar
formas de beleza.
 
Não consigo descontrair
o espírito na leveza da vida;
a fome, o abandono e a doença
devoram violentamente
a carne dos homens irmãos.
 
Revoltada sim, eu choro
como criança, diante do mundo injusto.
Me rebelo contra
o egoísmo da riqueza exacerbada
contida nas mãos de poucos.
 
Não me conformo, eu choro
frente a inconsciência
dos carniceiros gananciosos.
Não consigo tranquila e plena
ouvir o gorjeio dos pássaros
na tarde colorida descendo lentamente!     /1967
****

 Cada dia seu fardo
 
Não me procure
perdida na estrada
nem mesmo
queira que eu cante.
 
Voo espaço longínquo
cada vez mais infinito
esquecida... distante na vida.
 
Peregrina madrugada sou.
Caminho serena
entre hortaliça verdejante
afilado espinho seco.
 
Sozinha, não recuo, tranquila
saber ser perdedora.
 
Nem sequer me procure
não mais importa
o que fui, fiz, farei,
posse a vir ter ou ser.
 
Atravesso noite, manhãs
sendo ou não distraída,
       simplesmente, atravesso.     /1967
****
 Nada a pedir

Não trancarei mais a porta
quando me pedires repouso,
não negarei mais um só dia
estender minhas mãos
                       para as carícias.
 
Quando o sino tocar na tarde
anunciando a tua chegada
correrei para ajeitar os cabelos
sacudirei a poeira das vestes e
perfumarei meu corpo
com essência dos céus.
 
Colocarei flores no vaso de barros
abrirei as janelas
para que o cantar dos pássaros
penetre melodiosamente.
 
Abrirei a porta feliz a espera de ti.
 
Se demorares um pouco
acenderei a lâmpada para
não tropeçares na escada escura.
 
Na hora da tua partida
beijarei tuas mãos com ternura
silenciosa, seguirei com olhar
marejado de felicidade
o teu trajeto de homem.
 
Não pedirei sequer
que me leve na lembrança.     /agosto, 1967

                           Martha Pires Ferreira
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