Num mundo em transição, travessia para uma nova consciência civilizacional, as Artes sempre sustentam diante do imprevisível, do esperado melhor vir a Ser.
Martha Pires Ferreira
Achar
A mente é radar
de ideia em ondas
escrever exercícios
do pensamento
desenhar anseios
da imaginação
calcular artífice, artimanhas
da matemática.
Compor desafia som
melodia, ritmo, harmonia
caminhar é liberdade
do corpo ao chão
pés, tíbias, ancas de barro.
Amar dispensa tudo
é gratuito
gratuidade do coração
apreende, sorri, intui
_ intuir é achar!
Atenção! __ a idade avança, adapta-se às agulhas dos
ponteiros; ideias circulam procurando pouso _ ou se vive na mesmice ou se ocupa
com algo, sem pretensões. Rabiscar, desenhar, para ativar a mente?! Nem sei. O
fogo da existência é exigente, impulsiona _ lei natural. Do dicionário
intelectual surge a palavra ACHAR, me convidando ao desafio. Poesia é um dos meus desafios,
de ideia em ondas
escrever exercícios
do pensamento
desenhar anseios
da imaginação
calcular artífice, artimanhas
da matemática.
melodia, ritmo, harmonia
caminhar é liberdade
do corpo ao chão
pés, tíbias, ancas de barro.
é gratuito
gratuidade do coração
apreende, sorri, intui
_ intuir é achar!
Linguagem
inocente
Verbo na criança é chama vivente
_ inocência! O estar expressivo
se faz desafio no rosto do menino.
Lábios sem reserva, diz o que quer:
“O que você tem no seu pescoço?”
“Não quero comer”. “Você é meu pai?”.
Há chama de fogo e doçura na voz:
“Minha irmãzinha gosta de chocolate,
posso levar um pouco para ela?”
Ferino, pode ser mordaz, sem freio:
“Sai, não me segura, não gosto de você”.
“Quando eu crescer vou matar o monstro”.
Linguagem inocente _ sabor do amargo
ao poético _ surpreende como estrelas,
se revela potência atravessando o ar!
Verbo na criança é chama vivente
_ inocência! O estar expressivo
se faz desafio no rosto do menino.
Lábios sem reserva, diz o que quer:
“O que você tem no seu pescoço?”
“Não quero comer”. “Você é meu pai?”.
Há chama de fogo e doçura na voz:
“Minha irmãzinha gosta de chocolate,
posso levar um pouco para ela?”
Ferino, pode ser mordaz, sem freio:
“Sai, não me segura, não gosto de você”.
“Quando eu crescer vou matar o monstro”.
Linguagem inocente _ sabor do amargo
ao poético _ surpreende como estrelas,
se revela potência atravessando o ar!
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Assim Realidade
habita o dentro
_ interioridade escavada
se faz a cada ciclo, revelação!
Sonhar pertence ao universo
do florescer imaginário _
campeia horizonte múltiplo
_ engendra matéria consistente.
O coração apreende invisibilidade
ao desprender-se sem receio
_ toca suavemente o incognoscível.
Deixe-me assim, tal assim.
Sou do ar, tecida de fogo criador
_ prazeroso sorriso na entrega sutil.
Sou assim, tal assim mesmo;
ser mulher, ser flor, ser o nada etéreo
_ cada ser vivente tem seu assim!~
_ interioridade escavada
se faz a cada ciclo, revelação!
Sonhar pertence ao universo
do florescer imaginário _
campeia horizonte múltiplo
_ engendra matéria consistente.
O coração apreende invisibilidade
ao desprender-se sem receio
_ toca suavemente o incognoscível.
Deixe-me assim, tal assim.
Sou do ar, tecida de fogo criador
_ prazeroso sorriso na entrega sutil.
Sou assim, tal assim mesmo;
ser mulher, ser flor, ser o nada etéreo
_ cada ser vivente tem seu assim!~
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