Estes dias estive pensando muito em Dra.Nise, assim eu gostava de chamá-la. O mundo atual, esta travessia Oriente/Ocidente/Gaza... tantas coisas!. Grande amizade, 1968 - 1999. // Depurei uma poesia que fiz para ela, um perfil, como eu a via, apreendia.
Numa das muitas felizes tardes, 1993.À Nise poetizo
Delicada, pequena flor,
suave gesto
_ dedos de agulha dançam no ar destemidos.
Afoita ousadia na travessia!
Felino olhar invade o dentro
recanto
do outro _ penetra segredos na caixa
apreende, dispensa chave.
Loquaz instante é chama a
engendrar
espaços únicos;
preferência aos despossuídos, marginalizados
desqualificados, destroçados socialmente
na secura _ vedados à emoção de lidar.
Mãos revelam interioridade
por expressão
verbal, escrita e estímulo às imagens criadoras
de seus clientes, seu entorno!
Sementes para plantar _ nova fonte de vida!
A liberdade tocando a
existência; desafio
diante da estreiteza e frieza da barbárie
_ compassiva à ternura dos frágeis.
Altiva espadachim vence,
corta obstáculos
intempéries em torpes intensões.
Machadiana, em áspero repúdio, ecoa seca:
“Servi de agulha a muita linha ordinária!”
Aguadeira celeste; servir
é doar-se inteira
sem exclusões, sem fronteiras.
Por companhia o silêncio das gatas e gatos
_ sábios mestres entre livros e papeis.
Prazer nos sacrários
íntimos refinado humor
à mesa; tardes com chá importado, torradas,
marrom-glacê ou pamonha nordestina
_ fraterna troca; alegria em fiel acolhimento.
A intuição vencendo a racionalidade
_ a morte extensão; reflexão profunda;
completude numinosa _ o tudo é pouco!
Imensidão dos espaços;
sede de infinito
_ o intransponível é eternidade, mistério!
Delicada, pequena flor em penetrante olhar.
Fonte de vida, encantamento!
Martha Pires Ferreira
_ dedos de agulha dançam no ar destemidos.
Afoita ousadia na travessia!
do outro _ penetra segredos na caixa
apreende, dispensa chave.
espaços únicos;
preferência aos despossuídos, marginalizados
desqualificados, destroçados socialmente
na secura _ vedados à emoção de lidar.
verbal, escrita e estímulo às imagens criadoras
de seus clientes, seu entorno!
Sementes para plantar _ nova fonte de vida!
diante da estreiteza e frieza da barbárie
_ compassiva à ternura dos frágeis.
intempéries em torpes intensões.
Machadiana, em áspero repúdio, ecoa seca:
“Servi de agulha a muita linha ordinária!”
sem exclusões, sem fronteiras.
Por companhia o silêncio das gatas e gatos
_ sábios mestres entre livros e papeis.
à mesa; tardes com chá importado, torradas,
marrom-glacê ou pamonha nordestina
_ fraterna troca; alegria em fiel acolhimento.
_ a morte extensão; reflexão profunda;
completude numinosa _ o tudo é pouco!
_ o intransponível é eternidade, mistério!
Delicada, pequena flor em penetrante olhar.
Fonte de vida, encantamento!
Martha Pires Ferreira
[podem copiar à vontade]
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