domingo, 12 de novembro de 2023

Poesia _ Da minha janela, a Vida!

 

          Confio na Humanidade, seu processo lendo para evoluir e entender que somos Uma Única Essência. As dores do mundo me habitam __ a poesia tem sido um dos meus veículos de expressão.

Da minha janela, a Vida!
 
Abro espaços _ a janela é ampla, tenho o infinito
a paisagem perdida em beleza e amor intenso!
Os músculos contraem, dor percorre dentro _ Gaza!
 
Crianças, jovens, mães! Homens forte nos escombros
sem lágrimas, só vigor. Homem chora no silêncio da noite
­_ não há descanso, não há tréguas no horror, sem tempo.
 
A paisagem é bela e serena _ meu coração esmagado
_ sombra negra dos mortais a tecer ódio perverso
monstruosidade primata, e, nos invade a pele, os poros.
 
Da minha janela a paisagem é verde, o céu azul, pássaros
cantam e brincam em voo libertário, sinuoso, leve.
Meu coração é dor do outro em mim _ é assim, em mim.
 
O outro desconhecido me habita _ sofrido, espoliado
entrou em minha alma acolhedora, indefesa, amorosa.
A sombra espessa do mundo corrói, esmaga, destroça.
 
Altiva! Resistência consciente não pode abater
_ as crianças! As mães! Os frágeis! O choro exausto.
A sede, fome num campo concentrado _ Palestina!
 
Absurdo impensável! Os bárbaros enlouqueceram
nos travesseiros e/ou escovando os dentes de ouro
enlouquecerão sem dar conta da brutal covardia.
 
Um hiato, se fará na travessia, canto dos agoniados
de Sol a Sol _ raios do leste ao oeste, penetram intensos
_ Luz surgirá das trevas _ silêncio no tempo implacável. 
             martha pires ferreira
~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~

Nenhum comentário: