Natividade / mosaico - Palermo, séc. XII.
Natal
Jorge de Lima (1893 - 1953)
Feliz de quem, quando o ano termina,
possui um doce e acolhedor abrigo:
a companheira, o filho, a avó tão rara
ou mesmo o amigo
com quem possa se reunir em Cristo,
E sua vida interior desperte viva
de dentro de si uma alma de
São Francisco: o amor generoso,
o heroísmo estranho de beijar um leproso.
De lembrar-se de que há no mundo
criaturas de Deus pelo Natal
sem companheira, e sem a avó tão rara
e sem um beijo da mãe ou um beijo de
filho, e até sem um livro que substitua
o amigo.
Feliz de quem, quando o ano termina,
pode ver a estrela no céu
e tem olhos ainda
para encontrar Jesus.
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