domingo, 28 de fevereiro de 2016

Fina solidariedade num copo d’água – testemunho.

Fina solidariedade, sim. Num copo d’água – testemunho.

Chegando, hoje, 28 de fevereiro, último dia da Ocupação Cultural Moraes e Vale, no coração da charmosa e bizarra Lapa, sou tomada pelo som da bateria. Um calor insuportável! Observo um homem alto sem camisa dançando com expressão de alegria.  Quando outro, tão desvalido quanto, meio tropeço, se aproxima com uma garrafinha bojuda e oferece água no copo do mais alto, com gesto de espantosa delicadeza, quase doçura. Meus olhos brilham numa escondida emoção podendo registrar, de relance, tão alta ação de solidariedade e partilha. O homem baixo se afasta sorrindo ao servir água ao possível amigo. Caminho. Revejo as artes, artistas e amigos. Volto para meu refúgio de Santa Teresa com o exemplo de amorosidade humana entre dois párias de rua, contraste em nossa sociedade paneleira, insensível e estúpida, embora vestindo grifes, não nos é capaz de surpreender em belezas e tamanha ternura. A vida em seus contrários de opostos, miséria e abundância, continua mistério insondável. Só atitudes amorosas encantam e nos liberta! O que veio depois...se a pinga ou a água, isso é indiferente. A grandeza se fez presente no ato de partilha afetuosa.
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Outras imagens do evento organizado por Paulo Branquinho, revitalizando este canto da Lapa com garra e coragem em prol das Artes e da Cultura. Uma semana de Festa e Alegria com infinidade de artistas visuais, fotógrafos, poetas, amigos/as da cultura...Ver redes sociais - face book - etc.

  

 Placa Mãe V / 2015 (meu - Martha).


Galeria Paulo Branquinho  
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domingo, 21 de fevereiro de 2016

Paulo Leminski, joia rara

 foto Dico Kremer

Paulo Leminski

Entro e saio
  Dentro
é só ensaio


Não fosse isso
e era menos
Não fosse tanto
e era quase

Passei duas tardes revendo e relendo na CAIXA Cultural RJ / o ser raro e único que é Paulo Leminski.
Quanta riqueza, potência, autenticidade!  Espanto diante de tudo que percorreu como ser humano, como mergulhador cultural.
Joia finíssima seu livro Jesus a. C. - Ed. Brasiliense, 2003 (1ª edição 1984)
Jesus lunático e poeta, como ele; escreve (págs.  89 / 94 / 100):

Jesus está inventando a alma: o super-signo que todos somos ‘dentro’. Essa, talvez, foi a sua revolução, a mais impercebível de todas”.
“Jesus ocupa um lugar muito especial na lista dos (...), Robespierres, Dantons, Zapatas (...), Lenins, Trotskys, (...), Castros, Guevaras, (...)”.

“O programa de Jesus é uma utopia.
Curioso que, na frondosa bibliografia sobre socialismo utópico, nunca apareça a doutrina de Jesus como uma das mais radicais”

“No introito de João, Jesus desprende-se da carne humana.
E começa sua carreira como ideia. Ou como o que?”.
 
Deixa-nos esta pergunta sutil.
Nota: Perdoe-me o editor, minhas referências aqui  /// estou mergulhada na consciência, leveza e generosidade humaníssima de Paulo Leminski. 

domingo, 14 de fevereiro de 2016

A Oração ao Deus Desconhecido F. Nietzsche

Reflexões - 14 de fev. 2016 // O DEUS de Nietzsche
Como estou em recolhimento Zodiacal, momento de reflexões profundas nestes dias que antecedem o aniversário, veio à tona todo o meu percurso de vida nesse querido planeta Terra em que habitamos. Num relâmpago, tudo vivido, e, em plenitude minha concepção do DEUS da Criação ao caminhar, passo a passo, em meditação, sem pensamentos racionais, sem lógicas, mas no vazio do nada que tudo contém. Parei e sentei no muro contemplando as árvores diante de meus olhos. Sim, muito claro; meu DEUS é o mesmo do Mestre Eckhart, Spinoza, Teilhard Chardin, Henry Miller, Einstein, Nise da Silveira, Aldous Huxley, Hildegard von Bingen, Friedrich Nietzsche e certamente  o de Tolstoi e Dostoievsky, podendo acrescentar sem dúvidas Marx, C. G. Jung,  Thomas Merton,  Teresa d’Ávila e João da Cruz e os “locos sábios” que passaram por mim. Voltei para casa, nesta manhã de Sol, pensando no amigo Leonardo Boff - livro que ele me deu - Tempo de Transcendência,  o ser Humano como um Projeto Infinito - onde transcreveu a belíssima oração de Nietzsche – A Oração ao Deus Desconhecido.

Domingo tranquilo!
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quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

Evangelho de Jesus - na atualidade.

          Voltei a ler os Evangelhos de Jesus, o Christus (Yeshua, o Messias) – revelações que, ainda, não foram assimiladas na interioridade do ser humano. Releitura em razão das calúnias, difamações, pedradas, violência vingativa e planejada (entre pessoas e nações); pontuais vômitos de políticos, estadistas, juízes e outros empanados bípedes pelados nas mídias e, mesmo, nos corredores acadêmicos. Estes “bípedes pelados” se identificam, se espelham, nas posturas dos escribas e fariseus diante da mulher adúltera, no Templo, onde Jesus ensinava. Não se trata, aqui, da mulher desqualificada, mas da pessoa humana apedrejada, triturada a qualquer preço em camisa de força por erros cometidos ou não. Perversidades existem e se atualizam, conforme os sabores. A misericórdia vence o ódio.

Novo Testamento - São João evangelista - cap. 8; vers. 1,10. // Fontes indicadas: A Bíblia de Jerusalém – Edições Paulinas, São Paulo, 1980 // Bíblia Sagrada – Editora “Ave Maria” Ltda., São Paulo, 1959.
Iconografia:Cristo Pantocrator, mosaico séc. XIII, mosteiro Santa Sofia, Istambul.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

Signo de Aquário – Verão / hemisfério sul. Palavras síntese –

Aquário - Ar - Analogia com Urano e Saturno – Masculino - fixo. (19-20-21/jan. a 18-19-20/fev./ conforme latitude e longitude horária)
Cronos/Saturno, senhor do tempo implacável!
XI   - Espaço. Humanismo. Projetos, ideias, planos. Resistência. Amizade. Esperança. Reservas. Individualidade. Intolerância. Inconformismo. Originalidade. Independência. Intuição. Reflexão. Futuro. Pretensão. Dispersão. Utopia. Abstração. Sentido de grupo. Liberdade de ser. Fraternidade. Coletividade. Rebeldia. Ousadia. Imprevisibilidade. Doação. Democratização. Socialização. Pioneirismo. Experiência. Espírito revolucionário. Propagação de ideias. Progresso. Evolução. Inovação. Desarticulação. Ciência e tecnologia. Desprendimento. Sensibilidade intelectual. Percepção. Desapego. Irreverência. Instigante. Extravagância. Excentricidade. Bizarrice. Irritabilidade. Nervosismo.  Frieza intelectual. Afastamento. Necessidade de espaço. Anticonvencional. Indiferença. Desprezo. Ceticismo. Hierarquia de valores. Unicidade. Fraternidade. Solidariedade. Visão universal; cósmica. Fidelidade a si próprio. Eletricidade. Criatividade. Isolamento. Amor à solidão e ao silêncio.



          - Astrologia é uma linguagem simbólica.