sábado, 31 de janeiro de 2015

Feliz 31/01/1915 – 31/01/2015 - Thomas Merton


          Em 1961 na Livraria Vozes, RJ, fui atraída por um livro de capa verde > Na Liberdade da Solidão > abri e li “A vida se revela a nós somente na medida em que a vivemos” > depois li o autor > Thomas Merton. Não conhecia. Li mais textos. Comprei o livro e mergulhei em sua obra a partir daí. Merton permanece revelação contínua para todos que o leram, que o apreenderam em sua mística > revelação se estendendo humana e espiritualmente por todo o planeta Terra de leste a oeste de norte a sul > apontando a direção do sentido real de VIDA em sua essência.  Apóstolo contemporâneo. Homem ébrio da razão de se existir, ébrio de eternidade, transcendência. 
          Hoje, dia 31 de janeiro, fiz pela manhã minha caminhada costumeira. Fui ao Parque das Ruínas, passo a passo, meditando sobre Merton e os Amigos Fraternos comemorando em São Paulo o seu centenário. Em silêncio contemplativo viajei nas trilhas da importância de Merton no mundo. Homem profeta, muito adiante de seu tempo.
Thomas Merton com Dalai Lama - 1968. 
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sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Thomas Merton 1905 - 2015 Centenário


                   Meditação na experiência de Thomas Merton                                                         Palestra no Grupo de Meditação Cristã - 
28 de janeiro de 2006. Rio de Janeiro.

                                                      martha pires ferreira

        Thomas Merton nasceu em Prades, em 31 de janeiro de 1915, sob o signo de Aquarius, no sul da França e viveu nos EUA. Morreu, acidentalmente, em Bancoc em 1968 para onde foi em viagem pregar retiro, fazer conferências e aprofundar-se na espiritualidade do Oriente. Para este monge beneditino, trapista, a meditação é uma profunda integração pessoal em Deus, numa escuta vigilante e cuidadosa “do coração”. É uma entrega total, sem palavras, do coração e em silêncio.
        Thomas Merton em sua obra Poesia e Contemplação (1972) deixa-nos muitas páginas dedicadas às questões tão preciosas que são as reflexões sobre a meditação.
        Toda a sua obra, em geral, desde a Montanha dos Sete Patamares, nos fala, essencialmente, da vida contemplativa, da vida silenciosa, da vida meditativa intelectualmente e em radical experiência interior. Thomas Merton foi um contemplativo por excelência.
     A vida contemplativa é vida de meditação com ou sem palavras. Em comunhão com a vida ativa, a vida de oração passiva, é vida de extrema entrega silenciosa às grandes experiências do amor de Deus.
        No final de sua vida, Thomas Merton viveu junto à natureza como eremita numa ermida, no meio do bosque, do Mosteiro de Gethsemani.
        Merton faz pontuações muito sensíveis; para ele é inseparável a unidade do silêncio e da oração. Merton cita em Poesia e Contemplação como foi bem descrita pelo monge Isaac de Nínive esta visão da unidade: “Muitos procuram avidamente (esta unidade), porém só encontram os que permanecem em contínuo silêncio... Todo homem que se regozija com uma multidão de palavras, mesmo que diga coisas admiráveis, é vazio interiormente. Se amais a verdade, sede amante do silêncio. O silêncio como a luz do sol, vos iluminará em Deus e vos libertará dos fantasmas da ignorância. O silencio vos unirá ao próprio Deus...
       “Acima de tudo, amai o silêncio; ele vos traz frutos que a palavra não pode descrever. No início, temos de esforçar-nos a ser silenciosos. Porém, nasce então algo que nos atrai ao silêncio. Possa o Senhor dar-nos uma experiência deste ‘algo’ que brota do silêncio. Se somente praticardes isso, uma luz indizível brilhará sobre vós como consequência (...) depois de algum tempo, certa doçura nasce no coração, deste exercício e o corpo é atraído, quase que à força, a permanecer em silêncio”.
   Para Merton sem virtude (fortaleza), não pode haver verdadeira contemplação. Sem o trabalho da disciplina, não pode haver tranquilidade no amor. E cita Pedro de Celles, beneditino do séc XII:
     “Deus opera em nós enquanto repousamos n’Ele. Essa obra do Criador ultrapassa todo entendimento; repouso que é, em si, criativo. Pois, trabalho como esse excede, em sua tranquilidade, todo repouso. Este repouso, em seu efeito, brilha e irradia, sendo mais produtivo do que qualquer trabalho. Assim, deixemos esta ação, ou este repouso de nossa contemplação, ser modelada de maneira a reproduzir, ainda que em linhas apenas esboçadas e apegadas, um modelo (de trabalho e repouso em Deus)... Essas coisas não se realizam na sombra e na noite, mas durante o dia e na luz, do sol da justiça. Pois quem ronca na noite do vício não pode conhecer a luz da contemplação”.
Thomas Merton nos remete, também, a São Gregório Magno sobre a vida contemplativa;
       “A vida contemplativa consiste em permanecer com toda a força da mente entregue ao amor de Deus e do próximo; repousando, porém, de todo movimento exterior e unindo-se unicamente ao desejo do Criador”.
Noutra passagem ele se refere ao contemplativo do séc. XIII, XIV, Ruysbroeck;
“O homem interior entra em si de maneira simples, acima de toda atividade e de todos os valores, a fim de aplicar-se a um simples olhar no amor de fruição. Ali, encontra Deus sem intermediário. E, da unidade de Deus, penetra nele o brilho de uma luz simples. Essa luz simples demonstra ser treva, nudez e ‘nada’. Nessa escuridão, o homem é envolvido e mergulha num estado sem categorias, no qual se perde. Assim desnudado, toda consideração e distração em relação às coisas lhe escapam e ele se vê penetrado por uma luz simples. Nesse nada, ele vê todas as obras como inúteis, pois se encontra submerso pela atividade do imenso amor de Deus e, pela sua frutífera inclinação de seu Espírito, torna-se um só espírito com Deus”.
       Poesia e Contemplação é um convite à compreensão da meditação; a oração intelectual e a oração existencial. Nesta mesma obra Merton escreveu:
“A oração contemplativa é, de certo modo, simplesmente, a preferência pelo deserto, pelo vazio, pela pobreza. Alguém começa a conhecer o sentido da contemplação quando, intuitiva e espontaneamente, procura o caminho obscuro e desconhecido da aridez, de preferência a qualquer outro. O contemplativo é alguém que escolhe antes o não saber do que o saber. Antes não fruir do que fruir. Antes não ter provas de que Deus o ama. Aceita o amor de Deus na fé, num desafio a toda evidência aparente. Essa é a condição necessária – e uma condição muito paradoxal – para a experiência mística da realidade de Deus e de seu amor por nós. Somente quando somos capazes de ‘largar’ tudo o que há dentro de nós, todo desejo de ver, de saber, de provar e de experimentar a presença de Deus, é que nos tornamos realmente capazes de ter a experiência dessa presença com a convicção e realidade avassaladoras que revolucionam nossa existência inteira”.
        “A contemplação cristã não é algo de esotérico e perigoso. É simplesmente a experiência de Deus dada a alguém já purificado pela humildade e a fé. É o ‘conhecimento’ de Deus na obscuridade do amor infuso” (...) “A contemplação infusa é um conhecimento quase experimental da bondade de Deus ‘saboreada’ e ‘possuída’ por meio de um contato vital nas profundezas de nosso ser. Por meio do amor infuso, nos é dado apreender, de maneira imediata, a própria substância de Deus”.  Repousamos, então, na percepção obscura e profunda de sua presença e de sua ação transcendentes dentro do mais íntimo do nosso interior. “Assim, nos entregamos inteiramente à obra de seu Espírito transcendente”.                                   
         Podemos seguir seu pensamento em Direções Espirituais e Meditação, publicado aqui no Brasil em 1962: “A meditação é para os que não se satisfazem com um conhecimento meramente objetivo e conceitual em relação à vida, em relação a Deus – em relação a realidades de primeira importância. Querem entrar em contacto íntimo com a própria verdade, com Deus. Querem experimentar as mais profundas realidades da vida, vivendo-a”. (...) “Não nos esqueçamos jamais de que o fecundo silêncio em que as palavras perdem seu poder de expansão, e os conceitos nos escapam, é, talvez, a mais perfeita meditação” (...) “devemos regozijar-nos e repousar na noite luminosa da fé. Esse é um degrau mais alto de oração”. “A finalidade última da meditação deve ser uma comunhão mais íntima com Deus, não só no futuro, mas também aqui e agora”. E termina este livro fazendo eco: “Santa Teresa de Ávila acreditava ser impossível a alguém que se mantivesse fiel à prática da meditação vir a perder a sua alma”.

        Em1938, aos 23 anos, Thomas Merton conheceu, através de seu amigo Seymour, o monge Doutor Bramachari, originário da Índia, é o que relata em Montanha dos Sete Patamares (1947), onde faz referências a este monge: “eu buscava (...) e procurava um gênero de vida que tivesse Deus como centro, conforme a dele”. “Afinal, não deixava de ser um tanto irônico que eu me houvesse voltado, espontaneamente, para o oriente em minhas leituras e conhecesse um oriental. Ele nunca tentou explicar a crença religiosa da Índia”.
          O interesse de Merton pelo misticismo da cultura oriental se deu a partir das leituras de Aldous Huxley, em especial, Meios e Fins. Antes de conhecer o monge Bramachari, Merton tinha particular sede de vida espiritual.  Sua tese de conclusão na Universidade teve como título: A Natureza e a Arte em William Blake, um artista essencialmente místico. Para Merton a experiência artística, a mais alta, era de fato análoga à experiência mística.
          Thomas Merton não se restringiu aos textos da Philokalia e às fórmulas hesicastas dos padres do Deserto, assim como a “Oração de Jesus”; procurou conhecer muitas técnicas de meditação das grandes tradições das culturas do Oriente. Em sua obra Reflexiones sobre OrienteLa filosofia oriental a la luz del misticismo occidental (textos de 1965 a 1968), nos relata sobre o taoísmo, o zen, o hinduismo, o sufismo e as variantes do budismo.
          Em 4 de novembro de 1968, em sua viagem à Índia, teve uma audiência com o monge do Budismo Tibetano, Sua Santidade Dalai Lama, e escreveu; “Toda a conversa versou sobre religião, filosofia e, especialmente, sobre os caminhos da meditação”. Dias depois, menos de um mês de sua morte, foi ao eremitério do rimpoche Chatral; “o maior rimpoche que já conheci até hoje”. “Gostaria de estar mais com Chatral” (O Diário de Ásia, 1973). Depois de sua morte, em 10 de dezembro, Bancoc, as questões da meditação aparecem com presença constante em suas obras publicadas.
          No ocidente a meditação, como experiência pelos cristãos, reiniciou-se, no mundo contemporâneo, provavelmente, através dos monges beneditinos, na França (outros?), com as aplicações práticas das disciplinas da Raja-Yoga à oração e à meditação. Isto se verifica nos textos da obra; O caminho do silêncio ou Yoga para cristãos, de J. M. Déchanet (3ª edição/1957) onde encontramos no capítulo “As fases da meditação silenciosa” a invocação “Veni, Domine. Vem, Senhor”. Obra que provavelmente Merton conheceu, e, o mesmo interesse se dando com as aberturas do Concílio Vaticano II. Verifica-se que somente no início dos anos 60 é que ele começa a escrever a série de trabalhos referentes ao Oriente. Nos anos 50 muitas obras sobre meditação oriental foram publicadas na França. Em 1953, L’hésychasme, Yoga chrétien, em Yoga, science de l’homme integral – Cahiers du Sud, Paris.
          Nos anos 60, Merton fez contatos pessoais e profundos com o filósofo e sábio, do Japão, Daisetz Suzuki, mestre do Zen Budismo, e escreveu; Zen e as aves de rapina (1968). Antes, em 1961, escreveu Místicos e Mestres Zen, e, em 1965 A via de Chuang Tzu (o grande filósofo e poeta chinês), e Gandhi, a não violência. Vê-se o grande interesse pela sabedoria oriental.
                     Para Merton a contemplação passiva não exclui as atenções para com a vida ativa, muito pelo contrário, maior é o amor responsável e profundo para com o seu próximo, onde devem estar presentes as preocupações para com o mundo e suas complexidades. Thomas Merton lutou de forma veemente contra as guerras, a violência, os preconceitos raciais, religiosos e quaisquer outros (desde os finais dos anos 50 passou a ter bons entendimentos com protestantes, anglicanos, judeus e mesmo ateus), e, se indignava diante das injustiças sociais e da vergonhosa exploração e violência para com as classes oprimidas. Sua obra Sementes de Destruição, 1964, é um grito de desespero e de advertência profética diante da alienação e das perversidades do mundo moderno.                    Em Questões Abertas, 1960, sua expressão de amor ao próximo revela grande sensibilidade: “Onde não existe a possibilidade de um nível de vida decente, quando não há liberdade, justiça, educação na sociedade humana, como pode o Reino do amor ser nela edificado? (...). O Reino de Deus, não se compõe unicamente de grandes homens santos, é um organismo vivo, místico, constituído de homens comuns, com suas fraquezas, suas limitações, sua boa vontade, seus talentos, suas deficiências – tudo isso elevado e divinizado pelo Espírito Santo, de maneira a que o Cristo viva e se manifeste em cada um e em todos”.
          Para Thomas Merton, por natureza, o contemplativo colabora efetiva e essencialmente com a humanização e a santificação do mundo, em silenciosa doação afetiva, em comunhão com o Mistério de Deus. Intenso era o seu contato com as manifestações da Natureza, em plena observação amorosa. A experiência da meditação contemplativa, para ele, é um dom de Deus de se estar sendo no mundo. É uma entrega radical em silêncio. Os contemplativos “participam da crise e da tragédia que assola o mundo, mas que eles vêem e entendem de maneira inteiramente diferente do resto do mundo”. (...) “suas verdadeiras perspectivas são aquelas do Reino escatológico de Deus”. Merton sentia-se feliz por ser membro da raça humana, de ter no outro a humanidade de Jesus Cristo.

          Thomas Merton foi meu mestre maior na compreensão do mistério da encarnação de Jesus Cristo. Merton nasceu na França, 31 de janeiro de 1915, já dito, e morreu, de maneira inusitada, em Bancoc, Tailândia, em 10 de dezembro de 1968. Descendente de pais anglo americanos escreveu mais de 70 livros sobre espiritualidade, poesia, justiça social, ensaios, religiões comparadas – Zen, Tao, Sufi. Foi ativista social ferrenho.
Foi o primeiro monge no ocidente a travar diálogo com asiáticos como Daisetz Teitaro Suzuki, Dalai Lama e Thich Nhat Hanh.

                     Para aprofundar o pensamento de Merton recomendo leitura de alguns clássicos, em português - A vida Silenciosa (1960), Na Liberdade da Solidão (1961), Homem algum é uma ilha (1961) Diário secular de Thomas Merton (1961), Espiritualidade, Contemplação Paz (1962), Novas Sementes de Contemplação (1963), Vida e Santidade (1965), O Signo de Jonas (1954), Ascensão para a Verdade (1958), Águas de Siloé (s/d), O Homem Novo (1966), Reflexões de um espectador culpado (1970), Que livro é este?/Opening the Bible (1970), A Igreja e o mundo sem Deus/The Church and the “Godless World”1966/ (1970) e Contemplação num mundo de ação (1975) - Editoras Vozes, Agir, Mérito, Vega e Itatiaia, obras que, infelizmente, em sua maioria, só se encontra em bibliotecas.

          Reedições das obras de Merton têm sido publicadas por iniciativa da Sociedade dos Amigos Fraternos de Thomas Merton/ SAFTM.
          Muito sobre Merton pode ser encontrado na Wikipédia/ sites na internet.
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Em 2007, Editora Santuário, SP, foi publicado uma obra de Thomas Merton muito pertinente Paz na era pós-cristã - testamento de um dos maiores místicos do século XX
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quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Thomas Merton 1905 - 2015 Centenário


 clicar - abrir para ler
Carta de Thomas Merton para seu amigo Dr. Prof. Abdul Azir da Universidade de Karachi, Paquistão, em janeiro de 1966, quando fala de meditação

Thomas Merton com o Monge Rompoche Chatral
Palavras de Merton em 16/11/1968 quando estava no Oriente (Diário da Ásia)

"... e lá estava Chatral, o maior rimpoche que já conheci até hoje, figura realmente impressionante.

quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Thomas Merton 1905 - 2015 Centenário



A VIDA SE REVELA A NÓS SOMENTE NA MEDIDA EM QUE A VIVEMOS
Thomas Merton
Na liberdade da solidão, pg.52. Ed. Vozes,1961. 
Ver     merton.org.br
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domingo, 25 de janeiro de 2015

Thomas Merton and Buddhism

Thomas Merton 1905 - 2015 Centenário

Cesta feita por Merton
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          A Montanha dos Sete Patamares é sem dúvida a porta de entrada para se conhecer Thomas Merton. Este livro é sua autobiografia escrita em 1948 - The Seven Storey Mountain - obra publicada em inglês, já quando monge. Traduzido para muitas línguas - La Montaña de lós Siete Círculos / La Nuit Privée d’Étoiles... Merton nos deixou mais de 60 obras.
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            Trecho do Prefácio da edição japonesa de A Montanha dos Sete Patamares (1963) - Thomas Merton (tradução do espanhol)
           É minha intenção fazer de minha vida inteira um resistir e um protesto contra os crimes e as injustiças de guerra e a tirania política que ameaçam destruir a toda a raça humana e o mundo inteiro. Através de minha vida monástica e de meus votos digo NÃO a todos os campos de concentração, aos bombardeios aéreos, aos juízes políticos que são uma pantomima, aos assassinatos judiciais, às injustiças raciais, às tiranias econômicas, e a todo o aparato socioeconômico que não parece encaminhar-se senão à destruição global a pesar de seu formoso palavrório em favor da paz. Faço de meu silêncio monástico um protesto contra as mentiras dos políticos, dos propagandistas e dos agitadores, e quando falo é para negar que minha fé e minha igreja podem estar jamais seriamente aliadas junto a essas forças de injustiça e destruição. Porém é certo, apesar deles, que a fé na qual creio também a invocam muitas pessoas que creem na guerra, que creem na injustiça social, que justificam como legítimas muitas formas de tirania. Minha vida deve, pois, ser um protesto, antes de tudo, contra elas. Si digo NÃO a todas essas forças seculares, também digo SIM a tudo o que é bom no mundo e no homem. Digo SIM a tudo o que é formoso na natureza, e para que esta seja o sim de uma liberdade e não de submetimento, devo negar-me a possuir coisa alguma no mundo puramente como minha própria. Digo SIM a todos os homens e mulheres que são meus irmãos e irmãs no mundo, mas para que este SIM seja um assentimento de liberação e não de subjugação, devo viver de modo tal que nenhum deles me pertença nem eu pertença a algum deles. 
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Fotos aqui expostas foram tiradas de várias fontes sobre Merton.

sábado, 24 de janeiro de 2015

Thomas Merton - 1905 - 2015

Thomas Merton - jovem estudante

 Merton com o poeta e escritor argentino Miguel Grinberg
Autor da seleção - O Legado de Thomas Merton, Paz Personal Paz Social.
 errepar s.a., Buenos Aires, Arg. 1999.
Para Merton - da minha janela árvores - Flamboaiã florida e outra florindo ao lado da mangueira - Merton amante incondicional da Natureza.

Estou relendo, mais uma vez > Na Liberdade da Solidão - T.M. Vozes. Li a primeira vez em 1961, logo que foi traduzido do inglês pela Irmã Maria Emmanuel de Souza e Silva, OSB - beneditina - religiosa da Companhia da Virgem, Petrópolis / minha querida prima Elsie. Ela se correspondia com Merton. Escreveu um livrinho > Thomas Merton O Homem que aprendeu a ser feliz. Vozes, 1997.
Nesta época eu não tinha contatos com Elsie. Vi o livro e fui atraída na própria Livraria Vozes, RJ. Nunca mais larguei este Mestre da liberdade, humanidade e espiritualidade. 
Meu filho se chama Thomas, em sua homenagem.
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sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

Thomas Merton - 1905 - 2015 centenário


 
Desenho - nanquim

Texto de Clarice Lispector sobre Merton - clicar para ler.
Thomas Merton nasceu em Prades, França, em 31 de janeiro de 1905. Jovem foi para os EUA. Em 1941 tornou-se monge no Mosteiro trapista, cisterciense - Abadia de Gethsemani. Faleceu na Ásia, Bankok, em 10 de dezembro de 1968, para onde foi em busca de aprofundamento da sabedoria do Oriente e dar conferências. Seu corpo está no Mosteiro no campo santo entre tantos monges. 
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quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

Merton: From Jazz to Chant

Thomas Merton 1915 - 2015 Centenário

Postagem - martha pires ferreira
Desenho sobre envelope - bico de pena, selo e aquarela, 2007.
Homenagem a Thomas Merton



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quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

Centenário de Thomas Merton – 1915 - 2015


         


Thomas Merton e Dalai Lama



                             Em vários cantos do mundo cristãos ou não, ateus e/ou pessoas espiritualizadas estão em torno do Centenário de Thomas Merton: monge trapista, cisterciense (1941-1968). Apaixonado pela natureza, rebelde revolucionário inconformado com a insensatez humana, com veemência contestou diante das guerras e atrocidades no mundo. Poeta e pensador. Predestinado e místico. Sem dúvida um dos escritores místicos mais influentes do séc. XX.
          Thomas Merton nasceu na França, Prades. Aquariano de 31 de janeiro de 1915. Ainda jovem foi para os EUA onde continuou seus estudos na Universidade. Acompanhou em intensas as intempéries do seu tempo com simpatias por grupos de esquerda, comunista. Mergulhou em todos os tipos de leituras e viveu grandes amizades. Cansado do mundo em suas contradições, Por reflexões e encontros espirituais converteu-se ao catolicismo. Já monge, se naturalizou americano. Seu pai era da Nova Zelândia e sua mãe da América do Norte. Mais... Thomas Merton na Wikipédia.
          Estando na Ásia, Bangkok, em 10 de dezembro de 1968, foi encontrado morto em seu quarto, de forma inusitada, eletrocutado por um fio desencapado, depois de proferir a conferência Marxismo e Perspectivas Monásticas. Enterrado em seu mosteiro, Gethsemani - USA.
          Amo Thomas Merton, um dos meus grandes Mestres de Vida.
         Até dia 31 de janeiro postarei algo em sua homenagem  
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                   Oração de Thomas Merton

            Senhor, meu Deus, não sei para onde vou. Não vejo o caminho diante de mim. Não posso saber com certeza onde terminará. Nem sequer, em realidade, me conheço, e o fato de pensar que estou seguindo a Tua vontade não significa que, em verdade, o esteja fazendo. Mas creio que o desejo de Te agradar Te agrada realmente. E espero ter esse desejo em tudo que faço. Espero que jamais farei algo de contrário a esse desejo. E sei que, se assim fizer, Tu me hás de conduzir pelo caminho certo, embora eu nada saiba a esse respeito. Portanto, sempre hei de confiar em Ti, ainda que me pareça estar perdido e nas sombras da morte. Não hei de temer, pois estás sempre comigo e nunca me abandonarás, para que eu enfrente sozinho os perigos que me cercam.

Na liberdade da solidão, editora vozes, 1961. 





Muitas fontes: Sociedade dos Amigos Fraterno de Thomas Merton /
Amigos de Thomas Merton / Centenario-de-thomas-merton.webnode.es /
Thomas Merton Center -EUA

quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

Refletindo a Morte com Van Gogh

          Fala a deusa Tolerância:
         - Será que a massa caminhante da França e todos que assistiram ao espetáculo midiático da morte/assassinato dos cartunistas, assassinato dos assassinos, estão refletindo sobre a Morte? Qual qualidade e liberdade de expressão almejam? Certamente Van Gogh não estava apenas pensando em fumantes / pintura, 1885 - Museu de Amsterdam. Não fez uma charge. 

          O que está morrendo no mundo contemporâneo? Quem está com medo da Morte? O que é preciso deixar morrer? Onde está a Senhora Morte? O que ela quer nos dizer com tamanha barbárie espalhada no planeta Terra? Só há reflexões sobre a Morte para quem vive a Vida em sua radicalidade. 
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sábado, 10 de janeiro de 2015

França Charlie Gaza

                                          ? ? ? ? ? ? ? 
                          França Charlie Gaza
    Que sociedade moderna é essa capaz de produzir assassinos a cada instante com tamanho horror? Necessária profunda reflexão sobre o que o ocidente, em particular, anda fazendo pelo mundo afora. Reflexões sérias/profundas neste confronto/convergência de civilizações.
       Todos nós somos responsáveis de alguma forma. “Quem cala consente”. Solidária com Gaza, muçulmanos, franceses e todos que não toleram a intolerância. 
    Intolerância gera intolerância.
          Solidariedade gera solidariedade. 
Amemos e respeitemos, fraternamente, uns aos outros
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sábado, 3 de janeiro de 2015

Ateliê Livre na Casa das Palmeiras

Neste ano de 2015 continuarei a colaborar
 - voluntária - na obra de Nise da Silveira

Convite aberto para clientes e amigos 
Casa das Palmeiras
Tarde de criatividade – 2015
Desenho, Modelagem, Arame, Jardinagem...
Dias 6 e 13 de janeiro -  terça-feira
Das 14h às 17h30 
Tel. 2266-6465 - entrada franca.
Rua Sorocaba, 800 – Botafogo.

Informação: Martha - tel. 2242-9341
Sendo a atividade gratuita pedimos que tragam:papeis – tipo canson ou cartolina / Lápis de cor, pastel oleoso.

Biscoitinhos para o Lanche - confraternização -



Venha  participar da criatividade,
espontânea
http://casadaspalmeiras.blogspot.com
Ver link
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Organizaremos Cursos neste semestre:
 Mitologia - Astrologia, Contos de fada, 
Confecções de Cadernos. E mais...

quinta-feira, 1 de janeiro de 2015

Mais um ano de esperança por um mundo igualitário e feliz 2015

Sempre desejos de plenitude para todos os seres do planeta Terra -
A Natureza Mãe com suas riquezas incontáveis.


Do Principado de Santa Teresa contemplei, de longe, os fogos iluminado a passagem 2014 - 2015...
Com esperança nas responsabilidades, dignidade e nobreza de caráter, dos homens e mulheres públicos/as, a assumirem seus cargos neste imenso e maravilhoso Brasil -
1 de janeiro - porta de entrada para mais um feliz Ano Novo!

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