quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Reflexões de inverno de 2012


O filho de Atena, a deusa mãe virgem
- Museu da Austria
Evento Astrologia no Parque das Ruinas
 - dias 3, 4 e 5 de agosto, este fim de semana.
Exposição Iconográfica desde a Antiguidade sobre Astrologia -
Horóscopos feitos por Fernando Pessoa
Rio sob o Signo de Peixes
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Reflexões de inverno de 2012  -martha pires ferreira
Horizontes para com a vida política e econômica esvaziaram-se, literalmente. A armadilha da globalização, mesmo no campo das religiões, está em estado de implosão. Os senhores da racionalidade estão perdidos sem direção. O Arquiteto do Universo deixou nas mãos dos mortais as próprias responsabilidades e consequências dos seus atos. Somos sujeitos da história, e, do direito à felicidade paradisíaca. O Panteão dos Deuses é uma projeção de plenitudes inalcançáveis para nós os mortais? Não, para a utopia aquariana. Os Campos Elíseos, Terra dos Bem Aventurados, se estendem por aqui mesmo, nesse chão que pisamos, cotidianamente.
Nosso olhar se volta para a criatividade possível nas várias áreas da comunicação; comportamento libertário e social, com envolvimento responsável por um mundo pautado nos valores humanos; solidário e fraterno. De cuidados efetivos para com a qualidade de vida em todos os níveis da existência. Desafio constante. Estamos intoxicados de racionalidade, de saberes, de ciências, de tecnologias de ponta, e miseráveis, famintos, de qualidade de vida humana.
Somos medíocres, estúpidos, incapazes de resolvermos questões básicas de felicidade para todos indistintamente, sem excludências, sem reservas. Estamos na era paleolítica da brutalidade e insensibilidade para com os espoliados, massacrados, marginalizados, incluindo a Natureza, Mãe de todas as coisas. A civilização atual perdeu a direção.
Gostamos de grifes, uísques, carros blindados, tapetes persas, joias, etc., mas não gostamos de gente. Hierarquizamos pessoas como produtos de mercadoria. Não nos interessa sermos adultos e generosos, radicalmente, para com a humanidade, para com as questões básicas da vida para todos; morar com dignidade, comer bem, ter educação de qualidade, trabalhar no que se gosta, amar, sorrir. Não foi desperta a sensibilidade para com o outro. Permanecemos adolescentes imaturos, e, representando papeis teatrais de fazedores de progressos, indiferentes às crueldades à nossa volta. As máscaras são múltiplas. Não cuidamos das fontes naturais da vida. Não aprendemos o que seja alegria genuína de viver em comum. Oportunidades para todos, indistintamente. A beleza do doar-se.
Só existe uma revolução a ser feita; a da Ética e Moral; princípios espirituais humanos de responsabilidade para com a Vida, a Natureza em seu todo; mineral, vegetal e animal. Incluindo os bichos estranhíssimos, esquisitíssimos, que são o Homem e a Mulher; depredadores capazes de criar belezas impensáveis no mundo das artes, das ciências e da tecnologia, como a internet, mas imbecis incapazes de solucionar questões fundamentais de qualidade de vida com harmonia e bem estar no planeta Terra.
É possível a Era de Ouro da Humanidade, segundo a filosofia Yoga; é possível a Era da Beleza porque a Era do Caminho da Sabedoria. E quem sabe, a Era da Arte de Viver! O homem se harmonizando com sua natureza – com o alargamento do seu eu profundo. O crescente emergir da criatividade inegavelmente trará maiores possibilidades de felicidade e prazer na esfera individual e coletiva.
Bom estar em sintonia fina com Pierre Teilhard de Chardin, sua visão de mundo, ao que nos descreve em sua obra; O Fenômeno Humano – salto quântico da espécie humana para níveis de consciência cada vez mais depurados, mais elevados – A Lei Cósmica de Complexidade-Consciência.
Para este sábio paleontólogo; “opção experimentalmente apoiada no fato, curiosamente subestimado, que a partir do Passo da Reflexão nós acedemos verdadeiramente a uma nova forma de Biologia, caracterizada, entre outras singularidades”. Assim como se modifica a Física - passando do médio para o imenso ou ao seu oposto, ao ínfimo - existe de fato uma Biologia dos “infinitamente complexos" – da invenção à ordenação, da atração à repulsão e vice versa. Da Vida em estado de irreversibilidade relativa ao estado de irreversibilidade absoluta – cósmica.
A Ciência só se ocupa com o que está “fora”, não se dá ao trabalho de olhar o Mundo, do lado de dentro, a partir da vida interna; simpatia e antipatia, emoções e afetos. O universo engendrado pela ciência dogmatizada tem como cânone as amarras da racionalidade. A intuição, que independe do raciocínio, é descartável. Presenciamos o “feitiço cartesiano” se esfacelar remetendo suas setas sem saber para qual direção.
Nas bases, os passos individuais e trocas de sociabilidade apontarão novos caminhos de Reflexão sobre a Vida. A Natureza ressalta em direção ao futuro para adiante. Estamos a caminho; a função essencial do ser humano é Ser Humano; é identificar-se com a Natureza em sua totalidade - Unus Mundi. A abelha, a fonte d’água ou e florzinha da estrada, também, são sujeitos no centro da História.

Netuno Senhor das águas, acalmando as tempestades - Rubens, 1635.
 Rio de Janeiro - Signo de Peixes -(o Planeta Netuno se encontra, hoje, a 2º 20'r de Peixes)
Fundação da cidade RJ: 1 de março de 1565 às 11h23'34"
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