quarta-feira, 29 de outubro de 2025

Astrologia Espaço/Tempo _ Arquivo 1983

 

Astrologia Espaço/Tempo

Retorno aos meios de comunicação

            Material em arquivo da Exposição de Astrologia que organizei na FUNARTE, em 1983 – de 23 de agosto a 16 de setembro - Rio de Janeiro. Causou grande visibilidade ao universo da Astrologia para o público em geral _ apresentei Imagens do mundo da Astrologia em todos os povos. Ocasião em que estudiosos apresentaram Mapas - horóscopos desenhados por eles/elas, época em que tudo era feito à mão. E ciclo de palestras sobre o assunto __ Astrologia e Arte. 

Mapa _ Horóscopo da abertura _ inauguração.











Coluna _ Artes Plásticas do Jornal do Brasil, matéria do crítico de arte _ Wilson Coutinho, 26/8/1983 - Caderno B

Outras notas no O Globo, Jornal do Comércio, Revista Desfile etc.

Abaixo, texto apresentado no folder da exposição realizada na FUNARTE

Esta mostra de astrologia não visou à estética e suas proposições plásticas por princípios; ela ofereceu ao público a noção conceitual do processo astrológico através da história desde tempos imemoriáveis, numa síntese de ocorrências fundamentais, neste ou naquele espaço geográfico, nesta ou naquela cultura. Não se afirma arte, nem se nega ciência.

Astrologia se define como um conhecimento tão antigo quando a origem da espécie humana. A astrologia que conhecemos hoje, no mundo ocidental, tem sua origem nos povos antigos da Suméria, remotos habitantes da Mesopotâmia. A astrologia se define como um saber experimental tendo por base precisões matemáticas, portanto, um saber lógico, e percepções intuitivas, sensíveis, pertencentes ao mundo alógico. O estudo dos astros nasceu, provavelmente, da apaixonada tentativa de descobrir os segredos da vida e da morte, o significado das metamorfoses nas manifestações de força e energia contidas na plenitude da natureza.

O planeta não expressa uma verdade em si mesmo: sugere. Na realidade simbólica o importante é o saber fazer as analogias. A astrologias pertence ao mundo dos sinais. A astrologia age como uma convergência de fenômenos. São os planetas projetados nos espaços celestes oferecendo múltiplas combinações, bom os mais variados recursos de leituras essencialmente simbólicas. Pode ser vista como um processo de autoconhecimento, como o é a ioga, a psicanálise, a meditação ou qualquer método que possibilite o ser humano se ter a si mesmo em consciência, na lei do universo. Um processo de descoberta das leis que agem toda a natureza em sua complexidade.

Em toda a sua beleza e dinâmica, a astrologia não se prende ao determinismo, nem se baseia em esquematizações; ela aponta inclinações, tendências, predisposições inatas. Ela se expande na disponibilidade que cada ser humano pode conferir ao seu próprio ser no caminho para o desenvolvimento pessoal, e da humanidade inteira como espécie. Na passagem de um ser mais elementar, para outro transformado, mais evoluído, pleno.

Quando os planetas se movimentam no Universo estamos, nós também, em movimento harmonioso e perfeito, embora disso não tenhamos consciência. Astrologia é um dos recursos para a compreensão desta harmonia. Ela nos dá a possibilidade desta tomada de consciência. São fluxos que emanam dos espaços siderais e nos impulsionamos à atividade e receptividade contínua; esses jogos que são os nossos dias; esses desejos de integrar tendências opostas e aparentemente irreconciliáveis; essa ânsia de evolução. As implicações de ordem pessoal ou mesmo coletiva social, política, económica ou religiosa podem impedir ou atravancar este processo. O ser humano com toda a natureza foi criado para a evolução. Ele deve conhecer meios que o possibilitem a este crescimento que o leva, por uma necessidade intrínseca, ao vislumbre de saber quem ele é, o que está fazendo no mundo e para onde ele se dirige. Ele foi chamado à vida para vivê-la em toda a sua dignidade. O ser humano deve lutar por esta verdade, com todas as suas forças, com todo o seu coração.

O retorno da astrologia aos meios de comunicação, a procura da astrologia hoje, e dá por um fenômeno de sede de saber que, pouco a pouco, vem tomando um espaço vital na história das humanidades. Queremos saber, procuramos chaves que nos indiquem o que somos, quem somos e para que somos. Vamos aos poucos substituindo a fome de ter pela fome de ser, de saber, de conhecer. Estamos na passagem da Era do ter para a Era do ser.

Tudo é expansão. Tudo na vida atua em expansão. O ser humano nasceu para esta expansão que converge para o centro, para o núcleo, onde tudo nasce - a Mãe Cósmica, fonte de todas as coisas criadas.

A astrologia é um dos processos sutilíssimo e a nos orientar neste percurso de vida. A astrologia atua como uma bússola, indicando como nos situamos na aventura maravilhosa que nos leva de encontro à sabedoria universal, como chegar a nossa matriz. É este o seu papel, e sempre foi desde a Mesopotâmia, como relatam documentos escritos que remontam à Suméria, Babilônia, Caldeia, Assíria. A Babilônia é vista, classicamente, como a pátria de origem astrológica, e esse privilégio deve ser repartido com outra velhas civilização, o Egito. A velha China, os hebreus, a Índia, a Pérsia, Grécia, Roma, maias e astecas são civilizações que conheceram profundamente astrologia, astronomia, matemática - toda a base do conhecimento científico. A função essencial da astrologia é ajudar o ser humano aproximar-se cada vez mais de sua essência, essência esta comum a toda a humanidade, a toda a criação.

 Marta Pires Ferreira, julho/1983.

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Abaixo nome dos que participaram da Exposição com Gráficos _ Mapas



 












Participação especial do artista plástico Roberto Magalhães _ Desenho/pintura _ Signo do Zodíaco. 
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domingo, 26 de outubro de 2025

Poesias saem da caixa

  

     Não devo mais manter poesias na caixa com chave. Algumas já se desprenderam. É preciso deixar as folhas saírem ao vento, num sopro contínuo sem os sinais do tempo. Façanhas tão minhas, tenho pudor...

Verdade
 
Quero dizer o que penso
sem saber dizê-lo,
despida na autenticidade
sobre a beleza, a verdade
que envolve o silêncio
altas horas, recato no quarto.
 
Sempre assim, por vezes,
a alma se deixa levar...
apreende tesouro no interior
profundo abissal abismo;
revelação em nua verdade
cobre afetuosa luz na quietude.
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Xis
 
Nada a mudar, realidade,
       impossível mudar
no que tange silencioso
      profundo da alma.
 
Tudo permanece em branco
na extensão do papel;
o quadrado não cabe
      num triângulo
da mesma proporção
equidistante, impossível!
 
Quando a noite se deita
     serena é possível
saber esperar no tempo.
 
O Sol abre os olhos
cada dia sem transgredir
o impossível xis das questões,
mantém vislumbre desconhecido
no movimento impossível.
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Entrega
 
Deixar a lâmpada
do candeeiro atravessar
           espaço longo,
amplo sem receio _
                    arco invisível.
 
Entrega a carne para
           proeza do amor
sensual no silêncio
                oculto do verbo
que flama sôfrego
                sem temor,
sem tréguas
_ deixa a lâmpada acesa.
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Último instante
 
Quando o amor no sangue
                     escoa sem tréguas
dias passados...
último instante respira,
a noite cobre o lenço
                   escuro da memória
ilusão tecida em fios.
 
Ontem inclinado sobre a mesa,
                mãos tensas na madeira
a taça cheia do ser
                    escondia o fôlego;
palavras cortadas em remotas
aventuras sem tormento...
                        reencontro é prazer!
 
A voz cortada adormeceu
                               em meu peito
cobrindo o lenço luminoso
da última lembrança memorável!
 
Ontem presente, escoa
           no sangue vivo das artérias,
a voz presa dói por dentro
         e flama algo suave distraída.

                   Martha Pires Ferreira
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segunda-feira, 20 de outubro de 2025

Poesia é liberdade de expressão

      
Goethe - Gingo Biloba

        Alguns dos poetas que me falam a alma entre tantos outros. Há um prazer em ler poesia sem códigos, dogmas, regras e/ou princípios elitistas. O amor à Poesia está na síntese, na coragem de se colocar sem hierarquias intelectuais. Não descarto os sofisticados, quase enigmáticos, nem os narrativos da simplicidade como o adorável Rabindranath Tagore.

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Via Láctea
            Olavo Bilac
 
XIII
 
“Ora (direis) ouvir estrelas! Certo
Perdeste o senso!” E eu vos direi, no entanto,
Que, para ouvi-las, muita vez desperto
E abro as janelas, pálido de espanto...
 
E conversarmos toda a noite, enquanto
A via-láctea, como um pálio aberto,
Cintila. E, ao vir do sol, saudoso e em pranto,
Inda as procuro pelo céu deserto.
 
Direis agora: “Tresloucado amigo!!
Que conversas com elas? Que sentido
Tem o que dizem, quando estão contigo?”
 
E eu vos direi: “Amai para entendê-las!
Pois só quem ama pode ter ouvido
Capaz de ouvir e de entender estrelas.” 
                                                
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 Leonardo Fróes

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Sobre o absoluto Tao      
           
  Lao Tsé (poeta chinês – cerca de 604 a. C.)
 
O Tao de que se pode falar
Não é o Tao absoluto.
Os nomes que podem ser dados
Não são nomes absolutos.
 
O indizível é a origem do Céu e da Terra.
O denominado é a mãe de todas as coisas.
 
Portanto:
Há quem muitas vezes se dilacere de paixão
Para ver o segredo da vida;
Há quem muitas vezes encara com paixão a vida;
 
A fim de ver suas formas manifestas.
À ambos podem ser chamados o Mistério do Cosmo.
São da mesma natureza,
A qual se dá diversos nomes
Quando se tornam manifestos.
 
Ambos podem se chamados o Mistério do Cosmo.
Abarcando o Mistério e o Mistério mais profundo,
Eis a porta do segredo de toda vida.
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O pensamento de Lao Tsé
Tradução da versão alemã – H. Von Glasenap. 

___ Postagem Martha Pires Ferreira
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domingo, 12 de outubro de 2025

Contos de Fada! Era uma vez...

     A bela adormecida no bosque
ERA UMA VEZ...

...ninguém sabe onde ou quando. Os Contos de Fada falam de coisas profundas, são imagens preciosas transmitidas pela tradição oral popular desde idades imemoriais, quando o homem arcaico ainda vivia num universo mítico. Esses contos maravilhosos, em sua origem, não se destinavam às crianças, mas já se caracterizavam, essencialmente, pela presença de elementos do feérico e do extraordinário.             

                    Martha Pires Ferreira (Revista Atlante, Nº3, Ano 1, 1990, SP)

 

Na antiguidade, os Contos de Fada ocupavam um espaço precioso nas Escolas de Mistério e Escolas Iniciáticas. Eram compreendidos como um instrumento que auxiliava os rituais de passagem. Eram tesouros que as pessoas guardavam para transmitir oralmente sem esquecer nenhum detalhe para que tudo fosse preservado como valores sagrados. Os antigos sabiam que o mínimo pormenor jamais poderia ser esquecido para que o conto conservasse a sua compreensão total.

Histórias cheias de encantamento foram registradas em terracota, na Mesopotâmia. Todo o Oriente conheceu esse universo do fantástico sem muitas fronteiras: Egito, Índia, Japão e China. Ele aparece, também, na cultura judaica e persa. Nas matrizes do imaginário, o observador e a realidade se entrecruzam, se misturam e se completam.

No entanto, foi na Europa do final do século XVII, e início do século seguinte que essas histórias começaram a ser compiladas e surgiram as primeiras coleções que ainda hoje são fontes básicas de referência. Em 1697, surge na França o livro de Charles Perrault.” Contos de Ma Mere Love” (Contos de Mamãe Gansa), que no Brasil também ficaram conhecidos como “Contos ao Pé de Fogo”, onde aparecem personagens familiares como “Cinderela” e o “Gato de Botas”. Só mais tarde em 1715, é que Perrault publica “Pele de Asno”, a história de uma princesa que foge de casa e vai tomar conta de porcos no chiqueiro de uma fazenda para escapar do pai.

No século XIX, os contos ganharam status de disciplina científica. O pesquisador Jacob Grimm, Fundador da filologia alemã, e seu irmão Wilhelm decidiram fazer um levantamento de contos populares para registrar o que havia sido conservado da mitologia nas narrativas orais encontradas na Alemanha. Como sistemas de trabalho usaram o método Savigny de investigação histórica, mas na verdade os seus “Contos Populares”, publicados entre 1812 e 1815, com redação final de Wilheln Grimm, conseguiram escapar dos filólogos e fazer as delícias das crianças e adultos de muitos países.

Os contos de fada mobilizam as nossas emoções. Eles podem nos dar a sensação de algo imortal e pleno por tocar em nossos medos e na coragem existencial _ a luta entre a luz e as trevas _ que pertence à raiz do universo antológico do homem (ser humano). Para caracterizar esse combate eles usam uma infinidade de recursos; estão sempre presentes os elementos sobrenaturais, os dons admiráveis, a coragem incomum. O arsenal de equipamentos inclui tapetes voadores, varinhas de condão, anéis, espelhos, caixinhas e outros objetos com poderes mágicos. Aparecem feiticeiras, bruxas, animais com superpoderes, gigantes; ogros-diabos, dragões e monstros variados. E é constante a presença de homens velhos e mulheres velhas, cujas ações demonstram estados psíquicos altamente desenvolvidos, e uma legião de pequenos seres que emolduram as histórias como: duendes, anões, elfos e fadas variadas.

O cenário básico sempre apresenta uma aventura onde príncipes e princesas, reis e rainhas, camponeses e mercadores, irmãos e irmãs, mães dedicadas e madrastas perversas acabam envolvidos na mais complexa trama existencial. As atenções partem a seguir para um personagem central, que se apresenta como o jovem filho ou a filha rejeitada, que pode ser a mais tola, e personifica toda a lógica da derrota, mas que se revela no decorrer da história como a maravilhosa heroína ou a jovem recompensada.

O príncipe, o herói, o filho do lenhador _ as variações são muitas _ então partem rumo à aventura. E em geral, para conseguir provar a sua coragem e merecer a recompensa ele pode usar algum auxílio mágico. O talismã entregue ao herói – que pode ser um anel, uma pedra preciosa, um pão, sangue ou algum outro símbolo _ é, em muitos casos, a única possibilidade de confrontar essas regiões sem o risco da destruição. É necessário vencer algumas provas e atravessar a obscuridade _ como nas provas de iniciação as sociedades secretas _ para alcançar a vitória sobre as forças ocultas. O grande final é sempre um triunfo, como as núpcias do príncipe com a princesa que sentenciam que eles serão felizes para sempre. O majestoso mistério da conjunção dos opostos então se realiza.

Nos Contos de Fadas existe sempre um intuito moral educativo, mas a sua finalidade não é moralizadora. Os requisitos básicos para o triunfo do herói devem ser envolvidos em virtude, bondade, coragem e confiança num poder maior que o orienta. Diferenciando-se das fábulas, jamais o animal aparece como figura preponderante, e sim um auxiliar possuidor de dons sobrenaturais. São raposas, cavalos, lobos, peixes ou outros animais falantes. A história sempre parte de um princípio ordenador, um certo estado de harmonia que se desintegra. Com a aventura do herói e o perigo, o caos se instala. Atravessar o perigo e colocar em risco a própria vida é a sina do herói que, ao vencer os poderes antagônicos, alcança a redenção.

O fascínio dessas sagas, epopeias e aventuras tem uma vida perene, tanto as versões de Charles Perrault quanto a dos irmãos Grimm registram narrações ancestrais que pertencem a muitos povos e gerações.” Chapeuzinho Vermelho”, “Cinderela”, “A Bela Adormecida” ou “Branca de Neve”, por exemplo, são clássicos que atravessam imbatíveis o passar dos séculos. Na verdade, os Contos de Fada mostram experiências afetivas vividas no cotidiano, cheias de ambiguidade e paradoxos. Mas estas verdades do mundo subjetivo foram vivenciadas e interessam a todos os povos do Oriente e do Ocidente.

Não só as crianças, mas, também, os adultos gostam de ouvir essas histórias, que o brasileiro Câmara Cascudo as chamou de Contos de Encantamento. Elas têm uma estrutura tão bem construída que mantêm sua força de atração para diferentes idades. Atualmente, porém, é preciso atenção para que não se percam, por falta de refinamento de uma época que distorceu os seus valores. Essas preciosidades precisam passar adiante, para novas gerações, sinalizando seu conteúdo mágico.

Nesse final do século XX, o espiritual é confundido com práticas objetivas e não se tomam mais em conta os “aspectos de sombra” contidos na espécie humana. Criou-se uma divisão que separa o sujeito do objeto, o agradável do desagradável, o sagrado do profano, como se esses elementos não fizessem parte de uma só cosmogonia. Uma aventura de príncipes e heróis, fadas e princesas é um processo simbólico, mas de fácil entendimento para explicar as grandes mudanças. A trajetória do herói é a da grande transformação, é a metamorfose de um ser, a sua passagem de um estado elementar e primário para outro, em que os níveis de consciência são mais elevados.

Num momento de cisão entre o pensamento científico e o pensar mágico é natural que acontecessem cortes; mas é muito recente na história da humanidade este retalhamento, a distinção entre o saber científico e as vivências do sagrado. Os Contos de Fada reavivam uma época em que a visa subjetiva não era isolada da vida objetiva e as duas completavam um viver integrado, eram parte da mesma realidade. É por isso que um Conto de Fada ainda é um dos instrumentos mais ricos para a integração da natureza interna da criança e também tem a sua força para os adultos que, por alguma razão, se perderam na trajetória da vida. Com o cinema e a televisão, o apelo para o visual tornou-se muito poderoso e ocupa um espaço muito grande. Entretanto é preciso conservar, também, a força desse universo que se transmite oralmente, como um segredo, de ouvido a ouvido. O poder encantatório da tradição oral é peculiar, cria evocações e magia que não se devem perder. A memória do que se ouve e o poder sonoro de uma narração têm um valor insubstituível que não é equivalente a uma narração visual. Os Contos de Fada são indispensáveis para a formação psicológica e intelectual do ser humano. E eles sobrevivem porque sua estrutura é integra e não permite nenhuma simplificação. Não se pode eliminar a bruxa ou um detalhe da ação ou as situações que satirizam padrões de comportamento _ a força dessas histórias está em sua totalidade. Prestar atenção a esses contos, hoje, e resgatar os Contos Maravilhosos em sua mais remota estrutura são uma chamada à consciência para um futuro milênio mais humanizado, mais poético e espiritualizado, integrado em suas polaridades der sombra e luz.

Chapeuzinho vermelho - Gustavo Dore 
Guardadora de gansos 

Conto chinês

O Tapete mágico _ persa
O príncipe pobre
 ...  o foram felizes para sempre, para sempre!
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Nota: mais sobre Contos de Fada aqui/blog em pesquisa.
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quarta-feira, 1 de outubro de 2025

Liberdade de escrever - Libertária










Foto, junho 2025

            Liberdade de escrever - Libertária 

Sabem por que sou desenhista e astróloga e recomeçando a Vida caminharia na mesma estrada? Porque sou libertária, ando a gauche, à esquerda, sem regras. Nasci desobediente, rebelde às ideias xerocadas ou pré-fabricadas por espíritos tacanhos. Não ando a cada de prêmios e nem corri para esbarrar em algum Mandarim, Sultão ou Rei da Dinamarca.

O Desenho é uma escrita interna que me revela mergulhos do inconsciente sempre que, deliberadamente, uso o meu escafandro para mergulhar e ler o que está escrito no meu universo pessoal e mesmo coletivo.

A Astrologia é o meu caminhar pela imensidão cósmica; o extraordinário olhar que se pode fazer no reino do absoluto, sabendo-se estar aqui neste estreitinho mundo do relativo. Um processo de autoconhecimento, traços de nossa personalidade. Os astros inclinam, não determinam. Habitamos o microcosmo e estamos, somos, o macrocosmo.

Caminhei por muitas estradas; algumas sinuosas, outras quase perigosas e outras mais tranquilas com bela vista para o horizonte infinito. Importante é seguir em frente confiante e sem dúvidas, o sábio Arquiteto tudo orienta quando estamos em Sua trilha.  O exercício da poesia tem seu lugar; palavra, reflexão, devaneio, intuição!

Ser livre é a minha sina, mesmo estando atenta à alteridade presente a cada dia. Século passado e, hoje, nada mudou.  A Vida é impermanência. Sou libertária em sequentes revelações no tempo! 

            Sempre atenta, plena atenção!!!    martha pires ferreira

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