quinta-feira, 20 de março de 2025

Poesias abrindo Outono

 

Desenho _ formas no espaço, nanquim e aquarela, detalhe, 2012

Hoje, nossa casa comum, a Terra, em sua revolução anual em torno do Sol, inicia o Outono, isto é, o Sol em seu movimento aparente, demarca 0º do signo de Áries _ equinócio de outono, hemisfério sul e primavera no hemisfério norte. Tudo é movimento!

Não abordarei nada de Astrologia... e sim, escrevo uma poesia que elaborei, hoje, à tarde. Como disse Albertinho Einstein “A imaginação é mais importante do que o conhecimento”. Meu doce pisciano!

Eis a poesia, seguida de duas outras minhas, de algum tempo já passado.

               Poemar narrativa
                                 martha pires ferreira

Estilo sem costura, regra
   poemar exercício... pensar intuir.
Gosto pela sílaba fonema
                         transpirar... som
brincar de saber, fugir do esquecer
         acordar a palavra, expressão.
 
Olhar existência; o fora verde e
                  o dentro azul!
Poemar sem receios de acordar
                                anjo... fantasma.
Voar precipício da liberdade
                   sem destino, sem ter.
Olhar existência no copo de vinho
     _ coração do Cosmo... essência!
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Fluxo vital
 
Deixar-se entregue, ser
contemplada pelo amado,
      sentir-se olhada... doce
vagueando incerto
                           horizonte
_ corpo desejado,
                       sorriso se faz!
 
Amar sem medida
           a beleza, a vida
tempo sem asas presas
        _ consome fragilidade
entrega do todo
                      esquecida.
 
Silêncio... revelação
            _ encontro fortuito
 espaço livre em acorde
             lírico nos perdemos
_ distraídos somos, vagando.
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 Extenso olhar
            
Há juventude no sensorial
_ nada se extingue de todo,
beleza e emoção se sustentam.
 
O corpo preserva caixa
de ressonância, memória
_ vivências arquivadas
no espaço sem dimensão
a se estender no agora intemporal.
 
Ânsia de eternizar calor na alma
passos na travessia, longe de conceito
_ bordados de renda comum, nada ser.
               Sem o porquê, só viver!

___ Postagem _ Martha Pires Ferreira

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