Insurreição Aquariana I
Procuro ouvir o
coração do Cosmos.
O mundo em que
habitamos, planeta Terra, nossa casa comum, na atualidade, vive delicada
travessia _ “Astra inclinant, non necessitant!” _ Astros inclinam, não
determinam.
Os astros, mais
lentos, estão percorrendo o lado oriental do Zodíaco _ Plutão, Saturno e Netuno,
planetas; pessoal e transpessoais, nos dois últimos signos, em Aquário e Peixes
_ fechando um ciclo.
Fins da Era de Peixes
abertura para a Era de Aquário, certamente. Os Astros indicam novos horizontes
_ Nova Civilização planetária. Entretanto, há de se ater; o uso da
inteligência, do discernimento e grandes esforços necessários. Os astros sinalizam,
apontam, nós seres humanos engendramos com o cosmos. Livres, com vontade firme,
escolhemos nossos destinos.
A complexidade da
Astrologia não facilita interpretações profundas nas mídias, com jargões,
indícios celestes. Aconselha-se aprofundar com bom senso, acompanhar tudo e
agir com boas escolhas humanas, dignas; socialmente solidária, participativa,
igualitária, afetuosa visando o bem comum.
Com o surgimento da
internet podemos voltar para o ontem e constatamos que vivemos, na atualidade, questões
semelhantes à Renascença, à Revolução Francesa seguida da expansão industrial. Ciclo
de Plutão em Aquário e Peixes, em particular, em conexão com os astros em
geral, pode nos mostrar o futuro, o advir. E afirmar, salto quântico mais intenso
e significativo que os momentos citados do passado. Vivemos o Tempo da saturação;
da incerteza e insegurança nos desafiando ao impensável novo paradigma.
Estamos na Era da
Internet engendrando para uma Nova Civilização Cósmica Científica e Humanizada?!
Mais igualitária, socialmente mais justa e participativa, feliz e afetuosa?! Delírios meus! Pertenço às Utopias!
Sabemos, vivemos, no Planeta Terra, estamos nesta
delicada travessia _ Revolução, Insurreição esperada, necessária?!
Insurreição _ erupção
social contemporânea _ EUA
A América do Norte _ EUA,
vive, hoje, momento delicadíssimo em seu percurso geopolítico, econômico-financeiro,
social e religioso – humanidades. Colhendo o que vem plantando há muitos anos; ontem,
antes de ontem, histórico. Graves consequências. Nada novo no que diz respeito
as migrações, suas delicadas questões, para quem acompanha este país há alguns
anos, em particular a partir do governo 1981- 1989, em suas lamentáveis
demandas. EUA impôs na economia, em conivência com o Reino Unido, o liberalismo
__ catástrofe mundial.
O EUA viveu governos
democráticos progressistas e outros tenebrosos _ com a pior política externa, desastrosa.
Absurdos culminaram no governo de 2017 a 2021, descalabro geral. Governo insensato
marginalizou o público trabalhador, e, não acompanhou, as condições humanas, ao
receber imigrantes. Deportação de migrantes é inconcebível como decisão
planejada, a ser efetuada.
Pouco me atrai questões
desabonadoras vividas neste país. Gosto imenso do Jazz, por sinal. Sim,
acompanho a vida humana, a luta e desafios de imigrantes ali habitando mais ou
menos tempo. Um olhar solidário, afetuoso diante da vida cotidiana. São várias
etnias, vindas dos 5 (cinco) continentes, vivendo ali na esperança de
oportunidade, melhoras econômicas, felicidade, realizações humanas. Viver nos
EUA com dignidade; descendentes de povos que imigraram da África, América Central
e Sul, Ásia e Oriente Médio. Europeus ali não se fixaram, visto voltar para seus
países originários, a fim de se recuperar das perdas na 2ª Guerra Mundial. Como
no Império Romano, o sonho dourado de tantos é viver melhor na prateleira de
cima (EUA). Pura ilusão! Escravidão voluntária, sacrifícios imensos, por um imaginário
conforto cotidiano, qualidade de vida.
Diante dos fatos que
vem se agravando, anos após anos, os nativos descendentes de migrantes
desafiam, e, mais desafiarão diante das normas do governo vigente, no centro
dos EUA, por se verem marginalizados, desqualificados. E, tendo que proteger,
dar atenções, algum apoio aos seus iguais, migrantes ali vivendo, clandestinos
ou não. Questões graves; governo e direitos à cidadania digna se confrontam. São
várias e plurais etnias, povos migrantes ali vivendo; inseguros, sentindo-se
desprotegidos. Luta por regulamentar documentação. Querem ser vistos como seres
humanos, com respeito sair da clandestinidade. Desacordos prenuncia fortes contestações
por não verem saída ao sonho dourado, uma vida estável.
Povos migrantes desejam
e lutam por respeito e dignidade. Melhores oportunidades e direitos sociais
garantidos, levando em consideração longo tempo de serviços ali prestados. Em
certos setores presencia-se trabalho de verdadeira servidão. Por consequência,
por reação das atenções não atendidas, imigrantes incitarão movimento de
insurreição em setores essenciais de trabalho, mão de obra indispensável. Reação
que poderá deflagrar em revolta social imprevisível para o Estado Nação. Erupção social: não seguir, não obedecer, não
atender exigências desmedidas, injustas e/ou imposições demasiado rígidas.
Não se pode esquecer,
deixar de lado, um dos grandes homens dos EUA, o notável Henry Thoreau (Massachusetts
- 1817-1862) e seu brilhante ensaio Desobediência Civil. Sua deliberada rebeldia.
Nem ignorar a Guerra Civil de 1861. Bom rever as razões, a fonte/razões dos
acontecimentos ao longo da história _ seus ciclos de altos e baixos, contexto
geral, e, caminhar para novos rumos ao bem comum social.
Soluções, saídas
dignas, podem ser resolvidas sem revoltas, agressões de parte a parte.
Deseja-se princípios ético, valores humanos essenciais _ imperiosos. Será
possível sem levantes?!
Avante! Paz e Bem, dignidade
social.
Pessoas dignas,
Uni-vos!
_ Verão, fevereiro de 2025, Martha
Pires Ferreira
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