Ontem _ hoje_ criança
Tudo flui sem
pedir licença _
a criança ontem
eterna _ hoje.
pedir licença _
a criança ontem
eterna _ hoje.
Não mais os 70
tesouro em vigor impera
glândulas sensuais em delicada
chama.
Não mais perigo de emoções
descompensadas
_ rédea do animal bravio
a vida molda,
Mais idade percorre
a pele delicada _
outra demanda delineia o Ar.
Pulmões são caixas
de ressonância _ essencial.
Se faz criança,
inocência!
Em sorriso a firmeza
do olhar _
o tempo invade implacável
deixando indefesa
a mulher, destemida, pensa,
lava e ajeita fios _ consciência
dos cabelos brancos.
Espanta balbúrdia vã _
abre a janela
tem o Infinito.
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