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Parar de agredir, invadir, destruir a NATUREZA _ sermos simplesmente HUMANOS _
viver de acordo, afetuosa e dignamente, com o esplendor da Natureza em seu mais
amplo sentido. Nós, seres humanos, estamos exilados em nossos habitats _ a
vegetação pujantes nos campos e as árvores floridas. Os pássaros cantando
livres da poluição num céu azul e as noites com estrelas para encantar os olhos!!
Sim, nossa função mais alta, fundamental na vida, é sermos pessoas humanas _ não é questão de se ter posição social, títulos, dinheiro, status ou mesmo um corpo esbelto, belo e saudável, mas sobretudo sermos essencialmente humanos. Ah, sim, tarefa muito difícil; ser humano! Exige atenção plena, observação interna e externa. Consciência em tudo o que fazemos; alimentação, vida pessoal no amor e afetos, cultura e nosso entorno: família, trabalho, amigos, objetos materiais e sem faltar acolhimentos aos assuntos públicos na sociedade em que vivemos.
Não somos separados do Mundo. Somos criaturas viventes no relativo – real, no aqui e agora. Podemos conceituar por fontes Orientais e Ocidentais sermos destinados ao absoluto, por apreensão sensível da inteligência ou por revelação espiritual de eternidade cristã, num futuro de plenitude em Deus Pai-Mãe. Podemos até conceituar finitude em tudo; corpo e existência. Entretanto, enquanto seres no mundo, somos no mundo e nele resolvendo questões deste real, concreto, no aqui e no agora. Subjetivamente podemos intuir, sentir, conceituar e apreender universos os mais inusitados, mas é aqui mesmo, neste planeta Terra, que produzimos feitos materiais concretos, vivemos nossas vidas cuidamos do corpo; água, alimentos, ar e calor _ dependentes viscerais da generosa e acolhedora Mãe Natureza. Não mastigamos celulares nem internet, tapetes nem joias.
Temos,
todos nós, anseios de felicidade e realizações em paz e harmonia no tempo
presente, bem estar pessoal e social – queremos que todos estejam satisfeitos
com seus desejos e feitos. Sonho utópico! Acontece que um Vírus-19 sem face,
sem identidade, silencioso e secreto nos invadiu, sem fronteiras, por todas as
extensões do planeta Terra; Oriente e Ocidente, Norte e Sul, nossa casa comum –
circula no Ar. O Coronavírus-19 nos colocou prisioneiros sem horizontes
seguros, sem perspectiva de domínio em sua base, mesmo com todas as potências
da tecnologia e ciência em desdobrada ação efetiva; avanços para dominar a
fera. Esta fera-vírus precisando ser dominada, entretanto é preciso ser
entendida sua presença indesejável. O vírus-19 como energia destruidora, como
tal, deve ser compreendida em sua natureza, mesmo no intuito de a liquidar
totalmente. Concomitantemente é imperioso que estejamos cuidando da Mãe
Natureza, por vida ambiental saudável, ar puro sem poluições, só assim teremos
respostas impensáveis, imprevisíveis.
Grandes esforços no sentido pessoal e coletivo, juntos, estão sendo feitos, tentando estancar este Vírus com os recursos da ciência e tecnologia avançadas, entretanto nãos bastará, não será o suficiente. A Mãe Natureza está alertando, apontando, o quanto distanciou-se do meio ambientes. A prova disto está aí; repetindo _ as árvores floridas como há muitos anos não víamos, os pássaros voam livre cantando suas melodias, borboletas e insetinhos mínimos brincam nas folhagens, o ar mais agradável, à noite contemplamos estrelas. Somente o ser humano sofrendo este impasse, preso no exílio imposto. Acompanhamos a dor dos infectados, as mortes, depressões, suicídios, desesperos e tristezas profundas de um lado a outro. Poucos, mergulhados na interioridade ou sendo mais criativos suportam o isolamento no silêncio reflexivo, sem questionar, embora lamentem, impotentes, o estado geral do Planeta – perdas humanas, descuidos institucionais irresponsáveis, jovens sem asas da liberdade e perspectivas de futuro efetivo. Sonhos travados até quando?!
Os
interiorizados suportam melhor, entretanto apreendem valores os mais profundos
do significado da existência e pensam no mundo _ o que se fez em termos
planetários em progressos, avanços sociais, assim como, no abandono e depredação,
invasões bárbaras e inescrupulosas para com natureza e o significado da
existência humana pessoal e social em proporções de desigualdades perversas,
cruéis e inconcebíveis. Pensar a natureza é inclui minerais, vegetais e animai.
Um
silêncio abissal toma conta do planeta, ainda, até acordarmos que acima de tudo
é urgente o retorno, respeito e dignidade essencial às leis da Vida _ a todas
as espécies da criação _ à Mãe Natureza. Mais zelo para consigo mesmo e seu
entorno; cuidados participativos, solidários sem exclusões. Necessário absorver
o antigo princípio do “Amai-vos uns aos outros!” incluindo os minerais, toda a
vegetação e animais – sem abusos de poderes e ganâncias desproporcionais,
predatórias.
Caminhemos todos altivos, de mãos dadas, por uma Nova Civilização. Aqui deve ser o Reino de todos, com profunda Amorização - o Mundo não será mais o mesmo passada esta sombria noite dos sentidos e do espírito _ do lodo nasce a Flor de Lotus, Lírios nascem dos pântanos, do Opus Alquímico nascerá a Ave Fenix.
Martha Pires Ferreira (verão 2021)
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