Sem dúvidas estamos vivenciamos a transição da Era de Peixes/Água das emoções, sentimentos, reservas e realizações pessoais para a Era de Aquário/Ar das ciências tecnológicas e humanas, do progresso e evolução social. Signo simbolizado pelo Aguadeiro Celeste (mito de Ganimede), um jovem que segura um jarro nos braços, do qual derrama o néctar dos deuses, água levíssima que se mantem na atmosfera, que se espalha transmitindo a energia elétrica, vital _ o saber, o conhecimento, a experiência da vida, alimentando a todos indistintamente _ consciência do coletivo, do estar a serviço do todo _ a serviço do outro, igualitariamente.
Este movimento imperceptível para uma Nova Civilização já
vem ocorrendo há alguns anos, dos finais do milênio passado, com a passagem
para este novo terceiro milênio que iniciamos; com expectativas, medidas e
propósitos efetivos. Energias criadoras nas bases deste percurso, que ainda são
invisíveis por estarem em formação, nas raízes do processo (ciclo de 1980 a
1990). Aquário, signo revolucionário,
inconformado, precursor em valores e detentor de projetos inventivos
proporcionará outra visão de mundo e de totalidade do real. Nada se fará num
dia, num ano.
Aquário, regido pelo planeta Urano, senhor do caos, dos espaços, do Cosmos, neste momento, abre seu campo de ação, seu signo, recebendo em casa, seu tradicional regente, Saturno; a dama da imaginação e sentimentos agregador, a Lua; a deusa das artes e sensualidade, a belíssima Vênus; o juiz das leis, ordem e princípios éticos, Júpiter; mais o rei Sol da criatividade, vitalidade e brilho existencial; e para enriquecer o banquete o veloz, dual e disperso mensageiro celeste, Mercúrio. Encontro que se dará no dia 10 de fevereiro, deste ano de 2021 – uma Assembleia Aquariana? Uma doriforia, encontro impensável de valores, proximidade muito rara entre os Astros.
Não abordarei aqui os confrontos e desafios dos planetas Marte
e Urano em Touro/Terra com esta doriforia aquariana/Ar. Nem o que
estará fazendo Plutão em Capricórnio/Terra ou Netuno em Peixes/Água.
Nenhum astro em Fogo. Nodo Lunar em Gêmeos/Ar. Estou centrada nas energias
em Aquário/Ar
Estamos nos últimos graus do deslocamento do eixo vernal, data sem precisão, Precessão
dos Equinócios, do signo/constelação de Peixes/Água, para o signo de
Aquário/Ar. Cada grau equivale a 70 anos, cada signo 2.160 anos _ representando
uma Era _ e todo o percurso do Sol, em movimento regressivo, pelo Cinturão
Zodiacal, 25.950 anos, aproximadamente _ Ano Cósmico Solar.
Acompanhamos, simbolicamente, os ciclos dos Astros com o Sol e a Lua
_ todo o sistema planetário _ se deslocando dos domínios do sonhos, interioridade,
reservas pessoais das Águas de Peixes para os domínios das ideias, doação de si
ao senso coletivo, distribuição igualitária e participativa do signo de Ar de Aquário.
Este signo transcende o lado meramente do estar na existência, há anseios de alcançar
níveis de postura social mais elevados, mais depurados a serviço da Humanidade
_ o coletivo. Não apenas um viver pessoal, há um quê de servir ao bem comum no
campo das ciências técnicas e das humanas _ um alargamento da consciência cidadã,
humanista, em seu todo.
Assim como passamos da juventude para a maturidade, da vida para a
morte e outra possível/desconhecida, atravessamos as Eras da Humanidade em
conexões com os ciclos celestes. Da Era de Peixes para a Era de
Aquário _ com renovados propósitos, que se constroem aos poucos, em
evolução constante; em desafios, contrastes, desconfortos e descobertas
criativas. Assim se faz uma Nova Idade _ Ciclo Cósmico; geopolítica, social,
ambiental, cultural e espiritual _ nada está separado do todo _ unus mundo.
Avanços históricos se fazem, lentamente, com altos preços de sacrifícios,
doações, desafios e prazer criador. Novos horizontes repletos de possíveis projetos
humanitários visando o senso coletivo. A esperança e expansão das liberdades
são as armas de Aquário.
Esperança de se estar sendo num mundo solidário, mais cidadão,
participativo, fraterno, sem perder o lugar de silêncio, quietude e reservas.
Estamos, sim, num momento de escuridão _ pandemia por um coronavírus
desconhecido, noite da travessia, sem sabermos a melhor, qual e mais eficaz
saída. Impotentes diante da Mãe Natureza, das forças vitais da nossa existência
e do meio ambiente em que habitamos; que irresponsavelmente degradamos por
abusos de poder e possuir sem medidas; megas corporações, megas instituições econômico-financeira
_ vida encantada em ilusões e frustrações de uns poucos-mínimos. A ignorância
junto à indiferença nos legou um preço inconcebível de aprisionamento pessoal;
a pandemia sem precedentes, do Oriente ao Ocidente, do norte ao sul, do planeta
Terra, nosso habitat comum. A reflexão se faz presente.
Que felicidades queremos? Que direitos culturais, sociais,
científicos e humanos almejamos? Que amores e família queremos?! Que liberdade
de ir e vir, morar, comer, sonhar, cantar, festejar e sorrir? Que utopias
desejamos?!
Ah, quanta quimera utópica! Exclama o cético leitor descrente de
tudo, mas submisso aos “senhores dos poderes” escravocratas. Acontece que Aquário,
simbolicamente, é, exatamente, o signo do espaço aberto às realizações
utópicas, das liberdades com limites de respeito aos direitos e oportunidades
alheias _ respeitar o outro na medida do respeito mútuo. Signo inquieto, revolucionário,
progressista e imprevisível tem muito a nos surpreender daí para frente, sem pedir
licença. Eletro magnético não deixará escapar nada.
O pensador maior, Noam Chomsky, não perde o fôlego ao dizer: “Há uma alternativa e vamos criá-la!” Sim, tenhamos vasos com néctar dos deuses em nossos frágeis braços, com Ar das ideias, com posturas de partilha, com levezas criativas, com igualdades solidárias, com visionários estados criativos em artes, ciências, espiritualidade cósmica, alegrias existenciais e derramar sobre nossas casas, nossas vidas, nossa Terra comum.
Martha Pires Ferreira, verão, fev 2021 (astróloga, desenhista, livre pensadora)
PS _ ATENÇÃO _ Dois riscos de barbárie mundial: inconcebível _ requer resistência _ que a insensatez dos "poderosos" tudo destrua com energia nuclear+aparatos e/ou com a degradação geral para com a Mãe Natureza.
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