INCONCEBÍVEL NÃO CONSULTAR O POVO
NESTE DESMONTE DA RÁDIO MEC FM
SALVEMOS A RÁDIO MEC FM!
CRESCI OUVINDO a Rádio MEC.
“Hoje,
não viveria feliz sem a MEC FM”... ouvi isso de muitos/as amigos/as.
Gostamos de muitos gêneros musicais,
mas sem a música clássica, de concerto, é pobreza cultural. Não conheço pessoas da Rádio, sou
uma simples ouvinte desde sempre.
Desmontar a rádio MEC FM é mais que
insensibilidade e falta de cultura geral, é crime social que lesa o povo
diretamente. É desprezo ao bem comum.
Rádio MEC FM, a rádio de música clássica do Brasil.
Rádio MEC FM, a rádio de música clássica do Brasil.
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Sobre o excelente artigo em O Globo do jornalista Arthur Dapieve,
Edino Krieger escreveu:
Prezado Arthur Dapieve
Parabéns por seu excelente artigo sobre a Rádio MEC. Você faz um retrato de corpo inteiro sobre a situação da emissora. Como você diz, não se trata de uma simples troca de mãos, mas o fim de um longo processo de esvaziamento de uma emissora que já foi uma BBC brasileira, e hoje vê seu acervo e seu patrimônio sucateados. Durante muitos anos e até recentemente a Rádio MEC possuía um estúdio sinfônico, e tinha uma Orquestra Sinfônica, Orquestra de Câmara, Quinteto de Sopros, Quarteto de cordas, Trio de violino, violoncelo e piano, Conjunto de Música Antiga, Grupos de Choros, Orquestra Afro Brasileira, Coro de Câmara, etc. Não era pouco.
É preciso que os donos do poder compreendam que a Rádio MEC não pertence a nenhum governo, mas é um patrimônio da cultura brasileira e pertence a todos os seus ouvintes, que são também os seus mantenedores através dos impostos que pagam.
A atitude da EBC, com seu autoritarismo, é um resquício dos tempos da ditadura, quando começou o desmonte da Rádio, hoje reduzida a um mero toca-discos radiofônico. A proposta de “popularizar” o repertório clássico é ridícula, se lembrarmos que algumas das músicas mais populares do mundo são clássicas, utilizadas até como trilhas sonoras e comerciais. Gostaria de lembrar também as dezenas de taxistas da nossa cidade que estão ligados na Rádio MEC. O que estão fazendo, no meu entendimento, é minar a programação da “rádio de música clássica do Brasil” com uma transmissão inexpressiva da música brasileira, apesar do acervo fonográfico que a Rádio possui, talvez um dos maiores do Brasil. Exemplificando, não tenho nada contra o jazz, particularmente, mas é inaceitável as 5 horas semanais desse gênero, mostrando uma submissão de colônia numa emissora OFICIAL. É frequente, também, a inserção de música popular instrumental – que tem as emissoras comerciais para sua divulgação – na programação de “grandes clássicos”, o que me parece uma transgressão conceitual, com o propósito de desfigurar o caráter original da emissora. A atual Rádio MEC ignora centenas de gravações históricas de música brasileira, realizada principalmente nos anos 60 e 70 pela antiga Rádio MEC e mais recentemente pela Academia Brasileira de Música, pelas Bienais de Música Brasileira Contemporânea e outras instituições.
De um tempo para cá, os músicos brasileiros passaram a se dedicar mais à gravação e divulgação da música brasileira, indo na contramão da Rádio MEC atual. Teria dezenas de exemplos para citar. Onde esses músicos vão ouvir seus CDs tocados se a Rádio MEC os ignora?
É preciso evitar que esse patrimônio cultural, formado a partir do legado de Roquette Pinto, alcance o seu desmonte final.
Muito obrigado pela lucidez de suas palavras em prol da música,
Um abraço do
Edino Krieger
Rio de Janeiro, 08 de novembro de 2013
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Parabéns por seu excelente artigo sobre a Rádio MEC. Você faz um retrato de corpo inteiro sobre a situação da emissora. Como você diz, não se trata de uma simples troca de mãos, mas o fim de um longo processo de esvaziamento de uma emissora que já foi uma BBC brasileira, e hoje vê seu acervo e seu patrimônio sucateados. Durante muitos anos e até recentemente a Rádio MEC possuía um estúdio sinfônico, e tinha uma Orquestra Sinfônica, Orquestra de Câmara, Quinteto de Sopros, Quarteto de cordas, Trio de violino, violoncelo e piano, Conjunto de Música Antiga, Grupos de Choros, Orquestra Afro Brasileira, Coro de Câmara, etc. Não era pouco.
É preciso que os donos do poder compreendam que a Rádio MEC não pertence a nenhum governo, mas é um patrimônio da cultura brasileira e pertence a todos os seus ouvintes, que são também os seus mantenedores através dos impostos que pagam.
A atitude da EBC, com seu autoritarismo, é um resquício dos tempos da ditadura, quando começou o desmonte da Rádio, hoje reduzida a um mero toca-discos radiofônico. A proposta de “popularizar” o repertório clássico é ridícula, se lembrarmos que algumas das músicas mais populares do mundo são clássicas, utilizadas até como trilhas sonoras e comerciais. Gostaria de lembrar também as dezenas de taxistas da nossa cidade que estão ligados na Rádio MEC. O que estão fazendo, no meu entendimento, é minar a programação da “rádio de música clássica do Brasil” com uma transmissão inexpressiva da música brasileira, apesar do acervo fonográfico que a Rádio possui, talvez um dos maiores do Brasil. Exemplificando, não tenho nada contra o jazz, particularmente, mas é inaceitável as 5 horas semanais desse gênero, mostrando uma submissão de colônia numa emissora OFICIAL. É frequente, também, a inserção de música popular instrumental – que tem as emissoras comerciais para sua divulgação – na programação de “grandes clássicos”, o que me parece uma transgressão conceitual, com o propósito de desfigurar o caráter original da emissora. A atual Rádio MEC ignora centenas de gravações históricas de música brasileira, realizada principalmente nos anos 60 e 70 pela antiga Rádio MEC e mais recentemente pela Academia Brasileira de Música, pelas Bienais de Música Brasileira Contemporânea e outras instituições.
De um tempo para cá, os músicos brasileiros passaram a se dedicar mais à gravação e divulgação da música brasileira, indo na contramão da Rádio MEC atual. Teria dezenas de exemplos para citar. Onde esses músicos vão ouvir seus CDs tocados se a Rádio MEC os ignora?
É preciso evitar que esse patrimônio cultural, formado a partir do legado de Roquette Pinto, alcance o seu desmonte final.
Muito obrigado pela lucidez de suas palavras em prol da música,
Um abraço do
Edino Krieger
Rio de Janeiro, 08 de novembro de 2013
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Gostaria de saber onde o precioso acervo da Rádio MEC está arquivado,
guardado.
Protegido em que condições?
È um direito legítimo de qualquer cidadão/ã saber
Martha Pires Ferreira _________
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