O xilogravador expressionista, o grande Oswald Goeldi, no Centro Cultural Correios - O encantador das sombras. Até 5 de set./10. A beleza da madeira talhada com tamanha sensibilidade e mestria; luz e sombra. A cor ocasional como força de expressão.
Simples, solitários, soturnos são as marcas de criação de Goeldi. Gente pobre do povo. Preferência para com os excluídos, os marginalizados, esquecidos. Bairros pobres, alegria dos bêbados nas vielas, ventanias na madrugada, o mar calmo, os peixes, o pescador, o sol nas tardes, tantas coisas que nos comove! Dizia Goeldi: “O que é preciso é criar, dar alguma coisa de si, usar a fantasia e a vontade criadora, para gravar sempre mais profundamente”e “Todo artista realmente criador inova. E isso porque ele amplia seus meios na proporção de sua necessidade de expressão”.
Depois fui ver a maravilhosa e comovente Anita Malfatti, que ousou, rompeu e foi pioneira no movimento de renovação estética na Arte Moderna no Brasil, anos 20. Mostra da mais expressiva e importante que o povo do Rio de Janeiro, no Centro Cultural Banco do Brasil, está tendo oportunidade de conhecer em toda a sua trajetória criadora, para espanto de todos nós. Mulher corajosa expressou grandeza de alma com suas obras rompendo modismos e academicismo. Pintou gente simples das cidades do interior em seu ambiente natural. Fez retratos de beleza singular. Arte para ver e ser tomada de emoções.
Expedição no interior do Brasil iniciada em 1821 do naturalista alemão George Heinrich von Langsdorff, naquela época cônsul da Rússia no Rio de janeiro. No CCBB. Outra viagem de beleza e emoção; desenhos e aquarelas pouco conhecidos e em sua maioria inéditos, de J. M. Rugendas, A. A. Taunay e Hercules Florence. Além de mapas de N.G. Rbtsov.
___________
E não esquecermos que a entrada é livre. Você aí que reclama não ter dinheiro para bons programas, vá a pé, andando e apreciando o Rio Antigo, até ao centro da cidade, e seja feliz! Aproveite e tome um saboro cafezinho!
_________________