domingo, 30 de outubro de 2016

Nise ! Quantas saudades Querida Amiga !

Foto da querida Nise - detalhe -  tirei no MII em 1989
Nise, Albertina, Mariana e funcionários do MII 
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Cartas a Spinoza - Nise da Silveira
Saudades eternas da insubstituível mestra
Homenagem - 17º ano do falecimento desta sábia
 Senhora do Mundo Interno
 (30 de outubro de 1999)
– trechos da sua última carta a Spinoza.

 Carta VII   
            Meu caro Spinoza,

        Você sabe que o estudo da Ética é difícil. Sem dúvida. Mas também é fascinante acompanhar o percurso labiríntico desse livro, uma proposição remetendo a outra muito anterior, o desdobramento para diante nunca perdendo os fios que ficaram para trás; outras vezes, fazendo rápidos movimentos que levam a saltos de nível. Não há extravios a temer. Sente-se logo que sua mão é forte, seu pensamento, seguro.
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       O ser humano, sendo um modo da substância infinita, tem sua existência limitada, duração dependente de causas exteriores. E como é frágil este modo, por mais que se esforce para persistir em sua existência, ante tantas forças destrutivas, que se agitam em torno dele. Só a substância infinita é eterna
       Foi nisso que entendi da leitura de partes anteriores da Ética e de sua carta a Louis Mayer (Carta XII).
       .................
       Você já havia dito no livro I que Deus é não somente causa eficiente das coisas, mas também de sua essência. Daí decorre, sem dúvida, a presença de Deus de uma ideia que exprima a essência dos corpos humanos, sob espécie de eternidade (V, XXII).
       Sendo assim, o espírito humano não pode ser absolutamente ser destruído com o corpo, mas desse espírito subsiste alguma coisa (o grifo é meu), que é eterna.
       Embora não atribuamos ao espírito humano duração que exceda a duração do corpo no tempo a parte que pertence à essência do espírito (aquela alguma coisa) será necessariamente eterna. Não se extinguirá com o corpo.
      Sentimos e experienciamos que somos eternos (V, XXIII).
      .....................
         Desejaria demarcar bem o seu conceito de eternidade, e o conceito de imortalidade, segundo o cristianismo.
     A ressurreição é um dogma cristão, que inclui corpo e espírito. Uma corrente admite que o  homem é constituído de duas realidades  diferentes – corpo e alma. O corpo seria uma espécie de cárcere da alma, de onde a morte a libertaria. Outra corrente afirma a unidade do homem: “O homem forma uma unidade. Todo ele inteiro é carne, corpo, alma e espírito. Pode viver duas opções fundamentais: como homem carne contenta-se consigo mesmo e fecha-se em seu próprio horizonte. Como homem espírito abre-se para Deus, de quem recebe a existência e a imortalidade”. (2) Alma e corpo (corpo glorioso) ressuscitam.
       Na sua concepção, porém, só uma parte do espírito seria eterna. E a amplitude dessa parte eterna variaria, segundo a capacidade que ela possuísse para penetração na essência das coisas.
      Uma vida conduzida segundo os princípios da Razão, baseada na firmeza, generosidade e concepção de ideias adequadas, já seria uma grande conquista. Você, porém, caminha para mais alto ainda.
      Impressiona-me que você não demarque fronteiras entre vida e morte. O que importa, na sua visão, será a amplitude da eternidade conquistada e com ela o gozo da beatitude.
     Spinoza, você me faz lembrar o poema de Kabir, o persa:
      ‘Ó amigo! Busca-o durante tua vida, conhece enquanto vives, compreende enquanto vives:
     Pois na vida está a libertação. Se teu cativeiro não se romper enquanto vives, que esperança de libertação haverá na morte?
       .........................................................................,
     Se obténs agora a união, estarás unido a Ele para sempre,
     Mergulha na verdade”.
     Você talvez dissesse: Mergulha desde já na Substância Infinita.
                
               Agora e sempre,

                                                    Nise.      

http://casadaspalmeiras.blogspot.com
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quinta-feira, 27 de outubro de 2016

Freixo 50 - Prefeito

Por uma Cidade mais 
Humana, Justa, Fraterna, Igualitária.
VOTO FREIXO 50  
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domingo, 23 de outubro de 2016

Era de Aquarius - Nova Era da Humanidade?

Arquétipo da criação, mosaico, s/d.

            ERA DE AQUARIUS
Estamos, eventualmente, entrando numa nova Era da Humanidade?
Cairemos todos no abismo, num naufrágio suicida ou sairemos exaustos deste impasse absurdo. Constatamos passivamente a falência das nações em constante destruição, etapa por etapa, da legalidade e seus princípios constituídos ou num processo de ação política transformadora daremos um salto quântico em valores, em legitimidade? Precisamos como espécie humana acordarmos com o coração compreensível, afetuoso e espírito aberto à ação e ao entendimento comum. No entender de Teilhard de Chardin avançamos - nós da Humanidade - em aperfeiçoamento constante, incessante, junto com todo o Cosmo, beleza incognoscível do Universo.
                                             Martha Pires Ferreira
     Era de Aquarius -  1ª publicação deste artigo-Jornal Rolling Stone, 1972, nº 15, pág. 16 – Rio de Janeiro. Matéria com cortes pontuais, sem alterações, por ser longo, publicado aqui no Caderno Aquariano em 9-4-2007.
                           
A Astrologia, embora não seja ainda levada a sério pelo academicismo de nossa época, é tão antiga quanto o homem. O estudo dos astros surgiu de uma apaixonada tentativa de descobrir o segredo da vida e da morte. Conhecida por todas as civilizações e culturas, a Astrologia permanece, até hoje, como ciência e arte (de caráter experimental, de observação) dos futuros acontecimentos humanos através do estudo dos astros. Inúmeras descobertas e acontecimentos, seja na esfera científica e econômica, seja no terreno social, podem receber influência dos astros - conexões entre o homem e os planetas do sistema solar – o comportamento do ser humano no espaço das forças cósmicas. É a arte das correspondências universais aplicadas aos indivíduos de toda natureza.
“Astra inclinant, non necessitant”.
 Os astros inclinam, mas não obrigam - dispõem, mas não impõem.
Depois do ano 2000 aproximadamente, por volta do ano 2014, podemos dizer (...) início a uma nova Era da História da Humanidade.
Como não se pode afirmar categoricamente nada a respeito de acontecimentos futuros, acredita-se apenas que esta época será de grande esclarecimento mental para a humanidade inteira. A Era de Aquário é o despertar da Intuição – apreensão imediata. Tendendo a humanidade então para maior expansão espiritual e científica. Era da libertação, da independência, da auto-expressão, da telepatia, da clarividência, da pré-cognição. O homem em busca da sabedoria – e por uma espécie de vidência – sabe o que pensam, são ou desejam todos os outros. Ele é um pouco qualquer outro. É o que chamamos vulgarmente “o homem ligado” no sentido mais amplo da expressão. O desenvolvimento da percepção o fará tão penetrante quanto o Raio X. É o ser se ampliando em todos os sentidos e em todas as direções. É a ciência tomando novos rumos, rumos estes que permitirão conhecimentos até agora enigmáticos para a humanidade. Anuncia na verdade um estado superior da evolução humana – um estado de esclarecimento individual – iluminação ou lucidez da consciência.
A Era de Aquário constitui um novo plano de desenvolvimento na história do homem. Uma total mudança de nível – o homem agindo noutro nível psíquico. A criatividade em toda a sua potencialidade, força e vigor, transcendendo completamente a realidade atual.
         A Era de Aquário constitui um novo plano de desenvolvimento na história do homem. Uma total mudança de nível – o homem agindo noutro nível psíquico. A criatividade em toda a sua potencialidade, força e vigor, (...).
         A consciência do Deus interno – do Eu profundo – se manifestará no centro mesmo da psique. (...) – o anseio de se saber tal qual se é em essência. O que no pensamento de C. G. Jung significa o caminho da individuação. O homem experimentará por vivências pessoais o que realmente seja harmonizarem-se uns com os outros. Um crescente sentimento-amor, sacrifício-generosidade, tomará conta de toda a espécie humana. O homem saberá que somos todos da mesma família – que somos todos um só. Que a dor e o sofrimento de um é a dor e o sofrimento de todos, o mesmo se dando em relação ao bem-estar comum, às chances e oportunidades, alegrias e prazeres. O homem aprenderá enfim a respeitar profundamente a individualidade própria e alheia – a respeitar, sobretudo, e em absoluto, o outro com ele é, com seus segredos, defeitos e virtudes. A Era de Ouro da Humanidade, segundo a filosofia Yogi. A Era da Beleza porque a Era do Caminho da Sabedoria. E quem sabe, a Era da Arte de Viver!!  O homem se harmonizando com sua natureza – com o alargamento do seu eu. O crescente emergir da criatividade inegavelmente trará maiores possibilidades de felicidade e prazer na esfera individual e coletiva. Os homens continuarão como sempre foram; com seus aspectos claros e escuros, com suas contradições de seres mortais. Entretanto, saberão melhor como lidar com esses aspectos escuros e sombrios que existem em cada um de nós. As máscaras, tão comuns nos relacionamentos diários, não terão mais sentido porque o homem novo na sua autenticidade e espontaneidade não terá mais o que evitar, esconder, temer. Ele saberá aceitar-se e aceitar o mundo, assim como será aceito na sua legitimidade de ser único, integrado no coração mesmo do Universo. O homem da Era de Aquário é o homem independente. É o homem que elabora o processo da liberação total.
         (...) A era do próximo milênio é primordialmente o reencontro da humanidade inteira – na qual ninguém está interessado em aparecer mais ou menos, ser mais ou melhor. Não resta dúvida que os sintomas desta Era da Intuição já se fazem presentes – em pequenos núcleos – nos mais diferentes setores da atividade humana. Entretanto, antes de entrarmos nesta plenitude de viver, sofrerá o mundo todo com a humanidade inteira, a mais completa e fundamental transformação. Um cataclismo! (...).
         A transfigurada explosão já se faz notar. A imaginação parece se dilatar – o homem quer inventar, aparecer, criar, como nunca pensou ser possível. A arte já não é mais o privilégio de um pequeno grupo de artistas, não mais o dom de uns poucos – verifica-se que todo homem é potencialmente um criador, um artista, em maior ou menor grau. E ao lado desta efervescência vivemos paradoxalmente uma crise como nunca se ouviu falar – o desencontro humano é geral. A mente inquieta e aflita tenta com todos os esforços solucionar problemas cada vez mais complexos – impossíveis mesmo de serem resolvidos. E mergulhando um pouco mais fundo, parece mesmo que qualquer tentativa de harmonia geral entre pessoas ou nações é realmente inútil. A humanidade está se desentendendo cada dia mais. Por todos os lados a violência, a agressão, a insatisfação individual e coletiva. O homem está sofrendo e não adianta querer esconder de si próprio tal verdade. A crise é cultural, moral, política, econômica, religiosa, sociológica. E esta crise entrará num crescente enorme – a fome aumentará cada dia mais – o descontrole geral chegará às vias do absurdo!!! Velhas tradições, velhas convicções, velhos ideais e costumes, velhas leis éticas e metafísicas sofrerão assombrosas modificações antes do surgimento do Novo Ciclo da Raça Humana. (...).
         Este período de desencontro que antecede a Era de Aquário e que já estamos atravessando, pode ser visto como um fenômeno apocalíptico. O estado psíquico geral da humanidade se torna cada vez mais perigoso. É o desabamento de velhos moldes: paradoxismos, incongruências, inconsequências, contradições, disparates – o imprevisível! Uma realidade altamente cheia de dúvida e absurda. (...)        
                  Quem tem a sua tocha individual bem acesa, quem permanece em estado de plena atenção, não tem o que temer. O observador atento da fenomenologia atual só tem uma saída: enfrentar o momento presente, enfrentar a si próprio e à escuridão da sua época, sem ditar dogmas ou princípios, que em pouco tempo estarão superados. O homem lúcido não perde a meta – ele trabalha incansavelmente por um mundo humano e pleno de alegria – ele sofre e não teme a metamorfose. – Aceita o peso do mundo sobre os seus frágeis ombros e não se desespera. Confia. Confia, sobretudo, nas forças da natureza. Acredita no amanhecer da lucidez universal. Confia no princípio coordenador de energias, nas forças renovadoras que emergem do centro mesmo da psique. Trabalha no silêncio e no amor.
         A Era de Aquário, uma utopia ou uma realidade? Consultem geólogos, sociólogos e astrônomos. Parece mesmo que tudo se transforma. Nada se pode afirmar, entretanto, só o tempo constata e confirma.
         Para alguns estudiosos, os 2000 anos que nos seguirão podem ser vistos também como a Era da Conquista do Espaço Cósmico, e o homem já deu provas suficientes de que isso é possível. Mas a Era de Aquário é, sobretudo, a Era do Descobrimento do Homem Interior – ERA DO HOMEM CÓSMICO. O estudo experimental da alma será o tema principal no campo das investigações científicas, nas escolas e nas universidades.
Num interesse profundo em conhecer a sua natureza íntima e a sua essência eletromagnética, o homem descobrirá que a alma é o divino se manifestando na matéria.
Apolo, Albert Dürer, séc. XVI.
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quinta-feira, 20 de outubro de 2016

OLHARES - Casa das Palmeiras - 60 anos de Resistência

     1956  -  2016
clicar para ler a programação 

22/10/ a 12/11/2016  Ás 16h
Exposição e Palestra
Rua Sorocaba, 800 - Botafogo



quinta-feira, 6 de outubro de 2016

26ª Edição Arte de Portas Abertas


Dias 8 e 9 _ Santa Teresa _ das 10h às 18h
Estarei expondo em coletiva -
 Desenhos na Casa Amarela.
 Rua Hermenegildo de Barros, 163
(subindo pela Rua Cândido Mendes 1ª à direita)
Jovem com cesta, bico de pena, 2016 
Três tempos - fios de cabelo/papel arroz japonês -1974 - 2016

Livro-objeto-fotos-desenhos -1999 - 2016
 Sábado, dia 8 - farei uma Performance.
PASSEIO SOCRÁTICO 
"Quantas coisas que não preciso"
Palavras do filósofo passeando num Mercado de seu tempo.
 Às 15h30 - 16h...pontual.

Martha Pires Ferreira
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