sábado, 4 de agosto de 2018

Flores do Bem - Hildegard von Bingen

            Iluminura de Hildegard - Anjo da Justiça, 1109.

Meditações
com Hildegard von Bingen

Foi-me dado contemplar
o brilho maravilhoso da roda...Em sua onisciência e onipotência,
a Divindade é igual a uma roda,
um círculo, um todo,
que não pode nem ser entendido,
nem dividido,
não tendo nem princípio nem fim.
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Eis aqui a imagem do poder
divino:
Este firmamento é um círculo
que tudo abrange.
Ninguém, sabe dizer onde esta roda começa,
nem onde termina.
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Ora, aconteceu que ao homem faltava
Alguém que a ele se igualasse.
Deus criou essa companheira
em forma de mulher - imagem refletida
de tudo que estava latante no sexo
masculino.
Assim. Homem e mulher
estão de tal maneira relacionados
que um é obra do outro.
Sem a mulher, o homem não pode ser chamado de
homem.
Sem o homem, a mulher não pode ser chamada de
mulher.
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          Iluminura de Hildegard - Círculo, séc. XII

Dê uma olhada no sol,
Veja a lua e as estrelas.
Contemple a beleza da vegetação da terra.
Agora,
pense.
Que prazer
Deus proporciona
à humanidade
com todas essas coisas.
Quem, senão Deus,
concede todas essas dádivas esplêndidas,
maravilhosas?
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Quem são os profetas?
São pessoas régias
que compreendem os mistérios
e vêem com os olhos do espírito.
Dizem o que pensam, iluminando
a escuridão.
São claridade viva e penetrante.
Florescem apenas
no rebento enraizado
na iluminação profusa.
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Editora Gente, 1993 - SP/traduzidas para o inglês Gabrielle Uhlein
tradução para o português Barbara Theoto Lambert
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 [estas Poesias de Hildegard foram publicadas, anteriormente, em 24 / out. / 2008 -
tenho grande admiração por esta mística]

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