Não devo mais
manter poesias na caixa com chave. Algumas já se desprenderam. É preciso deixar
as folhas saírem ao vento, num sopro contínuo sem os sinais do tempo. Façanhas
tão minhas, tenho pudor...
Verdade
Quero
dizer o que penso
sem saber dizê-lo,
despida na autenticidade
sobre a beleza, a verdade
que envolve o silêncio
altas horas, recato no quarto.
Sempre
assim, por vezes,
a alma se deixa levar...
apreende tesouro no interior
profundo abissal abismo;
revelação em nua verdade
cobre afetuosa luz na quietude.
sem saber dizê-lo,
despida na autenticidade
sobre a beleza, a verdade
que envolve o silêncio
altas horas, recato no quarto.
a alma se deixa levar...
apreende tesouro no interior
profundo abissal abismo;
revelação em nua verdade
cobre afetuosa luz na quietude.
impossível mudar
no que tange silencioso
profundo da alma.
na extensão do papel;
o quadrado não cabe
num triângulo
da mesma proporção
equidistante, impossível!
serena é possível
saber esperar no tempo.
cada dia sem transgredir
o impossível xis das questões,
mantém vislumbre desconhecido
no movimento impossível.
Entrega
Deixar a lâmpada
do candeeiro atravessar
espaço longo,
amplo sem receio _
arco invisível.
Entrega a carne para
proeza do amor
sensual no silêncio
oculto do verbo
que flama sôfrego
sem temor,
sem tréguas
_ deixa a lâmpada acesa.
do candeeiro atravessar
espaço longo,
amplo sem receio _
arco invisível.
proeza do amor
sensual no silêncio
oculto do verbo
que flama sôfrego
sem temor,
sem tréguas
_ deixa a lâmpada acesa.
****
Último
instante
Quando o amor no sangue
escoa sem tréguas
dias passados...
último instante respira,
a noite cobre o lenço
escuro da memória
ilusão tecida em fios.
Ontem inclinado sobre a mesa,
mãos tensas na madeira
a taça cheia do ser
escondia o fôlego;
palavras cortadas em remotas
aventuras sem tormento...
reencontro é prazer!
A voz cortada adormeceu
em meu peito
cobrindo o lenço luminoso
da última lembrança memorável!
Ontem presente, escoa
no sangue vivo das artérias,
a voz presa dói por dentro
e flama algo suave distraída.
Quando o amor no sangue
escoa sem tréguas
dias passados...
último instante respira,
a noite cobre o lenço
escuro da memória
ilusão tecida em fios.
Ontem inclinado sobre a mesa,
mãos tensas na madeira
a taça cheia do ser
escondia o fôlego;
palavras cortadas em remotas
aventuras sem tormento...
reencontro é prazer!
A voz cortada adormeceu
em meu peito
cobrindo o lenço luminoso
da última lembrança memorável!
Ontem presente, escoa
no sangue vivo das artérias,
a voz presa dói por dentro
e flama algo suave distraída.
Martha Pires Ferreira
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