Astrologia Espaço/Tempo
Retorno aos meios de
comunicação
Material em arquivo da Exposição de Astrologia que organizei
na FUNARTE, em 1983 – de 23 de agosto a 16 de setembro - Rio de Janeiro. Causou grande visibilidade ao universo da Astrologia para o público em geral _ apresentei
Imagens do mundo da Astrologia em todos os povos. Ocasião em que estudiosos
apresentaram Mapas - horóscopos desenhados por eles/elas, época em que tudo era
feito à mão. E ciclo de palestras sobre o assunto __ Astrologia e Arte.
Coluna _ Artes Plásticas do Jornal do Brasil, matéria do crítico de arte _ Wilson Coutinho, 26/8/1983 - Caderno B
Outras notas no O Globo, Jornal do Comércio, Revista Desfile etc.
Abaixo, texto
apresentado no folder da exposição realizada na FUNARTE
Esta
mostra de astrologia não visou à estética e suas proposições plásticas por
princípios; ela ofereceu ao público a noção conceitual do processo astrológico
através da história desde tempos imemoriáveis, numa síntese de ocorrências
fundamentais, neste ou naquele espaço geográfico, nesta ou naquela cultura. Não
se afirma arte, nem se nega ciência.
Astrologia
se define como um conhecimento tão antigo quando a origem da espécie humana. A
astrologia que conhecemos hoje, no mundo ocidental, tem sua origem nos povos
antigos da Suméria, remotos habitantes da Mesopotâmia. A astrologia se define
como um saber experimental tendo por base precisões matemáticas, portanto, um
saber lógico, e percepções intuitivas, sensíveis, pertencentes ao mundo
alógico. O estudo dos astros nasceu, provavelmente, da apaixonada tentativa de
descobrir os segredos da vida e da morte, o significado das metamorfoses nas
manifestações de força e energia contidas na plenitude da natureza.
O
planeta não expressa uma verdade em si mesmo: sugere. Na realidade simbólica o
importante é o saber fazer as analogias. A astrologias pertence ao mundo dos
sinais. A astrologia age como uma convergência de fenômenos. São os planetas
projetados nos espaços celestes oferecendo múltiplas combinações, bom os mais
variados recursos de leituras essencialmente simbólicas. Pode ser vista como um
processo de autoconhecimento, como o é a ioga, a psicanálise, a meditação ou
qualquer método que possibilite o ser humano se ter a si mesmo em consciência,
na lei do universo. Um processo de descoberta das leis que agem toda a natureza
em sua complexidade.
Em
toda a sua beleza e dinâmica, a astrologia não se prende ao determinismo, nem se
baseia em esquematizações; ela aponta inclinações, tendências, predisposições
inatas. Ela se expande na disponibilidade que cada ser humano pode conferir ao
seu próprio ser no caminho para o desenvolvimento pessoal, e da humanidade
inteira como espécie. Na passagem de um ser mais elementar, para outro
transformado, mais evoluído, pleno.
Quando
os planetas se movimentam no Universo estamos, nós também, em movimento
harmonioso e perfeito, embora disso não tenhamos consciência. Astrologia é um
dos recursos para a compreensão desta harmonia. Ela nos dá a possibilidade
desta tomada de consciência. São fluxos que emanam dos espaços siderais e nos
impulsionamos à atividade e receptividade contínua; esses jogos que são os
nossos dias; esses desejos de integrar tendências opostas e aparentemente irreconciliáveis;
essa ânsia de evolução. As implicações de ordem pessoal ou mesmo coletiva social,
política, económica ou religiosa podem impedir ou atravancar este processo. O
ser humano com toda a natureza foi criado para a evolução. Ele deve conhecer
meios que o possibilitem a este crescimento que o leva, por uma necessidade
intrínseca, ao vislumbre de saber quem ele é, o que está fazendo no mundo e
para onde ele se dirige. Ele foi chamado à vida para vivê-la em toda a sua
dignidade. O ser humano deve lutar por esta verdade, com todas as suas forças,
com todo o seu coração.
O
retorno da astrologia aos meios de comunicação, a procura da astrologia hoje, e
dá por um fenômeno de sede de saber que, pouco a pouco, vem tomando um espaço
vital na história das humanidades. Queremos saber, procuramos chaves que nos
indiquem o que somos, quem somos e para que somos. Vamos aos poucos
substituindo a fome de ter pela fome de ser, de saber, de conhecer. Estamos na
passagem da Era do ter para a Era do ser.
Tudo
é expansão. Tudo na vida atua em expansão. O ser humano nasceu para esta
expansão que converge para o centro, para o núcleo, onde tudo nasce - a Mãe Cósmica,
fonte de todas as coisas criadas.
A astrologia
é um dos processos sutilíssimo e a nos orientar neste percurso de vida. A
astrologia atua como uma bússola, indicando como nos situamos na aventura
maravilhosa que nos leva de encontro à sabedoria universal, como chegar a nossa
matriz. É este o seu papel, e sempre foi desde a Mesopotâmia, como relatam
documentos escritos que remontam à Suméria, Babilônia, Caldeia, Assíria. A
Babilônia é vista, classicamente, como a pátria de origem astrológica, e esse
privilégio deve ser repartido com outra velhas civilização, o Egito. A velha China,
os hebreus, a Índia, a Pérsia, Grécia, Roma, maias e astecas são civilizações
que conheceram profundamente astrologia, astronomia, matemática - toda a base
do conhecimento científico. A função essencial da astrologia é ajudar o ser
humano aproximar-se cada vez mais de sua essência, essência esta comum a toda a
humanidade, a toda a criação.
Marta Pires Ferreira, julho/1983.
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Abaixo nome dos que participaram da Exposição com Gráficos _ Mapas



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