terça-feira, 1 de julho de 2025

Astrologia _ Insurreição Aquariana II

 
Formas no espaço, bico de pena, nanquim e aquarela, 1988.

Astrologia _ Insurreição Aquariana II

Plutão, senhor das profundezas, das riquezas subterrâneas, iniciou seu percurso no signo de Aquário/2023. Recuou, e voltou em 21/1/2024 a percorrer Aquário, direto em 19/11/2024.

O planeta Plutão percorrerá o signo de Aquário, por cerca, de 20 anos. O que isto nos aponta, prenuncia, sinaliza de alguma forma? O que está por vir? Quais os desígnios celestes?!

Antes, um pouco de memória, alguns fatos importantes.

Em 1972, foi publicado meu artigo ERA DE AQUARIUS, na revista Rolling Stone - Rio, a pedido de Luiz Carlos Maciel, escritor, jornalista, querido amigo, e, o “guru da contracultura”. Este artigo está no Blog _ podem copiar à vontade. Naquele período de repressão ferviam ideias e movimentos marginais que não afetaram o sistema, ditadura vigente. Sabiamente, nos protegíamos nas chamadas ondas exotéricas (vistas como alienadas) e intenso anseio pela cultura do Oriente; Meditação, estudos do Zen, I Ching, Do in, Acupuntura e Yoga. Astrologia não incomodava os militares, com isto foi meu refúgio, que se estendeu por toda a minha vida. Sonhávamos com a Era de Ouro da Humanidade, segundo a filosofia Yogi! Antes desta decantada Era, passaríamos por labirintos, instigante e difícil travessia. Foram anos escuros, sóbrios, dolorosas. Todo processo de evolução é lento.

Aqui estamos em 2025.

Imaginava, em 1972, por cálculos astrológicos, precessão dos equinócios, eixo vernal, que tudo se resolveria na passagem do segundo para o terceiro milénio, e, que, por volta de 2014, estaríamos na porta, passagem, para a Era de Aquarius, Era da Arte de Viver! Não foi assim. Tudo tem sido bem mais demorado. Muito a fazer.

Abordei sobre a Morte e Ressurreição civilizatória, no 1º Congresso Internacional de Astrologia em 1985 / Hotel Glória -RJ.  Agora, precisamente, neste início do novo milênio, que estamos na travessia, crucial, para uma outra Era civilizatória, particularmente, marcada pela passagem da Pandemia Covid 19/ 2020... a qual afetou todo o Planeta Terra, nossa casa comum.

Na atualidade, constatamos crucial desordem e falência de valores, no mundo em que vivemos, em todos os níveis de governabilidade, em todas as áreas do saber; geopolítica, ciência e tecnologia, economia e finanças, antropologia, sociologia, história, arte e educação, cultura e religião.  Pensem mais.

Velhos modelos não mais se sustentam: bizarrice, transgressões, contestações e rebeldia sem causa. Alienação, distanciamento físico e intelectual, sem falar em conflitos armados, invasões territoriais, posse e guerras por ganância dos bens da natureza. Compaixão e misericórdia assunto esquecido no armário. Cuidados para com a Mãe Natureza coisa sem interesse, e acolhidos, apenas, alguns animais domésticos. Indiferença e frieza emocional se alastra como um vírus.

Em pequenos círculos, a Vida se sustenta com Amor e doação solidária, participativa. Sim, avanços e realizações importantes acontecem, paralelamente. Valores sendo conquistados por compensação natural, mas com pouca visibilidade, pouco espaço é dado para realidades sociais efetivas. Grandes esforços em muitas áreas, sem repercussão nas mídias.

O que assistimos e assistiremos, cada dia mais, é o cerne do capitalismo selvagem se desmontando, sem horizonte, sem perspectiva alguma. Barril vazio faz muito barulho, é o que vamos acompanhar.

Instituições religiosas, já há algum tempo, vem se diluindo em seus dogmas rígidos, conservadorismo, distanciamento frio, sem adesão espiritual, humana. A religiosidade não é um negócio. A espiritualidade transcende normas, controle, ela anseia a liberdade interior. Espiritualidade é ternura, é doçura e acolhimento afetuoso.

Vivemos vácuo institucional. Marginalização degradante sem suporte físico social e emocional. Visão crua ante o absurdo, o caos. O mundo em força transformadora vive a incerteza reinante.

Paradoxos não oferecem metas. Perdidos assistimos “A banalidade do mal” se alastrando como, tão bem, prenunciou a sócio geopolítica e filósofa Hannah Arendt. “Vou lhe matar, antes que você ou seus filhos nos matem” _ está é a regra, de mente atrofiada de governantes gananciosos, expansionista, e, mesmo, de religiosos atávicos a um “deus” vingativo e individualista.

Que civilização é esta que desconhece afeto solidário, justiça social, educação e cultura geral? Que nação/pátria é esta que desrespeita outras culturas, outras nações soberanas? É a reinante descrença no dar-se participativo, criando artificialidade, jogos atrofiados de interesses, onde o fantasma dos cifrões vale mais que seres humanos, mais que a natureza ela mesma; mineral, vegetal e animal entre nós, seres humanos.

Vender a mentira é lucro! Haverá um basta! Em meio a tamanha bizarrice, e mesmo assistindo cruéis demandas, o imprevisível se manifestará como o grito primal na escuridão do espaço-tempo.

Não somos marionetes dos Astros, engendramos com o Cosmos. Somos um organismo vivo nu, Todo, Uno.

Pessoa dignas, Uni-vos!!! 

Inverno, julho/ 2025, Martha Pires Ferreira

[aguardar a seguir // Insurreição Aquariana III _ Não me detenho, neste contexto, sobre tensões específicas, conflitos locais, governos, geopolítica (nações ou instituições) nem sobre guerras, mas sim, sobre conexões celestes em relação à VIDA humana, aqui no planeta Terra, em seu todo].   

Astrologia _ Insurreição Aquariana I [26/03/2025 - ver em pesquisa]         

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