quarta-feira, 20 de dezembro de 2023

Natal 2023 em GAZA _ mensagem

          O Natal se aproxima, todos nós desejamos uma Noite Feliz! Entretanto, este ano de 2023, há de ser diferente, vamos procurar sermos mais conscientes, abraçaremos o mundo incondicionalmente, não só a família querida, mas Toda a Humanidade, e nesta visão, prioridade ao povo palestino, as crianças de Gaza. 

Foto: resistência ao esmagamento diário que sofre GAZA. 

  Um forte e afetuoso texto/mensagem de quem muito ama a humanidade. Recebi da amiga francesa, Paulette Albouze

L’enfant de Gaza

      Debout, l’enfant pleure au milieu de ruines généreusement amoncelées par les oiseaux cracheurs de feu. L’air sent la poussière et le fer. Le ciel a disparu. La mer a disparu. Il est seul. Debout. Il pleure seul parmi les ruines. L’enfant appelle son ciel à lui, sa maman, ses frères et ses sœurs engloutis sous le béton. Il fait pipi sans le vouloir, sans le savoir. Debout enveloppé d’une lourde vapeur cotonneuse ses yeux ne distinguent rien. Tout autour il n’y a que fureur, cris, agitation, zigzag insensés, des cris encore et encore qui fouettent l’horizon voilé.  Debout, l’enfant poursuit sa quête.  Seul, debout tel un phare, il signale la terre des hommes déchirée, ensanglantée. Il ouvre ses bras. Il reste debout, comme s’il en appelait, du bout de ses mains au droit et à la justice.

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L’enfant de Gaza - A criança de Gaza

Texto: Paulette Albouze. Tradução, português, outra querida amiga francesa: Annie Cambe. 

       Em pé, a criança chora em meio às incontáveis ruínas amontoadas pelos pássaros cuspidores de fogo. O ar cheira a pó e ferro. O céu sumiu. O mar sumiu. Está só.  Em pé. Chorando sozinha entre as ruínas. A criança chama o próprio céu : a mãe, os irmãos engolidos pelo concreto. Faz xixi sem querer, sem saber. Em pé, envolto por um pesado torpor nebuloso, seus olhos não enxergam nada. Em volta, só é furor, gritos, agito, ziguezagues insensatos, gritos e mais gritos fustigando o horizonte velado. Em pé, a criança continua procurando. Sozinha, em pé feito farol, aponta a terra dos homens, rasgada, ensanguentada. Abre os braços. Permanece em pé, como se, pela ponta dos dedos, clamasse por direito e por justiça.

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 __ postagem _ Martha Pire Ferreira

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