domingo, 1 de maio de 2022

Acima do Amar _ das pretensões poéticas _

Auguste Rodin

Acima do Amar
 
Olhar se perde
                       estanque,
palavras sem sentido
escoam soltas, contínuas
_ ao lado, estou inteira.
 
É noite, ouso e dele ouço
_ “existo por existir,
sem nada planejar,
no frio atravesso a vida
sem sonhos altos,
nem o reter inviável
                        tenebroso.
Um vácuo denso corta
espaços percorridos”.
 
Silêncio no sangue.
Estende os braços,
contrai firme meu corpo,
contato no mistério fálico _
me quer mulher
como sou, pelo que sou,
                          como estou.
 
Sua me dou, em beleza
o tenho, no olhar
que me abrasa, e
se oferece solitário, doce.
As mãos deslizam superfícies
da pele, tomadas por ternura
          _ acima do Amar.
                                             
  ( Revendo escritos dos anos 1960/68   .... 1977, muitas pretensões poéticas //_ sempre escrevi em folhas soltas ou cadernos )
___ os homens sempre foram alegria e tormento, mas acho que somos o mesmo para eles   ssrrr  // Ouso aqui, hoje, uma poesia erótica, talvez por estar demais reflexiva  _ a memória vindo à tona
 _ martha pires ferreira.
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