Formas no espaço, bico de pena, nanquim e aquarela, 1988.
Astrologia _ Insurreição
Aquariana II
Plutão, senhor das
profundezas, das riquezas subterrâneas, iniciou seu percurso no signo de
Aquário/2023. Recuou, e voltou em 21/1/2024 a percorrer Aquário, direto em
19/11/2024.
O planeta Plutão percorrerá
o signo de Aquário, por cerca, de 20 anos. O que isto nos aponta, prenuncia, sinaliza
de alguma forma? O que está por vir? Quais os desígnios celestes?!
Antes, um pouco de
memória, alguns fatos importantes.
Em 1972, foi
publicado meu artigo ERA DE AQUARIUS, na revista Rolling Stone - Rio, a pedido
de Luiz Carlos Maciel, escritor, jornalista, querido amigo, e, o “guru da
contracultura”. Este artigo está no Blog _ podem copiar à vontade. Naquele período
de repressão ferviam ideias e movimentos marginais que não afetaram o sistema,
ditadura vigente. Sabiamente, nos protegíamos nas chamadas ondas exotéricas (vistas
como alienadas) e intenso anseio pela cultura do Oriente; Meditação, estudos do
Zen, I Ching, Do in, Acupuntura e Yoga. Astrologia não incomodava os militares,
com isto foi meu refúgio, que se estendeu por toda a minha vida. Sonhávamos com
a Era de Ouro da Humanidade, segundo a filosofia Yogi! Antes desta decantada Era,
passaríamos por labirintos, instigante e difícil travessia. Foram anos escuros,
sóbrios, dolorosas. Todo processo de evolução é lento.
Aqui estamos em 2025.
Imaginava, em 1972, por
cálculos astrológicos, precessão dos equinócios, eixo vernal, que tudo se resolveria
na passagem do segundo para o terceiro milénio, e, que, por volta de 2014,
estaríamos na porta, passagem, para a Era de Aquarius, Era da Arte de Viver!
Não foi assim. Tudo tem sido bem mais demorado. Muito a fazer.
Abordei sobre a Morte
e Ressurreição civilizatória, no 1º Congresso Internacional de Astrologia em
1985 / Hotel Glória -RJ. Agora,
precisamente, neste início do novo milênio, que estamos na travessia, crucial, para
uma outra Era civilizatória, particularmente, marcada pela passagem da Pandemia
Covid 19/ 2020... a qual afetou todo o Planeta Terra, nossa casa comum.
Na atualidade, constatamos
crucial desordem e falência de valores, no mundo em que vivemos, em todos os
níveis de governabilidade, em todas as áreas do saber; geopolítica, ciência e
tecnologia, economia e finanças, antropologia, sociologia, história, arte e
educação, cultura e religião. Pensem
mais.
Velhos modelos não
mais se sustentam: bizarrice, transgressões, contestações e rebeldia sem causa.
Alienação, distanciamento físico e intelectual, sem falar em conflitos armados,
invasões territoriais, posse e guerras por ganância dos bens da natureza. Compaixão
e misericórdia assunto esquecido no armário. Cuidados para com a Mãe Natureza coisa
sem interesse, e acolhidos, apenas, alguns animais domésticos. Indiferença e
frieza emocional se alastra como um vírus.
Em pequenos círculos,
a Vida se sustenta com Amor e doação solidária, participativa. Sim, avanços e
realizações importantes acontecem, paralelamente. Valores sendo conquistados
por compensação natural, mas com pouca visibilidade, pouco espaço é dado para
realidades sociais efetivas. Grandes esforços em muitas áreas, sem repercussão
nas mídias.
O que assistimos e
assistiremos, cada dia mais, é o cerne do capitalismo selvagem se desmontando,
sem horizonte, sem perspectiva alguma. Barril vazio faz muito barulho, é o que
vamos acompanhar.
Instituições
religiosas, já há algum tempo, vem se diluindo em seus dogmas rígidos,
conservadorismo, distanciamento frio, sem adesão espiritual, humana. A
religiosidade não é um negócio. A espiritualidade transcende normas, controle,
ela anseia a liberdade interior. Espiritualidade é ternura, é doçura e
acolhimento afetuoso.
Vivemos vácuo
institucional. Marginalização degradante sem suporte físico social e emocional.
Visão crua ante o absurdo, o caos. O mundo em força transformadora vive a
incerteza reinante.
Paradoxos não
oferecem metas. Perdidos assistimos “A banalidade do mal” se alastrando como, tão
bem, prenunciou a sócio geopolítica e filósofa Hannah Arendt. “Vou lhe matar,
antes que você ou seus filhos nos matem” _ está é a regra, de mente atrofiada de
governantes gananciosos, expansionista, e, mesmo, de religiosos atávicos a um
“deus” vingativo e individualista.
Que civilização é
esta que desconhece afeto solidário, justiça social, educação e cultura geral?
Que nação/pátria é esta que desrespeita outras culturas, outras nações
soberanas? É a reinante descrença no dar-se participativo, criando
artificialidade, jogos atrofiados de interesses, onde o fantasma dos cifrões
vale mais que seres humanos, mais que a natureza ela mesma; mineral, vegetal e
animal entre nós, seres humanos.
Vender a mentira é
lucro! Haverá um basta! Em meio a tamanha bizarrice, e mesmo assistindo cruéis
demandas, o imprevisível se manifestará como o grito primal na escuridão do
espaço-tempo.
Não somos marionetes dos Astros, engendramos com o Cosmos. Somos um organismo vivo nu, Todo, Uno.
Pessoa dignas, Uni-vos!!!
Inverno, julho/ 2025, Martha Pires
Ferreira
[aguardar a seguir // Insurreição Aquariana III _ Não me detenho, neste contexto, sobre tensões específicas, conflitos locais, governos, geopolítica (nações ou instituições) nem sobre guerras, mas sim, sobre conexões celestes em relação à VIDA humana, aqui no planeta Terra, em seu todo].
Astrologia _ Insurreição Aquariana I [26/03/2025 - ver em pesquisa]