sábado, 16 de setembro de 2023

Poesia em setembro _ Virgem, hábitos da rotina

 

    A Astrologia pertence ao universo do Cosmos, do simbólico, por sincronicidade toca o coração da matéria _ planeta Terra. Pura poesia, música das esferas, canto de deuses figurados, onde não cabe dicotomia, onde reina a visão de totalidade.
       Estamos em setembro, nos despedindo do inverno/sul. O rei Sol transita a faixa do Zodíaco no signo de VirgemEis o meu canto poético, este mês _
Por vezes é bom mudar o título _ fica mais claro, e aqui _ poético!
 
 Virgem, o viver cotidiano
 
Ramo de trigo nas mãos
a Jovem à natureza se identifica
_ o feminino por receptividade
               acolhimento é terra.
 
Silêncio seletivo se estende
          na toalha de linho _
detalhe, o perfeito acabamento
ou modelagem da cerâmica.
 
Passa agosto, setembro se achega
_ verão ao norte, inverno ao sul.
 
O coração ama em melancolia
_ doador de si observa o entorno,
             quietude no olhar,
dissimula, se faz leveza, sorri!
 
Rotina _ marca hora do plantio,
       colheita, precisão _
Demeter é Ceres é Perséfone!
Submissa reserva é altaneira
      na distância o possível
_ espera. Adormece, acorda.
 
Ironia zombeteira aos parvos
ostentando bravatas, sutil humor
       ao sabor da pimenta.
Ingenuidade inocente escolhe
repouso longe de balbúrdias.
 
Memória visual, Mercúrio veloz
sinaliza implacável à crítica.
Amar tem corporeidade, vida
           na beleza do servir
_ o secreto mantém secreto.

                 martha pires ferreira
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